Caso os livros estiverem arrumados na estan
238 mamíferos nós, seres humanos, pertencemos ao grupo dos mamíferos.
você sabe dizer por quê? pode dar exemplos de animais desse grupo? a questão é
capítulo 23 a figura abaixo mostra duas espécies de chimpanzés: o chimpanzé
comum e o bonobo. nós e os chimpanzés somos mamíferos. além disso, somos mais
parecidos com os chimpanzés do que com qualquer outro animal. deve ter existido
um ancestral co-mumentrenóseeleshácercade6milhõesdeanos. os mamíferos são
animais que conhecemos bem. deles obtemos, por exemplo, alimento, como a carne
e as vísceras (do boi, do porco, do carneiro), o leite (da vaca e da cabra) e
seus derivados —manteiga, queijos e coa-lhada —, emateriais para a produção de
roupas, calçados eobjetos diversos, comoo couro (doboi, doporco, da ca-bra), a
lã (do carneiro, da lhama) e muitos outros. algunsmamíferos, comoo cãoeogato,
são animais de estimação; outros, como os ratos, destroem planta-ções e podem
transmitir doenças. a maioria deles é ter-restre, mas o grupo é bastante
diversificado, com formas adaptadas ao voo (morcego) e à vida aquática (baleia,
golfinho, peixe-boi). eles apresentam tamanhos bastante variados, desde animais
como o pequeno musaranho, que pode ter menos de 10 centímetros e pesar 3
gramas, até a baleia-azul, com mais de 30 metros de comprimento e até 200
toneladas de peso. 23.1 chimpanzé comum (pan troglodytes; entre 63 cm e 90 cm
de comprimento) e bonobo (pan paniscus; entre 70 cm e 83 cm de comprimento).
photoresearchers/latinstock fabio colombini/acervo do fotógrafo
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unidade 3 • o reino animal 239 glândulas mamárias gordura ducto que leva
o leite mamilo alvéolos, local onde o leite é armazenado. rodval matias/arquivo
da editora 1 a pele dos mamíferos o nome da classe — mamíferos — indica uma das
características exclusivas do grupo: as fêmeas possuem glândulas mamárias, que
produzem leite para alimentar os filhotes. na pele, protegida por queratina,
encontra-se outra exclusividade dos mamífe-ros: os pelos, que formam uma
barreira protetora contra a perda de calor. observe, na figura 23.2, esquemas
da pele dos mamíferos e das glândulas mamárias. os mamíferos machos também têm
glândulas mamárias, mas elas são atrofiadas, ou seja, não se desenvolvem nem
fabricam leite. mas será que todos os mamíferos têm pelos? embora os pelos
sejam uma característica desse grupo, existem mamíferos, como as baleias e os
golfinhos, que não possuem pelos. nos mamíferos aquáticos isso representa uma
adaptação ao modo de vida, pois os pelos diminuem a velocida-de da natação. no
entanto, essa característica está presente no embrião desses ani-mais – por
isso dizemos que todos os mamíferos têm pelos, ao menos em alguma fase da vida.
além das glândulas mamárias, a maioria dos mamíferos apresenta glândulas
sudoríferas (ou sudoríparas) e glândulas sebáceas na pele. reveja a figura 23.2
e lo-calize-as no esquema. as glândulas sebáceas produzem uma espécie de óleo
que lubrifica os pelos e ajuda a impermeabilizar a pele. as glândulas
sudoríferas, por sua vez, ajudam a man-ter a temperatura corporal estável, pois
a eliminação de suor faz o corpo perder calor. esse é um dos mecanismos que
ajudam os mamíferos a manter constante a tempe-ratura do corpo, uma vez que,
assim como as aves, eles são animais endotérmicos. sudorífera vem do latim
sudor, que significa ‘suor’ e phorein, ‘transportar’. sudorípara vem do latim
sudor e parire, ‘produzir’. os mamíferos têm também a capacidade de aumentar ou
diminuir a quantidade de sangue que passa pela pele, permitindo que o corpo
perca mais ou perca menos calor, de acordo com a temperatura ambiente. a pele
dos mamíferos poro pelo epiderme músculo glândula sebácea nervo vasos
sanguíneos glândula sudorífera camada de células adiposas 23.2 os pelos e as
glândulas mamárias são características exclusivas dos mamíferos. (desenhos
feitos com base em imagens produzidas por microscópio óptico; figura sem
escala; cores fantasia.) telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 239 6/21/12
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capítulo 23 • mamíferos 240 mas nem todos os mamíferos podem contar com
esse mecanismo de controle da temperatura corporal. os cães, por exemplo,
possuempoucas glândulas sudorífe-ras. nesses animais, a temperatura do corpo
diminui quando eles respiram rapida-mente (quando ficam ofegantes) e eliminam
vapor de água pelo sistema respiratório. sob a pele, os mamíferos possuem um
tecido adiposo (formado por células que armazenam gordura), que funciona como
isolante térmico. por isso, esse tecido é mais espesso nos animais de clima
frio e nosmamíferos aquáticos sempelos, como a baleia e o golfinho. na pele de
alguns mamíferos podemestar presentes garras, unhas, cascos, chi-fres ou
espinhos. algumas dessas estruturas são feitas de queratina e outras, de
os-sos, mas elas podem resultar também de uma combinação de ambos. ciência no
dia a dia pelo arrepiado muitos mamíferos ficam com os pelos levantados no
frio, fazendo com que aumente a quantidade de ar quente retido próximo ao
corpo. o animal também pode arrepiar os pe- los quando está sendo ameaçado por
outro. nesse caso, a vantagem está em assustar o ini- migo, pois, com os pelos
eriçados, o animal pa-rece maior. no ser humano, os pelos estão bastante
atro-fiados, a não ser em certas partes do corpo. então, no nosso caso, o fato
de ficarmos arrepiados (no frio, por exemplo) pode ser apenas uma herança de
nossos ancestrais que tinhammais pelos. 2 nutrição a maioria dos vertebrados
possui dentes muito parecidos entre si. mas isso não ocorre com os mamíferos,
que têm dentes com formas e funções variadas. se você observar o interior da
boca da maioria dos mamíferos, poderá constatar que eles possuem dentes
incisivos, caninos, pré-molares e molares. cada tipo de dente está adaptado a
uma função: cortar (incisivos), furar (caninos) ou triturar (pré-molares e
molares) a comida. fabio colombini/acervo do fotógrafo 23.3 gato (cerca de 50
cm de comprimento, fora a cauda) com pelo arrepiado ao ver um cachorro. telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd
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unidade 3 • o reino animal 241 réptil (serpente) cão cervo incisivos
incisivos caninos pré-molares pré-molares e molares molar ingeborg asbach/
arquivo da editora fabio colombini/acervo do fotógrafo martin
gallagher/corbis/latinstock 23.4 na figura, comparação entre a dentição dos
répteis (os dentes são todos semelhantes) e a dos mamíferos (dentes
especializados com funções diferentes). nas fotos, é possível ver os dentes de
uma onça-pintada (carnívoro) e de um cavalo (herbívoro). (os elementos da
figura não estão na mesma escala; cores fantasia.) você sabia que, dependendo
dos hábitos alimentares de cada mamífero, alguns dentes podem ser mais
desenvolvidos do que outros? observe a figura 23.4. 23.5 esquema simplificado
da anatomia interna de um gato. (os elementos da ilustração não estão na mesma
escala; cores fantasia.) cavidade nasal cavidade oral traqueia esôfago pulmão
coração pâncreas bexiga testículo intestino delgado intestino grosso estômago
vesícula medula espinal cérebro ureter rim fígado diafragma ânus uretra baço
narina língua hiroe sasaki/arquivo da editora os animais carnívoros, como a
onça, possuem caninos bem desenvolvidos para furar e rasgar a carne das presas.
nos animais herbívoros, como bois, girafas e came-los, predominamos molares,
usados para triturar as folhas. o castor, por exemplo, que corta com os dentes
ramos de árvores para construir barragens, tem incisivos bem desenvolvidos. há
ainda animais onívoros (comem alimentos vegetais e animais). ao longo do tubo
digestório, o alimento entra emcontato comas enzimas diges-tivas, substâncias
que realizam a digestão. essas enzimas são fabricadas pelas glân-dulas
salivares, pelo fígado, pelo pâncreas e pelo intestino delgado. a maior parte
da digestão e da absorção do alimento ocorre no intestino delga-do. os restos
são eliminados pelo intestino grosso, através do ânus (poucos mamífe-ros
possuem cloaca). veja, na figura 23.5, o tubo digestório e alguns outros órgãos
internos de ummamífero. onívoro vem do latim omne, que significa ‘tudo’ e
vorare, ‘comer’. o urso-pardo, por exemplo, pode comer frutas, peixes, ovos,
etc. o ser humano também é onívoro. telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd
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capítulo 23 • mamíferos 242 3 respiração os mamíferos aquáticos, como o
golfinho e a baleia, saem à tona periodicamen-te para respirar. você sabe por
quê? todos osmamíferos, atémesmo os aquáticos, possuempulmões. na inspiração, o
ar entra pelas fossas nasais ou pela boca, passa pela faringe, laringe,
traqueia, brôn-quios e bronquíolos. os bronquíolos são pequenos tubos
localizados no interior dos pulmões, que terminamemsacosmicroscópicos, os
alvéolos pulmonares. é nos alvéolos que ocor-remas trocas gasosas entre o
sangue e o ar que entrou nos pulmões: o oxigênio do ar passa para o sangue; o
gás carbônico passa do sangue para o ar dos alvéolos e é eli-minado na
expiração. observe, na figura 23.6, o sistema respiratório humano. 23.6
esquemas simplificados dos sistemas respiratório, urinário e cardiovascular de
ummamífero (no caso, o ser humano). (os elementos da ilustração não estão na
mesma escala; cores fantasia.) veia cava superior veia cava inferior artérias
pulmonares cabeça e braços sangue rico em oxigênio sangue pobre em oxigênio
artéria aorta veias pulmonares pulmão órgãos pernas pulmão cavidade nasal
laringe veia cava inferior ureter bexiga urinária artéria renal diafragma
pulmão veia renal aorta uretra rim brônquios traqueia hiroe sasaki/arquivo da
editora rodval matias/arquivo da editora bronquíolo alvéolo
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unidade 3 • o reino animal 243 nos mamíferos, a entrada e a saída de ar
são realizadas com o auxílio dos mús-culos que ficam entre as costelas e o
diafragma (músculo exclusivo dos mamíferos). esses músculos contraem e relaxam
alternadamente, aumentando e diminuindo o volume do tórax, fazendo o ar entrar
e sair dos pulmões. a existência de alvéolos nos pulmões aumenta muito a
superfície respiratória desses órgãos e torna o sistema respiratório dos
mamíferos bastante eficiente. um sistema respiratório eficiente, por sua vez,
permite que esses animais te-nham uma pele protegida contra a desidratação, e
isso facilita a vida fora da água. a maioria dosmamíferos é terrestre, emesmo
os que vivemna água, como as baleias e os golfinhos, originaram-se de animais
terrestres e, posteriormente, voltaram para o ambiente aquático. cada pulmão
contém, além dos bronquíolos, cerca de 350 milhões de alvéolos pulmonares, o
que aumenta muito a área de contato com o oxigênio: se os pulmões fossem como
balões, com parede lisa, sem alvéolos, sua área total seria de cerca de 100
centímetros quadrados. com os alvéolos, a área total é de 70 a 90 metros
quadrados. 4 circulação e excreção o coração dos mamíferos, da mesma forma que
o das aves, possui dois átrios e dois ventrículos. não há comunicação entre o
lado esquerdo e o lado direito do cora-ção, e, assim como ocorre com as aves, o
sangue rico em oxigênio está completa-mente separado do rico em gás carbônico.
reveja a figura 23.6. osistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres
(canais condutores), uma bexiga urinária e uma uretra (canal de saída), que se
abre do lado externo do corpo. os rins retiram do sangue certas substâncias
tóxicas produzidas pela atividade celular, além da água e dos sais minerais em
excesso. essas substâncias, eliminadas e dissolvidas na água, constituem a
urina. a urina passa pelos ureteres e se acumula na bexiga urinária até sair do
corpo pela uretra. 5 sistema nervosoe órgãos dos sentidos assim como outros
vertebrados, os mamíferos possuem um sistema nervoso formado pelo encéfalo
(cérebro, cerebelo, bulbo e ponte), pela medula espinal e pelos nervos. observe
a figura 23.7. 23.7 sistema nervoso de um mamífero (no caso, o ser humano). os
nervos trazem mensagens dos órgãos dos sentidos para o encéfalo ou para a
medula e levam mensagens desses órgãos para os músculos. (esquema simplificado;
figura sem escala; cores fantasia.) encéfalo nervos medula espinal ponte
cérebro cerebelo bulbo rodval matias/arquivo da editora
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capítulo 23 • mamíferos 244
océrebrodosmamíferosémuitodesenvolvidoemrelaçãoaoutraspartesdoencéfa-lo,
comoocerebeloeobulbo. éjustamenteograndedesenvolvimentocerebral
quepossibi-litaaummamíferoaprender tantacoisa
(muitosmamíferosaprendemobservandoospais). quem já ensinou algum cão a fazer
truques sabe que os mamíferos possuem grande capacidade de aprendizado.
dependendo do modo de vida do animal, alguns de seus sentidos podem ser mais
aguçados do que outros. muitos animais carnívoros têmolfato apurado. é o caso
dos cães farejadores, por exemplo, que auxiliam a polícia a detectar a presença
de drogas emmalas e bagagens. já os animais que vivem em árvores, como os
macacos, possuem excelente vi-são, um sentido obviamente importante para
animais que pulam de galho em galho. eles conseguem até mesmo distinguir cores,
enquanto muitos outros mamíferos veem em preto e branco. os morcegos possuem
excelente audição. eles se orientam pelo eco dos sons muito agudos que emitem
pela boca ou pelo nariz. desse modo, conseguem desviar dos obstáculos e localizar
alimento atémesmo no escuro. esse sistema de orientação pelo eco também é usado
pelas baleias e pelos golfinhos. 6 reprodução você já deve ter reparado que tem
umbigo. mas você conhece a ori-gem dessa estrutura? quase todos os mamíferos
são vivíparos. neles, a fecundação é sem-pre interna: os filhotes se
desenvolvem e se nutrem dentro do útero mater-no. há somente duas exceções,
como você verá adiante. oembrião retira alimento e oxigênio do sangue damãe
pormeio de um órgão chamado placenta. também por meio da placenta, o gás
carbônico e outros resíduos produzidos pelo embrião são lançados no sangue
materno. a placenta comunica-se como embrião pelo cordão umbilical. oumbi-go é
a cicatriz do cordão umbilical, que é cortado quando nascemos. obser-ve a figura
23.8. 23.8 embrião demamífero (no caso, o ser humano) crescendo dentro do útero
(com 8 semanas e cerca de 2,2 cmde comprimento). o líquido amniótico, envolvido
por uma membrana chamada âmnio, protege o embrião de possíveis choques
provocados pelosmovimentos da mãe. (esquema sem escala; cores fantasia.) cordão
umbilical âmnio placenta útero líquido amniótico rodval matias/arquivo da
editora dr. g. moscoso/science photo library/ latinstock john
bavos/spl/latinstock ilustração da placenta, presa ao cordão umbilical
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unidade 3 • o reino animal 245 para saber mais hibernação alguns
mamíferos, como os ratos silvestres, os hamsters e as marmotas, diminuem suas
ativi-dades durante o inverno, caindo em uma espécie de sono profundo. a
respiração e o batimento do coração deles diminuemmuito, e a temperatura do
corpo cai bastante, podendo chegar a 2 c. esse processo, chamado de hibernação,
possibilita a sobrevivência em uma estação na qual há pouco alimento. em vez de
procurar comida, eles alimen-tam-se das reservas de gordura que acumularam no
corpo. outros mamíferos, como o urso, também passam o inverno dormindo, mas
acordam de vez em quando; sua temperatura cai apenas al-guns graus. 23.9
esquilo (spermophilus armatus; entre 28 cm e 30 cm de comprimento, fora a
cauda) hibernando. james simon/photo researchers, inc./latinstock 7 as ordens
de mamíferos os mamíferos podem ser classificados em três grupos: prototérios,
metatérios e eutérios. os prototérios possuem pelos e produzem leite. a fêmea
tem glândulas mamá-rias, mas não tem mamilos – o filhote lambe o leite que
escorre pelos pelos da mãe. ao contrário dos outros mamíferos, eles são
ovíparos (botam ovos com gema e cas-ca) e têm cloaca. atualmente, existe uma
única ordem de prototérios, a ordem dos monotrema-dos, formada pelo
ornitorrinco e pela equidna. veja a figura 23.10. prototério tem origem grega:
protos significa ‘primeiro’, ‘primitivo’, e therion, ‘animal desenvolvido’.
monotrometado vem do grego monos, ‘um’ e trema, ‘abertura’ (referindo-se à
cloaca). ornitorrinco (ornithorhynchus anatinus; entre 40 cm e 60 cm de
comprimento, fora a cauda). equidna (tachyglossus aculeatus; cerca de 30 cm de
comprimento). 23.10 a ordem dos monotremados é formada por apenas duas
espécies: o ornitorrinco e a equidna. reg morrison/minden pictures/latinstock
shinyoshiro/minden pictures/latinstock
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capítulo 23 • mamíferos 246 o ornitorrinco, encontrado na austrália e na
tasmânia, tem um bico semelhante ao do pato, mas que é, na realidade, um
focinho. com ele, escava a lama do fundo dos rios à procura de pequenos
invertebrados, que lhe servem de alimento. a equidna, encontrada na austrália,
na tasmânia e na nova guiné, possui espinhos nas costas e patas comgarras,
adaptadas para cavar. ela recolhe insetos coma língua. no grupo dosmetatérios
encontra-se a ordemdosmarsupiais: são os cangurus e os coalas, da austrália, e
os gambás, as catitas e as cuícas, da américa do sul (en-contrados no brasil).
nesses animais, a placenta é pouco desenvolvida e o embrião completa seu
de-senvolvimentodentrodeumabolsa chamadademarsúpio, localizadanoventredamãe. no
interior domarsúpio, estão localizadas as glândulasmamárias. veja a figura
23.11. suas pernas traseiras são muito desenvolvidas, o que lhe permite se
locomover com grandes saltos. os maiores cangurus podem dar saltos de até oito
metros de extensão e cerca de dois metros de altura. o canguru, juntamente com
a ema, é um animal-símbolo da austrália. quando atacado, o gambá expele um
líquido fétido como defesa. o nome “gambá” vem da língua tupi gã’bá, que
significa ‘saco vazio’ (referindo-se ao marsúpio). ornitorrinco vem do grego
ornis, ithos, que significa ‘ave’ e rhygkhos, ‘bico’. equidna vem do grego
échidna, ummonstro da mitologia com cabeça de serpente (talvez devido ao
focinho longo e fino da equidna). metatério vem de meta, que significa ‘além
de’. marsúpio vem do latim marsupi, que significa ‘bolsa’. eutério vem de eu,
que significa ‘verdadeiro’. 23.11 exemplos de animais da ordem dos marsupiais.
catita (entre 11 cm e 15 cm de comprimento, fora a cauda). canguru (macropus
rufus) com flhote (entre 1 m e 1,60 m de comprimento). gambá (didelphis
marsupialis; entre 45 cm e 50 cmde comprimento, fora a cauda). fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo o grupo dos eutérios abrange quase todos os
mamíferos. são vivíparos e têm placenta bem desenvolvida. esse grupo substituiu
o dos prototérios e o dos metaté-rios na maior parte do mundo. na austrália e
nas ilhas próximas, os metatérios (marsupiais) ainda dominam entre os
mamíferos, porque esses lugares ficaram muito tempo isolados do resto do mundo.
no entanto, o ser humano introduziu nessas regiões mamíferos eutérios, que vêm
competindo com os marsupiais e provocando seu declínio.
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unidade 3 • o reino animal 247 23.14 esquilo, roedor do gênero sciurus
(entre 20 cm e 30 cm de comprimento, fora a cauda), e capivara (hydrochoerus
hydrochaeris; entre 1 m e 1,30 m de comprimento), o maior roedor do mundo,
encontrado no brasil. fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo 23.12
preguiça-de-bentinho (bradypus tridactylus; cerca de 50 cm de comprimento) e
tamanduá-mirim (tamandua tetradactyla; cerca de 55 cm de comprimento, fora a
cauda), exemplos de xenartros. fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo •
insetívoros: toupeira e musaranho (figura 23.13). são pequenos e possuem
focinho longo. comem insetos. • roedores: rato, camundongo, capivara, cutia,
esquilo (figura 23.14), paca, preá, marmota. possuem dois pares de dentes
incisivos bem desenvolvidos, adaptados para roer. são herbívoros. 23.13 musaranho:
um insetívoro (entre 1 cm e 3 cm de comprimento, fora a cauda). antony
bannister/gallo images/corbis conheça algumas das dezoito ordens de eutérios: •
xenartros: tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, tatu-bola, tatu-canastra,
preguiça (figura 23.12). seus dentes são pouco desenvolvidos. xenartro vem do
grego xénos, ‘estranho’ e arthron, articulação (suas vértebras têm uma
articulação extra). telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 247 6/21/12 1:29
pm
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capítulo 23 • mamíferos 248 • quirópteros: morcego (figura 23.17). os
membros anteriores desse animal transformaram-se em asas. muitos se alimentam
de frutas, néctar ou insetos; outros caçam ratos e rãs. algumas espécies, como
os morcegos-vampiros, su-gam o sangue do gado e de outros mamíferos. das mais
de mil espécies de morcegos conhecidas, apenas três se alimentam de sangue: são
os morcegos- -vampiros. para isso, eles abrem uma ferida na presa com os dentes
incisivos e lambem o sangue. 23.17 morcego (artibeus lituratus; cerca de 30 cm,
da ponta de uma asa à outra). • lagomorfos : coelho e lebre (figura 23.15).
além dos incisivos semelhantes aos dos roedores, possuem mais um par desse tipo
de dente, menos desenvolvido, atrás dos incisivos superiores. as pernas
traseiras sãomaiores que as dianteiras e estão adaptadas para o salto. são
herbívoros. • carnívoros: lobo, cão, gato, leão, raposa, urso, lontra, foca,
leão-marinho, leopar-do, onça-pintada, hiena, quati, lobo-guará (figura 23.16),
cachorro-do-mato, guaxinim (ou mão-pelada), jaguatirica. esses animais têm
caninos bem desen-volvidos. embora muitos deles alimentem-se apenas de carne,
há também aqueles que têm alimentação variada. lagomorfo vem do grego lagos,
‘lebre’ e morphé, ‘forma’. quirópteros vem do grego cheîr, ‘mão’ e pterón,
‘asa’. 23.15 lebre-da-patagônia: um lagomorfo (dolichotis patagonum; entre 70
cm e 75 cm, fora a cauda). fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo 23.16
lobo-guará: umcarnívoro (chrysocyon brachyurus; entre 1me 1,50mde comprimento,
fora a cauda). telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 248 6/21/12 1:29 pm
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<Page Number="251">
unidade 3 • o reino animal 249 23.18 elefante: um proboscídeo (loxodonta
africana; entre 3,50 m e 5 m de comprimento, fora a cauda.) • artiodáctilos:
boi, carneiro, porco, girafa, cabra, camelo, veado-mateiro, veado- -campeiro,
hipopótamo, lhama (figura 23.19), antílope, porco-do-mato (caititu e queixada).
são herbívoros, com número par de dedos (dois ou quatro) e cascos. •
perissodáctilos: cavalo, zebra, anta ou tapir (figura 23.20), rinoceronte. são
her-bívoros e têm número ímpar de dedos (um ou três) e cascos. a anta (tapirus
terrestris) é o maior mamífero brasileiro, podendo atingir até 200 kg de peso.
23.19 lhama: umartiodáctilo (lama guanicoe; entre 1,40 m e 2,40 m de
comprimento, fora a cauda). 23.20 anta: umperissodáctilo (entre 1,70me 2mde
comprimento). mauritius/latinstock robert hardholt/shutterstock/glow images
fabio colombini/acervo do fotógrafo • proboscídeos: elefante (figura 23.18). o
nariz e o lábio superior formam a trom-ba. os dentes incisivos superiores
formam as presas. são herbívoros. proboscídeo vem do grego proboskis, ‘tromba’,
e eidos, ‘forma’. artiodáctilo vem do grego arthion, ‘par’, e daktylos, ‘dedo’.
perissodáctilo vem do grego perisson, ‘ímpar’.
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<Page Number="252">
capítulo 23 • mamíferos 250 • cetáceos: golfinho (figura 23.21) e
baleia. são aquáticos, comos membros ante-riores transformados em nadadeiras.
não possuem membros posteriores. a narina fica no alto da cabeça e dela sai um
esguicho de ar quente com vapor de água. são carnívoros ou filtradores de
plâncton. • sirênios: peixe-boi (figura 23.22). é aquático, herbívoro e possui
nadadeiras. as narinas ficam na face. é encontrado no brasil, nos rios da
amazônia. cetáceo vem do grego ketos, ‘baleia’. sirênio vem do latim sirena,
‘sereia’. 23.22 peixe-boi-da-amazônia: um sirênio (trichechus inunguis; entre
2,50 m e 4,50 m de comprimento). 23.21 golfinhos, como o da foto (tursiops
truncatus; entre 1,30 m e 4 m de comprimento), são cetáceos. suzi
eszterhas/miden pictures/latinstock fabio colombini/acervo do fotógrafo •
primatas: társio, lóris, macaco e ser humano. possuem cinco dedos com unhas.
umdesses dedos fica emoposição aos outros, o que ajuda o animal a se segurar em
galhos de árvores e a agarrar objetos. o cérebro é bem desenvolvido em re-lação
ao tamanho do corpo. amaioria vive em árvores, comendo folhas e frutos (figura
23.23). gorilas (gorilla gorilla; entre 1,30 m e 1,90 m de altura).
macaco-aranha (ateles panischus; entre 38 cme 65 cmde comprimento, fora a
cauda). mico-leão-de-cara-dourada (leontopithecus chrysomelas; cerca de 25 cm
de comprimento, fora a cauda). 23.23 alguns exemplos de primatas. fabio
colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo stephen
belcher/foto natura/miden pictures/latinstock veja na leitura especial, no fim
deste capítulo, algumas semelhanças e diferenças entre o ser humano e os outros
primatas. telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 250 6/21/12 1:29 pm
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<Page Number="253">
unidade 3 • o reino animal 251 8 a evolução dos mamíferos uso
preferencial uso em manual do professor pb você já sabe que os anfíbios
originaram-se, por evolução, de peixes do passado, e que os répteis vieram de
anfíbios do passado. e os mamíferos, como eles surgiram? os antepassados dos
atuais mamíferos surgiram antes das aves, há cerca de 240milhões de anos.
evoluíramdos terapsidas, umgrupo de répteis já extinto. os antepassados dos
mamíferos eram criaturas peludas do tama-nho dos insetívoros atuais. observe a
figura 23.24. foi somente com a extinção dos dinossauros que eles puderam se
es-palhar pelos vários tipos de ambiente. a partir daí, pelo processo de
evolução, surgiramos diversos grupos demamíferos. muitos dos primitivos
mamíferos, no entanto, se extinguiram. omamute, por exemplo, se extinguiu há
cerca de 12 mil anos. veja a figura 23.25. rodval matias/arquivo da editora
23.24 ilustração de um ancestral dos mamíferos que tinha poucos centímetros de
comprimento (figura sem escala; cores fantasia). 23.25 ilustração de alguns
mamíferos extintos (figura sem escala; cores fantasia). há cerca de 60milhões
de anos, os mamíferos já tinham se diversificado. os pri-meiros antropoides,
grupo dos primatas que inclui o gorila, o chimpanzé, o orango-tango e o ser
humano, devem ter surgido há cerca de 50 milhões de anos. ilustração: anthony
bannister/corbis/latinstock preguiça-gigante (gênero megatherium; cerca de 6 m
de comprimento). mamute (gênero mammuthus; entre 3 m e 4 m de altura).
tigre-dentes-de-sabre (gênero smilodon; cerca de 3 m de comprimento e caninos
de 20 cm). macrauquênia (gêneromacrauchenia, que signifca ‘grande lhama’; cerca
de 3mde altura). tatu-gigante (gênero glyptodon; cerca de 3 m de comprimento).
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capítulo 23 • mamíferos 252 para saber mais história condensada da terra
para se ter uma ideia do tempo relativo entre alguns eventos da história da
vida na terra, é cos-tume elaborar um calendário comparativo, em que essa
história ou até a de todo o universo é represen-tada como tendo ocorrido emum
ano. no livro os dragões de éden (lisboa: gradiva, 1997), carl sagan condensa
em um ano a história do universo, que teria se formado há 15 bilhões de anos,
devido ao fenômeno conhecido como big-bang. nesse “calendário cósmico” (figura
23.26), a vida na terra teria surgido em 25 de setembro. os primeiros
vertebrados teriam aparecido em 19 de dezembro. no último dia do ano, às
22h30min, teriam surgido os primeiros representantes do gênero humano (homo
habilis) e, às 23h58min40s, teria aparecido o homem de cro-magnon. outro tipo
de calendário é obtido conden-sando-se em um ano o período que vai da for-
mação da terra ao período atual, como na tabe- la abaixo. julho agosto setembro
outubro novembro dezembro dia 14 dia 9 dia 25 dia 24 dia 19 dia 31 dia 28
nascimento do sistema solar surge o planeta terra origem da vida na terra
dinossauros são extintos surgem os dinossauros surge a espécie humana primeiros
vertebrados 23.26 surgimento da terra e alguns dos principais eventos do
planeta na história condensada do universo. adaptado de:
http://www.cdcc.usp.br/cda/sessao-astronomia/2002/calendario-cosmico-03302002.ppt
(acesso em: 24 mar. 2012). calendário comparativo milhões de anos atrás eventos
1 o de janeiro 4600 formação da terra 4 de abril 3800 procariontes 9 de
novembro 650 invertebrados marinhos 20 de novembro 520 vertebrados 29 de
novembro 415 peixes 3 de dezembro 360 anfíbios 7 de dezembro 310 répteis 16 de
dezembro 190 mamíferos 20 de dezembro 150 aves 26 de dezembro 65 primatas 31 de
dezembro às 23h45min 0,195 fóssil mais antigo de homo sapiens elaborado pelo
autor/ arquivo da editora telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 252 6/21/12
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unidade 3 • o reino animal 253 atividades 1. observe a foto a seguir e
responda às questões. a) o que está acontecendo entre a fêmea e seus filhotes?
b) a foto lembra duas características exclusivas dos mamíferos. quais são elas?
2. qual é a função das glândulas sudoríferas nos mamíferos? e dos pelos? 3. que
diferença existe entre os dentes dos mamí-feros e os dos outros vertebrados? 4.
observando o crânio de mamífero da foto a se-guir, você diria que se trata de
um animal herbí-voro ou de um animal carnívoro? por quê? 5. por que os
mamíferos aquáticos, como a ba-leia e o golfinho, sobem à tona para respirar?
6. ao estudar as aves e os mamíferos, um estu-dante disse que uma das
diferenças entre os dois grupos é que, enquanto todas as aves são ovíparas, os
mamíferos são todos vivíparos. ele está correto em suas afirma- ções? explique.
7. dê exemplos de animais que apresentammarsú-pio e explique a função dessa
estrutura. 8. como os embriões de mamíferos eutérios se ali-mentam e respiram?
9. como se chamam os animais que mantêm a temperatura interna constante,
produzindo calor em seu corpo? escreva no caderno quais dos animais listados a
seguir conseguem fazer isso. • jacaré • salamandra • tamanduá • peixe-boi •
lagartixa • galinha trabalhando as ideias do capítulo stephen
coburn/shutterstock/glow images 23.27 cão (rottweiler; altura do tronco de 60
cm a 70 cm). fabio colombini/acervo do fotógrafo 23.28 crânio. atenção! não
escreva no livro! faça os exercícios no caderno.
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capítulo 23 • mamíferos 254 1. por que as pessoas costumam suar depois
de praticar exercícios? 2. imagine que você está passeando por uma flo-resta e
vê um animal morto. você não conhece o animal, mas arrisca um palpite: trata-se
de um mamífero e é carnívoro. que pistas levaram você a concluir isso? 3. que
adaptações você vê nos mamíferos repre-sentados a seguir? 4. focas e
leões-marinhos são animais mamíferos que vivem em regiões geladas e nadam em
busca de alimento. esses animais têm pelos muito curtos. em compensação,
possuem uma espessa camada de gordura sob a pele. por que essa camada é
importante para focas e leões- -marinhos? 5. algumas pessoas confundem baleias
e golfinhos compeixes. indique algumas diferenças entre es-ses mamíferos e os
peixes. 6. por que os animais endotérmicos (homeotérmi-cos), em geral, precisam
comer mais (proporcio-nalmente ao peso deles) do que os animais exo-térmicos (pecilotérmicos)?
7. o padre fernão cardim (1540-1625), emseu tex-to tratados da terra e gente do
brasil, assim des-creveu um animal da amazônia (na língua portu-guesa da
época): este peixe nas feições parece animal ter-restre, e principalmente boi:
a cabeça he toda de boi com couro, e cabellos, orelhas, olhos, e lingoa; os
olhos são muito pequenos em extremo para o corpo que tem; fecha-os, e abre-os,
quando quer, o que não têm os outros peixes: sobre as ventas (narinas) temdous
courinhos comque as fecha, e por elas resfolega (toma fôlego; respira com
es-forço); e não pode estar muito tempo debaixo dá-gua sem resfolegar. [...]
têm as fêmeas duas ma-mas com que criam seus filhos. cardim, f. s. j. tratados
da terra e gente do brasil. rio de janeiro: j. leite& cia., 1952.
disponível em: www.brasiliana.usp.br/bbd/ handle/1918/02119000#page/7/mode/1up.
acesso em: 7 fev. 2011. a) o animal descrito não é um peixe. cite duas
características que aparecem no texto e que permitem afirmar que se trata de um
mamí-fero. b) com base no que você estudou neste capítu-lo, de que animal
fernão cardim deve estar falando? pense um pouco mais fabio colombini/acervo do
fotógrafo four oaks/shutterstock/glow images 23.29 raposa do ártico (alopex
lagopus; cerca de 50 cm de comprimento, fora a cauda). 23.30 golfinhos (entre
1,30 m e 4 m de comprimento). telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 254
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unidade 3 • o reino animal 255 c) assumindo que o animal de que fala
cardim é o que você indicou, explique por que ele “não pode estar muito tempo
debaixo dágua”. 8. jane goodall é uma pesquisadora que estudou e viveu entre
chimpanzés por muitos anos. em seu livro my life with the chimpanzees (“minha
vida com os chimpanzés”, simon & schuster, new york, 1996), goodall
lamentou o fato de que a es-pécie que ela passou a vida estudando está
de-saparecendo rapidamente, junto com outros sí-mios. goodall critica o consumo
excessivo do mundo desenvolvido, o número de coisas que acumulamos e de que não
precisamos para viver. ela diz que se sente envergonhada pela destrui-ção que
nossa espécie vem provocando na na-tureza. diante do que você acabou de ler,
responda no caderno: a) o nome homo sapiens é apropriado para a espécie humana?
para discutir a questão, pesquise o significado do termo sapiens. b) por que é
importante evitar a extinção de ani-mais como o chimpanzé? c) o que deve ser
feito para preservar essa es-pécie e outras? temperatura de um peixe ( o c) 40
35 30 25 20 15 10 5 6 12 18 hora do dia ( o c) 40 35 30 25 20 15 10 5 6 12 18
hora do dia temperatura do ser humano kln artes gráficas/arquivo da editora
agora responda no caderno: a) qual é a temperatura aproximada do corpo do
peixe: • às 6 horas? • às 12 horas? • às 18 horas? b) qual é a temperatura aproximada
do corpo do ser humano: • às 6 horas? • às 12 horas? • às 18 horas? c) a
temperatura do corpo do peixe varia ao lon-go do dia? d) a temperatura do corpo
do ser humano varia ao longo do dia? e) em relação à temperatura do corpo,
co-mo são classificados os peixes e os seres humanos? 9. observe os gráficos a
seguir. 23.31 telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 255 6/21/12 1:29 pm
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capítulo 23 • mamíferos 256 chega a cerca de 4 m de comprimento. cerca
de 40 cm de comprimento. entre 1 m e 2 m de comprimento. fabio colombini/
acervo do fotógrafo fotos: fabio colombini/ acervo do fotógrafo adri
hoogendijk/minden pictures/ latinstock cerca de 65 cm de comprimento. chega a
1,80 m de comprimento. cerca de 1 m a 1,60 m de altura. chega a 3 m de
comprimento. cerca de 50 cm a 1 m de comprimento. cerca de 1,30mde comprimento,
fora a cauda. entre 63 cm e 90 cm de comprimento. chega a cerca de 1 m de
comprimento. fabio colombini/ acervo do fotógrafo entre 1,80 m e 2,70 m de
altura. 23.32 figura sem escala; cores fantasia. identificando seres vivos 1.
observe a figura a seguir e, depois, responda às questões no caderno. cerca de
30 cm de comprimento, da ponta de uma asa à outra. fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo frantisek czanner/ shutterstock/glow images entre
1,30 m e 4 m de comprimento. four oaks/shutterstock/ glow images cerca de 10 cm
de comprimento. cerca de 30 cm de comprimento. de 20 cm a 30 cm de comprimento,
fora a cauda. cerca de 85 cm de comprimento. a b c d e f g h k p q r l m n o i
j telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 256 6/21/12 1:30 pm
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unidade 3 • o reino animal 257 a) qual é o nome comumde cada animal da
figu-ra? escreva no caderno. b) identifique os peixes, os anfíbios, os répteis,
as aves e os mamíferos. c) quais animais são endotérmicos? d) quais possuem
pelos no corpo? e) qual deles tem uma fase larvar chamada de girino? f ) quais
respiram por brânquias na fase adulta? g) qual é o mais aparentado, em termos
evoluti-vos, com o ser humano? h) quais são capazes de voar? i ) quais possuem
glândulas sudoríferas e ma-márias? j ) quais põemovos comcasca no ambiente
ter-restre? k) quais não possuem pulmões? 2. veja a lista de animais a seguir.
depois, responda às questões no caderno. • coelho • jararaca • cavalo-marinho •
onça • sardinha • pinguim • truta • lagarto • elefante • ema •
mico-leão-dourado • baleia • sabiá • garoupa • lagartixa • gambá • salamandra
a) classifique cada animal em um dos seguin-tes grupos: peixes, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos. b) em que grupo encontra-se a moela, estôma-go que
tem a função de triturar os alimentos? c) em que grupos há coluna vertebral? 3.
no caderno, indique apenas as afirmativas ver-dadeiras. a) os peixes são
vertebrados endotérmicos. b) no tubarão e na raia, as brânquias encontram- -se
cobertas pelo opérculo. c) nos animais ovíparos, a fecundação é externa. d)
muitos répteis adultos apresentam respiração cutânea e pulmonar. e) amaioria
dos mamíferos é vivípara. f ) os anfíbios adultos possuem apenas respira-ção
pulmonar, já que a pele deles é coberta de queratina. g) os anfíbios realizam
fecundação interna. h) os répteis ainda dependemda água para a re-produção,
pois realizam fecundação externa. i ) as aves e os mamíferos possuem pulmões. j
) as aves provavelmente descendemde alguns grupos de dinossauros. k) as aves
possuem sacos aéreos ligados aos pulmões. l ) os dinossauros e os homens
conviveram no passado. m) todas as serpentes são peçonhentas. n) os mamíferos
marinhos, como os golfinhos e as baleias, respiram por brânquias. o) as aves
são os únicos vertebrados como cor-po coberto de penas. p) os mamíferos são os
únicos vertebrados que possuem pelos no corpo. q) as aves são os únicos
vertebrados que voam. r ) em termos de evolução, os mamíferos mais próximos do
ser humano estão no grupo dos primatas. s) os peixes, em geral, possuem corpo
com for-mato hidrodinâmico. t ) oornitorrinco e a equidna sãomamíferos com
placenta. mexa-se! quais são os animais ruminantes? por que têm esse nome? o
que ocorre com o alimento no estômago desses animais?
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capítulo 23 • mamíferos 258 atividade em grupo escolham um mamífero da
fauna brasileira. pode ser, por exemplo, um dos animais ameaçados de extinção.
ilustremo trabalho comfotos (ouvídeos) ou desenhos do mamífero escolhido e
façam um resumo das características relacionadas abaixo. depois, exponham o
trabalho para a comunidade escolar. • ambiente onde vive (terra, água, floresta,
ocea-no, rio, campo, etc.). • modo de locomoção (tem nadadeiras, pernas, asas?;
rasteja, nada, voa, salta, corre, etc.?). • descrição do animal: membros
locomotores (se tiver: número, posição no corpo, presença de al-mofadinhas,
garras, dedos, cascos, unhas, etc.); presença (ou não) de cauda; tipo de boca
(lá-bios, dentes, bicos, língua, bigodes, etc.); olhos (posição na cabeça);
orelhas (tamanho, posição na cabeça). • o que o animal come. • quais os
sentidos mais desenvolvidos (visão, audição, olfato, etc.). • o modo como vive
(isolado, em casal, em ban-do, etc.). • comportamento (agressivo, manso,
exibido, escondido, etc.). • se apresenta algummecanismo de defesa
(ca-muflagem, ataque, fuga, etc.). • se há dimorfismo sexual, isto é, se o
macho e a fêmea são diferentes. • como é o ritual de acasalamento, se houver. •
como é feita a proteção dos filhotes; há presen-ça de mamas? procurem saber se,
na região em que vocês mo-ram, existe alguma instituição educacional (por
exemplo, uma universidade, um museu ou um centro de ciências) que trabalhe com
mamíferos brasileiros ou mantenha uma exposição sobre esses animais. descubram
se é possível visitar esse local. uma opção é pesquisar na internet si-tes de
universidades, museus, etc. que disponibi-lizem uma exposição virtual sobre o
tema. 23.33 pessoas observando hipopótamos no zoológico da cidade de são paulo
(sp), set. 2006. marcio lourenço/pulsar imagens
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259 leitura especial a evolução da espécie humana o ser humano
compartilha com os outros prima-tas uma série de características que
representam adaptações à vida nas árvores, ambiente onde a maio-ria deles vive.
algumas dessas características são: ar-ticulações flexíveis no ombro e nasmãos;
dedos longos e flexíveis, com unhas em vez de garras; polegar em oposição aos
outros dedos, que permite que asmãos se agarremaos galhos; visão comboa noção
de profundi-dade; cérebro bem desenvolvido, que, entre outras coi-sas, coordena
os movimentos precisos nas árvores. chimpanzés, gorilas e orangotangos são os
pa-rentes evolutivos mais próximos da espécie humana. de início, formavam a
família dos pongídeos, mas, atualmente, fazem parte da família dos hominídeos,
assim como a espécie humana. isso não quer dizer que o ser humano tenha
sur-gido dos chimpanzés ou de outros macacos atuais. ob-serve a figura 1:
supõe-se que, entre 5 e 7 milhões de anos atrás, um ancestral da espécie humana
teria se separado de um ancestral dos atuais chimpanzés. portanto, o ser humano
e o chimpanzé devem descender de um mesmo ancestral, um primata que
desapareceu. apartir de então, a espécie humana evo-luiu separadamente da
espécie dos macacos, e ambas se adaptaram a modos de vida diferentes. ao
ladodas semelhançashámuitasdiferençasen-tre os seres humanos e os demais
primatas. uma delas é nossa capacidade de caminhar habitualmente apenas sobre
dois pés, enquanto os gorilas, os chimpanzés e os outros símios só conseguem
andar assim de vez em quando e por pouco tempo. em outras palavras, o ser
humanomantémuma postura ereta. compare a postu-ra humana à postura de umsímio
na figura 2. outra diferença é o desenvolvimento do cérebro: na espécie humana,
o volume do crânio varia, emgeral, de 1 a 1,6 litro (1 litro equivale a 1 000
centímetros cúbi-cos); no chimpanzé, seu volume atinge, nomáximo, 1/2 litro e,
no gorila, 3/4 de litro. veja a figura 2. chimpanzé (70 cm a 90 cm) 5 a 7
milhões de anos atrás 8milhões de anos atrás 12 milhões de anos atrás 20
milhões de anos atrás 30 milhões de anos atrás 70 milhões de anos atrás ser
humano gorila (1,30ma 1,90m) orangotango (1,10ma 1,40m) gibão (45cma65cm)
lêmure (17cma55cm, foraacauda) társio (12 cma 15 cm, fora a cauda) outros
macacos 1 possível origem evolutiva dos primatas. as datas (milhões de anos)
indicam a época aproximada em que ocorreu a separação dos grupos. (figura sem
escala; cores fantasia.) ingeborg asbach/ arquivo da editora
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capítulo 23 • mamíferos 260 a história evolutiva da nossa espécie ainda
não sabemos ao certo quais foram as cau-sas que favoreceram a postura ereta e
outras caracte-rísticas do ser humano. uma hipótese é que o grupo de primatas
que originou a espécie humana teria abando-nado a floresta e ido viver nos
campos ou nas savanas da áfrica. a postura ereta pode ter facilitado a corrida
nas savanas, alémde ter deixado asmãos livres paramani-pular e carregar comida.
o que se sabe com certeza é o que mostram os fósseis. muitos fósseis
tinhamumcrânio comtamanho semelhante ao dos chimpanzés, mas com outras
ca-racterísticas, semelhantes às da espécie humana. os fósseis mais antigos
desse tipo têmmais de 5 milhões de anos de idade. estudando os ossos da perna e
da bacia desses fósseis, percebemos que sãomais semelhantes aos os-sos humanos
que aos dos macacos atuais. os ossos in-dicam também que todos tinham postura
ereta, ou seja, andavam sobre duas pernas. entre os possíveis ancestrais da
linhagem hu-mana estão os australopitecos, integrantes do gênero
australopithecus (termo que significa ‘macaco do sul’). um dos fósseis de
australopiteco mais famosos pertencia à espécie australopithecus afarensis e
foi descoberto em 1974. provavelmente era do sexo femi-nino, por isso lhe deram
o nome de lucy. a idade do fóssil foi calculada em 3,18 milhões de anos. tinha
1,07 metro de altura, postura ereta e pesava poucome-nos de 30 quilogramas. o
cérebro eramais oumenos do tamanho do de um chimpanzé: tinha um crânio com
cerca de 420 centímetros cúbicos. a figura 3 mostra fotos: d. roberts/science
photo library/latinstock rodval matias/arquivo da editora 2 amaneira como os
ossos da perna se articulamcomos ossos do quadril confere à espécie humana a
postura ereta, uma das primeiras características de nossos ancestrais. nas
imagens, radiografias de crânio de chimpanzé e de ser humano. note que o crânio
do chimpanzé é bemmenor que o do ser humano, e amandíbula, maior. podemser
vistos tambémos grandesmolares do chimpanzé, adaptados para triturar frutas e
raízes. (figura semescala; cores fantasia.) o volume médio do crânio do
chimpanzé é de 500 cm 3 . o volume médio do crânio da espécie humana atual é de
1 350 cm 3 . telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 260 6/21/12 1:30 pm
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261 uma ilustração que tenta representar como lucy seria emvida e uma
foto do seu esqueleto. em 2006, uma equipe de pesquisadores encon-trou os ossos
de uma menina que viveu há cerca de 3,3 milhões de anos na etiópia. os ossos
eram de um aus-tralopiteco da mesma espécie de lucy. a menina foi chamada de
selam, nome etíope que significa ‘paz’. deve ter vivido até os 3 anos de idade.
a estrutura do fêmur indica uma postura ereta, mas os braços e os de-dos longos
e curvados sugerem que essa espécie seria capaz de se deslocar agarrando ramos
de árvores. fósseis com idades entre 2,3 milhões e 1,5 milhão de anos podem ser
considerados os primeiros perten-centes ao gênero homo, o gênero da espécie
humana atual. ovolume do seu crânio variava de 500 a 670 cen-tímetros cúbicos.
entre os restos encontrados junto à espécie co-nhecida como homo habilis havia
ferramentas de pe-dra lascada (quebradas demodo a ficar comuma borda afiada),
que deviam ser usadas como um tipo de faca para cortar a carne de animais (pilhas
de ossos de ani-3 na ilustração à esquerda, reconstrução de um australopiteco
(lucy) a partir de pedaços de fósseis do esqueleto (foto domeio). na ilustração
acima, reconstrução da face de umaustralopiteco. (figura sem escala; cores
fantasia.) 4 crânio (comcerca de 600 cm 3 ) dehomo habilis (comcerca de
1,9milhão de anos) e reconstituição dessa espécie fabricando ferramentas de
pedra. (figura semescala; cores fantasia.) australopiteco jovem (cerca de 330
cm 3 de volume de crânio). institute of human origins/arquivo da editora j. p.
rey/arquivo da editora ilustrações: mauricio anton/science photo
library/latinstock javier trueba/msf/science photo library/ latinstock philippe
plailly/eurelios/ science photo library/latinstock unidade 3 • o reino animal telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd
261 6/21/12 1:30 pm
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<Page Number="264">
capítulo 23 • mamíferos 262 mais foram encontradas próximas aos fósseis
dessa espécie). veja a figura 4. segundo o registro fóssil, há 1,8 milhão de
anos apareceu uma espécie que pode ter sobrevivido até cerca de 500 mil anos
atrás: o homo erectus. nos fósseis mais antigos, o volume do cérebro era de
pouco menos de 1 litro; nos mais recentes, chegava a 1,3 litro. o homo erectus
construía ferramentas de pedra mais elaboradas que as do homo habilis e há
evidên-cias de que usava o fogo (foram achadas pilhas de car-vão vegetal ao
lado de ossos humanos em cavernas), talvez para se aquecer, cozinhar a carne ou
trabalhar melhor a pedra. observe a figura 5. o homem de neandertal, cujos
fósseis datam de 250mil anosatrás, recebeuessenomepor ter sidodesco-bertonuma
caverna dovale deneander, naalemanha. os neandertais eram baixos, tinham ossos
for-tes e cérebro pouco maior que o do ser humano atual. o grande número de
armas e ferramentas feitas de pedra trabalhada indica que eram bons caçadores.
os neandertais extingui-ram-se há 30 mil anos. veja a figura 6. 5
reconstituição do rosto (b) dohomo erectus com base no crânio (a; cerca de 960
cm 3 ) e ferramentas de pedra feitas por ele, usadas para cortar carnes de
animais e realizar outras tarefas (ced). (figura sem escala; cores fantasia.) 6
crânio (emmédia, 1 450 cm 3 ) e reconstituição do homem de neandertal. (figura
sem escala; cores fantasia.) marc charuel/corbis john reader/science photo
library/latinstock christian jegou publiphoto diffusion/science photo
library/latinstock sheila terry/science photo library/latinstock javier
trueba/msf/science photo library/latinstock john reader/science photo
library/latinstock a d b c telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 262
6/21/12 1:30 pm
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<Page Number="265">
unidade 3 • o reino animal 263 os primeiros seres humanos a
seremconsidera-dos da espécie atual (homo sapiens) podem ter surgi-do há cerca
de 200 mil anos, ou até mesmo antes. os primeiros hominídeos a apresentar
caracte-rísticas idênticas às do ser humano moderno devem ter surgido há cerca
de 100 mil anos. o representante mais conhecido é o homem de cro-magnon, que
tem esse nome por ter sido encontrado pela primeira vez na caverna francesa de
mesmo nome. os homens de cro-magnon fabricavam exce-lentes ferramentas (facas,
lanças, etc.). além disso, produziam arte: até hoje, podem ser vistas pinturas
com cenas de caça nas cavernas que habitavam. veja a figura 7. alguns
cientistas consideraram que tanto o ho-mem de cro-magnon quanto o homem de
neandertal pertenciam à mesma espécie — homo sapiens. mas, como existem
diferenças anatômicas entre ambos, concluiu-se que seriam duas subespécies.
segundo essa classificação, nossa subespécie (o homem de cro-magnon) é chamada
de homo sapiens sapiens e a do homem de neandertal é chamada de homo sapiens
neanderthalensis. a tendência atual, porém, é classificar o homem de neandertal
como uma espécie diferente do homo sapiens: a do homo neanderthalensis. 8
possíveis ancestrais da linhagem humana. a largura dos retângulos indica o
período em que cada espécie viveu na terra, emmilhões de anos. a partir do
australopithecus anamensis, todos tinham postura ereta. um futuro imprevisível
é impossível prever como será a evolução huma-na no futuro. imaginar seres
humanos com cérebros imensos, por exemplo, não parece ter apoio nos fós-seis:
nos últimos 100 mil anos, não houve aumento no tamanho do cérebro (aliás, o
crânio do homem de neandertal era maior que o nosso). prever como será a
evoluçãode qualquer espécie é praticamente impossível: não sabemos, por
exemplo, se o ambiente vai mudar e como isso vai ocorrer. alémdis-so, acontecem
muitos fatos imprevisíveis ao longo da história da vida, como alterações climáticas
e catástro-fes ecológicas, que eliminamboa parte das espécies. veja, na figura
8, alguns de nossos ancestrais dos hominídeos. 7 6 3 2 5 4 1 0 sahelanthropus
tchadensis australopithecus anamensis australopithecus afarensis
australopithecus africanus australopithecus boisei homo habilis homo erectus
homo neanderthalensis homo sapiens australopithecus garhi ardipithecus ramidus
orrorin tugenensis milhões de anos atrás reconstituição do rosto do homem de
cro-magnon. ilustração de homemde cro-magnon fazendo uma pintura na parede de
uma caverna. uma pintura feita pelo homem de cro-magnon em uma caverna de
lascaux, na frança. bettmann/corbis/latinstock francis g. mayer/corbis volker
steger/nordstar-4 millionyears of man/ science photo library/latinstock 7 telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd
263 6/21/12 1:30 pm
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ponto de chegada nesta unidade você conheceu as principais
caracte-rísticas do reino animal. e aprendeu também como é importante preservar
a biodiversidade do planeta. começamos pelas esponjas (poríferos), animais
sés-seis e aquáticos, e passamos pelos cnidários, tam-bém aquáticos, com suas
formas de pólipo, e pelas medusas, com suas células urticantes de defesa. e
agora você já sabe a importância ecológica dos reci-fes de corais e pode
pesquisar onde eles são encon-trados no brasil. você viu que, embora entre os
platelmintos existam alguns, como as planárias, que têm vida livre, ou-tros são
parasitas e causam doenças ao ser huma-no. é o caso das tênias ou solitárias, transmitidas
pela carne contaminada do boi ou do porco, e do es-quistossomo, cuja larva se
desenvolve no interior de certos caramujos e pode penetrar no ser huma-no
através da pele, quando se usa água de locais contaminados. ao estudar essas
doenças, você pôde perceber a im-portância de melhorias no saneamento básico,
pois essas medidas podem evitar doenças causadas pe-los nematoides, como a
lombriga, o ancilóstomo, o necátor e a filária, transmitida por picadas de
certas espécies de mosquitos. além disso, pôde elaborar campanhas de alerta
sobre as doenças provocadas por nematoides e tambémpor platelmintos. ao iniciar
o estudo do grupo dos anelídeos, talvez você nem suspeitasse da importância das
minhocas na fertili-dade dos solos. você pôde conhecer também os po-liquetos e
os hirudíneos (sanguessugas), outros re-presentantes dessemesmo grupo. alémde
conhecer o corpo dosmoluscos e alguns re-presentantes desse grupo, você sabe
agora quemui-tos deles são usados como alimentos, como é o caso das ostras e
demariscos, polvos, lulas e até de alguns caracóis. é possível que você também
não soubesse que, de longe, o maior número de espécies entre todos os animais é
encontrado no filo dos artrópodos – mais especificamente entre os insetos. aqui
se encontram animais com esqueleto de quitina, que crescem por mudas, e
compernas articuladas. você estudou os insetos, com o corpo dividido em cabeça,
tórax e abdome, três pares de pernas e uma série de adaptações à vida
terrestre; os crustáceos (camarão, siri, lagosta, etc.), cujamaioria vive na
água e possui o corpo dividido em cefalotórax e abdome e com vários
representantes usados como alimento pelo ser humano; os aracnídeos (aranha,
escorpião, carrapato, etc.), com o corpo dividido em cefalotórax e abdome e
quatro pares de pernas (e aprendeu a tomar cuidado com as espécies
peçonhentas); os quilópodes e diplópodes (lacraia e embuá), com um número
grande de pernas. você viu que, entre os invertebrados, encontram- -se os
equinodermos, exclusivamente aquáticos, como a estrela-do-mar, o ouriço-do-mar
e o pe-pino-do-mar. o estudo do grupo dos anelídeos, talvez você nem
suspeitasse da importância das minhocas na fertili-dade dos solos. você pôde
conhecer também os po- -se os equinodermos, exclusivamente aquáticos, como a
estrela-do-mar, o ouriço-do-mar e o pe-pino-do-mar. 264
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ponto de chegada se você pedir a alguém que faça uma lista dos animais
que conhece, provavelmente todos – ou quase todos – serão vertebrados, animais
com coluna vertebral e um esqueleto interno que sus-tenta o corpo. você
conheceu um pouco da histó-ria evolutiva desse grupo, sua importância
ecológi-ca e econômica. além de conhecer a importância econômica dos pei-xes
para a espécie humana, você pôde compreender como uma série de características
desses animais os torna adaptados à vida aquática: o formato do corpo, as
nadadeiras, as brânquias. já entre os anfíbios (sapo, rã, perereca, salamandra,
cecílias) encontramos grupos que vivemfora da água (têmpernas e respirampor
pulmões epela pele), mas que ainda dependem dela para a reprodução, dando
origema larvas aquáticas. estudando os répteis (serpentes, jacarés,
tartaru-gas, lagartos, etc.) você pôde compreender por que esses animais estão
adaptados à vida terrestre: pele grossa coberta de queratina, além de pernas e
pulmões que dispensam a respiração cutânea. a re-produção também não depende da
água, com fe-cundação externa e presença de umovo com casca. você conheceu
também alguns grupos de serpen-tes peçonhentas e um pouco sobre os dinossauros,
animais que foram extintos há mais de 60 milhões de anos. pôde ainda realizar
pesquisas sobre quais os répteis encontrados no brasil. o estudo das aves
permitiu compreender uma série de adaptações ao voo (asas, penas, esqueleto,
etc.), além de adaptações específicas de alimentação entre
osdiversosgruposdeavesedocontrolequeas avese osmamíferos têmsobre a temperatura
corporal. sabe agora como a diversidade de aves é rica no bra-sil e que, ao mesmo
tempo, vários representantes desse grupo estão ameaçados de extinção pela caça
ilegal e pela destruição de seus habitat. provavelmente você já sabia que os
seres humanos sãomamíferos, mas será que conhecia as caracterís-ticas típicas
desse grupo, como os pelos e as glându-las mamárias? e os representantes das
ordens de mamíferos? por fim, você pôde fazer uma leitura sobre a inte-ressante
história evolutiva da espécie humana, e aprendeu, entre outras coisas, que
nosso parente evolutivo mais próximo é o chimpanzé e que, por-tanto, possuímos
um ancestral comum mais re-cente. conheceu também algumas características
típicas da nossa espécie, como a postura ereta e o grande desenvolvimento do
cérebro, da linguagem e da capacidade de construir ferramentas. no próximo ano, você
vai estudar com detalhes as características anatômicas e funcionais da nossa
es-pécie e aprender os cuidados importantes que deve-mos ter coma nossa saúde.
animais que foram extintos há mais de 60 milhões de anos. pôde ainda realizar
pesquisas sobre quais os répteis encontrados no brasil. características
anatômicas e funcionais da nossa es-pécie e aprender os cuidados importantes
que deve-mos ter coma nossa saúde. 265 ilustração: suryara bernardi/arquivo da
editora telaris_ciencias_7ano_238a265_u03c23.indd 265 6/21/12 1:30 pm
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4 unidade 266 você
consegue imaginar a vida na terra sem as plantas? são elas – e também as algas
– que produzem o oxigênio que a maioria dos seres vivos terrestres utiliza na
respiração. e produzem também o alimento que sustenta todos os seres vivos do
planeta, incluindo a espécie humana. nesta unidade você vai conhecer os
diversos grupos de plantas e também um pouco da vida nos diversos ambientes
naturais do planeta. as plantas e o ambiente telaris_ciencias_7ano_266a273_u04c24.indd
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267 ponto de partida
1. quais são os principais grupos de plantas e como estão adaptados ao ambiente
em que vivem? 2. raiz, caule, folhas, flor e fruto – quais as funções dessas
partes da planta? que experimentos podemos fazer para identificar algumas
dessas funções? 3. como identificar cada um dos principais biomas do planeta?
4. que alterações o ser humano vem provocando nesses biomas? como e por que
devemos preservá-los? telaris_ciencias_7ano_266a273_u04c24.indd 267 6/21/12
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268 briófitas e
pteridófitas musgos e samambaias: quais as diferen-ças entre eles? e como essas
plantas se reproduzem? a questão é capítulo 24 a samambaia pteris vittata é
capaz de absorver arsênico, ummetal muito tóxi-co, que pode contaminar o solo
pelo uso excessivo de certos pesticidas comesse ele-mento. por isso, estão
sendo realizadas pesquisas para verificar se essa planta pode ser usada para
limpar o solo desses resíduos tóxicos. as primeiras plantas terrestres surgiram
das algas verdes, por evolução. neste capítulo você vai estudar as briófitas,
como os musgos, e as pteridófitas, como as sa-mambaias, dois grupos de plantas
que evoluíramdessas primeiras plantas terrestres. fabio colombini/acervo do
fotógrafo 24.1 musgos (a maioria não ultrapassa 5 cm de altura).
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 269 1 as briófitas as briófitas mais conhecidas são os
musgos. essas pequenas plantas medem geralmente poucos centímetros e formam uma
espécie de tapete verde em locais úmidos e sombreados. osmusgos não possuemos
chamados vasos condutores de seiva— sistema de canais que nas outras plantas
transporta a água e os sais minerais das raízes para as folhas e distribui para
toda a planta as substâncias orgânicas produzidas nas folhas. por isso dizemos
que osmusgos são plantas avasculares, e suas estruturas cor-porais são chamadas
de rizoide, cauloide e filoide, pois não podem ser considerados raiz, caule e
folhas verdadeiros. mas você sabia que o tamanho da planta tem relação com a
ausência de vasos condutores de seiva? a ausência de vasos condutores de seiva
explica por que não encontramos plantas altas entre os musgos: o transporte de
substâncias pelo corpo da plantinha é feito célula a célula e, por isso, émais
lento que emoutras plantas terrestres. para uma planta pequena, isso não é
problema, mas uma planta grande não conseguiria distri-buir os nutrientes com a
velocidade necessária para atender a todas as células. o corpo dos musgos
emgeral não possui uma cobertura impermeável que os proteja contra a perda de
água. essa é uma das razões pelas quais essas plantas são mais comuns em locais
úmidos e que não recebem luz direta do sol. nesses locais há menos chance de
ocorrer perda de água por evaporação, o que provocaria o ressecamento
(desidratação) da planta. briófita é uma palavra de origem grega: bryon (brio)
significa ‘musgo’, e phyton (fito ou fita), ‘planta’. avascular significa ‘sem
vasos’: a vem do grego ‘sem’, e vasculum, do latim ‘pequeno vaso’. rizoide quer
dizer ‘semelhante a uma raiz’. é uma palavra que vem do grego: rhiza (rizo)
significa ‘raiz’, e eidos (oide), ‘semelhante a’. cauloide quer dizer
‘semelhante a um caule’. filoide significa ‘semelhante a uma folha’. a
reprodução dos musgos os musgos vivem agrupados e, desse modo, retêm, entre os
filoides, a água da chuva ou do orvalho, o que di-minui os riscos de
desidratação. a água retida é importante também na reprodução sexuada desses
vegetais, pois o gameta masculino, cha-mado anterozoide, vai ao encontro do
gameta feminino, chamado oosfera (em latim, oon significa ‘ovo’), nadando
comseus flagelos. como se vê, apesar de viveremna ter-ra, os musgos dependem da
água para se reproduzir. acompanhe na figura 24.2 a explicação a seguir so-bre
a reprodução dos musgos. andy harmer/science photo library/latinstock ingeborg
asbach/arquivo da editora esporos caem no solo e originam novas plantas
(gametóftos). esporófto anterozoides oosfera floides cauloides rizoides
gametófto masculino gametófto feminino gametófto feminino 24.2 representação
ilustrativa da reprodução dos musgos (ilustração sem escala; cores fantasia).
na foto, esporófitos dos musgos (a maioria dessas plantas não ultrapassa 5 cm
de altura, mas o esporófito pode chegar a 20 cm de altura).
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<Page Number="272">
capítulo 24 •
brióftas e pteridóftas 270 há plantinhas masculinas, que produzem os
anterozoides, e plantinhas femininas, que produzem as oosferas. essas
plantinhas são chamadas de gametófitos, pois produzem gametas. após a
fecundação — resultado do encontro entre anterozoide e oosfera —, forma-se uma planta
diferente da inicial, que cresce sobre o pé demusgo feminino. essa planta,
chamada esporófito, produz células resistentes, os esporos, e, depois de
liberá-los, morre. os esporos são levados pelo vento e, quando chegam ao solo,
germinam, dando origem a outros pés de musgo. assim, a produção de esporos
permite que a espécie se espalhe pelo ambiente. 2 as pteridófitas samambaias e
avencas são pteridófitas bem conhecidas e muito utilizadas como plantas
ornamentais. menos conhecidas são as grandes samambaias arbores-centes, também
chamadas de fetos, como a samambaiaçu, que pode atingir vários metros de
altura. veja a figura 24.3. pteris vem do grego e significa ‘feto’. a folha
nova da planta tem uma forma parecida com a de um feto no ventre materno. 24.2
as hepáticas (filoides têm de 2 cm a 10 cm de comprimento) receberam esse nome
porque sua forma lembra a de um fígado humano. (hépatos vem do grego e
significa ‘fígado’.) 24.3 algumas pteridófitas. fabio colombini/acervo do
fotógrafo carlos goldgrub/reflexo samambaia (tamanho variado; a samambaia
amazônica pode chegar a 3 m de comprimento). salvínias, em ilustração e foto
(folhas com largura entre 1 e 5 cm). avenca (folhas com 30 a 60 cm de
comprimento). por isso dizemos que no ciclo de vida dos musgos há duas plantas:
uma delas — o gametófito — é verde, vive mais tempo, faz fotossíntese e produz
gametas; a outra — o esporófito — dura pouco e não faz fotossíntese, só produz
esporos. o musgo alterna, portanto, reprodução sexuada (com gametas) e
assexuada (com esporos). as hepáticas as hepáticas são briófitas de forma
achatada, encontradas em locais úmidos. o contorno da planta lembra um fígado
humano, daí o seu nome. observe a figura 24.2. antigamente, pensava-se que uma
planta com a forma de um órgão poderia curar as doenças manifestadas por esse
órgão, por isso as hepáticas eram usadas em chás para doenças do fígado. hoje
sabemos que não há relação entre a forma de uma planta e suas propriedades
curativas. fabio colombini/ acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do
fotógrafo ingeborg asbach/arquivo da editora
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<Page Number="273">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 271 as pteridófitas apresentamvárias características que
estão ausentes nosmusgos. em primeiro lugar, há vasos condutores de seiva, que
levam rapidamente a água e os sais minerais extraídos do solo para as folhas
(onde ocorre a fotossíntese) e transportam para toda a planta as substâncias
orgânicas da folha. por esse motivo as pteridófitas podem atingir tamanhos
muito maiores que os musgos. a presença de vasos condutores permite chamar de
raiz, caule e folha as dife-rentes partes do corpo dessas plantas. o caule, na
maioria dos casos, é subterrâneo ou rastejante (fica rente ao solo) e, por
isso, é chamado de rizoma. as folhas são cobertas por uma película impermeável
que diminui a ameaça de perda de água no ambiente terrestre. de vários pontos
do rizoma brotam folhas e raízes. quando algumas partes do rizoma apodrecem,
formam-se novas plantas separadas. essa é uma forma de reprodução assexuada.
mas as pteridófitas apresentamumciclo reprodutivo semelhante ao das briófitas,
emque se alternama reprodução sexuada e assexuada. vejamos como isso acontece.
a reprodução das samambaias observe a figura 24.4. ela representa o ciclo
reprodutivo das samambaias, com alternância entre reprodução sexuada e
reprodução assexuada. rizoma vem do grego rhizoma e significa ‘o que está
enraizado’. plantinha germinando em prótalo (3 mm a 10 mm de comprimento por 2
mm a 8 mm de largura). fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo 24.4
reprodução da samambaia. ingeborg asbach/arquivo da editora folha nova planta o
anterozoide nada até a oosfera e a fecunda. os esporos caem no solo e germinam,
originando prótalos. órgão onde são produzidos os esporos, em certas épocas do
ano. anterozoide prótalo esporos oosfera soros raiz caule os soros fcam na
parte inferior das folhas. telaris_ciencias_7ano_266a273_u04c24.indd 271
6/21/12 1:23 pm
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capítulo 24 •
brióftas e pteridóftas 272 em certas épocas do ano, a samambaia produz esporos
dentro dos soros, pe-quenos pontos escuros que ficam na face inferior da folha.
esses esporos caem no solo e germinam, originando uma pequena planta em forma
de coração, que dura pouco. ela mede apenas um ou dois centímetros de diâ-metro
e é chamada de prótalo. reveja a figura 24.4. o prótalo é a plantinha produtora
dos gametas masculinos e femininos. por isso, no ciclo reprodutivo das
pteridófitas, o prótalo é o gametófito. quando essa plantinha fica coberta pela
água da chuva ou pelo orvalho, o game-ta masculino (anterozoide) nada sobre a
superfície úmida do prótalo e fecunda o ga-meta feminino (oosfera). forma-se um
zigoto, que origina uma nova planta sobre o prótalo, que morre em seguida.
portanto, ao contrário do que ocorre nos musgos, a planta principal das
samam-baias, mais desenvolvida e que vive mais tempo, produz esporos, e não
gametas. di-zemos, então, que, nas samambaias, a planta é umesporófito
(nosmusgos, a planta é um gametófito). assim como as briófitas, as pteridófitas
dependem da água para a reprodução sexuada. por isso essas plantas também são
mais comuns em regiões úmidas. a origem das pteridófitas as primeiras plantas
com vasos condutores de seiva apareceram há cerca de 430 milhões de anos e se
diversificaram no ambiente terrestre. as pteridófitas formaram grandes
florestas no ambiente terrestre entre 300 e 350 milhões de anos atrás. com o
tempo, essas florestas foram cobertas por rochas sedimentares e originaram, ao
longo de vários períodos geológicos, o carvão de pe-dra, também chamado de
carvão mineral, usado atualmente como combustível. prótalo vem do grego pró,
que significa ‘anterior’, e thallós, ‘ramo verde’. você percebeu então que, por
ser pequeno, o prótalo fica facilmente coberto pela água da chuva ou pelo
orvalho, o que possibilita a fecundação. por isso, o esporófito pode ser maior,
uma vez que a fecundação ocorre no gametófito. biologia e ambiente o xaxim o
caule da pteridófita conhecida como sa-mambaiaçu é aéreo, e não subterrâneo, e
está envolvido por raízes, também aéreas, entrelaça-das de forma compacta. dele
é feito o xaxim, um material utilizado na produção de vasos para plantas
ornamentais (figura 24.5). a samambaiaçu é uma planta típica da mata atlântica
e está ameaçada de extinção por causa da intensa exploração comercial. por
isso, a ex-tração do xaxim é proibida por lei: não use xaxim. já existem no
mercado vasos fabricados com fibra de coco similares ao xaxim, o que con-tribui
para a preservação dessa espécie. 24.5 vaso de xaxim. fabio colombini/acervo do
fotógrafo telaris_ciencias_7ano_266a273_u04c24.indd 272 6/21/12 1:23 pm
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 273 atividades 1. por que os musgos não atingem grande
altura? 2. como o gameta masculino domusgo chega até o gameta feminino? 3. na
face inferior das folhas das samambaias po-dem-se ver pequenas estruturas
escuras. que estruturas são essas e o que elas produzem? 4. qual é a função dos
esporos, tanto nas briófitas como nas pteridófitas? 5. onde são produzidos os
gametas das pteri-dófitas? 6. que estruturas possibilitam que as pteridófitas
tenham um porte maior que os musgos? 7. ordene os acontecimentos a seguir na
sequência correta, começando por “planta”: planta – produção de gametas –
formação do prótalo – produção de esporos – fecundação. 8. indique no caderno
apenas as afirmativas ver-dadeiras. a) musgos e samambaias possuem raiz, caule
e folhas. b) os musgos dependem da água para a repro-dução. c) as samambaias se
reproduzempor sementes. d) nosmusgos, a planta principal e que vivemais tempo
produz gametas. e) os musgos possuem vasos que conduzem a seiva. f ) as
samambaias não dependem da água para a fecundação. g) nas samambaias, a
principal planta e que vive mais tempo produz esporos. trabalhando as ideias do
capítulo 1. costuma-se dizer que os musgos são os “anfíbios” do reino vegetal.
essa compara-ção não é totalmente correta, mas aproxi-mada. que semelhanças
você indicaria entre omodo de vida dos anfíbios e o dosmusgos? 2. as plantas
das samambaias podem atingir grandes alturas, mas o prótalo é sempre bem
pequeno. o tamanho do prótalo pode ser considerado uma adaptação que facilita a
reprodução das samambaias. explique por quê. 3. a foto ao lado mostra avencas
(comprimen-to das folhas: 30 cm a 60 cm). você sabe di-zer o que são os pontos
escuros na borda das folhas? pense um pouco mais 24.6 fabio colombini/acervo do
fotógrafo atenção! não escreva no livro! faça os exercícios no caderno. telaris_ciencias_7ano_266a273_u04c24.indd
273 6/21/12 1:23 pm
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<Page Number="276">
274 gimnospermas
comoogrãodepóleneasementecontribuem para a reprodução das gimnospermas? que
exemplos degimnospermas você conhece? a questão é capítulo 25 caroços de
laranja, mamão, manga, abacate. todos esses caroços, geralmente desprezados
quando se comemas frutas, são, na verdade, sementes que estão den-tro de
frutos. agora veja se você conhece a planta da figura 25.1 e suas sementes.
essa planta é o pinheiro-do-paraná, ou araucária. e ao lado do pinheiro está a
imagemdas sementes dele — os pinhões —, que são consumidas como alimento pelo
ser humano e por outras espécies. a diferença é que, no caso do pinheiro, as
semen-tes não estão dentro de frutos. além de servir de alimento, a semente
desempenha importantes funções na planta, como veremos neste capítulo. 25.1
pinheiro-do-paraná (araucaria angustifolia; atinge até 50 m de altura) e suas
sementes, os pinhões (cerca de 5 cm de comprimento). zig koch/reflexo palê
zuppani/pulsar imagens telaris_ciencias_7ano_274a279_u04c25.indd 274 6/21/12
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 275 1 conheça as gimnospermas as plantas com semente
dividem-se em dois grupos: gimnospermas e angios-permas. nas angiospermas —
grupo que engloba as plantas com flores —, as semen-tes se encontram dentro de
frutos. já as gimnospermas, que estudaremos neste ca-pítulo, não produzem
frutos, apenas sementes. por isso suas sementes são nuas. as gimnospermas são
plantas bem adaptadas aos climas frios ou temperados. elas formam as florestas
de pinheiros (denominadas taigas) do hemisfério norte e a mata de araucárias,
encontrada no sul do brasil e em parte da argentina. os pinheiros em geral são
bastante explorados para a extração de madeira e a produção de papel. deles
também se retiram resinas, usadas na produção de solven-tes e de vernizes. são
gimnospermas também: • as grandes sequoias, que só existem em algumas regiões
do hemisfério norte; • o cipreste, que forma as cercas vivas; • as tuias, que
entre nós costumam ser enfeitadas como árvores de natal; • o sagu de jardim, ou
cica (gênero cycas); • o pinheirinho-bravo, ou podocarpo, que vem sendo
cultivado para utilização em paisagismo. observe na figura 25.2 a sequoia, o
sagu de jardim e o cipreste. angiospermas são as plantas que produzem sementes
dentro de frutos: aggeion significa ‘recipiente’, e sperma, ‘semente’. na
palavra gimnospermas, gymnos significa ‘nu’, e sperma, ‘semente’. sequoias
(sequoia sempervirens; podematingir cerca de 100mde altura). sagu de jardim
(cycas revoluta; 1,5 m a 3 m de comprimento). cipreste (pode atingir de 20 m a
30 m de altura). 25.2 algumas gimnospermas. v. c. l./keystone
spl/latinstock gary yowell/the image bank/getty images telaris_ciencias_7ano_274a279_u04c25.indd
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<Page Number="278">
capítulo 25 •
gimnospermas 276 entre as gimnospermas encontram-se as maiores e mais antigas
árvores do planeta: uma espécie de sequoia chega a atingir mais de 100 metros
de altura, e al-guns pinheiros chegam a cerca de 4 900 anos de idade. como as
pteridófitas, as gimnospermas possuem vasos condutores de seiva, o que lhes
permite ter grande porte. se examinarmos as folhas de um pinheiro maduro, no
entanto, veremos logo uma diferença importante em relação às pteridófitas:
alémde folhas encarregadas de realizar a fotossíntese, vamos encontrar ramos
com folhas especializadas na repro-dução: os estróbilos ou cones. vem daí o
nome do principal grupo de gimnospermas: as coníferas. veja a fi-gura 25.3.
estróbilo vem do latim strobilus, que significa ‘cone’ (devido à forma em cone
dessa parte da planta). pinheiro-do-paraná (atinge até 50 m de altura). pinha
(cone feminino após a fecundação; 10 cm a 20 cm de diâmetro). estróbilo ou cone
masculino estróbilo ou cone feminino 25.3 pinheiro: órgãos reprodutores
(estróbilos ou cones). (esquema sem escala. cores fantasia.) você sabe como se
dá a reprodução dessas plantas? 2 a reprodução das gimnospermas nas
gimnospermas o gameta masculino é levado de uma planta a outra pelo vento,
protegido dentro do grão de pólen. isso quer dizer que o gameta masculino não
depende da água da chuva ou da umidade do ambiente para chegar até o gameta
feminino. a produção de grãos de pólen foi uma das adaptações das gimnospermas
res-ponsáveis pelo seu sucesso na colonização do ambiente terrestre. sem
depender da água para a sua reprodução, essas plantas puderam colonizar os
ambientes mais secos e espalhar-se pelo planeta. nas coníferas encontram-se os
estróbilos, ou cones masculinos, especializa-dos na produção de grãos de pólen.
levados pelo vento, alguns grãos de pólen po-dem cair sobre o cone ou estróbilo
feminino de outra planta, como você pode ver na figura a seguir. o transporte
do grão de pólen de uma planta para outra é chamado de polinização. denise
greco/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo ingeborg
asbach/arquivo da editora telaris_ciencias_7ano_274a279_u04c25.indd 276 6/21/12
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 277 observe a figura 25.4 enquanto você lê a descrição do
ciclo reprodutivo de um pinheiro. 25.4 reprodução das gimnospermas (esquema sem
escala. cores fantasia.). nas fotos, um estróbilo (abeto da noruega; picea
abies) liberando grãos de pólen e grãos de pólen de um pinheiro (gênero pinus;
vistos ao microscópio óptico; aumento de cerca de 180 vezes; com corantes).
jerome wexler/photoresearchers/latinstock e. r.
degginger/photoresearchers/latinstock ingeborg asbach/arquivo da editora grão
de pólen grãos de pólen levados pelo vento. cone feminino cone masculino
oosfera oosfera fecundação tubo polínico que cresce. reserva de alimento nova
planta semente embrião telaris_ciencias_7ano_274a279_u04c25.indd 277 6/21/12
1:26 pm
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<Page Number="280">
capítulo 25 •
gimnospermas 278 quando alcança o estróbilo feminino, o grão de pólen germina e
origina um tubo, o tubo polínico. o tubo polínico, que cresce e se aprofunda na
estrutura reprodutora feminina, leva dentro de si dois gametas masculinos,
conhecidos como núcleos espermáticos. à medida que cresce, o tubo polínico leva
os dois núcleos espermáticos para perto do gameta feminino, a oosfera
(produzida pelo estróbilo feminino). a oosfera encontra-se dentro de uma
cápsula chamada de óvulo. um dos nú-cleos espermáticos do tubo polínico se une
à oosfera — é a fecundação —, dando origem a um zigoto. o zigoto vai se dividir
e formar o embrião da planta. nas gimnospermas a fecundação não depende da
água, como ocorre nos mus-gos e samambaias: os gametas masculinos são transportados
inicialmente pelo ven-to, dentro do grão de pólen, e, depois, pelo tubo
polínico. após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo.
dentro dela encontram-se o embrião e uma reserva de alimento que vai nutrir o
embrião no início do desenvolvimento. esse conjunto é a semente. no caso do
pinheiro, a semente é chamada de pinhão, e o estróbilo feminino com as sementes
é chamada de pinha. mas qual é a importância da semente para a planta? a
semente pode resistir longo tempo ao frio e à falta de água e só germinar
quando as condições forem favoráveis. ela pode também ser levada pelo vento ou
por animais para longe da planta de origem. em geral, nas sementes dessas
plantas uma parte da casca forma uma membrana (“asa”) que facilita a impulsão
pelo vento. dessa manei-ra, além de proteger e alimentar o embrião, a semente
facilita a dispersão do vegetal pelo ambiente. por isso a semente é considerada
outra das adaptações das gimnos-permas responsáveis por seu sucesso na
colonização do ambiente terrestre. quando a semente germina, o embrião utiliza
suas reservas para se nutrir até que as primeiras raízes e folhas se
desenvolvam. nos animais, o termo óvulo corresponde ao gameta feminino. nos
vegetais, porém, o óvulo é uma cápsula, e o gameta feminino (a oosfera) está
dentro dele comoutras células. fabio colombini/acervo do fotógrafo 25.5 pinhão
aberto com a reserva nutritiva (em branco) ao redor do embrião da planta (cerca
de 5 cm de comprimento). ciência e ambiente a gralha-azul a semente do pinheiro-do-paraná
(pinhão) serve de alimento para vários animais: capiva-ras, cutias, macacos,
preás, pacas, esquilos, gra-lhas-azuis, papagaios e muitos outros. muitas vezes
a cutia enterra o pinhão para comê-lo depois, mas nem sempre isso acontece, e o
resultado é a produção de novas araucárias. a gralha-azul (ave-símbolo do
paraná; figura 25.6) transporta o pinhão de uma árvore para outra e, quando o
deixa cair no chão, a semente pode vir a germinar e originar outra árvore. 25.6
gralha-azul (cyanocorax caeruleus; cerca de 40 cm de comprimento). fabio
colombini/acervo do fotógrafo telaris_ciencias_7ano_274a279_u04c25.indd 278
6/21/12 1:26 pm
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 279 atividades 1. o termo “gimnospermas” indica que essas
plan-tas possuem algo que as briófitas e pteridófitas não têm. você sabe dizer
do que se trata? 2. dê três exemplos de gimnospermas. 3. pinheiro me dá uma
pinha pinha me dá um pinhão menina me dá um beijo que eu te dou meu coração. na
estrofe popular que você acabou de ler, o que significam os termos “pinha” e
“pinhão”? 4. explique por que a reprodução das gimnosper-mas não depende da
água. 5. como se chama o gameta feminino nas gimnos-permas? onde está
localizado? 6. qual é a importância das sementes para a planta? trabalhando as
ideias do capítulo 1. as gimnospermas produzem, em geral, muitos grãos de
pólen: uma única pinha pode produzir mais de 10 milhões de grãos de pólen. isso
signi-fica que cada planta vai originar necessariamente um grande número de
outras plantas? explique. 2. a figura 25.7mostra uma gimnosperma da espé-cie
ginkgo biloba. um estudante afirmou que as formas arredondadas (cerca de 2 cm
de diâme-tro) que aparecemna foto são os frutos da árvore. outro aluno disse
que são as sementes dela. de-cida essa questão e justifique sua resposta. 25.7
az botanical collection/arquivo da editora 3. na figura 25.8 podemos ver dois
exemplares de uma planta do gênero cycas, uma gimnosperma. 25.8 fotos: fabo
colombini/acervo do fotógrafo a) o que são as duas partes em amarelo no cen-tro
da planta? b) essas duas partes têm formato diferente. o que isso indica sobre
cada exemplar? pense um pouco mais atenção! não escreva no livro! faça os
exercícios no caderno. telaris_ciencias_7ano_274a279_u04c25.indd 279 6/21/12
1:26 pm
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<Page Number="282">
280 angiospermas:
raiz, caule e folhas você conhece folhas que nos servemde ali-mento? e caules?
e raízes? que funções essas partes desempenham na planta? a questão é capítulo
26 o nome do brasil se deve à árvore (uma angiosperma) conhecida como pau-
-brasil (caesalpinia echinata) e considerada a árvore nacional do brasil
(figura 26.1). é difícil encontrá-la em seu habitat natural, a mata atlântica,
atualmente por causa do desmatamento e, no passado, devido ao uso de suamadeira
e de sua resina vermelha para tingir roupas. hoje ela é utilizada em
arborização urbana. as angiospermas e as gimnospermas formamogrande grupo das
plantas comse-mente. mas, enquanto as gimnospermas produzem sementes nuas, nas
angiospermas as sementes se encontramdentro de frutos, que, por sua vez, se
originaramde flores. entre os vegetais, as angios-permas têm o maior número de
espécies e, no ambiente terrestre, elas são os principais produtores de matéria
orgânica. muitas delas — o arroz, o trigo, o milho, a batata, o feijão, as
verduras, as frutas, etc. — nos servem de alimento. delas retiramos ainda
diversosmateriais, como a madeira, o algodão, o linho, substâncias utilizadas
pela indús-tria farmacêutica e outras usadas pela indústria de perfumes, entre
muitos outros produtos. neste capítulo você vai estu-dar apenas a raiz, o caule
e a folha das angiospermas. no próximo ca-pítulo estudaremos os órgãos que
participam da reprodução e dis-persão da planta: as flores, os fru-tos e as
sementes. 26.1 pau-brasil (8 a 10 m de altura). fabio colombini/acervo do
fotógrafo telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd 280 6/21/12 1:31 pm
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<Page Number="283">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 281 1 a raiz uso preferencial uso em manual do professor
pb você provavelmente já comeu alguma raiz, mesmo sem saber direito que parte
da planta estava comendo. a mandioca (também conhecida como macaxeira ou
ai-pim), a cenoura, a batata-doce, a beterraba, o nabo e o rabanete, por
exemplo, são raízes comestíveis bastante comuns em nossas mesas. isso porque
todas essas raí-zes acumulam reservas nutritivas para a planta e acabam
servindo também de ali-mento para nós. mas a acumulação de nutrientes não é a
principal função das raízes. elas servem para fixar o vegetal no solo e
absorver a água e os sais minerais de que ele necessita. de modo geral, as
raízes apresentam ramificações que aumentam a superfície de contato com o solo
e garan-tem à planta uma boa absorção de água e sais minerais. a água e os sais
minerais formam a chamada seiva bruta, ou mineral. essa seiva é levada por um
conjunto de tubos ou canais, os vasos lenhosos, que, partindo das raí-zes,
percorrem o caule, os ramos e chegam até as folhas. nas folhas, com a energia
da luz e pelo processo de fotossíntese, são produzidos os açúcares, que formam
a seiva orgânica, ou elaborada. essa seiva é transportada por outro conjunto de
vasos, os vasos liberianos, para a planta toda, incluindo a raiz. com os
açúcares, a planta produz ou-tras substâncias orgânicas. veja na figura 26.2 o
caminho dos dois tipos de seiva. as raízes em geral são terrestres e
subterrâneas, mas há também raízes aquá-ticas, como as do aguapé, e raízes
aéreas, como as das orquídeas. no caso das orquí-deas, que vivem apoiadas em
outras plantas, as raízes absorvem a umidade do ar e ajudam a prendê-las à
planta de apoio. veja a figura 26.3. gás carbônico açúcares sais minerais e
água seiva bruta luz do sol seiva elaborada kln artes gráficas/arquivo da
editora 26.2 a seiva bruta (água e sais minerais) levada da raiz até as folhas
é transformada em açúcares, formando a seiva elaborada (esquema sem escala;
cores fantasia). flor da orquídea (cerca de 3 cm de diâmetro). aguapé (parte
fora da água: cerca de 10 cm; raiz: cresce até 1 m). orquídea jovem com raiz
(cerca de 15 cm). 26.3 orquídea, planta com raiz aérea, e aguapé, planta com
raiz aquática. fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo
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capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 282 o capim, a cana-de-açúcar e o milho,
entre outras plantas, pos-suem raízes numerosas e finas, todas do mesmo
tamanho, que saem damesma região do caule. raízes como essas são denominadas
fasci-culadas, ou emcabeleira. observe a figura 26.4. esse tipo de raiz é pouco
profundo e, por isso, absorve água e sais minerais das camadas mais
superficiais do solo. plantas com esse tipo de raiz ajudam a diminuir a erosão
provocada pela chuva, porque as raízes funcionam como uma espécie de rede que
segura o solo. em outras plantas, como a laranjeira, a mangueira, o abacateiro,
a goiabeira, o feijão e o café, existe uma raiz principal, maior que as outras,
da qual partem ramificações. esse tipo de raiz recebe o nome de raiz axial, ou
pivotante. reveja a figura 26.4. a raiz axial, que dá grande sustentação à
planta, absorve água e sais minerais das camadas mais profundas do solo. na
ponta da raiz há a coifa, que tem a forma de um capuz. a coifa protege as
células que estão por baixo dela e que se dividemconstan-temente, originando
novas células. há ainda a região pilífera, na qual crescem pelos finíssimos —
os pelos absorventes. eles aumentam a superfície de contato da raiz com o solo
e, consequentemente, a capacidade de absorção de água e sais minerais. os pelos
absorventes são projeções da epiderme, a camada de células que cobre a
superfície da raiz. raiz fasciculada. fotos: fabio colombini/acervo do
fotógrafo 26.5 ilustração de partes da planta. no detalhe, foto de raiz com
pelos absorventes (cada pelo tem de 80 a 150micrômetros de comprimento; imagem
ao microscópio eletrônico; cores artificiais). ingeborg asbach/arquivo da
editora steve gschmeissner/spl/latinstock raiz axial. 26.4 tipos de raiz.
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<Page Number="285">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 283 a raiz apresenta a região de ramificação, de onde saem
as raízes secundárias. algumas raízes possuem adaptações que contribuem para a
sobrevivência da planta em situações especiais. veja algumas dessas adaptações
na figura 26.6. as raízes crescem para baixo, ou seja, em direção ao centro da
terra. dizemos, por isso, que a raiz tem geotropismo (ou gravitropismo)
positivo. essa reação é con-trolada por substâncias químicas chamadas hormônios
e contribui para o aprofunda-mento da raiz no solo. geotropismo significa
‘movimento orientado pela terra’: geo quer dizer ‘terra’, e trópos, ‘mudança’,
‘afinidade’. gravitropismo significa ‘movimento orientado pela gravidade’.
raízes suporte: contribuem para a sustentação de plantas como o milho (os pés
de milho têm cerca de 2 m de altura) em terrenos não muito frmes. raízes
tabulares: ajudam na sustentação de árvores de grande porte, como a fgueira
(até cerca de 20 m de altura). beterrabas (6 a 8 cm de diâmetro) e cenoura (10
a 25 cm de comprimento), exemplos de raízes tuberosas, que armazenam reservas
de alimento. outros exemplos: aipim e batata-doce. as raízes sugadoras são
encontradas em plantas parasitas, como o cipó-chumbo (cerca de 20 cm de
altura), que sugam a seiva da planta hospedeira. orquídea (10 cm a 20 cm de
altura) com raiz aérea. na raiz há um tecido que absorve água do ar. fotos:
fabio colombini/acervo do fotógrafo pneumatóforo ilustrações: hiroe
sasaki/arquivo da editora raízes sugadoras 26.6 adaptações da raiz a situações
especiais (esquema sem escala; cores fantasia). raízes respiratórias ou
pneumatóforos (cerca de 10 cm de comprimento): possuem poros que facilitam a
entrada do oxigênio do ar. é encontrada em plantas de manguezal, como a da foto
(avicennia sp.; caule com cerca de 10 cm de diâmetro).
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capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 284 2 o caule o caule sustenta as folhas e
as mantém, geralmente, em posição elevada, o que facilita a captação de luz,
necessária para a fotossíntese. alémdisso, transporta a água e os saisminerais
(seiva bruta) do solo até as folhas, e os nutrientes (seiva elaborada) das
folhas até as raízes. o caule, assimcomo a raiz, apresenta regiões
diferenciadas. obser-ve a figura 26.7. na ponta superior do caule fica a gema,
ou broto terminal, um con-junto de células que se multiplicam e fazem o caule
crescer em altura. as regiões de onde partemas folhas e os ramos são chamadas
nós, e as regiões existentes entre os nós são os entrenós. nos nós encontra-mos
células do mesmo tipo daquelas que existem no broto terminal: são as gemas
axilares, ou laterais. as células das gemas laterais podem ficar dormentes (sem
se re-produzir) ou então se multiplicar e originar ramos, folhas e flores. em
ge-ral, quando o broto terminal da planta é cortado, as células das gemas
laterais passam a se multiplicar e originam novos ramos. o caule da maioria das
plantas é aéreo e, em geral, cresce para cima: dizemos então que o caule
temgeotropismo (ou gravitropismo) negativo. issosignificaqueelecrescepara
longedocentrodaterra. veja a figura26.8. esse tipo de crescimento, como o
geotropismo positivo da raiz, é controlado por hormônios e, no caso do caule,
proporciona às folhas maior exposição à luz. ocaule tambémapresenta
outrosmovimentos. você já observou, por exemplo, que certas plantasmantidas
dentrode casa se curvamemdireção à janela? isso acontece porque a planta está
recebendomais iluminação de um lado do que de outro, o que faz o caule se
curvar emdireção à luz. esse tipo de reação, chamado de fototropismo positivo,
tem uma consequência vantajosa para a planta: as folhas que não estavam sendo
iluminadas passam a receber luz. veja a figura 26.9. fototropismo significa
‘crescimento em direção à luz’: photos em grego quer dizer ‘luz’, e trópos,
‘mudança’, ‘afinidade’. gema terminal gema lateral nós entrenó gema lateral nó
gema terminal 26.7 partes do caule. as gemas laterais originam as ramificações
do caule (figura sem escala; cores fantasia). 26.8 umexperimento feitocoma
plantado feijãoparamostrar geotropismonegativoda raize positivodocaule. 26.9
umexperimentode fototropismoparamostrar queaplanta (alpiste) cresce emdireçãoà
luzda janela. fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do
fotógrafo ilustrações: ingeborg asbach/arquivo da editora
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<Page Number="287">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 285 o caule a maioria dos caules cresce acima do solo,
isto é, são caules aéreos. veja na fi-gura 26.10 alguns tipos de caule aéreo.
paineira: tronco lenhoso, ramifcado e resistente (chega a 30 m de altura).
coqueiral (cada coqueiro pode ter até 10 m de altura): caules do tipo estipe,
longos, cilíndricos, sem ramifcações e com folhas nas pontas. melancia (fruto
com cerca de 30 cm de diâmetro): caule rastejante, pouco resistente, cresce
apoiado no solo. cladódio: caule verde que realiza fotossíntese e armazena água.
exemplo: cactos (palma gigante; 1,5 a 3 m de altura). fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo outros
crescem abaixo do solo: são os caules subterrâneos. tal como as raízes
tuberosas, alguns caules subterrâneos acumulam reservas nutritivas, que no
inverno são consumidas e nas outras estações são empregadas na produção de
folhas. a posi-ção subterrânea dos caules impede que eles sejam ingeridos pelos
animais herbívoros. feijão: caule do tipo haste, fexível (a planta adulta tem
de 70 a 90 cm de altura). cana-de-açúcar (cada indivíduo pode ter entre 3 e 6 m
de altura): caule do tipo colmo, com nós (em forma de discos) e entrenós
bemmarcados. 26.10 alguns tipos de caule aéreo.
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<Page Number="288">
capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 286 veja alguns exemplos de caules
subterrâneos na figura 26.11. bananeira (2 a 4 m de altura): caule do tipo
rizoma; cresce horizontalmente sob o solo, produzindo ramos aéreos ou folhas
(na foto, a parte visível, que parece um caule, é formada pela bainha das
folhas). cebola (15 mm a 35 mm de diâmetro): caule do tipo bulbo, pequeno,
rodeado de folhas modifcadas (cataflos), que, em geral, acumulam reservas
nutritivas. batata-inglesa (3 cm a 5 cm de diâmetro): caule do tipo tubérculo,
que contém grande quantidade de reserva de alimento. espinhos (cerca de 2 cm de
comprimento) de limoeiro: ramos pontiagudos com função protetora. fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo 26.11 tipos de caule subterrâneo. 26.13 gavinha
de parreira (folha com5 a 10 cm de largura): ramos que se enrolam em volta de
um suporte, servindo para fixação. 26.12 espinhos e acúleos. as modificações
que alguns caules apresentam são as adaptações das plantas. umexemplo dessas
adaptações são os espinhos, ramos pontiagudos com função de defesa contra os
animais herbívoros, como nos limoeiros e nas laranjeiras. no caso das roseiras,
o que chamamos de espinhos não são espinhos verdadei-ros. eles não se originam
de ramos, e sim de pelos rígidos e pontudos, formados na epiderme do caule. por
isso seu nome correto é acúleos. veja a figura 26.12. em algumas plantas, como
os cactos, os espinhos são modificações das folhas. como veremos adiante, essa
modificação ajuda a diminuir a perda de água pela planta. acúleo vem do latim
aculeu, que significa ‘ponta aguçada’. as gavinhas, ramos que se enrolam em
volta de um suporte, que serve de apoio para a planta em crescimento, são
também adaptações encontradas em alguns cau-les, como no chuchu, no maracujá e
na uva. veja a figura 26.13. as gavinhas de algumas plantas são modificações da
folha e não do caule, como veremos adiante. fabio colombini/acervo do fotógrafo
acúleos de roseira (cerca de 7 mm de comprimento): projeções rígidas e
pontudas, formadas na epiderme do caule. fotos: fabio colombini/acervo do
fotógrafo telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd 286 6/21/12 1:31 pm
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<Page Number="289">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 287 3 as folhas uso preferencial uso em manual do
professor pb as folhas são órgãos ricos em células com clorofila, que fazem a
fotossíntese. em geral, elas têm a forma de finas lâminas, o que permite à
maioria das células ficar próxima da superfície da folha e receber luz suficiente
para realizar a fotossíntese. você se lembra do que acontece na fotossíntese? a
planta absorve o gás carbônico do ar e água do solo. essas substâncias são
levadas para as células das folhas, que contêm clorofila. a clorofila é capaz
de absorver a energia da luz do sol. a energia absorvida pela clorofila é usada
para transformar o gás carbônico e a água em glicose, um açúcar. além da
glicose, a fotossíntese produz o gás oxigênio. não se esqueça tambémde que a
planta realiza, o tempo todo, outro processo: a respiração celular, que é o
processo pelo qual a maioria dos seres vivos consegue energia dos alimentos. na
respiração celular, o gás oxigênio se combina coma glicose. o processo produz
gás carbônico e água e libera energia, que passa a ser utilizada nas atividades
do organismo. as folhas são cobertas por uma cutícula, ou uma película, formada
por uma substância impermeável, a cutina, que as protege e ajuda a diminuir a
perda de água por evaporação. essa impermeabilização é uma adaptação à vida terrestre.
no entanto, a cutina dificulta a entrada do gás carbônico, necessário à
fotossíntese, e do gás oxigênio, ne-cessário à respiração. mas veja agora, na
figura 26.14, que na epiderme da folha (na parte de baixo) existem pequenas
aberturas. essas aberturas são chamadas de estômatos. elas fa-cilitama
passagemdo gás carbônico e do oxigênio. eles permitem tambémque ocor-ra a
transpiração, que é a saída de vapor de água da planta. embora a transpiração
faça a planta perder água, ela é importante porque puxa a seiva bruta das
raízes e a faz subir pelo caule até as folhas, onde ocorre a fotossíntese. com
os açúcares produzidos na fotossíntese, a planta produz ainda outros açúcares,
como a sacarose, que é o açúcar usado como adoçante no cafezinho e em doces, e o
amido, o açúcar que pode ser encontrado no arroz, na batata, na banana, no
feijão e em outros alimentos de origem vegetal. e além dos açúcares fabricam
ainda substâncias como as proteínas, as gorduras e os óleos, que formam o corpo
da planta. estômato vem do grego stoma, que significa ‘boca’, e ato, ‘que tem a
forma de’. epiderme cutícula células com clorofla estômato vasos condutores de
seiva 26.14 ilustração mostrando o interior de uma folha. observe os estômatos
na parte inferior (as células são microscópicas; cores fantasia). ingeborg
asbach/arquivo da editora telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd 287 6/21/12
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<Page Number="290">
capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 288 mas, se os estômatos permitemque a água
saia da planta, porque elas não ficam desidratadas? os estômatos são formados
por duas células com uma pequena abertura entre elas. se a planta começar a
perdermuita água por transpiração, as células do estôma-tomurchame fechamessa
abertura. com isso, a perda de água para. quando há água disponível, os
estômatos voltam a se abrir. veja a figura 26.15. desse modo, os estô-matos
permitem a entrada e saída de gases na folha (oxigênio e gás carbônico) e, ao
mesmo tempo, permitem um controle da perda de água da planta. 26.15 ilustrações
de estômatos (emmédia, de 20 a 60 micrômetros de diâmetro; cores fantasia). na
foto, estômato na superfície da folha (microscópio de luz; aumento de cerca de
400 vezes; com uso de corantes). 26.17 no cacto (xiquexique; até 4 m de
altura), a fotossíntese é realizada pelo caule. 26.16 gutação na folha. em
algumas plantas de clima úmido, em que a saída de vapor de água pelos
es-tômatos é difícil, há nas bordas das folhas pequenas aberturas, chamadas
hidatódios, que eliminam água na forma líquida. esse fenômeno é chamado de
gutação. veja a figura 26.16. nas plantas de clima seco, o perigo de
desidratação é maior. é por isso que as folhas dessas plantas têm o tamanho
mais reduzido que nas plantas de clima úmido. elas podem também se enrolar e
tomar a forma de espinhos, como ocorre com os cactos. a fotossíntese é então
realizada pelo caule, que, por ter estrutura mais com-pacta e menor área
exposta, perde menos água. os espinhos também protegem a planta contra animais
herbívoros. veja a figura 26.17. hidatódio vem do grego hydatis, que significa
‘bolha’. gutação vem do latim gutta, que significa ‘gota’. fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo estômato fechado estômato aberto abertura
ingeborg asbach/arquivo da editora andrew syred/spl/latinstock telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd
288 6/21/12 1:32 pm
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 289 as folhas são formadas por três partes principais:
limbo, pecíolo e bainha. o limbo é a parte mais larga, onde se encontram as
nervuras, formadas pelos vasos condutores de seiva. o pecíolo é a haste que
prende a folha ao caule. a bainha é uma dilatação da base do pecíolo, que
envolve o caule e melhora a fixação da folha. observe na figura 26.18 uma folha
que tem todas essas partes. bainha pecíolo nervuras limbo hiroe sasaki/arquivo
da editora carlos goldgrub/reflexo 26.18 folha completa (figura sem escala;
cores fantasia). 26.20 folha composta (sensitiva; 15 a 45 cm de altura). nem
todas as folhas apresentam as três partes descri-tas. as folhas da bananeira,
da grama e domilho, por exemplo, têm bainha mas não têm pecíolo, e a folha do
fumo não tem pecíolo nem bainha: o limbo prende-se diretamente ao caule.
observe a figura 26.19. em algumas folhas — denominadas compostas — o limbo é divi-dido
em várias partes, chamadas folíolos. veja a figura 26.20. em ou-tras folhas —
denominadas simples — ele é inteiriço. a divisão do limbo é uma adaptação da
planta: quanto mais lar-ga uma folha, mais probabilidade ela tem de se partir
com o vento, porém folhas largas com limbo dividido em folíolos resistem melhor
ao vento. algumas folhas apresentam adaptações especiais. uma delas são os
espinhos do cacto. reveja a figura 26.17. outras são as gavi-nhas, semelhantes
às gavinhas dos caules e com função equivalen-te. há também as brácteas, folhas
coloridas que em geral envolvem fabio colombini/acervo do fotógrafo folha de
fumo: pecíolo e bainha ausentes (10 cm a 30 cm de comprimento). folha de milho
sem pecíolo (a folha tem, emmédia, 80 cm de comprimento). 26.19 folhas
incompletas. fabio colombini/acervo do fotógrafo
telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd 289 6/21/12 1:32 pm
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capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 290 4 a reprodução assexuada das plantas no
próximo capítulo você vai estudar a reprodução sexuada das angiospermas. mas a
maioria das plantas pode se reproduzir também assexuadamente. aliás, a
re-produção assexuada é tão comum entre os vegetais que é chamada também de
re-produção vegetativa. os caules subterrâneos, como o da banana, e os
rasteiros, como o domorango e da melancia, desenvolvem, em certos pontos,
raízes que originamnovos pés da plan-ta. com o tempo, as partes mais velhas do
caule morrem e formam-se plantas inde-pendentes. observe a figura 26.22. a
partir de um pedaço do caule de uma bananeira, pode ser produzida uma muda, que
crescerá e se tornará outra bananeira igual à primeira, caracterizando assim
uma reprodução assexuada. a b c 26.21 algumas adaptações das folhas: a,
bico-de-papagaio com brácteas (a planta atinge de 60 cm a 4 m de comprimento);
b, brácteas de antúrio (que chegam a medir de 50 a 60 cm de comprimento); c,
gavinhas (melão-de-são-caetano, gavinhas com cerca de 20 cm). reprodução por
tubérculos e raízes. ingeborg asbach/arquivo da editora 26.22 reprodução
assexuada de algumas plantas (figura sem escala; cores fantasia). reprodução
vegetativa no morango. estolão batata batata-doce broto tubérculos flores. o
colorido das brácteas atrai a atenção de animais, que acabam levando o grão de
pólen de uma flor a outra. veja a figura 26.21. bráctea vem do latim bractea,
que significa ‘lâmina fina’. fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 291 em alguns casos, podemos produzir novos vegetais
plantando folhas ou caules. partes dos caules de umpé demandioca, por exemplo,
podem ser cortados e plantados, originando outro pé de mandioca. veja a figura
26.23. a reprodução assexuada tem também des-vantagens. a reprodução sexuada
produz uma va-riedade de indivíduos. alguns desses indivíduos podem, por
exemplo, ser resistentes a parasitas e pragas. já a reprodução assexuada produz
indiví-duos geneticamente iguais e todos podem ser igualmente sensíveis ao
ataque de determinado parasita ou praga. 26.23 pés de mandioca (até 3 m de
altura). as plantas transgênicas muitas plantas e animais utilizados na
ali-mentação humana foram modificados artificial-mente. as plantas que
produziam um maior nú-mero de grãos foram selecionadas e cruzadas entre si por
muitas gerações e deram origem a plantas mais produtivas. hoje já é possível
transplantar genes de uma espécie para outra e criar organismos geneticamen-te
modificados, mais conhecidos como transgênicos. as bactérias que fabricam a
insulina humana, utili-zada no tratamento de pessoas diabéticas, foram criadas
desse modo. o mesmo ocorreu com as novas variedades de plantas utilizadas na
alimentação, as plantas transgênicas, como a soja, o tomate e o milho. os tipos
de plantas transgênicas há vários tipos de plantas transgênicas. existe um
milho transgênico, por exemplo, que produz em suas células uma toxina
inofensiva ao ser humano, mas que é capaz de matar insetos quando eles passam a
devorar a planta. no brasil, a empresa brasileira de pesquisas agropecuárias
(embrapa) produz um tipo de soja re-sistente aos herbicidas, assimcomo omamão,
a bata-ta e o feijão que resistem a certos vírus, e o cacau que resiste à praga
da vassoura-de-bruxa (um fungo). muitas plantas ainda estão em fase de
pesqui-sa. a ideia é criar plantas produtivas que resistam mais às secas e a
outros fatores climáticos. mas os transgênicos também apresentam riscos. e isso
tem provocado um debate entre os defensores e os críticos da aplicação dessa
nova tecnologia. em alguns países, o cultivo de plantas trans-gênicas tem
aumentado. em outros países, po-rém, há muita restrição ao uso desses produtos.
os defensores dos transgênicos os defensores dos transgênicos afirmam que os estudos
e o consumo dessas plantas não indicam riscos à saúde, pois a maioria das
proteínas e dos genes é destruída no cozimento do alimento ou du-rante a
digestão, e uma pequena parte é eliminada pelas fezes. além disso, os alimentos
não trans-gênicos também contêm proteínas e genes, que se encontram nas células
das plantas e dos animais e nos vírus que parasitam essas células. eles
acreditam que, com o crescimento da po- pulação mundial, vamos destruir o solo
cada vez mais para produzir uma maior quantidade de ali-mentos. e os
transgênicos mais produtivos pode-riam reduzir essa destruição. ciência e
tecnologia fabio colombini/acervo do fotógrafo
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<Page Number="294">
capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 292 atividades 1. qual é a principal função
das raízes? 2. você aprendeu neste capítulo várias partes da planta e alguns
conceitos importantes, entre eles: folhas, raiz, caule, seiva mineral, seiva
orgânica, vasos liberianos, transpiração, vasos lenhosos. então, em seu
caderno, substitua as letras entre parênteses por palavras que
completamcorreta-mente cada frase. a água e os sais minerais absorvidos do solo
pela (a) formam um líquido chamado (b). esse líquido é transportado por um sistema
de tubos, os (c) até as (d). a planta produz então açúcares, que vão fazer
parte de uma seiva, chamada (e). essa seiva é levada por um sistema de tubos,
chamados (f) às demais partes da planta. trabalhando as ideias do capítulo os
críticos dos transgênicos para os críticos dos transgênicos a preferência pelo
cultivo de umúnico tipo de transgênico pode re-duzir a variedade das plantas
cultivadas na região, o que seria perigoso. quanto maior é a variedade de
plantas, maior é a resistência a pragas e mudanças climáticas. por isso,
deve-se conservar as plantas nativas de uma região: elas podem contribuir até
mesmo para a obtenção de novas variedades de plantas. há também a questão do
fornecimento das sementes, que, segundo eles, poderia ser contro-lado por
grandes empresas do setor agrícola. com isso, os países menos desenvolvidos
poderiam se tornar ainda mais dependentes. além disso, para os críticos não há
provas su-ficientes de que esses produtos não causem danos ou desequilíbrios ao
ambiente, pelo menos a longo prazo. e explicam que os grãos de pólen das
plan-tas transgênicas podem ser levados pelo vento ou pelos insetos e fecundar
as plantas convencionais. mas isso depende da compatibilidade entre o pólen e
as plantas e também da região em que a planta é cultivada. daí a necessidade de
estudos ambien-tais que analisem cada caso. é importante também que o cultivo
das plantas transgênicas fique a uma certa distância das culturas
convencionais. consideram também que os animais que atacam as pragas poderiam
morrer se ingeris- sem os insetos que comeram as plantas trans-gênicas que
contêm agrotóxico nas células. os de-fensores argumentam, porém, que os
agrotóxicos das culturas convencionais também podem matar esses insetos. e o
uso de alguns transgênicos pode reduzir o uso dos agrotóxicos. o uso de certos
transgênicos pode provocar uma seleção de insetos resistentes ao agrotóxico que
se encontra na planta. mas essa resistência pode aparecer também nas plantações
que recebem agrotóxicos. finalmente, os críticos argumentam que para o brasil
pode ser mais vantajoso se firmar como um país que exporta plantas não
transgênicas para os países que valorizam os alimentos con-vencionais, como é o
caso de vários países da eu-ropa. mas, à medida que um país abandona a pes-quisa
com os transgênicos, sua agricultura pode se tornar menos produtiva e menos
competitiva. como se vê, essa é uma questão polêmica. mas até mesmo os
defensores dos transgênicos concor-damque cada novo produto temde passar por
testes que verifiquem os efeitos que ele pode causar à saú-de e o impacto que
pode provocar no meio ambiente. atenção! não escreva no livro! faça os
exercícios no caderno. telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd 292 6/21/12
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<Page Number="295">
unidade 4 • as plantas
e o ambiente 293 3. a foto abaixo é de um corte de folha (imagem ao microscópio
óptico; aumento de cerca de 200 vezes). a) comosechamaaestrutura
identificadapelonú-mero 1? eo tecido identificadopelonúmero2? b) a estrutura
identificada pelo número 1 pode se abrir ou se fechar. se a planta está
perden-do muita água, essas estruturas vão se abrir mais ou se fechar mais? c)
além do gás oxigênio e do gás carbônico, que outra substância sai da planta por
essa estru-tura? como se chama esse fenômeno? 4. observe as duas raízes abaixo
e depois, em seu caderno, responda às questões. a) identifique cada tipo e
descreva sua principal característica. a b fotos: fabio colombini/acervo do
fotógrafo 26.25 26.26 b) qual delas, em geral, absorve água e sais das camadas
mais profundas do solo? c) qual delas protegemelhor o solo contra a ero-são?
por quê? 5. que parte da raiz absorve melhor a água e os sais minerais do solo?
6. identifique o tipo de raiz das fotos e diga quais suas funções. b a fabio
colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo 26.27 7. as
raízes das plantas geralmente ficam embaixo da terra. no entanto, as raízes de
certas plantas ficam total ou parcialmente acima do solo. veja os exemplos
abaixo e explique a vantagemque cada tipo de raiz confere à planta. a) as
raízes de árvores como a sumaúma e o pau-d’alho, que vivem em solos úmidos ou
macios, são bem desenvolvidas e crescem em partes do caule situadas acima do
solo. b) o cipó-chumbo cresce sobre outras árvo-res, e suas raízes penetram no
caule dessas árvores. c) as raízes das árvores que vivem nos man-guezais,
regiões com solo pantanoso e pobre em oxigênio, formam projeções que crescem
acima do solo. d) ao contrário das raízes da maioria das plan-tas, as raízes de
muitas orquídeas são clo- rofiladas. 8. que partes do caule são responsáveis
pelo seu crescimento em altura e pela formação de novos ramos e folhas? 2 1 dr
keithwheeler/science photo library/spl 26.24
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capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 294 9. no caderno, identifique os tipos de
caule nas fo-tos abaixo e dê algumas de suas características. a d b c d fabio
colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo
do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo mangueira (cerca de 10 m de
altura). bambu (caule com cerca de 10 cm de diâmetro). buriti (caule com 30 cm
a 50 cm de diâmetro). salsa (cerca de 25 cm de altura). 26.28 10.
afiguraaseguirmostraocauledeumaplanta jovem recebendomaior intensidadede luz do
ladodireito. nessa condição, o caule da planta, ao crescer, deve curvar-se para
um dos lados. a) para que lado o caule deverá curvar-se? b)
quevantagemessefenômenotrazparaaplanta? 11. em seu caderno, indique a
afirmativa correta: a) o caule tem geotropismo positivo. b) a raiz tem
geotropismo negativo. c) o caule tem geotropismo negativo. d) a raiz tem
fototropismo positivo. e) o caule tem fototropismo negativo. 12. qual é a
principal função da folha? que relação existe entre a forma de lâmina da
maioria das fo-lhas e a função desse órgão? 13. indique em seu caderno apenas
as afirmativas verdadeiras: a) o caule absorve água e sais minerais do solo. b)
umadasfunçõesdocauleéotransportedeseiva. c) algumas raízes e caules contêm
reserva de alimento. d) os caules podem produzir folhas e flores. e)
alémdareproduçãosexuada,muitasplantaspo-demse reproduzir tambémde
formaassexuada. 14. leia o texto a seguir: o ser humano tem aproveitado a
capacidade de reprodução assexuada das plantas para produzir, rapidamente e em
grande quantidade, plantas com características que interessam a ele. a
re-produção assexuada garante que todas as plan-tas produzidas tenham as
características da planta inicial. explique por que todas as plantas produzidas
as-sexuadamente têm as características da planta inicial ou matriz. 15. as
raízes da orquídea são aéreas. então, como as plantas conseguem água para seu
corpo? 26.29 maspi/arquivo da editora luz telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd
294 6/21/12 1:32 pm
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 295 1. nas plantas de clima seco as folhas têm, muitas
vezes, tamanho mais reduzido que folhas de plantas de clima úmido. qual é a
vantagem dessa adaptação? 2. uma toalha aberta seca mais rapidamente do que uma
toalha enrolada. utilize essa compara-ção para explicar uma adaptação
encontrada nos cactos. 3. com o aumento da produção de gás carbônico, por
causa, principalmente, da queima de com-bustíveis fósseis (em motores, nas
indústrias e nas usinas), a concentração desse gás vem au-mentando na atmosfera
e esse fato vem provo-cando um aumento na temperatura média da terra. esse
fenômeno é chamado de aquecimen-to global e pode provocar alterações climáticas
sérias. explique por que plantar árvores ajuda a diminuir esse problema. 4.
vamos supor que deixamos umvaso de planta na posição horizontal, como mostra a
figura 26.30. como crescerão a raiz e o caule? que nome rece-be esse fenômeno?
5. justifique as seguintes afirmativas: a) as plantas renovam o ar da terra. b)
a história da medicina está muito ligada ao estudo das plantas. 6. que
semelhança existe entre uma semente de abacate e um ovo de galinha? 7. a
primeira foto a seguir é de uma orquídea (10 a 20 cm de altura) sobre uma
árvore. a segun- da é de um cipó-chumbo, também sobre uma árvore. fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo 26.31 a) observe que a orquídea temfolhas de cor
ver-de. isso indica que ela tem uma substância que participa de umprocesso
importante para a planta. qual é essa substância e qual esse processo? b) ao
viver sobre árvores, a orquídea consegue captar com mais facilidade a luz do
sol. por que isso é importante para a orquídea? c) a substância a que nos
referimos na primeira questão está ausente no cipó-chumbo. dessa forma, como
essa espécie consegue seus nutrientes? d) por que o cipó-chumbo é considerado
umpa-rasita e a orquídea não? 8. umaluno que está começando a estudar biologia
cobriu todas as folhas de uma planta com esmal-te transparente – que, portanto,
permitia a pas-sagem da luz – para observar qual o efeito disso sobre a planta.
para surpresa dele, a planta deixou de fazer fotossíntese. como você explica o
que aconteceu? pense um pouco mais hiroe sasaki/arquivo da editora 26.30 figura
sem escala; cores fantasia. telaris_ciencias_7ano_280a297_u04c26.indd 295
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capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas 296 leia o texto abaixo e depois responda às
questões. as plantas carnívoras as plantas carnívoras possuem folhas adaptadas
à captura de animais, principalmente insetos. algumas delas, as maiores,
capturam até rãs, passarinhos e pe-quenos roedores. não há, no entanto, plantas
suficien-temente grandes para digerir animaismaiores ou seres humanos — isso só
acontece em filmes de ficção. embora sejam capazes de realizar fotossíntese,
essas plantas vivem em solos pobres em sais minerais essenciais para elas
produziremproteínas. ao capturar e digerir um inseto, a planta
obtémaminoácidos, subs-tâncias que formam as proteínas. a dioneia, ou
papa-moscas, possui folhas que se fecham automaticamente quando o inseto toca
certos pelos existentes em seu interior. uma vez preso pelas folhas, o inseto é
digerido por sucos digestivos. veja a figura 26.32. fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo 26.32 dioneia fechando-se sobre inseto (a folha
tem de 5 a 16 cm de comprimento). a drósera, ou orvalhinha, tem folhas com
pelos que produzem pequenas gotas de um líquido pegajoso. essas gotas refletema
luz do sol e fazema planta pare-cer uma flor coberta de néctar. ao pousar para
pegar o “néctar”, o inseto fica preso no líquido, e os pelos se fe-cham
lentamente sobre ele. aplanta começa a produzir então enzimas que digeremo
inseto. veja a figura 26.33. 26.33 drósera: os insetos são atraídos por um
líquido que parece néctar (a folha tem cerca de 2 cm de comprimento). a
nepentes apresenta uma folha em forma de jarro, fechada no fundo, que contémum
líquido. o inse-to escorrega pela superfície interna da folha e cai no lí-quido,
sendo então digerido. uma espécie de nepentes, que vive em bornéu, na
indonésia, é capaz de capturar e digerir até pequenos roedores. veja a figura
26.34. a) explique por que as plantas carnívoras, que fazem fotossíntese como
qualquer planta, precisam capturar animais. b) a palavra drosera, em grego,
significa ‘orva-lho’. por que essas plantas são popularmente conhecidas como
orvalhinha? c) de acordo com o texto, quem são as princi-pais vítimas da
orvalhinha? por quê? de olho no texto 26.34 nepentes: os insetos ficam presos
no fundo da folha em forma de jarro (a folha temcerca de20cmde comprimento).
fabio colombini/ acervo do fotógrafo fabio colombini/ acervo do fotógrafo
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<Page Number="299">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 297 aprendendo com a prática 1. para realizar esta
atividade prática, providenciem o material necessário e depois sigamas
orientações. material • um vaso não muito grande que contenha uma planta viva
cheia de ramos e folhas. • dois sacos plásticos incolores, secos e sem fu-ros.
um dos sacos deve ser grande o suficiente para envolver o vaso (ou um ramo da
planta, como mostra a figura 26.35). • barbante. • fita adesiva. procedimentos
• amarre firmemente com barbante um dos sa-cos plásticos em volta de um dos
ramos da planta para impedir a entrada de ar. • desgrude as paredes do outro
saco e depois amarre bem a borda (esse saco serve de con-trole da experiência).
pendure o saco-controle em algum ponto próximo à planta. • ponha o vaso perto
de uma janela (ou faça a ex-periência no jardim). cerca de três horas depois,
observe o interior dos dois sacos. sacos plásticos 26.35 figura sem escala;
cores fantasia. hiroe sasaki/arquivo da editora agora, anote em um papel as respostas
das se-guintes questões: a) como você explica a diferença no interior dos dois
sacos plásticos? b) se envolvermos com plástico dois ramos, um com poucas
folhas e outro commuitas folhas, poderíamos obter resultados diferentes entre
eles? por quê? 2. faça este experimento sob a orientação do pro-fessor ou com o
acompanhamento de um adulto. material • uma flor branca recém-adquirida (em uma
floricultura): cravo, rosa (os mais indicados para a atividade), copo-de-leite,
margarida, palma-de-santa-rita ou crisântemo, com parte do caule. • um copo
comágua suficiente paramanter a flor de pé. • anilina vermelha ou azul. • uma
tesoura. • um balde ou uma bacia com água. procedimentos • dissolva umpouco de
anilina no copo comágua, mexendo bem, até a água ficar bem colorida. • corte
com a tesoura cerca de 3 cm da parte infe-rior da haste da flor (emdiagonal,
comomostra a figura 26.36), tomando o cuidado de fazê-lo com a haste da flor
mergulhada na água da bacia. • retire a flor da bacia e, imediatamente, ponha a
haste no copo, como mostra a figura. • deixe a flor na janela e, depois de duas
ou três horas, observe periodicamente as pétalas até perceber alguma mudança.
agora, responda: a) como ficou a flor? por que isso ocorreu? b) esse
experimento serve para demonstrar uma função do caule. qual é essa função?
26.36 figura sem escala; cores fantasia. hiroe sasaki/arquivo da editora
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<Page Number="300">
298 angiospermas:
flores, frutos e sementes quais são as partes de uma flor? e de um fruto? quais
são as funções da flor e do fru-to? como um fruto se desenvolve? a questão é
capítulo 27 há uma brincadeira em que um grupo de pessoas se reúne e cada uma,
em se-quência, tem de dizer o nome de uma fruta com a letra a. cada um que
deixa de res-ponder é eliminado. a brincadeira continua com a letra b, depois
com a letra c, e assim por diante. essa brincadeiramostra que o brasil possui
uma imensa variedade de frutas co-mestíveis. veja algumas delas na figura abaixo.
27.1 barraca com frutas diversas emmanaus (am). valentyn
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<Page Number="301">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 299 1 as flores uso preferencial uso em manual do
professor pb a flor é a estrutura reprodutora das angiospermas — nela ocorrem a
fecunda-ção, a formação do fruto e a produção da semente. ela é produzida nos
ramos floríferos, que se originam do desenvolvimento das gemas laterais do
caule. quando a planta chega à idade adulta, surge inicialmente como um botão.
algum tempo depois, o botão se abre, deixando expostas as pétalas e outras
estruturas. todas as partes da flor são folhas modificadas. veja a figura 27.2.
fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo 27.2 partes de uma flor (ilustração
sem escala; cores fantasia). nas fotos, flor de lírio-amarelo (cerca de 10 cm
de diâmetro) e flor-de-maio (cerca de 7 cm de diâmetro) mostrando estames e
pistilo. na base da flor estão as sépalas, que geralmente são verdes e
protegemo botão contra animais herbívoros e parasitas. também ajudam a manter a
umidade da flor. o conjunto de sépalas é denominado cálice. as pétalas formam a
corola. são muitas vezes coloridas e perfumadas, o que facilita a localização
da flor pelos animais polinizadores. alémdisso, muitas flores pro-duzem, na
base das pétalas, uma secreção rica emaçúcares —o néctar. é como néc-tar que as
abelhas — um dos principais agentes polinizadores — fabricam o mel. nos estames
são produzidos os grãos de pólen. eles são formados por uma haste, o filete,
com uma dilatação na ponta, a antera, onde o pólen é produzido. veja a figura
27.3. o conjunto de estames forma o androceu. antera é uma palavra de origem
grega, vem de anthérós, que quer dizer ‘florido’. androceu, palavra de origem
grega, andros significa ‘homem’. fotos: fabio colombini/ acervo do fotógrafo
pedúnculo estame antera estame pistilo pistilo pétalas flete ovário sépalas
receptáculo (porção dilatada do pedúnculo) 27.3 na primeira foto, abelha (cerca
de 1,4 cm de comprimento) sobre o estame de uma flor. na segunda foto, estames
de lírio com as anteras abertas e cobertas de pólen (aumento de cerca de 5
vezes). hiroe sasaki/arquivo da editora
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<Page Number="302">
capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 300 o pistilo ou gineceu é formado por
uma ou mais folhas modificadas, os carpelos. na parte dilatada do pistilo, o
ovário, é produzida a oosfera, célula reprodutora femini-na. depois da
fecundação, a oosfera vai originar o zigoto, que se transformará no em-brião.
você sabe como se dá a reprodução das plantas com flores? a polinização nas
angiospermas os insetos e outros animais que se alimentam de néctar ou de pólen
transportam os grãos de pólen dos estames para o pistilo, promovendo a
reprodução sexuada das plantas. o transporte de pólen chama-se polini-zação, e
os animais que fazem esse transporte são chamados de agentes polinizadores, ou
simplesmente polinizadores. esse é mais um caso de mutualismo, quer dizer, de
uma associação entre duas espécies em que ambas se beneficiam. observe a figura
27.4. quando o inseto ou outro animal polinizador (em geral, aves ou mor-cegos)
se aproxima da flor para se alimentar (do néctar, do pólen ou mes-mo das
pétalas), alguns grãos de pólen grudam no corpo dele. quando ele visitar ou-tra
planta da mesma espécie, o pólen poderá cair sobre a parte feminina da flor, ou
seja, sobre o gineceu, ocasionando a fecundação. muitas plantas polinizadas por
insetos apresentam pétalas coloridas, que os in-setos distinguem com
facilidade. essas plantas geralmente produzem substâncias aromáticas (o olfato
dos insetos é bem desenvolvido). as flores noturnas não são muito coloridas,
pois no escuro é mais fácil atrair seus polinizadores pelo odor. veja a figura
27.5. pistilo vem do latim e significa ‘pilão’, um utensílio que serve para
moer alimentos. em gineceu, palavra de origem grega, gyné significa ‘mulher’.
27.4 borboleta-monarca (8 cm a 12 cm de uma asa a outra) colhendo néctar em uma
flor. o vento também pode levar os grãos de pólen à parte feminina da flor,
embora essa seja uma forma menos comum de polinização entre as angiospermas.
nesse caso, o vento é o agente polinizador e as flores são, em geral, pouco
coloridas, sem néctar, nem cheiro. 27.5 na primeira foto, abelha (cerca de 1,4
cm de comprimento) polinizando flor do melão, na segunda, flor da dama-da-noite
(cestrum nocturnum; geralmente 1,5 m de altura; todas as partes dessa planta
são tóxicas). fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo
do fotógrafo telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd 300 6/21/12 1:44 pm
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<Page Number="303">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 301 a fecundação nas angiospermas na parte superior do
gineceu geralmente há uma dilatação, chamada estigma, coberta por um líquido
pegajoso. esse líquido ajuda a prender os grãos de pólen trazi-dos pelo vento
ou pelos animais polinizadores. o estigma se comunica com o ovário, que é a
parte inferior do gineceu, por um canal, o estilete. dentro do ovário podemos
encontrar uma ou mais cápsulas, os óvu-los. no interior do óvulo está a
oosfera, o gameta feminino da planta. observe a figura 27.6 e acompanhe as
explicações a seguir. fabio colombini/acervo do fotógrafo estame antera flete
estilete pistilo polinização grãos de pólen ovário óvulo oosfera fecundação
embrião dentro da semente o óvulo desenvolve-se em semente, e o ovário, em
fruto. estigma ovário óvulo grãos de pólen gametas masculinos tubo polínico
forma-se o zigoto. fruto semente hiroe sasaki/arquivo da editora 27.6 na
ilustração, representação da reprodução das plantas com flores (esquema sem
escala; cores fantasia). na foto podemos ver um corte do pistilo do lírio,
mostrando o ovário (parte dilatada) com óvulos em seu interior. ao atingir o
estigma da flor, o grão de pólen germina e forma um tubo, o tubo polínico. o
tubo polínico cresce em direção ao ovário, ao longo do estilete. dentro do tubo
polínico, próximo à ponta, existem dois núcleos, que correspon-dem a dois
gametas masculinos. são chamados de núcleos espermáticos. um dos núcleos
espermáticos une-se à oosfera e produz o zigoto, que, após inúmeras divisões,
origina o embrião. óvulos telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd 301 6/21/12
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<Page Number="304">
capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 302 a formação da semente e do fruto na
figura 27.7 você pode ver a flor do tomateiro e seu fruto, o tomate. e agora
você já pode compreender a relação entre a flor, a semente e o fruto. 27.7 a
flor do tomateiro (cerca de 1 cm de comprimento) e seu fruto, o tomate (cerca
de 6 cm de comprimento). kzenon/shutterstock/glow images fabio colombini/acervo
do fotógrafo nas angiospermas o gameta masculino não depende da água para
chegar até o gameta feminino: inicialmente, dentro do grão de pólen, ele é
transportado por poliniza-dores, e depois é levado até a oosfera pelo tubo
polínico. esse é umdosmotivos do su-cesso das angiospermas na colonização do
ambiente terrestre. após a fecundação, as partes do óvulo que envolvem o
embrião se desenvol-vem, e o conjunto todo forma a semente. o ovário, onde está
o óvulo, também se desenvolve e origina o fruto. reveja a figura 27.6. ciência
e história a orquídea de darwin em 1862, charles darwin (1809-1882),
natura-lista britânico e um dos fundadores da teoria da evo-lução, descobriu,
emmadagascar, uma orquídea (an-graecumsesquipedale) cujo néctar se encontrava
no fundo de um tubo com cerca de 30 cm de compri-mento. ele supôs que na ilha deveria
existir algum inseto capaz de alcançar o néctar da flor e promover a
polinização da planta. em 1903 foi identificada na região umamaripo-sa
(xanthopan morganii praedicta) que era forte candidata à polinizadora da
orquídea, pois tinha uma língua (probóscide) suficientemente longa para
re-colher o néctar da flor e, ao fazê-lo, deveria ficar com a parte anterior do
corpo recoberta de grãos de pólen e poderia transportá-los de uma orquídea a
outra, promovendo a polinização da planta. em 1907, finalmente, a polinização
da orquídea pela mariposa foi observada e, um dia, enfim, regis-trada em
fotografia (figura 27.8). mitsuhiko imamori/minden pictures/latinstock 27.8 a
polinização da flor da orquídea (cerca de 16 cm de diâmetro) pela mariposa cuja
existência foi prevista por darwin. telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 303 semente pericarpo epicarpo mesocarpo endocarpo semente
pericarpo epicarpo mesocarpo endocarpo semente pericarpo epicarpo mesocarpo
endocarpo 2 tipos de frutos melancia, melão, abacate, pêssego, mamão, manga,
goiaba, tomate, uva, limão e laranja são alguns exemplos de frutos carnosos, ou
seja, suculentos e ricos em açú-cares e outras substâncias nutritivas. essas
substâncias geralmente se encontram na parte do fruto chamada de me-socarpo,
que está envolvida pela casca, o epicarpo. a parte mais interna do fruto, o
endocarpo, envolve e protege a semente. o epicarpo (a casca do fruto), o
mesocarpo (a polpa ou massa carnuda) e o endocarpo (às vezes, película fina, às
vezes, camada dura e grossa) formam o pericarpo. podemos dizer, portanto, que
um fruto é composto basicamente de pericarpo e semente. observe a figura 27.9.
você notou que, no texto anterior e na figura 27.9, o tomate é chamado de
fru-to? em biologia o termo fruto tem um significado diferente do termo popular
fruta. o fruto corresponde ao ovário desenvolvido: a abóbora, o chuchu, a
berinjela, o pe-pino, o tomate, o pimentão e o quiabo, por exemplo, são frutos.
mesocarpo vem do grego mesos, ‘meio’, e karpos, ‘fruto’. epi é um prefixo grego
que significa ‘sobre’. endon é um prefixo grego que significa ‘interno’. peri é
um prefixo grego que significa ‘ao redor’. pseudo vem do grego e significa
‘falso’; um pseudofruto, portanto, é um fruto que não é verdadeiro. hiroe
sasaki/arquivo da editora pode parecer estranho chamar alimentos como o chuchu
ou a berinjela de frutos, não é? provavel-mente já deve ter ouvido falar que
esses alimentos são legumes, hortaliças ou verduras. é que esses ter-mos na
linguagem do dia a dia incluem várias partes das plantas, como folhas, raízes,
caules e até alguns frutos, como as vagens. já em botânica, o termo le-gume é o
nome de um tipo de fruto encontrado nas leguminosas (feijão, soja, ervilha,
etc.), que é também conhecido por vagem, como você verá adiante. já o termo
popular fruta indica as partes co-mestíveis da flor, de sabor agradável,
adocicado, mas que nemsempre correspondemao desenvolvimento do ovário. algumas
vezes têmorigememoutras par-tes da flor, as quais se tornam carnosas e
suculentas depois da fecundação. nesse caso, para a biologia, eles não são
frutos verdadeiros e, por isso, recebemo nome de pseudofrutos. um exemplo de
pseudofruto é o caju: a parte suculenta vem do desenvolvimento do pedúnculo da
flor (pedúnculo é a haste que sustenta a flor). o fruto verdadeiro, originado
do desenvolvimento do ovário, é a castanha. observe a figura 27.10 da próxi-ma
página. 27.9 ilustração de frutos carnosos: laranja, abacate e tomate. (figura
sem escala. cores fantasia.) telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd 303
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capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 304 outros exemplos de pseudofrutos são
amaçã, a pera, omorango, o figo e o aba-caxi. acompanhe a explicação a seguir e
veja as fotos da figura 27.10. receptáculo morango sépala haste da for
receptáculo fruto com uma semente crescimento do receptáculo receptáculo (parte
comestível) ovário (fruto verdadeiro) semente sépalas fgo receptáculo restos de
fores femininas restos de fores masculinas hiroe sasaki/arquivo da editora
27.10 pseudofrutos: sua parte carnosa e comestível não é originada pelo
desenvolvimento do ovário. (esquemas sem escala; cores fantasia.) detalhe de casca
de abacaxi mostrando os frutículos. cajus (fruto com 3 cm a 5 cm de
comprimento). eduardo pozella/arquivo da editora fabio colombini/acervo do
fotógrafo na maçã, o fruto é a parte central, que envolve as sementes. a parte
carnosa está no receptáculo (parte dilatada do pedúnculo) da flor. nomorango,
os frutos são os pequenos pontos espalhados pela parte vermelha que também é
formada a partir do receptáculo. já a parte comestível do figo e do abacaxi
desenvolve-se de receptáculos e de outras peças florais reunidas em um conjunto
chamado inflorescência. a bananeira se reproduz assexuadamente por brotos que
surgem de seu caule subterrâneo (a parte visível é um falso caule, formado pela
bainha das folhas). as plantas ancestrais da banana tinham semente. ao longo do
tempo, buscando melho-rar a qualidade dos frutos para o consumo, o ser humano
acabou selecionando frutos sem sementes, formados sem fecundação. os pontos
pretos que aparecem no inte-rior da banana são o que restou dos óvulos. no caso
da bananeira, o ovário se desenvolve sem ter sido fecundado, formando-se
umfrutosemsemente. essefenômeno, quenocasodabananaénatural, podeser repetido
artificialmente. é possível obter alguns frutos de interesse comercial (uvas,
por exemplo) semsementepelaaplicaçãodehormôniosvegetaisemfloresquenão
forampolinizadas. a inflorescência é formada pela reunião de flores em ummesmo
pedúnculo. o que chamamos de flor no girassol, por exemplo, é, na realidade,
uma inflorescência. maçã fruto pseudofruto telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 305 finalmente, existem frutos que não têm o pericarpo
suculento, como os carno-sos: são os frutos secos. veja a figura 27.11. grãos
de milho (cerca de 1 cm). ervilha (vagem tem entre 13 cm e 16 cm de
comprimento). girassol (cerca de 1 cm). amendoim (vagem com cerca de 1,2 cm de
largura). castanha-do-pará (fruto tem entre 10 cm e 15 cm de diâmetro). 27.11
alguns frutos secos. alguns frutos se abrem quando maduros, liberando as
sementes. são chama-dos frutos deiscentes, como as vagens de feijão, de soja e
de ervilha. outros, como os frutos do milho, do arroz, do trigo, da noz e do
girassol (cujo fruto é popularmente chamado de semente) se mantêm fechados. são
chamados indeiscentes. observe a figura 27.11. na linguagem popular, o termo
legume é usado com o significado de hortaliça (chuchu, abóbora, berinjela,
etc.). em botânica, porém, o termo legume ou vagem in-dica um tipo de fruto
encontrado na ervilha, no feijão, no amendoim, na soja e em ou-tras plantas do
grupo das leguminosas. alguns frutos podem ser muito saborosos. mas, qual seria
a função do fruto na planta? em que sentido o fruto colabora para o sucesso das
plantas com flores? deiscentes é uma palavra de origem latina, vem de
dehiscere, que significa ‘abrir-se’. in é um prefixo latino que indica negação.
3 o fruto e a dispersão da semente as substâncias nutritivas de muitos frutos
atraem animais que comem os frutos e jogam fora as sementes. estas se espa-lham
pelo solo e podem dar origem a novas plantas. veja a figura 27.12. em certos
casos, ao comer o fruto, o animal engole a se-mente. ela passa pelo tubo
digestório sem ser digerida e é elimi-nada com as fezes a alguma distância da
planta. também desse 27.12 araçari-castanho (pteroglossus castanotis;
comprimento entre 34 cm e 45 cm) comendo frutos de árvore do pantanal. fabio
colombini/ acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio
colombini/acervo do fotógrafo alaettinyildirim/shutterstock/ glow images
supertrooper/shutterstock/ glow images steyno & stitch/ shutterstock/glow
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capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 306 modo as sementes se dispersam no
ambiente e contribuem para a disseminação da planta por uma área maior. algumas
vezes as sementes ingeridas por animais são digeridas e se tornamperdidas
emtermos de reprodução. ou-tras vezes certos animais, como esquilos e pássaros,
enterram as sementes para comê-las depois, mas não encontram todas as sementes
enterradas. algumas delas sobrevivem e aca-bamgerminando. mas a dispersão da
semente não é feita apenas pormeio de frutos ingeridos por animais. veja estes
exemplos: • os frutos de plantas que crescem próximas a rios ou mares, como o
coqueiro, caem na água e podem ser le-vados para praias distantes. • os frutos
de plantas como o carrapicho se prendem aos pelos de animais por meio de
ganchos ou substâncias pegajosas. • certos frutos, como os da planta
dente-de-leão, são muito leves, e isso permite que eles sejam dispersados pelo
vento. observe a segunda foto da figura 27.13. 27.13 o fruto do carrapicho
prende-se à roupa das pessoas ou ao pelo de animais, e o do dente-de-leão é
levado pelo vento. brian a. jackson/ shutterstock/glow images dente-de-leão
soltando frutos alados (fruto com cerca de 2 cm de diâmetro). carrapicho (0,5
cm de diâmetro, sem os espinhos). ciência no dia a dia fruto verde, fruto
maduro você já deve ter observado que muitos fru-tos mudam de cor, passando,
por exemplo, do verde ao amarelo ou vermelho. veja a figura ao lado. essa
mudança de cor é acompanhada de uma alteração na consistência e na composição
química do fruto. de início, o fruto pode ser duro e de sabor desa-gradável – e
até conter substâncias tóxicas – para alguns animais. nessa etapa, a semente
ainda não está pronta para germinar. depois, o fruto muda de cor, torna-semais
visível nomeio da folhagemverde (muitos animais que se alimentam de frutas têm
a capacidade de distinguir essas cores) e passa a ser maismacio e adocicado,
acumulando reservas nutri-tivas (açúcares, por exemplo). a cor do fruto maduro
e suas substâncias nutritivas atraem animais para comê-lo, lançan-do fora as
sementes, que podem já estar prontas para germinar. quando são engolidas, as
semen-tes geralmente não são digeridas e saem com as fezes. essas mudanças nos
frutos são, portanto, adaptações, surgidas ao longo da evolução, que facilitam
a dispersão das sementes. 27.14 mamoeiro commamões (cerca de 20 cm de
comprimento) verdes e alguns maduros. fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio
colombini/ acervo do fotógrafo telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd 306
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 307 4 as sementes a semente possui uma casca que protege o
embrião contra a desidratação e tambémcontra animais, fungos e bactérias.
contém, ainda, uma reserva nutritiva para a futura plantinha, na forma de
amido, óleos ou proteínas. por isso as sementes são tão atraentes como alimento
para muitos animais, inclusive a espécie humana. na semente, além das partes
que vão originar a raiz, o caule e as folhas da planta (ou seja, o embrião),
encontramos os cotilédones. cotilédones são folhas es-peciais com função de
armazenar nutrientes ou transferi-los do endosperma para o embrião. nas plantas
conhecidas como dicotiledôneas (atualmente, temsido usado o ter-mo
eudicotiledônea em vez de dicotiledônea) há dois cotilédones, que, em geral,
são bem desenvolvidos e contêm a reserva de alimento para o embrião. nas
monocotiledôneas há apenas um cotilédone, que absorve os nutrientes do
endosperma e os passa para as regiões de crescimento do embrião. observe a
figura 27.15. cotilédone vem grego kotyledon, que significa ‘côncavo como uma
taça’. dicotiledônea, monocotiledônea o prefixo di indica ‘dois’ e mono, ‘um’.
endosperma cotilédone embrião monocotiledônea (milho). embrião da planta
cotilédones dicotiledônea (feijão aberto ao meio). hiroe sasaki/arquivo da
editora 27.15 ilustração de sementes de monocotiledôneas e de dicotiledôneas
(figura sem escala; cores fantasia). na foto, feijão aberto ao meio (semente
com cerca de 1,5 cm de comprimento). fabio colombini/acervo do fotógrafo mais
de 70% das espécies de angiospermas pertencem ao grupo das dicotile-dôneas.
esse grupo inclui a maioria das árvores e dos arbustos e muitas ervas. os
exemplos são muitos: feijão, soja, ervilha, rosa, maçã, café, girassol,
margarida, fumo, batata, tomate, cenoura, mandioca, pimenta, pimentão, algodão,
couve, berinjela, agrião, repolho, morango, alface, entre outros. a maioria das
monocotiledôneas é formada por plantas herbáceas. há poucas árvores nesse
grupo. são exemplos de monocotiledôneas arbóreas as palmeiras, como o
coqueiro-da-bahia, os palmiteiros e a carnaubeira. entre as monocotiledô- neas
herbáceas encontramos os cereais—arroz, milho, trigo e centeio—, que formam a
base da alimentação humana. outros exemplos demonocotiledôneas são o bambu, o
capim, o abacaxi, a cebola, as orquídeas e a cana-de-açúcar.
agerminaçãodasementeéoprocessopeloqual oembrião retomaseucrescimen-to e se
desenvolve em uma nova planta. isso ocorre quando as condições do ambiente são
favoráveis—quando há água suficiente e temperatura adequada, por exemplo. as
plantas herbáceas são plantas de pequeno porte, com caule tenro e flexível
(herbáceo vem do latim herba, que significa ‘erva’).
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capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 308 cotilédones a semente usa a reserva
de alimento para crescer. as raízes crescem rapidamente e absorvem água e sais
minerais do solo. com o crescimento do caule e o desenvolvimento das folhas, a
planta começa a realizar fotossíntese. plantas adultas foridas (a planta adulta
atinge de 70 cm a 90 cm de altura). hiroe sasaki/arquivo da editora 27.16
representação ilustrativa da germinação de uma semente de feijão, que possui
cerca de 1,5 cm de comprimento. (os elementos ilustrados não estão na mesma
escala; cores fantasia.) a água é essencial para a germinação da semente.
semela, as reações químicas necessárias para as atividades das células não
podemocorrer, já que a semente está quase totalmente desidratada (emgeral, a
semente temapenas 10% de água, oume-nos). veja a figura 27.16. algumas sementes
passam por um período de dormência e só germinam após certos estímulos do
ambiente. as sementes das regiões frias, por exemplo, só germi-nam depois de
ficar longo tempo expostas ao frio. essa adaptação permite que a planta se
desenvolva somente após o inverno, quando a temperatura e outras condi-ções
ambientais são adequadas. outras sementes (as de regiões secas) brotamape-nas
na época das chuvas, quando há muita água disponível. planta de feijão brotando.
fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo ciência e tecnologia o polimento dos
cereais para melhorar o aspecto de produtos como o arroz, o pão e a farinha e
conservá-los por mais tempo, os grãos passam por um processo de poli-mento. com
isso, perdem parte das vitaminas, dos sais, das proteínas e das fibras. no caso
do arroz, há processos que fazem os nutrientes penetrarem na semente antes que
a casca seja retirada. no pão branco industrializa-do, as vitaminas, os sais
minerais e as fibras per-didos no polimento podem ser acrescentados na forma
sintética. há também a opção de consumir produtos feitos com grãos integrais,
sem polimento, como o pão integral e o arroz integral. ciência e ambiente a
importância da botânica o conhecimento de botânica não é importante apenas para
os que realizam pesquisas nessa área. ele se aplica tambémemagronomia,
embiotecnolo-gia, em farmácia, nos estudos de ecologia e de ava-liação de
impactos ambientais. a maioria das espécies de plantas está nas florestas
tropicais. com a destruição dessas flo-restas, muitos medicamentos podem se
perder. além disso, as espécies selvagens podem ser cruzadas com espécies
domésticas para obter espécies mais resistentes e mais produtivas. dependemos,
portanto, da biodiversidade para nossa alimentação, nossa saúde e nossa
so-brevivência. por isso o desenvolvimento eco- nômico tem de preservar a
biodiversidade, para o bem das futuras gerações.
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<Page Number="311">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 309 atividades 1. como se chamam as folhas modificadas que
for-mam o cálice e a corola de uma flor? 2. em uma flor, onde são produzidos os
grãos de pólen? e a oosfera? 3. como se chama o processo pelo qual os grãos de
pólen chegam até o estigma de uma flor? 4. muitas flores possuempétalas
coloridas e perfu-madas e produzem néctar. para as plantas, quais são as
vantagens dessas características? 5. como os núcleos espermáticos (os gametas
mas-culinos) chegamatéaoosfera (ogameta feminino)? 6. após a fecundação, que
partes do gineceu origi-nam a semente e o fruto? 7. no caderno, organize a
ordem dos acontecimen-tos: fecundação, polinização, formação do fruto,
crescimento do tubo polínico, formação do grão de pólen. 8. explique a
diferença entre o termo fruto, usado em biologia, e o termo popular fruta. 9.
as letras nas fotos abaixo indicam dois frutos e um pseudofruto. em seu
caderno, identifique o que cada letra indica, explicando também a dife-rença
entre esses dois termos. 27.17 khomulo anna/ shutterstock/glow images b c a 10.
muitos frutos são comidos por aves, como o da foto abaixo. que vantagem isso
traz para a planta? 27.18 saírade lenço (tangaracyanocephala; cercade 11
cmdecomprimento) sobremamão. fabio colombini/acervo do fotógrafo 11. dê um
exemplo de planta que espalha suas se-mentes sem depender de animais. explique
como isso ocorre. 12. qual é a diferença mais evidente entre a semente das
dicotiledôneas (eudicotiledôneas, pela ter-minologia atual) e a das
monocotiledôneas? 13. leia o texto abaixo e depois responda à questão. no
almoço, pedro comeu uma salada feita com alface, tomates, pimentões, pepinos,
rodelas de cebola, comazeite de oliva. oprato principal foi de cenoura e
beterraba cozidas e um pedaço de frango, acompanhado de creme de milho. já ana
preferiu, em vez do creme, um purê de batatas, e sandro trocou o creme por um
pirão feito de fari-nha de mandioca. para beber, pedro e ana toma-ram suco de
laranja, e sandro, suco de caju. como sobremesa, pedro escolheu uma fatia demamão,
ana, um doce de batata-doce, e sandro, uma compota de figos. agora, identifique
no caderno quais dos alimentos mencionados correspondem a: a) raízes d) frutos
b) caules e) pseudofrutos c) folhas trabalhando as ideias do capítulo fabio
colombini/ acervo do fotógrafo atenção! não escreva no livro! faça os
exercícios no caderno. telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd 309 6/21/12
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<Page Number="312">
capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 310 observe a figura abaixo. a) no
caderno, escreva o nome das partes indi-cadas nas plantas da figura 27.20 e
explique a função de cada uma. b) escreva tambémos nomes das partes indica-das
na ilustração abaixo. identificando plantas 1. observe a figura 27.19. nela
estão representados grupos de plantas que você estudou (briófitas,
pteridófitas, gimnospermas, angiospermas). os números que estão entre
parênteses indicam quantas vezes a figura é maior ou menor que a planta
original. identifique no caderno a que gru-po pertence cada um dos organismos
da figura. ( x 1 8 ) (x 1) a d b c ( x 1 3 ) ( x 1 950 ) ( x 1 4 ) 27.19
figurasemescala. cores fantasia. 2. aindadeacordocomafigura27.19,
indiquenocaderno: a) quais dos grupos não apresentam vasos condutores de seiva?
b) quais dos grupos não dependem da água para a fecundação? c) qual é o grupo
que produz sementes, mas não produz frutos? d) qual grupo produz frutos? e) em
qual grupo aparece uma estrutura cha-mada de prótalo? f ) em qual grupo aparece
uma estrutura conhe-cida como pinhão? g) quais são os grupos que não apresentam
sementes? h) quais são os grupos que produzem tubos po-línicos? 3. agora, no
caderno, indique a que grupo se refere cada letra no esquema abaixo
(“avasculares” significa sem vasos condutores de seiva, e “vas-culares”, com esses
vasos). plantas avasculares (a) com sementes com frutos (b) vasculares sem
sementes (d) sem frutos (c) identificando partes de angiospermas ingeborg
asbach/arquivo da editora ingeborg asbach/arquivo da editora 27.21 cores
fantasia. 3 5 4 2 1 1 2 6 5 4 1 3 2 a ingeborg asbach/arquivo da editora 7
27.20 figurasemescala. cores fantasia. b
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<Page Number="313">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 311 identificando grupos de seres vivos o gráfico ao lado
dá uma ideia do número de es-pécies conhecidas em alguns grupos de organis-mos.
estima-se que o número total possa ser de mais de 14 milhões. então, em relação
às espé-cies conhecidas, responda: a) qual o grupo commaior número de espécies?
b) qual o número total de espécies do reino animal? c) quais os grupos que
aparecem no gráfico que podem ser classificados como protistas? d) em que
grupos há seres autotróficos? e) qual grupo não é classificado em nenhum dos
reinos? 1. na foto abaixo, visitantes do jardim botânico da alemanha observam a
maior flor do mundo da planta conhecida como titan arum (amorpho-phallus
titanum). a flor chega a medir 3 metros e pode pesar até 75 kg. ela emite um
cheiro de car-ne podre que atrai moscas. que vantagem esse cheiro traz para a
planta? 2. uma garota estava “roxa” de fome e mal podia esperar para “atacar”
tanta comida gostosa: sa-lada de alface, tomate, cenoura e beterraba, carne
assada com batata cozida e farinha de mandioca, laranjada, cajuada, doce de
batata-doce, compo-ta de figo. ela e seu namorado já haviam devora-do um pacote
de castanha-de-caju, que só ser-viu para abrir mais o apetite. entre os
diversos alimentosmencionados, identi-fique os que são derivados de raízes, de
caules, de folhas, de flores e de frutos. 3. a forma da flor da orquídea (cerca
de 2,5 cm de largura), que aparece na foto abaixo, lembra a fêmea de uma
espécie de vespa. a semelhança é tão grande que o macho da vespa é facilmente
enganado e, pensando tratar-se de uma fêmea de sua espécie, tenta acasalar com
a flor. expli-que como isso pode contribuir para a reprodu-ção da planta. 27.24
macho da vespa eucera longicornis sobre flor da orquídea ophrys scolopax (cerca
de 2,5 cm de largura). claude nuridsany & marie perennou/ science photo library/latinstock
4. algumas vagens “estouram” quando ficam ma-duras e as sementes são jogadas
para longe. que vantagem isso traz para a planta? 5. observe a seguir a foto de
uma abelha (cerca de 1,4 cm de comprimento). pense um pouco mais federico gambarine/corbis/latinstock
27.23 fungos bactérias vírus algas insetos plantas protozoários outros animais
751 000 248000 30800 69000 4800 1 000 26900 281 000 27.22
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<Page Number="314">
capítulo 27 •
angiospermas: fores, frutos e sementes 312 atividade em grupo escolhamumdos
temas abaixo para realizar uma pesquisa em livros, cd-roms, internet, etc.
de-pois, façam uma apresentação, com fotos (ou ví-deos) e ilustrações, para a
comunidade escolar. 1. em sua escola ou em algum outro lugar perto de sua casa
há árvores? procurem saber o nome popular dessas ár-vores e descubram a que
grupo de vegetais elas pertencem. anotem o nome delas e dos respectivos grupos
em uma folha de caderno. façam o mesmo com as plantas herbáceas que vocês têm
em casa ou que existem no jardim da escola: identifiquem e classifiquem
devidamente cada uma. registrem o nome delas e o grupo a que pertencem. depois,
façam um quadro (tabela) com os re-presentantes dos diferentes grupos,
incluindo as características típicas de cada um. selecionem algumas plantas da
lista (umas cinco, entre árvores e plantas herbáceas) para fotografá-las ou
desenhá-las. depois, bus-quemmais informações sobre elas. 2. façam uma lista
das plantas venenosas e expliquem o que elas causam no organis- mo humano. 3.
preparem uma lista de medicamentos extraí-dos de plantas, mencionando a
importância deles e as plantas das quais são extraídos. em seguida, escrevam um
texto em defesa da preservação das florestas tropicais. 4. pesquisem em que
regiões do brasil são en-contradas as seguintes frutas: açaí, buriti, guaraná,
cupuaçu, pupunha, taperebá, acero-la, cacau, caju, coco, dendê (coco-de-dendê),
graviola, umbu, guabiroba, jabuticaba, jenipa-po, pequi, abacate, jaca,
pitanga. falem também um pouco sobre cada fruta: entre outras características,
expliquem como ela é consumida. 27.25 heidi & hans-jurgen kock/ minden
pictures/ latinstock a) o que pode ser o material amarelo aderido ao corpo do
inseto? explique. b) porqueaaplicaçãode inseticidasnocampopode prejudicar a
reproduçãodealgumasplantas? 6. plantas polinizadas pelo vento produzem,
emge-ral, mais grãos de pólen do que plantas poliniza-das por insetos. isso
significa que as primeiras produzemmais descendentes do que as últimas?
justifique sua resposta. 7. opeso da abelha (cerca de 1,4 cmde comprimen-to) da
figura a seguir faz descer a pétala e você pode notar que uma estrutura
comprida da flor passa a encostar na parte de trás do abdome do inseto. qual
seria essa parte comprida e que van-tagem isso traz para a planta? 27.26 8. o
visco é uma planta que germina e cresce sobre os troncos das árvores, retirando
delas a seiva. seus frutos são comidos por aves e contêm um líquido viscoso
(“grudento”), que faz muitas se-mentes grudarem no bico da ave. a partir dessas
informações, tente explicar como o visco conse-gue se instalar no tronco das
árvores. 9. um aluno mostrou ao professor um pozinho amarelo que ele havia
colhido de uma samambaia e perguntou se aquilo era pólen. o que o profes-sor
deve ter respondido? claude nuridsany & marie perennou/science photo
library/latinstock telaris_ciencias_7ano_298a313_u04c027.indd 312 6/21/12 1:45
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<Page Number="315">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 313 mexa-se! você sabe que somos bastante dependentes das
plantas. então, escreva uma pequena redação paramostrar como as plantas são
importantes no nosso dia a dia, na tecnologia, etc. mas não vale mencionar a
importância na alimentação! aprendendo com a prática nesta atividade, você vai
observar as partes de uma flor. faça este experimento sob a orienta- ção do
professor ou com o acompanhamento de um adulto. material • duas flores grandes
da mesma espécie, com pedúnculo (compre-as em uma floricultura), as quais podem
ser: azaleias, hibiscos (mimo-de- -vênus) ou palmas-de-santa-rita (gladíolo). •
cinco folhas brancas de papel • pinça • gilete • estilete ou agulha de costura
• fita adesiva • lupa de mão (lente de aumento) procedimentos • emprimeiro
lugar, observe a flor inteira. identifi-que as partes dela (cálice, corola,
androceu, gi-neceu). conte o número de pétalas e sépalas. registre todas essas
informações em uma fo-lha de papel. verifique também se a flor tem perfume e
anote. nessa mesma folha prenda a flor com a fita adesiva, sem o pedúnculo. •
com o auxílio de gilete, estilete ou pinça separe as partes da outra flor.
comece pela parte mais externa. prenda o cálice e a corola abertos com a fita
adesiva, em folhas de papel separadas, e identifique as partes. • sacuda o estame.
repare se cai algum pozinho. se houver microscópio na escola, separe o po-zinho
emuma folha de papel e depois o observe ao microscópio, junto com o professor.
cole o estame em uma folha de papel e identifique as partes dele. • com a ajuda
do professor, corte a parte dian-teira do gineceu utilizando o estilete ou a
agu-lha de costura. com o auxílio da lupa, identifi-que o que existe no
interior dele. em outra fo-lha de papel desenhe o que você observou. depois,
prenda o gineceu na folha de papel e identifique as partes dele. • anote as
funções de cada parte da flor. 5. com o apoio dos professores de ciências,
história, geografia, literatura e arte, façam uma pesquisa sobre a árvore
conhecida como pau-brasil. descubram, por exemplo: seu nome científico; sua
utilização pelo ser huma-no e a história de sua exploração pelos euro-peus; a
relação entre a exploração do pau- -brasil e amata atlântica; o que foi, na
literatu-ra, o manifesto pau-brasil, etc. procurem saber se, em sua região,
existe alguma instituição educacional (por exemplo, uma univer-sidade, ummuseu,
umcentro de ciências) que tra-balhe com o tema “flora brasileira” ou que
mante-nha uma exposição sobre esse tema, e verifiquem se é possível visitar o
local. como opção, podem ser pesquisados na internet sites de universida-des,
museus, etc. que disponibilizem uma exposi-ção virtual sobre as plantas da
flora nacional. 6. pesquisem o que é hidroponia.
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314 o ambiente
terrestre capítulo 28 observe a figura 28.1. veja que, no norte da américa do
sul, há uma região esverdeada: é a floresta amazônica. na parte central, ao
norte da áfrica, está o saara, o maior deserto do mundo. cada uma dessas
regiões possui uma vegetação típica. florestas, desertos, campos... pode-se
dividir o ambiente terrestre em grandes regiões, que se caracterizam por
determinadas condições de clima e por grupos de animais e plantas adaptados ao
ambiente. essas grandes regiões são chamadas de biomas (do grego bios, ‘vida’,
e oma, ‘proliferação’). florestas, desertos… que outros biomas você conhece?
onde eles estão e como se caracteriza sua vegetação e seu clima? você conhece
os principais biomas brasilei-ros e suas características? a questão é 28.1 imagem
da terra montada com informações coletadas por satélite. tom van
sant/gp/science photo library/latinstock
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 315 1 a influência do sol no clima a temperatura, a
umidade do ar, os ventos, a chuva e a pressão atmosférica, en-tre outros
fatores, fazem parte do clima de uma região. os seres vivos de um local não são
afetados apenas por outros organismos que convivem com ele, mas também pelos
elementos não vivos desse ambiente, como o clima e o solo. todos os seres vivos
e a parte não viva de um ambiente (água, minerais do solo, luz, etc.), assim
como as relações entre esses componentes, formam um ecossiste-ma, como uma
lagoa ou uma floresta. estudando a distribuição de seres vivos no planeta,
nota-se que a comunidade do polo sul, por exemplo, é bastante diferente daquela
que se encontra na amazônia. isso ocorre porque o clima e outros fatores
físicos dessas duas regiões sãomuito dife-rentes. e, como se sabe, os
organismos estão adaptados ao ambiente em que vivem. o clima de uma região
depende de vários fatores. um deles é a latitude, ou seja, a distância dessa
região ao equador. quantomais próxima do equador, mais quente é a região; quantomais
afastada, mais fria ela é. isso porque em torno da linha do equa-dor a
incidência dos raios solares é mais direta, e assim essa região recebe mais luz
e calor do que as regiões mais afastadas do equador, onde os raios solares
incidem mais inclinados. veja a figura 28.2. equador é uma linha imaginária que
divide o planeta em duas metades: o hemisfério norte e o hemisfério sul. outono
no hemisfério norte, primavera no sul. verão no hemisfério norte, inverno no
sul. inverno no hemisfério norte, verão no sul. primavera no hemisfério norte,
outono no sul. ilustrações: luís moura/arquivo da editora eixo da terra luz do
sol linha do equador 28.2 as estações do ano ocorrem por causa da inclinação do
eixo da terra (uma linha imaginária que atravessa o planeta de um polo
geográfico a outro) em relação ao plano de sua trajetória ao redor do sol.
(figura sem escala. a órbita da terra é apenas um pouco elíptica; se
representada em escala, pareceria quase um círculo. cores fantasia.) a luz e o
calor que a terra recebe do sol são influenciados tambémpela inclinação do eixo
da terra. observe a figura 28.2: quando o polo norte está inclinado para o sol,
o hemisfério norte é atingidomais diretamente pelos raios solares e recebemais
luz e ca-lor. por isso ele se aquecemais que o hemisfério sul. nessa situação,
é verão no hemis-fério norte e inverno no hemisfério sul, e os dias tendem a
ser mais longos nas regiões mais ao norte da linha do equador do que nas
regiõesmais ao sul. a inclinação do eixo da terra é de cerca de 23,5 graus em
relação a uma linha perpendicular ao plano da órbita da terra.
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<Page Number="318">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 316 seis meses depois, é o hemisfério sul que recebe mais
luz e calor. nessa situa-ção, é verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério
norte. há duas posições na órbita terrestre emque ambos os hemisférios são
ilumina-dos da mesma forma pelos raios do sol. em um dos hemisférios será
outono, e no outro será primavera. observe que nas regiões próximas à linha do
equador não há grande diferença no ângulo de incidência dos raios solares. é
por isso que nessas regiões não ocorrem grandes variações climáticas ao longo
do ano. o clima depende também da altitude — o pico de uma montanha é mais frio
que sua base ou algum local baixo, próximo ao nível do mar. depende ainda de
fatores como o calor transportado pelas correntesmarítimas e pelasmassas de ar
da atmos-fera, ou a distância entre determinada região e o mar ou algum lago.
observe na figura 28.3 a localização dos principais biomas terrestres do
planeta. cada um deles possui vegetação e animais típicos. agora você vai
conhecer um pouco dos vegetais e animais que vivem nesses biomas. a região do
planeta onde os organismos habitam recebe o nome de biosfera. no hemisfério que
acaba de passar pelo verão, será outono. a temperatura vai diminuindo, e a vida
das plantas e dos animais se altera: as folhas das árvores começam a cair e
alguns animais migram para outras regiões. enquanto isso, no outro hemisfério a
temperatura começa a subir. muitas árvores voltam a ficar cobertas de folhas e
flores. florestas tropicais campos e savanas desertos tundra taiga florestas
temperadas oceano atlântico oceano índico oceano pacífico oceano pacífico n o l
s 0 2 500 5 000 escala quilômetros principais biomas da terra cores fantasia n
o l s 0 600 1 200 escala quilômetros biomas brasileiros cerrado caatinga
floresta amazônica outras formações mata atlântica complexo do pantanal mata
dos cocais mata de araucárias pampa oceano atlântico 28.3 kln artes
gráficas/arquivo da editora; fontes: world reference atlas. london, dorling
kindersley, 2003; ibama, 2008. principaisbiomas daterra
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<Page Number="319">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 317 2 tundra a tundra ocupa a região ao redor do polo
norte (tundra significa, em finlandês, ‘colina ártica’). o solo permanece
congelado a maior parte do tempo, mas, durante o verão, uma fina camada do solo
descongela e surge uma vegetação rasteira (musgos, liquens, capim).
entreosanimais, há insetos, pássaros, caribus, lemingues, urso-branco, lebre
ártica, raposa polar e lobo ártico. no inverno, as aves e alguns mamíferos
migram para regiões mais quentes. 28.4 paisagemde tundra naamérica donorte
(alasca) onde se vê umcaribu (rangifer tarandus, tambémchamado de rena
americana; 1,20ma 2,20m de comprimento, fora a cauda). no inverno, o caribu
escava o solo gelado à procura de liquens e raízes. o termo caribu
temorigememuma língua indígena norte-americana e significa ‘animal que escava a
neve’. 3 taiga a taiga, ou floresta de coníferas, localiza-se ao sul da tundra,
emáreas do canadá, da sibéria e dos estados unidos. por estar mais perto do equador,
re-cebe maior quantidade de energia solar que a tundra. há gimnospermas, como o
pinheiro, a sequoia e o abeto (figura 28.5). wolfgang kaehler/corbis/latinstock
galen rowell/corbis/latinstock d george d. lepp/corbis/latinstock b a c yann
arthus-bertrand/corbis/latinstock 28.5 (a) aspecto da vegetação da taiga
(sibéria); (b)marmotas (marmota sp.; 30 cma 50 cmde comprimento, fora a cauda):
pequeno roedor; (c) esquilo vermelho (sciurus vulgaris; 20 cma 25 cmde
comprimento, fora a cauda): animal muito ágil, escapa dos perigos subindo nas
árvores, onde faz sua toca; armazena pinhas e frutos secos para se alimentar no
inverno; (d) urso-pardo (ursus arctos; 2ma 3mde comprimento): no inverno, ele
dorme emantémseumetabolismo devido à sua gordura. ingo arndt photography/latinstock
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<Page Number="320">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 318 as folhas dessas árvores são protegidas por uma camada
de cera que diminui a perda de água por transpiração. no inverno a água do solo
está congelada, por isso as plantas não conseguem repor a água perdida pela
transpiração. o formato das folhas também está adaptado ao clima frio. elas são
finas e com-pridas, em forma de agulha. desse modo, a área de transpiração é
menor, o que tam-bémajuda a diminuir a perda de água no inverno. alémdisso, o
formato de agulha das folhas impede o acúmulo de neve sobre elas: como os ramos
são mais flexíveis, eles se curvam, em vez de quebrar, e deixam a neve cair. a
fauna é mais rica que a da tundra, com insetos, aves, lebres, alces, renas,
ratos silvestres e musaranhos, que servem de alimento a carnívoros, como
martas, linces, lobos e ursos-pardos. taiga, em russo, designa a região que é
coberta de coníferas. 4 florestas temperadas as florestas temperadas
localizam-se nas regiões de clima temperado, com as quatro estações do ano bem
definidas, como algumas áreas dos estados unidos, da europa, da ásia e da
américa do sul (veja a figura 28.6). 28.6 (a) vista de floresta temperada na europa
(alemanha); (b) gato selvagemeuropeu (55 cma 80 cmde comprimento, fora a cauda;
ao anoitecer, ele caça esquilos, coelhos e ratos; pode comer até vinte desses
animais emuma noite); (c) panda (1,60ma 1,90mde altura; animal raro que vive
nasmontanhas do sul dachina; come quase exclusivamente folhas e brotos de
bambu). amaioria das florestas temperadas caracteriza-se pela perda das folhas
das ár-vores no fim do outono, o que reduz a perda de água no inverno. as
folhas voltam a crescer na primavera. lá se encontram vários invertebrados,
anfíbios, répteis, aves e mamíferos, como ratos silvestres, marmotas, veados,
ursos, gambás, pumas, lobos, linces, raposas, ga-tos selvagens e esquilos.
steve austin; papilio/corbis/latinstock frans lanting/minden pictures/latinstock
frank ihlow/keystone a b c telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 318
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<Page Number="321">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 319 5 mata de araucárias uso preferencial uso em manual do
professor pb a mata, ou floresta, de araucárias, também chamada de mata dos
pi-nhais, ou pinheiral, é uma floresta de clima temperado, que se encontra nas
regiões demaior altitude no sul e sudeste do brasil (estados do paraná, san-ta
catarina, rio grande do sul e são paulo). a espécie que predomina é o conhecido
pinheiro-do-paraná. o pinheiro não perde as folhas no inverno, pois elas são
cobertas por uma substância impermeável. veja a figura 28.7. além do
pinheiro-do-paraná, encontram-se, na mata de araucárias, outras espécies
vegetais: a canela, a imbuia, a erva-mate, o cedro, o angico, a gameleira e a
samambaiaçu. entre os animais há várias espécies de insetos, aves, como a
gralha- -azul e o sabiá, e mamíferos, como o tatu. muitas das espécies se
alimentam do pinhão, que é a semente do pinheiro. a intervenção humana devastou
boa parte da mata de araucárias para retirar madeira e cultivar plantações de
eucaliptos e pinheiros diferentes do pinheiro-do-paraná, utilizados na produção
de móveis e papel. por causa da modificação do ambiente natural, muitas
espécies de animais estão amea-çadas de extinção. 28.7 acima gralha-azul (cerca
de 40 cmde comprimento) e abaixo aspecto damata de araucárias. 6 florestas
tropicais as florestas tropicais localizam-se em várias áreas na zona
delimitada pelos trópicos de câncer e de capricórnio, ao longo e em torno do
equador. nessa região, o clima é quente e úmido. na amazônia, por exemplo, as
temperaturas oscilam entre 14 ºc e 42 ºc, commédia de 28 ºc. a umidade relativa
do ar pode chegar a 99%, com chuvas frequentes e abundantes durante boa parte
do ano. fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo
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<Page Number="322">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 320 a floresta amazônica, com 60% de sua área em território
brasileiro, é a maior floresta tropical domundo— representa um terço da área
global de florestas tropicais. com seus rios, lagos e riachos, constitui uma
grande reserva de água doce da terra. veja a figura 28.8. há árvores altas,
como cedro, virola, buriti, açaí, bacuri, cumaru, jatobá, serin-gueira e
castanheira-do-pará. na superfície das áreas tomadas pelas águas encon-tra-se a
vitória-régia, vegetal com folhas circulares flutuantes que podem chegar a 2
metros de diâmetro. reveja a figura 28.8. entre osmamíferos são comuns os
primatas (guariba, barrigudo e outrosmaca-cos), os carnívoros (onça-pintada ou
jaguar, cachorro-do-mato-vinagre, quati, furão, jaguatirica, suçuarana ou
onça-parda), tamanduás (que se alimentam de cupins), preguiças (que comembrotos
de embaúba), esquilos, veados (galheiro, mateiro e ca-tingueiro),
porcos-do-mato (queixada e caititu) e mamíferos aquáticos (peixe-boi, boto,
lontra e ariranha). veja a figura 28.9. existe grande variedade de aves, como
mutuns, tucanos, araras, papagaios, ja-cus e pássaros. entre os répteis, há
lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes (sucuri, jiboia, surucucu e
jararaca). existem também vários anfíbios (sapos, rãs e pererecas), peixes
(pirarucu, tucunaré, pacu, tambaqui) e uma infinidade de invertebrados. reveja
a figura 28.9. vista aérea da floresta amazônica e do rio negro.
uacari-vermelho (cacajao calvus: 40 cm a 45 cm de comprimento, fora a cauda).
araracanga (ara macao; até 90 cm de comprimento). pirarucu (arapaima gigas; até
3 m de comprimento). gato-do-mato (leopardus wiedii; 30 cm a 48 cm de altura).
castanheira-do-pará (bertholletia excelsa; 30 m a 50 m de altura).
vitórias-régias (victoria amazonica; até 2 m de diâmetro). 28.8 vista aérea da
floresta amazônica e algumas plantas dessa região. 28.9 fotos: fabio
colombini/acervo do fotógrafo fotos: fabio colombini/ acervo do fotógrafo
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<Page Number="323">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 321 outra floresta tropical, a mata atlântica, que
acompanha o litoral brasileiro, foi bastante devastada pela ação humana.
atualmente, restam apenas cerca de 7% da mata original. veja a figura 28.10.
entre as árvores, há o jequitibá-rosa, a quaresmeira, o fedegoso, o ipê, a embaú-ba,
a palmeira-juçara (dentro dela encontra-se o palmito), a canela, o jacarandá, o
ce-dro e a peroba. na mata atlântica vivem diversos mamíferos, muitos ameaçados
de extinção: marsupiais (como o gambá e a cuíca-d’água), primatas (como
omuriqui, omico-leão, o mico-leão-dourado, o sagui-preto e o macaco-prego),
guaxinins (mão-pelada), quatis, onças-pintadas, gatos-do-mato,
cachorros-do-mato-vinagre, suçuaranas, caxinguelês, cutias, ouriços-cacheiros,
porcos-do-mato, tatus, pacas, tamanduás- -mirins, capivaras, antas e preguiças.
e aves, como o macuco, o inhambu, os patos selvagens, os gaviões, o mutum, a
saracura, o tié-sangue, o sanhaço, a araponga, muitas espécies de beija-flor e
a saíra-de-sete-cores. fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo
do fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do
fotógrafo roberto loffel/arquivo da editora dilmar cavalher/strana/arquivo da
editora 28.10 vista aérea de mata atlântica e de uma de suas plantas, o
ipê-amarelo (em geral, de 8 m a 10 m de altura), e alguns animais que são
encontrados na região: saíra-de-sete-cores (tangara seledon; emmédia, 15 cm de
comprimento), mico-leão-dourado (25 cm a 35 cm de comprimento, fora a cauda) e
onça-pintada (1,90 m a 2,10 m de comprimento, fora a cauda).
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<Page Number="324">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 322 a riqueza das florestas tropicais na zona tropical a
vegetação cresce o ano todo. é variada e exuberante, com árvores que chegam a
atingir 60 metros de altura. existe, portanto, alimento farto o ano todo para
os animais herbívoros. o clima quente facilita a sobrevivência dos
in-vertebrados e dos vertebrados ectotérmicos: o calor mantém o organismo deles
em uma temperatura que permite a atividade constante. em uma floresta tão
densa, cerca de apenas 1% da luz emitida pelo sol atin- ge o solo. por isso
quase não há plantas rasteiras. esse é o ambiente ideal para os animais que
voam ou vivem nas árvores e se alimentam de frutos, sementes ou folhas. há
grande variedade de macacos, pássaros, lagartos, preguiças, cobras e insetos. a
riqueza das florestas tropicais é justamente a imensa biodiversidade que aí se
encontra. a amazônia tem a maior variedade de espécies de primatas, jacarés,
anfí-bios, roedores, insetos, lagartos e peixes de água doce do mundo. ciência
e ambiente a devastação da mata atlântica desde o início da colonização, a mata
atlân-tica foi o ecossistema que mais sofreu com a ação humana. a extração do
pau-brasil (usado como fonte de corante vermelho para tecidos), o ciclo da
cana-de-açúcar e o do café, a minera-ção, a extração de madeiras nobres, a
pecuária, a caça predatória e a ocupação de cidades (cerca de 2/3 da população
vivem em áreas original-mente ocupadas pela mata atlântica) foram os principais
fatores da devastação ecológica dessa região. restam apenas cerca de 7%, pouco
mais de 10 000 km 2 , transformados em parques esta-duais e nacionais,
protegidos por lei. outro problema é a fragmentação do res-tante da floresta,
isto é, a divisão da sua área em partes isoladas por desmatamento para
pecuá-ria, extração da madeira, etc. com isso, o tama-nho das populações
naturais fica reduzido, o que dificulta a sobrevivência de várias espécies. uma
das maneiras de diminuir esse impacto da frag-mentação é a criação de
corredores ecológicos, que facilitam o trânsito dos animais entre duas áreas
naturais. junto com o cerrado, a mata atlântica é o ecossistema mais ameaçado
do mundo, ao mes-mo tempo que é um dos 34 hotspots (“pontos quentes”, em
inglês), ou seja, regiões de grande biodiversidade e ameaçadas de extinção. ela
apresenta também muitas espécies endêmicas (exclusivas desse bioma). para ser
considerado um hotspot, um ecossistema deve ter pelo me-nos 1 500 espécies
endêmicas de plantas e ter perdido 70% ou mais de sua área original. embo-ra
correspondam a menos de 3% da superfície do planeta, os hotspots abrigam cerca
de metade de todas as espécies de plantas e 40% das espécies de vertebrados
terrestres. apesar de toda essa diversidade de espécies, o solo das florestas
tropicais compõe-se, na maior parte, de uma massa de areia e argila, pobre em
nutrientes mi-nerais. sobre essamassa há apenas uma camada fina de húmus (com30
centímetros de espessura, no máximo), rica em nutrientes, que se forma pela
decomposição de restos de plantas e animais.
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<Page Number="325">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 323 então, como se explica a rica diversidade das
florestas tropicais? a resposta está no equilíbrio ecológico. no solo quente e
úmido, as bactérias, os fungos e outros seres decompositores, protegidos da luz
solar direta, reproduzem-se rapidamente o ano todo. nessas condições, a
decomposição dos restos de animais e vegetais torna-semuito rápida. folhas que
caemno solo são logo transformadas emsubstânciasmi-nerais. e substâncias são
absorvidas pelas plantas e utilizadas em seu crescimento pela fotossíntese e
outras transformações químicas. a decomposição rápida e cons-tante é
fundamental para a manutenção da vida na floresta. a destruição das florestas
tropicais onzemil quilômetros quadrados: essa é a área aproximada de florestas
tropicais destruída por ano para dar lugar a lavouras e pastos, extração de minérios,
forneci-mento de madeira ou construção de estradas. calcula-se que, no brasil,
cerca de 10% da floresta amazônica já tenha desapa-recido. da mata atlântica,
outra floresta tropical brasileira, pouco sobrou. se nada for feito, até 2020
cerca de 80% das florestas poderão ser extintas. veja a figura 28.11. as
florestas tropicais ocupam apenas 7% da superfície dos continentes, mas
contêmmais espécies que todos os outros biomas juntos; são, portanto, regiões
com maior concentração de espécies. e é por isso que precisam ser preservadas.
nas florestas tropicais uma folha pode ser decomposta em cerca de dois meses.
em uma floresta temperada esse mesmo processo pode demorar de um a sete anos.
pode-se dizer, então, que a parte viva da floresta é sustentada por sua parte
morta. a cobertura vegetal das florestas tropicais diminui a erosão do solo,
que é o des-gaste da superfície provocado pela chuva, vento e outros fatores. a
copa das árvores impede que a chuva caia diretamente no solo, e as raízes
ajudam a reter a água que es-corre com a chuva e arrasta partículas do solo.
quando as árvores são derrubadas, a erosão se acelera. a chuva e o vento
carregam consigo sais minerais e húmus e provo-camadiminuiçãoda
fertilidadedosolo. nãosepodeesquecer queamaioriadosnutrien-tes da floresta se
origina da decomposição dos organismos mortos. portanto, a floresta só
semanterá intacta enquanto houver vegetação para reciclar esses nutrientes.
além disso, a terra levada pela chuva pode se acumular no fundo dos rios e
faci-litar o transbordamento e a ocorrência de inundações. esse acúmulo de
terra nos rios é chamado de assoreamento. geralmente, para se desmatar uma
floresta costuma-se incendiar as árvores. são as queimadas, omeiomais rápido e
barato de limpar a área para a agricultura. mas as queimadas não destroem
apenas as árvores. elas tambémmatam os organismos a vegetação nas margens de
rios, riachos, represas e outros corpos de água é denominada mata ciliar ou
mata de galeria. essa mata também ajuda a segurar a terra, diminuindo a erosão.
portanto, se essa vegetação for retirada, pode haver transbordamento de um rio,
por exemplo. assim, da mesma forma que os cílios protegem nossos olhos, essa
mata protege os corpos de água. fabio colombini/acervo do fotógrafo 28.11
queimada na floresta amazônica. telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 323
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<Page Number="326">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 324 que fazem a decomposição e reciclam os nutrientes. o
resultado é que os sais mine-rais que se encontramnas cinzas dão ao solo uma
fertilidade apenas passageira. con-sequentemente, não havendo mais acúmulo de
folhas nem animais mortos, não há reciclagem, e a fertilidade desaparece com o
tempo. as queimadas produzem também grande quantidade de gás carbônico, que vai
se somar ao gás carbônico produzido por veículos e indústrias. esse gás
dificulta a saída do calor do planeta para o espaço e com isso há o aumento da
temperatura da terra. esse fenômeno, chamado de aquecimento global, pode
ocasionar grandesmu-danças climáticas e até elevar o nível dos mares por causa
do derretimento do gelo dos polos, provocando a inundação de ilhas e regiões
litorâneas. odesmatamento tambémprovoca alterações climáticas porque, devido à
gran-de área relativa formada pelas folhas, a quantidade de água devolvida pela
transpira-ção émaior que a devolvida pela evaporação direta e reduz-se o volume
de água dis-ponível para as chuvas. com isso, a quantidade de chuvas e a
umidade reduzem-se progressivamente e pode instalar-se um clima do tipo
semiárido. além disso, a flo-resta intacta retém dez vezes mais água da chuva
do que um campo para pasto, por exemplo. a água devolvida pela transpiração
forma nuvens que os ventos levam para o sul, regulando o clima em vários
países. a destruição da biodiversidade com a destruição das florestas,
desaparece a grande variedade de animais (ví-timas também da caça e da pesca
sem controle) e plantas desse bioma. desapare-cem também as espécies que
poderiam fornecer medicamentos e outros produtos importantes ou enriquecer
nosso conhecimento sobre a natureza. o aumento da temperatura pode provocar a
savanização da amazônia, isto é, a transformação de parte da floresta, que tem
vegetação rica e densa, em vegetação mais rala e baixa, semelhante à savana da
áfrica ou ao cerrado brasileiro. e, com o desaparecimento das espécies
selva-gens, elimina-se a possibilidade de obter novas espé-cies mais produtivas
ou mais resistentes, originadas de cruzamentos com espécies domésticas ou da
transfe-rência de genes pelas técnicas de engenharia genética. a destruição das
florestas põe em risco também a sobrevivência dos povos que vivem nesse
habitat, como é o caso de várias tribos indígenas. mais de 90 de-las se
extinguiram no brasil desde o início do século xx. a preservação de outras
culturas é uma obrigação moral e social. no caso das culturas indígenas, com o
desaparecimento das tribos perde-se o conhecimento que esses povos têm sobre a
floresta. a tradição indígena pode dar pistas, por exemplo, das plantas
medicinais que merecem ser testadas para comprovar seus efeitos. e não se pode
esquecer que mais de 20% dos medicamentos são obtidos de produtos extraídos de
plantas das flores-tas tropicais. veja a figura 28.12. as ameaças à
biodiversidade são a destruição e a poluição dos ambientes naturais, a caça ou
coleta exagerada de plantas e animais pelo ser humano e a introdução de
espécies exóticas em um ambiente, isto é, de espécies que não faziam parte da
comunidade do ambiente. por falta de predadores que as ataquem, essas espécies
podem aumentar muito de número e atacar espécies nativas ou competir com elas
por alimento. 28.12 alunos de uma escola em ituqui (am) aprendendo a reconhecer
frutos da região. denise greco/acervo da fotógrafa
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<Page Number="327">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 325 a preservação da biodiversidade os ecossistemas
naturais não devem ser avaliados apenas pelos benefícios econômicos que derivam
de sua exploração. é importante que eles sejam avaliados tam-bém por seus
benefícios ecológicos. a exploração das florestas tropicais deve ser reali-zada
de forma cuidadosa para não alterar o equilíbrio eco-lógico. a coleta de
produtos vegetais precisa ser realizada nas reservas extrativistas, especialmente
delimitadas para isso, sem pôr em risco o ecossistema. no caso da floresta
amazônica, é possível comercializar a borracha, o babaçu, o dendê, o cacau, o
açaí, o guaraná e a castanha-do-pará. veja a figura 28.13. umdosmecanismos para
combinar benefícios econômicos e sociais coma pre-servação da floresta é a
certificação florestal. o selo de certificação florestal deve ga-rantir aos
consumidores que o produto (madeira, papel, entre outros) foi obtido de uma
floresta manejada de forma ecologicamente adequada e não de derrubadas
im-próprias das florestas nativas. é necessário que haja conscientização do
consumidor para colaborar como processo de proteção ambiental. alémdisso, é
importante fisca-lizar e coibir o corte ilegal para incentivar o uso sustentável
da floresta. para preservar a amazônia, várias medidas sociais devem ser
adotadas. entre elas: a geração de empregos formais para os que vivem do
desmatamento; o investi-mento em saúde e educação para elevar o padrão de vida
dos habitantes da região; a regularização das propriedades rurais; o aumento do
número de guardas florestais; a ampliação do reflorestamento e do estímulo
financeiro para a preservação da floresta. 28.13 coleta e transporte de
castanha-do- -pará na amazônia. ricardo azoury/pulsar imagens 7 manguezais
osmanguezais, tambémconhecidos comomangues, ou florestas demangue,
es-tãosituadosgeralmentenas regiões tropicaispróximasaomar.
elesaparecememvários pontos do litoral dobrasil. costumamse formar na foz
(desembocadura) dos rios, onde a água salgada domar se encontra coma água doce
dos rios. nessas regiões, formam-se camadas de lama, que tornamo solo
pantanoso. sobre esse solo crescemárvores, cha-madas coletivamente demangue.
observe a figura 28.14. plantas de mangue maré alta maré baixa cláudio
chiyo/arquivo da editora nellie solitrenick/arquivo da editora 28.14 esquema
(sem escala; cores fantasia) de um manguezal e foto de área de manguezal na
ilha do cardoso, litoral sul de são paulo. nas zonas litorâneas, além do
manguezal, encontra-se a restinga, uma região arenosa com ervas, arbustos e
árvores. telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 325 6/21/12 1:42 pm
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<Page Number="328">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 326 8 campos e cerrados os campos localizam-se em regiões
tropicais e temperadas que re-cebemumaquantidadedechuvas
intermediáriaentreodesertoea flores-ta. isso dificulta o desenvolvimento de
árvores de grande porte e facilita o surgimento de plantas pequenas, como o
capim. nos campos das regiões tropicais – como a savana, na áfrica e na
austrália; e o cerrado, na região centro-oeste brasileira –, além das
gramíneas, há arbustos e árvores es-parsas. nos campos das regiões temperadas
surgem vastas extensões decapim, que recebemdiferentesnomes: estepe,
naásiaeeuropa; prada-ria, na américa do norte (figura 28.15); pampas, no sul da
américa do sul. a vegetação rasteira permite a sobrevivência de muitos animais
her-bívoros e, consequentemente, dos carnívoros que deles se alimentam, o que
pode ser visto nas savanas daáfrica, onde há antílopes, girafas, zebras, gnus,
rinocerontes, leões, guepardos, chacaisehienas, entreoutrosanimais. a ocupação
dos campos para a criação de gado e a agricultura tem provocado a extinção de
vários animais. as frequentes queimadas e o pastoreio excessivo aceleram a
erosão e o esgotamento do solo. 28.15 na primeira foto, zebras (gênero equus;
2,5 m a 3 m de comprimento, fora a cauda) em savana africana (reserva nacional
do masai mara, quênia); na segunda foto, bisões (gênero bison; 2 m a 3,5 m de
comprimento, fora a cauda) numa pradaria norte- -americana. adam jones/photo
researchers, inc./latinstock len rue, jr./photo researchers, inc./latinstock
28.16 aspecto de pampas (bagé, rio grande do sul). delfim martins/pulsar os
pampas, ou campos do sul, localizam-se no extremo sul do país, principal-mente
no rio grande do sul. a vegetação dominante é formada por gramíneas de pequeno
porte, com poucos arbustos espalhados (figura 28.16). de modo geral, não há
árvores (são encontradas algumas ao longo dos rios e na região litorânea); por
isso são chamados também de campos limpos (o cerrado é chamado de campo sujo
por apresentar vegetação arbórea e arbustiva). os campos são utilizados para a
pecuária e também para a produção de trigo, arroz, milho e soja, o que tem provocado
a erosão do solo. entre os animais da região, encontram-se o tatu e diversos
roedores, que cavam tocas; carnívoros, como o gato- -dos-pampas, o zorrilho
(espécie de raposa) e o guaxinim. entre as aves, estão o marreco, o tachã e o
quero-quero. ocerrado, ou campo cerrado, ocupa cerca de 1,3milhão de
quilômetros quadra-dos do brasil central, em parte dos estados de mato grosso,
mato grosso do sul, ma-ranhão, minas gerais e quase todo o estado de goiás e de
tocantins. há regiões de cerrado também em são paulo e no paraná. o clima é
quente, com períodos alternados de chuva e seca (inverno seco e ve-rão
chuvoso). telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 326 6/21/12 1:42 pm
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<Page Number="329">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 327 na estação seca, a vegetação pode se queimar
espontaneamente. o fogo no cerrado ocorre com frequência, causado por raios, e
algumas espécies vegetais de-pendem dele para a reprodução, pois florescem
apenas após uma queimada. depois que as cinzas esfriam, novas plantas brotam do
solo, e os animais da região voltam à área queimada. as árvores permanecem
vivas por causa das raízes profundas e dos caules subterrâneos ou da presença
de uma camada protetora no caule, que age como isolante térmico. essa situação
natural, porém, não temnenhuma relação comas quei-madas provocadas pelo ser
humano. emgeral, estas sãomais intensas e semcontrole e, por seremmais
frequentes, acabam por prejudicar o crescimento das plantas. além de árvores
esparsas, no máximo com 5 metros de altura, há arbustos e gramíneas. os caules
das árvores são tortuosos, com folhas coriáceas. é comum as raízes longas
(algumas com 18 metros de comprimento) atingirem as reservas de água
subterrânea. os troncos são recurvados e retorcidos. veja a figura 28.17. 28.17
detalhedavegetaçãodocerradonasproximidadesdebrasíliaealgunsanimais
típicosdessebioma: tamanduá-bandeira ( 1 ma 1,20 mde comprimento, foraacauda),
ema (0,9ma1,60mdealtura), lobo-guará (cercade85cmdealtura) eseriema
(75cma90cmdecomprimento). entre as plantas típicas do cerrado encontram-se o
barbatimão, o pau-santo, o araçá, o pau-terra, a catuaba, o indaiá, o
gonçalo-alves, a sucupira, a gabiroba, o angico, a caviúna, o ipê-do-cerrado, a
peroba-do-campo e o pequizeiro (de seu fruto, o pequi, é extraído o óleo).
estima-se que o cerrado abriguemais de 10mil espécies de plantas, muitas delas
compropriedadesmedicinais. entreosmamíferos encontram-seo tamanduá-bandeira, o
tatu-bola, oveado-cam-peiro, o veado-catingueiro, o lobo-guará (guará), a
onça-pintada, a onça-parda, a anta e a capivara (omaior roedor domundo). mais
de um terço das aves brasileiras vive nos cerra-dos, entreelas, aema (amaior
avedasaméricas), ogavião-preto, ogaviãocarcará, aserie-ma, o tucanoeourubu-rei.
os riosdoscerradospossuemainda ricavariedadedepeixes. os solos muito ácidos
podem ser tratados, e hoje são utilizados na pecuária e na lavoura. são
responsáveis por boa parte da produção nacional de milho, soja e carne bovina.
mas o manejo inadequado e o desmatamento excessivo têm levado à erosão do solo.
por essa razão, depois damata atlântica, o cerrado é o biomamais prejudica-do
pela ocupação e exploração humanas. portanto, é fundamental empregar mais
recursos para preservar a biodiversidade da região, com a criação de reservas
natu-rais e parques nacionais (áreas administradas pelo estado para a proteção
da vida selvagem), como o parque nacional das emas, emgoiás. barbatimão é um
arbusto do qual se extrai o tanino, substância usada para curtir o couro.
oveado-campeiro, assimcomo o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o tatu-canastra e
a onça-parda, estão entre os animais docerrado ameaçados de extinção. o cerrado
é a segunda área mais rica em biodiversidade no país, depois da amazônia, mas
restam apenas cerca de 20% da vegetação original. luis humberto/arquivo da
editora fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo
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<Page Number="330">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 328 9 desertos os desertos estão situados em zonas de clima
muito seco, que recebem pouca chuva. dependendo da região, podemocorrer grandes
variações de temperatura en-tre as estações do ano ou mesmo ao longo do dia
(muito calor no decorrer do dia e muito frio à noite). são encontrados na
áfrica—o deserto do saara é omaior domun-do —, na ásia, nos estados unidos, no
méxico, no chile e na austrália. muitos deles se formaram devido à destruição
da vegetação causada pela ação humana e, pelo mesmo motivo, continuam a se
expandir. por causa da escassez de água, a vegetação é pobre. as poucas plantas
que aí existem estão adaptadas ao clima seco. os cactos, por exemplo, têm
tecidos que armazenam água e uma cobertura imper- meável mais grossa em volta
do caule. além disso, suas folhas se trans-formam em espinhos, o que diminui a
superfície de evaporação da água. os espinhos tambémmantêm os animais do
deserto afastados da água armazenada na planta. a fotossíntese é realizada pelo
caule. veja a figura 28.18. no deserto vivem répteis (lagartos e serpentes),
insetos, aracní- deos, aves (corujas) e mamíferos, como ratos e raposas. entre
os animais também encontram-se adaptações ao clima seco. muitos cavam tocas no
solo, onde se abrigam do calor diurno, e saem apenas à noite em bus-ca de
alimento. veja nas figuras 28.18 e 28.19 exemplos de adaptação vegetal e
ani-mal ao clima dos desertos. 28.18 cacto (deserto do atacama, chile; de um a
vários metros de altura). david nunuk/science photo library/latinstock como
viver compouca água o camelo possui várias adaptações que lhe permitem ficar
por uma semana ou mais sem be-ber água (nas épocas menos quentes, ele aguen-ta
até seis meses). veja a figura 28.19. além de reduzir bastante a quantidade de
urina elimina-da, esse animal tem tolerância maior do que ou-tros mamíferos à
perda de água. chega a perder até 30% do peso de seu corpo, o que levaria
ou-tros mamíferos à morte por desidratação. à medida que a hidratação do animal
dimi-nui, a transpiração corporal é interrompida, per-mitindo que ele economize
mais água ainda. em consequência, a temperatura do camelo sobe durante o dia,
podendo atingir 41 c, o que é tole-rado por seu organismo. à noite, quando a
tem-peratura do deserto cai, o camelo perde rapida-mente o calor absorvido.
depois de muito tempo sem beber água, o animal precisa se reidratar, e faz isso
rapida-mente: em apenas 10 minutos, ele bebe o equiva-lente a 480 copos de
água. essa água, porém, não é armazenada em sua dupla corcova, como al-guns
pensam. ela se distribui pelo sangue e pe-los outros tecidos do corpo do
camelo, repondo o que foi perdido por seu organismo. as corcovas do animal
armazenam gordura, usada como fon-te de energia e como cobertura protetora,
por-que retém o calor do sol, o que dificulta sua pas-sagem para os órgãos
internos. ciência no dia a dia telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 328
6/21/12 1:42 pm
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<Page Number="331">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 329 outro animal do deserto, o rato-canguru (figura
28.19), consegue sobreviver sem beber nenhuma água. parte da água de que o
animal necessita é retirada das sementes. durante o dia, ele permanece na toca
e sai apenas ao anoitecer, quando a temperatura do ambiente está mais baixa.
seus rins produzem uma urina extrema-mente concentrada e suas fezes têm volume
mí-nimo de água. 28.19 camelo (2,5ma 3mde comprimento) e rato-canguru (cerca de
10 cmde comprimento, fora a cauda), animais adaptados à vida compouca água. 10
caatinga a caatinga aparece nos estados do nordeste brasileiro e no norte de
minas ge-rais. as regiões de caatinga são quentes, com chuvas irregulares e
estações secas prolongadas. na época da seca, amaioria das árvores perde as
folhas, e boa parte dos rios e lagoas secam. o aspecto árido, desbotado e sem
folhas verdes deu nome a esse bioma. quando as chuvas retornam, as árvores se
cobrem de folhas e a paisa-gem volta a ficar verde. veja a figura 28.20. em
muitas plantas encontram-se adaptações ao clima seco, como a redução ou perda
das folhas nos meses secos. outras armazenam água nos caules. é o caso dos
vários tipos de cactos da caatinga: quipá, mandacaru, xiquexique,
coroa-de-frade. entre as árvores, podemser citadas o juazeiro, a aroeira, o
umbuzeiro, a barriguda e os ipês. caatinga é um termo de origem tupi e
significa ‘mata branca’, em referência às plantas sem folhas. tatu-bola (cerca
de 50 cm de comprimento). galo-de-campina (cerca de 17 cm de comprimento).
28.20 a vegetação da caatinga (aspecto geral) e alguns animais desse bioma.
tuul/hemis/corbis/latinstock joe mcdonald/corbis/latinstock araquém
alcântara/reflexo fabio colombini/acervo do fotógrafo fabio colombini/acervo do
fotógrafo telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 329 6/21/12 1:42 pm
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<Page Number="332">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 330 na fauna observa-se a presença de répteis (calango,
jiboia, cascavel), anfíbios (sapo-cururu), aves (carcará, ema, seriema,
pomba-avoante, gralha-canção) e ma-míferos (cutia, gambá, preá, capivara,
veado-catingueiro, tatupeba, sagui-do-nor-deste, caititu). embora o solo seja
razoavelmente fértil e sirva para a agricultura e a pecuária, muitas plantações
acabam secando por falta de chuvas. por isso é necessário cons-truir mais
açudes. a irrigação do solo também é fundamental para que o potencial agrícola
da caatinga seja bem aproveitado. açudes são represas usadas para guardar a
água da chuva, que depois servirá para regar pastos e plantações. ciência e
ambiente a desertificação a desertificação é um processo que destrói as terras
agrícolas e férteis de regiões secas, como as terras semiáridas do nordeste
brasileiro e muitas outras regiões do mundo (veja a figura 28.21). cerca de 15%
da superfície terrestre sofre al-gum tipo de desertificação. no brasil, ela
ameaça 1 milhão de quilômetros quadrados no nordeste, onde vivem cerca de 15
milhões de pessoas. embora possa ser provocada por secas pro-longadas,
atualmente sua principal causa são as práticas agropecuárias inadequadas, o
desma-tamento e a mineração. o resultado é que o solo fica sem proteção contra
a erosão, perde sua camada fértil e torna- -se arenoso e estéril. para reverter
esse proces-so, é preciso que o governo promova o reflores-tamento e a
reconstituição da vegetação natural dessas regiões e invista em obras de
captação de água. a construção de canais e açudes é impor-tante porque permite
regar pastos e plantações, aumentando a produção de milho, feijão, man-dioca e
algodão, por exemplo. michael stockfoto/shutterstock/glow images 28.21 aspecto
de solo em processo de desertificação. 11 mata dos cocais em uma região de
transição climática entre o sertão nordestino e a amazônia, nos estados do
maranhão, piauí, ceará e rio grande do norte, en-contra-se a mata dos cocais
(figura 28.22). ela é formada por vários tipos de palmeiras, principal-mente o
babaçu e a carnaúba. do babaçu extrai-se um óleo usado na culinária e na indústria,
além de álcool, fibras, entre outros produtos. da carnaúba extrai-se a cera,
usada para polir e encerar. suas fo-lhas podem ser utilizadas na produção de
tecidos, e seus troncos, na construção de moradias. 28.22 mata dos cocais
(babaçu), no piauí. delfim martins/pulsar imagens
telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 330 6/21/12 1:42 pm
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<Page Number="333">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 331 12 pantanal o pantanal, também chamado de pantanal
mato-grossense, situa-se nos es-tados de mato grosso e mato grosso do sul,
estendendo-se até a bolívia e o para-guai. o verão é quente e úmido, e o
inverno, seco. cerca de dois terços do pantanal ficam alagados na época das
chuvas abundantes (de outubro a março) em razão das enchentes dos rios que banham
esse ambiente. o solo recebe fertilizantes naturais vindos da água dos rios das
regiões mais altas. nos meses restantes, permanecem na região várias lagoas que
se formaram com as enchentes. no pantanal há umamistura de campos, florestas
tropicais, cerrado e vegetação típica de áreas alagadas. além de extensos
capinzais, que servem de pastagem para o gado, nessa região encontram-se ipês,
jatobás, cambarás, imbiriçus, acácias, piú-vas, pequizeiros, imbaúbas,
paus-de-formiga. nos terrenos permanentemente ala-gados, há plantas aquáticas,
como o aguapé, a elódea, a salvínia e a vitória-régia. a fauna é riquíssima,
comamaior diversidade de aves domundo (garças, colhe-reiros, socós, tucanos,
cabeças-secas, anhumas, tuiuiús ou jaburus — o símbolo do pantanal —, biguás,
marrecos, seriemas, gaivotas, emas, patos, araras, papagaios, ga-viões,
jaçanãs), peixes (pintados, traíras, dourados, pacus, piranhas, jaús, piaus),
ma-míferos (onças, cervos-do-pantanal, antas, capivaras, pacas, lontras,
lobos-guarás, queixadas, porcos-espinhos, tamanduás, tatus) e répteis (jacarés,
tartarugas, lagar-tos e serpentes). observe na figura 28.23 alguns desses
animais. é a maior planície inundável do mundo: cerca de 100000 km 2 ficam
submersos. anta (2,10 m a 2,20 m de comprimento). cervo-do-pantanal (1,80ma
1,90mde comprimento, fora a cauda), animal emextinção. tuiuiú (chega a 1,60 m
de altura). jacaré do pantanal (2,5 m a 3 m de comprimento). vista do pantanal
mato-grossense. marcelo de breyne/ arquivo da editora 28.23 paisagemdo pantanal
e alguns animais desse bioma. fabio colombini/acervo do fotógrafo valdemir
cunha/arquivo da editora julio bernardes/ arquivo da editora valdemir cunha/
arquivo da editora telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 331 6/21/12 1:42
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<Page Number="334">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 332 a pecuária e as práticas agrícolas sem controle em
certos locais têm provocado o assoreamento de alguns rios e a erosão do solo. o
garimpo de ouro vem poluindo alguns rios commercúrio. a destruição da fauna
pela caça clandestina e pela pesca sem controle é um dos maiores problemas da
região. a exploração do pantanal deve levar em conta sua ecologia e utilizar
técnicas que evitem desequilíbrios ecológicos. é preciso controlar a pesca e
proibir a captura de peixes na época de reprodução, assim como o uso de rede de
malhas muito finas, que apanham filhotes pequenos. a fiscalização e a repressão
à caça clandestina, além da implantação de programas de estudo sobre a ecologia
do pantanal, são algumas das medidas importantes que devemser incentivadas pelo
governo para evitar a destrui-ção desse paraíso ecológico. um dos maiores
atrativos do pantanal é o turismo ecológico, que precisa ser in-centivado cada
vez mais. a renda gerada por essa atividade poderia ser usada para preservar o
patrimônio ecológico da região. a biodiversidade ameaçada uma das maiores
preocupações ecológicas de nossa época é a destruição da biodiversidade, isto
é, da variedade de seres vivos de determina-do lugar ou do planeta como um
todo. analisando as espécies endêmicas, ou seja, as espécies que existem apenas
em determina-do local, o brasil ocupa o primeiro lugar em rela-ção ao número de
mamíferos, peixes de água doce e plantas, além de possuir cerca de 20% das
espécies de aves do mundo. no entanto, essa biodiversidade está amea-çada pela
destruição de habitats, pela caça e pesca sem controle, pela poluição e pelos
dese-quilíbrios ecológicos e pelo tráfico de animais silvestres. um importante
desequilíbrio ecológico é causado pela introdução de uma espécie exótica, ou
seja, de um organismo que não é nativo da re-gião. essa espécie pode competir
com uma es-pécie nativa e provocar sua extinção. há tam-bém o risco de
crescimento excessivo da nova população por não existirem predadores ou
pa-rasitas naturais nesse ambiente. veja alguns animais do brasil ameaçados de
extinção na figura 28.24. as razões para se preservar a biodiversida-de são bem
conhecidas: com a extinção das es-pécies, perdem-se muitas substâncias químicas
que poderiam ser potencialmente usadas na fa-bricação de medicamentos e de
outros produtos importantes. além disso, as espécies selvagens funcionam como
um banco genético para a ori-gem de novas espécies mais produtivas ou mais
resistentes. ademais, toda espécie faz parte de uma teia alimentar, e sua
extinção pode provo-car desequilíbrios ecológicos. para proteger a
biodiversidade é preciso preservar o ambiente natural das espécies sel-vagens.
por isso, é fundamental criar e manter unidades de conservação, como parques
nacio-nais e reservas biológicas. é preciso também combater o envio ilegal de
plantas e animais ao exterior para a extração e a pesquisa de medica-mentos,
cosméticos e outros produtos. o brasil possui 298 unidades de conserva-ção
protegidas pelo governo federal, sendo 126 de preservação integral, além de 429
reservas particulares do patrimônio natural. há 12 tipos de área de preservação
previstos na legislação: cinco tipos de preservação integral, que não
po-ciência e ambiente telaris_ciencias_7ano_314a336_u04c028.indd 332 6/21/12
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<Page Number="335">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 333 dem sofrer nenhum tipo de exploração econô-mica, e
sete de uso sustentável, que comportam exploração econômica, desde que de forma
pla-nejada e que preserve os recursos naturais. as áreas de preservação
federais somam cerca de 70 milhões de hectares, perto de 9% do território
brasileiro, enquanto os estados possuem reser-vas com mais 4% da área do país.
embora uma parte dos recursos naturais tenha de ser preservada, outra parte
precisa ser utilizada para a agricultura ou outras atividades humanas. no
entanto, é preciso empregar técni-cas que diminuam as mudanças causadas pelo
ser humano no ambiente, para não provocar de-sequilíbrios futuros. em outras
palavras, é preci-so que o desenvolvimento econômico seja so-cialmente justo e
adequado em termos am- bientais. dessa forma, será possível atender às
necessidades atuais do ser humano sem amea-çar a capacidade de desenvolvimento
no futuro: é o chamado desenvolvimento sustentável ou sus-tentabilidade.
mico-leão-dourado (leontopithecus rosalia; cerca de 60 cm da cabeça até a ponta
da cauda). muriqui do norte (brachyteles hypoxanthus; até 1,5 m de altura).
tatu-bola (tolypeutes tricinctus; cerca de 50 cm de comprimento). cervo-do-pantanal
(blastocerus dichotomus; 1,80 m a 1,90 m de comprimento, fora a cauda). mutum
(mitua mitu; cerca de 80 cm de comprimento), praticamente extinto na natureza
por causa do desmatamento e da caça predatória. pintor-verdadeiro (tangara
fastuosa; cerca de 13 cm de comprimento). macuco (tinamus solitarius; cerca de
50 cm de comprimento). tartaruga-verde (chelonia mydas; 71 cm a 1,5 m de
comprimento). ararajuba (aratinga guarouba; 34 cm a 36 cm de comprimento).
ararinha-azul (cyanopsitta spixii; 55 cm a 57 cm de comprimento): restam apenas
indivíduos em cativeiro. 28.24 alguns animais do brasil ameaçados de extinção.
fotos: fabio colombini/acervo do fotógrafo
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capítulo 28 • o
ambiente terrestre 334 atividades 1. você conheceu neste capítulo diversos
biomas do planeta: a tundra, a taiga, a floresta tempera-da, a floresta
tropical, o campo, o deserto. agora, no caderno, associe as características
abaixo com os biomas mencionados. a) nesse bioma as quatro estações do ano são
bem definidas e as árvores perdem as folhas no fimdo outono. é predominante na
europa e na américa do norte. b) a vegetação desse bioma é formada basica-mente
por liquens e plantas herbáceas, que crescem apenas nas estações menos frias. é
encontrado no polo norte. c) apresenta clima quente, muita chuva, umida-de e
vegetação rica. é o bioma commaior bio-diversidade do mundo. d) apresenta clima
frio e florestas de pinheiros. ocorre no canadá e na sibéria. e) nesse bioma
predominam as gramíneas (ca-pim), e pode haver alguns arbustos e árvores
esparsas (espalhadas, distantes umas da ou-tras). f ) o clima desse bioma é
muito seco, com pou-cas chuvas, grandes variações de temperatu-ra, e sua
vegetação pobre está adaptada à falta de água. é encontrado no norte da áfrica,
entre outras regiões. 2. você conheceu também diversos biomas que se encontram
no brasil: a floresta amazônica, a mata atlântica, a mata de araucárias, a mata
dos cocais, o pantanal, a caatinga, o campo sulino (pampas), o cerrado, o
manguezal. agora, no ca-derno, associe as características abaixo com os biomas
mencionados. a) ocorre no extremo sul do país. nele predomi-nam as gramíneas
(capim) e, como atividade econômica, destaca-se a criação de gado. b) é
encontrado no litoral de regiões tropicais, onde a água salgada do mar se
encontra com a água doce dos rios. possui árvores com raízes respiratórias
(adaptação ao solo ala-gado). c) é o maior bioma do brasil, com grande
biodi-versidade, árvores de grande porte e clima quente e úmido. d) possui solo
ácido, commuitas gramíneas (ca-pim) e árvores e arbustos esparsos, com ga-lhos
retorcidos e raízes longas. é encontrado no brasil central. e) é muito quente
durante o dia. nesse bioma predominam plantas com folhas reduzidas ou
transformadas em espinhos, caules que armazenam água e outras adaptações à
falta de água. é encontrado no nordeste do brasil. f ) situado na costa
brasileira, esse bioma é uma floresta bastante devastada pela ação huma-na, com
rica biodiversidade. g) ocorre emmato grosso emato grosso do sul; boa parte de
sua área fica periodicamente alagada na época das chuvas. h) o
pinheiro-do-paraná é a árvore típica desse bioma. i ) situado entre a floresta
amazônica e a caa-tinga, com vários tipos de palmeiras, como o babaçu e a
carnaúba. 3. no caderno, organize os biomas a seguir em or-dem crescente de
biodiversidade: taiga, floresta temperada, floresta tropical, tundra. 4. seo
solodaamazônia épobre, comoelepode sus-tentar tanta riqueza emtermos de fauna e
de flora? 5. explique como o desmatamento das florestas tropicais aumenta a
erosão do solo e diminui sua fertilidade. 6. explique por que é importante
preservar a biodi-versidade das florestas tropicais. trabalhando as ideias do
capítulo atenção! não escreva no livro! faça os exercícios no caderno.
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unidade 4 • as
plantas e o ambiente 335 7. por que a queimada acaba prejudicando a
fertili-dade do solo? 8. citeduascaracterísticasdasplantasdosmanguezais. 9.
explique por que os manguezais devem ser pre-servados. 10. no caderno, indique
as afirmativas verdadeiras. a) no inverno o solo da tundra fica congelado. b)
as coníferas são árvores típicas da tundra. c) a fauna da taiga é mais rica que
a da tundra. d) na caatinga existem plantas com adaptações ao clima seco. e) a
mata de araucárias é uma floresta de clima tropical encontrada no nordeste do
brasil. f ) a floresta amazônica é amaior floresta tropi-cal do mundo. g) as
queimadas nas florestas tropicais contri-buem para aumentar a fertilidade do
solo a longo prazo. h) aflorestaamazônicapossui umsolofértil,
propí-cioàagriculturaepecuáriaemextensasáreas. i ) nos manguezais são
encontradas plantas com raízes respiratórias. j ) o garimpo pode poluir os rios
commercúrio. k) os manguezais situam-se geralmente próxi-mos ao mar. l ) a
vegetação dos campos não é suficiente para sustentar os animais herbívoros. m)
os pampas são campos que se encontram no rio grande do sul. n) opinheiro não
perde as folhas no inverno por-que elas possuem uma cobertura protetora e
impermeável. o) omanguezal serve de abrigo e área de repro-dução a várias
espécies marinhas. p) o cerrado, que se encontra no brasil central, é um bioma
semelhante às savanas da áfrica. q) folhas transformadas em espinhos e caules
que armazenam água são adaptações carac-terísticas da vegetação da caatinga. r
) a tundra e a taiga são biomas que se encon-tram no extremo sul do brasil. s)
no brasil, a maior concentração de gimnos-permas é encontrada nos cerrados. 1.
os anfíbios são encontrados emdiversos biomas. mas, com base no que você sabe
sobre esses animais, onde se encontra a maior variedade de espécies de
anfíbios: na caatinga ou na floresta tropical? explique sua resposta. 2.
algumas plantas de florestas tropicais não são muito altas, mas possuem folhas
grandes e lar-gas. por que esse tipo de folha é vantajoso para essas plantas
nesse ambiente? 3. as raízes das árvores das florestas tropicais cos-tumam ser
superficiais ou profundas? justifique sua resposta. 4. por que pode-se dizer
que os maiores tesouros das florestas tropicais são ainda desconhecidos? pense
um pouco mais fabio colombini/acervo do fotógrafo 28.25 queimada no cerrado.
parque nacional da chapada dos veadeiros (go), 2010.
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<Page Number="338">
capítulo 28 • o
ambiente terrestre 336 5. explique por que uma planta típica de floresta
tropical poderia ter dificuldade de sobreviver no deserto. 6. por que o
extermínio de jacarés do pantanal pode levar ao aumento do número de piranhas?
7. critique a seguinte afirmativa: “os manguezais são regiões pantanosas, com
mau cheiro e sem importância ecológica ou econômica. por isso, devem ser
aterrados e usados para a instalação de moradias ou de fábricas”. 8. cientistas
descobriram que a destruição de uma parte da mata atlântica foi causada por uma
in-dústria metalúrgica situada próximo à região. os ventos sopram da usina para
a floresta e há ex-cesso de chuvas naquele local. a) que tipo de poluição deve
estar afetando essa região da mata atlântica? b) qual é a relação entre os
fatoresmencionados e esse tipo de poluição? 9. a figura abaixo mostra a
bandeira do estado do paraná. à esquerda você vê um ramo de erva- -mate. e à
direita, o que você vê? que planta você acha que está representada? 28.26 10.
que tipo de riqueza brasileira poderia ser chamada de “ouro verde”? responda no
caderno. mexa-se! pesquisem o significado dos seguintes termos: 1. pegada ecológica.
2. biopirataria. 3. mata de igapó, mata de várzea, mata de terra firme.
atividade em grupo escolham um dos temas a seguir para pesquisar em livros,
cd-roms, na internet, etc., como apoio dos professores de ciências, geografia e
arte. depois, façam uma apresentação, com fotos (ou vídeos) e ilustrações, para
a comunidade escolar. 1. elaborem um cartaz ou construam uma ma-quete com
alguns animais e plantas em um exemplo de cadeia alimentar para os seguin-tes
biomas: tundra, taiga, floresta temperada, floresta tropical, savana, cerrado e
pantanal. em cada cadeia identifique o produtor, o con-sumidor primário e o
consumidor secundário. 2. elaboremum texto sobre os problemas atuais que afetam
os seguintes biomas brasileiros e as medidas que estão sendo adotadas para
preservá-los: mata de araucárias, floresta amazônica, mata atlântica, cerrado,
caatinga, pantanal, pampa. 3. identifiquem o bioma mais representativo da
cidade ou estado em que vocês moram e in-vestiguem quais as agressões que ele
vem sofrendo, que consequências isso pode tra-zer para a população local e o
que pode ser feito para evitar isso. entrevistemalgunsmo-radores e perguntem
por que eles acham im-portante preservar esse bioma, o que deveria ser feito
para isso, etc. banco de imagens/arquivo da editora
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337 o ambiente
aquático capítulo 29 os cientistas não sabem até que ponto a destruição
ambiental está reduzindo a biodiversidade nos oceanos. afinal, grande parte das
espécies que existem nos ma-res do planeta ainda é desconhecida. a contagem das
espécies é realizada pelo projeto censo de vida marinha, do qual participam
pesquisadores de setenta países. alguns cientistas acreditam que cerca de 10
milhões de espécies vivam nos oceanos, mas ninguém sabe ao certo. tambémnão se
sabe o número de espécies que foramextintas por causa do excesso de pesca,
destruição dos habitat e poluição. algumas estimativas indicamque omediterrâneo
é omar onde vive omaior nú-mero de espécies e também onde há maior ameaça de
extinção de espécies. veja a figura 29.1. que componente sustenta a vida no
am-biente aquático? quais são as principais ameaças à vida aquática e o que
pode ser feito a respeito? a questão é norbert wu/minden pictures/latinstock
29.1 espadarte (xiphias gladius; até 4,30 m de comprimento) nadando nas águas
do mar mediterrâneo. ele usa o prolongamento do maxilar superior como uma
espada para capturar presas, como a lula. está ameaçado de extinção.
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<Page Number="340">
capítulo 29 • o
ambiente aquático 338 1 a água no planeta pode-se dividir a água do planeta em
água salgada, encontrada nos mares e oceanos, e água doce, presente nos rios,
lagos e lagoas. a água salgada do mar apre-senta uma concentração de sais de
cerca de 35 gramas por litro (nosso paladar é ca-paz de perceber seu sabor
salgado), principalmente cloreto de sódio, que é o sal usa-do na cozinha. na
água doce, ao contrário, a concentração de sais é baixa (menos de um grama por
litro), e ela não tem gosto salgado. nosmares e oceanos encontram-se
aproximadamente 97%da água do planeta. essa água, muito salgada, não serve para
o consumo nem para a agricultura. o custo para transformá-la em água doce ainda
é muito alto. os 3% restantes são de água doce. como 2% encontram-se no estado
sólido (nas geleiras), resta apenas 1% de água doce — a maior parte nos rios,
lagos ou em lençóis subterrâneos. de toda a água doce superficial do planeta (rios
e lagos), 12% ficam no brasil. mas a distribuição da água no brasil, assim como
no resto do mundo, não é uniforme. a região norte, por exemplo, com 7% da
população, dispõe de 68% da água do país, enquanto o nordeste, com 29% da
população, tem 3%. 2 o ambiente marinho assim como ocorre no meio terrestre, a
vida na água depende da fotossíntese. e a fotossíntese depende de luz e de
substâncias minerais. a intensidade da luz diminui com a profundidade: quanto
mais fundo é o trecho, maior é quantidade de energia da luz absorvida pela água
e mais escuro o ambiente se torna. até cerca de 200 metros de profundidade,
ainda há luz suficiente para que a fotossíntese ocorra. nessa região iluminada,
chamada de zona eufótica, ou fótica, há algas microscópicas, levadas pelas
ondas e correntes marinhas, além de seres hete-rotróficos e algas
pluricelulares presas no fundo. dependendo do modo como se locomovem, os
organismos aquáticos são clas-sificados em três grupos: plâncton, nécton e
bentos. o conjunto de seres aquáticos flutuantes levados passivamente pelas
corrente-zas é chamado de plâncton. as algas microscópicas fazem parte do
fitoplâncton. os seres heterotróficos flutuantes, como os protozoários,
pequenos crustáceos e as lar-vas de vários animais, formamo zooplâncton.
observe a figura 29.2 na próxima página. as algas microscópicas que se
encontram na região eufótica são as maiores produtoras de alimento e de
oxigênio dos ambientes aquáticos. o zooplâncton alimenta-se do fitoplâncton e,
por sua vez, serve de alimento para os peixes e outros animais aquáticos. os
peixes, as baleias, os golfinhos e outros seres capazes de nadar e vencer as
correntes formam o nécton. no leito do mar encontram-se os seres vivos que
formam os bentos. são, por exemplo, os mexilhões, as esponjas, as
anêmonas-do-mar, as estrelas-do-mar, os ouriços-do-mar, as ostras e os
caranguejos. reveja a figura 29.2. o termo eufótico vem do grego eu, que
significa ‘bem’, e photos, ‘luz’. portanto, significa ‘bem iluminado’.
plâncton, fitoplâncton e zooplâncton vêm do grego: plagkton, que quer dizer
‘errante’, ‘que vagueia’, phyton significa ‘planta’ e zoon, ‘animal’. nécton
deriva do grego nekton, que significa ‘aquele que nada’. bentos vem do grego
bénthos, que significa ‘profundidade’. telaris_ciencias_7ano_337a344_u04c029.indd
338 6/21/12 1:43 pm
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<Page Number="341">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 339 a c b d 29.2 alguns organismos que formam o plâncton,
o nécton e os bentos. a: algas microscópicas que fazem parte do fitoplâncton
(ao microscópio óptico; aumento de cerca de 80 vezes); b: copépodos
(crustáceos) e larvas de animais marinhos que fazem parte do zooplâncton (ao
microscópio óptico; aumento de cerca de 10 vezes); c: golfinhos-rotadores
(stenella longirostris; cerca de 2 m de comprimento); d: estrela-do-mar
(oreaster reticulatus; cerca de 24 cm de diâmetro). fabio colombini/acervo do
fotógrafo fabio colombini/acervo do fotógrafo
photoresearchers/photoresearchers/latinstock oxford scientific/oxford
scientific/latinstock quanto mais fundo, mais escuro é o mar, porque a energia
da luz vai sendo ab-sorvida cada vez mais pela água. o fitoplâncton e o
zooplâncton diminuem, à medida que se aprofundam no oceano. abaixo de 200
metros, aproximadamente, não existe mais luz suficiente para a fotossíntese.
nessa região do mar, não há fitoplâncton: é a zona afótica. a vida na escuridão
abaixo de 2 mil metros encontra-se uma região escura e fria, que não recebe
nenhuma luz: é a zona abissal. nela existem animais predadores ou seres que se
alimentam de cadáveres e restos de matéria orgâ-nica que caem da superfície.
muitos peixes dessa re-gião, chamados de peixes abissais (figura 29.3), emi-tem
luz própria. o fenômeno é chamado de biolumi-nescência. na realidade, a luz é
produzida por bacté-rias que vivem na pele desses peixes. a luz ajuda os peixes
a localizar alimento, serve de armadilha para atrair presas e facilita a
identificação de machos e fê-meas da mesma espécie. afótico quer dizer ‘sem
luz’: a em grego significa ‘sem’, e photos, ‘luz’. 29.3 peixes abissais (10 cm
a 20 cm de comprimento). observe os órgãos luminosos. bruce
robson/corbis/latinstock darlyne a. murawski/natgeo/ getty images norbert
wu/minden pictures/latinstock telaris_ciencias_7ano_337a344_u04c029.indd 339
6/21/12 1:43 pm
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<Page Number="342">
capítulo 29 • o
ambiente aquático 340 onde há mais vida no mar apesar de cobrir em torno de 73%
da superfície da terra, o ambiente mari- nho abriga apenas cerca de 10% da
biodiversidade do planeta. as regiões do mar onde há maior biodiversidade são
as regiões menos profundas, que ficam perto do litoral, onde a água retira
saisminerais da terra, que fica próxima. fora das regiões costeiras, boa parte
dos nutrientes deposita-se no fundo do mar, onde há pouca ou nenhuma luz. com
mais luz e sais minerais, as algas do fito-plâncton se reproduzem rapidamente e
levam mais consumidores a se concentrar na região costeira, que por isso é uma
região ideal para a pesca. nas regiões onde os rios se encontram com o mar, a
vida é aindamais rica. isso porque, no seu cami-nho, os rios vão absorvendo
saisminerais da terra, que são finalmente lançados no mar. outras zonas
costeiras com bastante vida são as chamadas regiões de ressurgência, onde
corren-tes de água levam os sais minerais do fundo para a superfície iluminada.
com isso, o número de algas aumenta e o de consumidores também, tornando a
região boa para a pesca. regiões de ressurgência encontram-se, por exemplo, em
cabo frio, no rio de janeiro, e na costa de portugal, da áfrica, do peru e da
califórnia. veja a figura 29.4. abiodiversidade é igualmente grande nas regiões
em que há recifes de corais. esses depósitos de corais são encontrados nas
regiões tropicais, em águas quen-tes e pouco profundas, e servem de abrigo para
peixes, algas, moluscos, crustáceos e muitos outros animais. veja a figura
29.5. ressurgência é o fenômeno em que a água fria das profundezas sobe à
superfície e forma correntezas. 29.4 região de ressurgência, onde as correntes
de água do fundo levam sais minerais para a superfície. (figura sem escala.
cores fantasia.) 29.5 os recifes de corais são verdadeiros oásis de vida nos
oceanos. ingeborg asbach/arquivo da editora minden pictures/minden
pictures/latinstock 3 água doce rios, riachos, córregos, lagos, lagoas,
pântanos e brejos formamas águas doces, mais rasas que o mar e commenos
quantidade de sal. os rios de águas agitadas possuem pouco ou nenhum plâncton,
pois os seres que o formam, por flutuarem, não conseguem se manter em águas
agitadas. nesse caso, os produtores são algas presas ao fundo do rio.
alémdisso, o rio recebematéria orgânica da terra que fica ao seu redor, como
folhas e insetos mortos. telaris_ciencias_7ano_337a344_u04c029.indd 340 6/21/12
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<Page Number="343">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 341 29.6 alguns organismos de um lago. (os elementos da
figura não estão na mesma escala. o fitoplâncton e o zooplâncton estão
ampliados. cores fantasia.) nas partes mais afastadas da margem o produtor é o
fitoplâncton, e os consu-midores são os peixes. isso ocorre na superfície,
porque nas regiões mais profundas e escuras encontram-se apenas os seres
decompositores e os organismos que se alimentam de restos de matéria orgânica
vindos da superfície. 4 ameaças à vida aquática pescasemcontrole,
destruiçãodoshabitatepoluiçãovêmameaçandoavidaaquática. entre os resíduos
tóxicos que poluem a água estão os metais, como o mercúrio, lançado por
indústrias ou utilizado no garimpo e daí levado pelas chuvas. esses me-tais
acumulam-se nas cadeias alimentares e podem intoxicar o próprio ser humano. a
poluição por mercúrio vem ocorrendo em alguns rios da amazônia e do pan-tanal,
nas regiões de garimpo. opetróleo e seus derivados são outra fonte poluidora
dosmares. apoluição resul-ta de acidentes com navios petroleiros e do petróleo
despejado com a água usada para equilibrar o pesode naviosmais vazios. alémde
destruir oplâncton e passar para outros organismos, por meio da cadeia
alimentar, o petróleo adere às penas das aves (figura 29.7) e aos pelos dos
mamíferos. essas estruturas perdem assim a função de isolar o corpo do animal
da temperatura fria da água. com isso, o animal acabamorrendo de frio. outra
ameaça aos ambientes aquáticos é a chuva ácida. a chuva ácida é produ-zida
quando óxidos de enxofre e de nitrogênio, liberados pela combustão de carvão e
derivados de petróleo, reagem com a água da chuva e formam ácidos. esses
ácidos, levados pelas chuvas, podem destruir seres vivos de lagos, rios e
florestas. além de possuir elementos tóxicos, o esgoto pode funcionar como
fertilizante nos ambientes aquáticos e provocar o desequilíbrio ecológico. esse
processo é co-nhecido como eutrofização. ingeborg asbach/arquivo da editora
zona litorânea zooplâncton zona límnica ftoplâncton zona profunda o
fitoplâncton é mais abundante em águas calmas, onde a vida animal é seme-lhante
à dos lagos. nas regiões do lago mais próximas da margem, onde as águas são
mais rasas, os produtores são o fitoplâncton e os vegetais presos ao fundo,
como o aguapé e a vitória-régia. a teia alimentar do lago é formada por caramujos,
insetos e outros artrópodes, vermes, rãs e garças, entre outros organismos.
29.7 pinguim coberto de petróleo (cerca de 60 cm de altura). menhuhn/keystone
eutrofização vem do grego eu, ‘bem’ e trophé, ‘desenvolvimento’.
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<Page Number="344">
capítulo 29 • o
ambiente aquático 342 os nutrientes do esgoto estimulam a reprodução das algas
do fitoplâncton. a grande massa de algas na superfície impede a passa-gem da
luz para as camadas de baixo e interrompem a fotossíntese. alémdisso, boa parte
do oxigênio produzido pelas algas da superfície escapa no ar. como resultado, a
concentração de oxigênio na água diminui, provocando a morte de peixes e outros
animais aquáticos. veja a figura 29.8. várias medidas podem ser adotadas para
diminuir a ameaça à vida aquática: • proibição de lançamento de poluentes na
água, com fiscaliza-ção e aplicação de multa às indústrias poluidoras. •
controle da poluição nos garimpos, com a utilização de apare-lhos que
reaproveitam o mercúrio. • fiscalização da exploração, transporte e
distribuição de pe-tróleo, em caso de vazamento. • melhoria do saneamento
básico, aumentando a rede de esgoto. • uso correto de fertilizantes e
agrotóxicos, supervisionado por agrônomos. • desenvolvimento de energias
alternativas para diminuir o uso do petróleo e do carvão mineral. 29.8 na
primeira imagem, algas proliferam devido ao lançamento de esgoto na represa de
guarapiranga, em são paulo (sp). na segunda imagem, peixes morrem por falta de
oxigênio. lili martins/folhapress david campione/ science photo
library/latinstock atividades 1. umaluno afirmou que amaior parte da cadeia
ali-mentar do mar depende do fitoplâncton. você concorda com ele? justifique
sua resposta. 2. um aluno afirmou que as regiões afóticas são ri-cas em
fitoplâncton. você concorda com essa afirmação? por quê? trabalhando as ideias
do capítulo ciência e sociedade organizações não governamentais a partir da
década de 1970, as organizações não governamentais (ongs), entidades sem fins
lucrati-vos, ganharam importância na luta por melhores condições sociais,
culturais ou ambientais das socie-dades. na área ambiental, asongs
elaboramprojetos para a conservação e o uso sustentável dos ecossis-temas e da
biodiversidade, e, muitas vezes, atuam em conjunto com o governo. uma ong pode
receber financiamentos e doações do governo e de entidades privadas para
trabalhar emseus objetivos. atenção! não escreva no livro! faça os exercícios
no caderno. telaris_ciencias_7ano_337a344_u04c029.indd 342 6/21/12 1:43 pm
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<Page Number="345">
unidade 4 • as
plantas e o ambiente 343 1. muitos peixes abissais possuem uma boca muito
grande e um estômago bastante elástico. como essas adaptações contribuem para
sua sobrevi-vência na região abissal? 2. existe um tipo de poluição que alguns
chamam de “maré negra”. a que tipo de poluição essa ex-pressão se refere? 3.
por que os recifes de corais são chamados de flo-restas tropicais do mar? pense
um pouco mais 1. escolham um dos temas a seguir para pesquisar em livros,
cd-roms, na internet, etc. com o apoio dos professores de ciências e geografia,
identifi-quem as regiões do brasil mais atingidas por es-ses problemas. depois,
discutam o problema pesquisado e tentem propor soluções para ele. quando o
trabalho estiver pronto, façam uma apresentação, com fotos (ou vídeos) e
ilustra-ções, para a comunidade escolar. • a poluição pelo petróleo • a
poluição pelo esgoto doméstico • a pesca sem controle • a poluição por metais
lançados por indústrias e pela mineração e garimpo 2. elaboremuma campanha para
divulgar na comu-nidade local a importância da preservação da bio-diversidade.
a campanha deverá ser feita com cartazes, folhetos e outros recursos (frases de
alerta, letras de música, fotos, vídeos, etc.). atividade em grupo 3. você
aprendeu neste capítulo que, dependendo do modo como se locomovem, os
organismos aquáticos são classificados em três grupos: plâncton, nécton e
bentos. agora, no caderno, es-creva quais dos grupos citados possuem as ca-racterísticas
abaixo. identifique também os orga-nismos que pertencem a cada grupo. a) seres
que vivem no fundo ou perto dele. b) seres levados pelas correntes de água. c)
seres que se movimentam e vencem as cor-rentes de água. d) algas microscópicas.
e) peixes e baleias. f ) esponjas e estrelas-do-mar. 4. um aluno afirmou que a
morte de peixes em uma lagoa fora causada pelo lançamento de ga-ses poluentes
pelas chaminés de uma indústria da região. ele pode estar certo? justifique sua
resposta. 5. por que as regiões de ressurgência são ricas em peixes? 6. qual é
o efeito do lançamento de esgotos, deme-tais como o mercúrio e de petróleo no
ambiente aquático? 7. no caderno, indique apenas as afirmativas ver-dadeiras.
a) tanto o fitoplâncton como o zooplâncton são capazes de realizar
fotossíntese. b) na zona abissal são encontradasmuitas algas. c) a
bioluminescência é um fenômeno comum na zona abissal. d) as regiões do mar de
maior biodiversidade são as regiões mais profundas e mais distan-tes do
litoral. e) o fitoplâncton só sobrevive em profundida-des que não sejam
atingidas pela luz do sol. f ) nos bentos encontram-se organismos que nadam
ativamente na água. telaris_ciencias_7ano_337a344_u04c029.indd 343 6/21/12 1:43
pm
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<Page Number="346">
ponto de chegada nesta
unidade você pode perceber como somos bastante dependentes das plantas,
principalmente dos grupos das gimnospermas e angiospermas, tanto em relação aos
alimentos (arroz, milho, frutas, legumes, etc.), como em relação a
matérias-primas para a produção de madeira, papel, tecidos e inú-meros
medicamentos e outros produtos. pode en-tão reafirmar ainda mais a necessidade
de preser-var os vegetais do planeta. ao acompanhar os principais grupos de
plantas, de briófitos (musgos) a pteridófitos (samambaias) e chegando a
gimnospermas (plantas com sementes mas sem fruto, como o pinheiro) e
angiospermas (plantas com flores e frutos), é possível compreen-der uma série
de características que servem de adaptações à vida terrestre, principalmente em
re-lação à reprodução. estudando as angiospermas, você pode compreen-der como a
raiz absorve água e saisminerais do solo e como essa seiva é levada pelo caule
até as folhas, principal órgão fotossintético da planta, além de aprender a
identificar os vários tipos de raiz e de caule. aprendeu também como fazer
alguns experimentos simples para demonstrar os processos de transporte de seiva
e de transpiração da planta. aprendeu ainda como as flores, com suas cores e
seu néctar, facilitam a polinização, e como as se-mentes e frutos facilitam a
dispersão da planta. re-conheceu os vários tipos de frutos, distinguindo-os de
pseudofrutos. nesta última unidade, você aprendeu tambéma iden-tificar as
características gerais dos principais biomas, principalmente aqueles
encontrados no brasil (flores-ta amazônica, mata atlântica, mata de araucárias,
pantanal, manguezais, campos, cerrados, caatinga, mata dos cocais) e dos
ambientes aquáticos. conhe-ceu ainda as alterações provocadas pelo ser humano
nos ecossistemas. finalmente, aprendeu então a va-lorizar a preservação dos
ecossistemas naturais, per-cebendo que é possível e absolutamente necessário
conciliar desenvolvimento econômico comconserva-ção da natureza. 344 como essa
seiva é levada pelo caule até as folhas, principal órgão fotossintético da
planta, além de aprender a identificar os vários tipos de raiz e de caule.
cebendo que é possível e absolutamente necessário conciliar desenvolvimento
econômico comconserva-ção da natureza. suryara bernardi/arquivo da editora
aprender a identificar os vários tipos de raiz e de caule. ção da natureza. 344
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<Page Number="347">
345 recordando alguns
termos você pode consultar a lista abaixo para obter uma informação resumida de
alguns termos utilizados neste livro. aqui nos limitamos a dar a definição de
cada palavra ou expressão apenas em função do tema deste livro: os seres vivos.
abiogênese. hipótese segundo a qual a vida pode surgir damatéria semvida.
omes-mo que geração espontânea. ácido desoxirribonucleico. ver dna. adaptação.
característica que permite ao in-divíduo sobreviver e se reproduzir em seu
ambiente. aeróbio. ser vivo que depende do gás oxigê-nio para obter energia
(respirar). agrotóxico. substância química fabricada para destruir as pragas
que atacam plantações. aids. sigla para síndrome da imunodeficiên-cia
adquirida, provocada por um vírus, o hiv, que ataca certas células de defesa do
corpo humano. âmnio. envoltório protetor do embrião de répteis, aves e
mamíferos formado por uma bolsa cheia de líquido, o líquido am-niótico.
anaeróbio. ser vivo que não depende de oxi-gênio para obter energia (respirar).
androceu. conjunto de partes masculinas (estames) da flor. anelídeo. filo de
invertebrados de corpo cilín-drico e dividido em anéis. exemplos: a mi-nhoca, a
sanguessuga e os poliquetos. anemia. diminuição do número de hemácias ou da
quantidade ou eficiência da hemo-globina, prejudicando o transporte de oxigênio
pelo organismo. anfíbio. classe de vertebrados que na pri-meira fase da vida
são larvas aquáticas; na fase adulta possuem pulmões e, ge-ralmente, são
terrestres. angiosperma. planta que tem as sementes dentro dos frutos.
anterozoide. gameta masculino das briófi-tas e pteridófitas. antibiótico.
medicamento capaz de impedir a reprodução de bactérias e combater in-fecções no
organismo. anticorpo. substância que ajuda a destruir micróbios ou produtos
estranhos que in-vadem o organismo. aracnídeos. grupo de artrópodes que inclui
aranhas e escorpiões. artrópodes. filo de invertebrados comapên-dices
articulados e exoesqueleto (es-queleto externo) de quitina, que inclui insetos,
crustáceos, aracnídeos, quiló-podes e diplópodes. assexuada. tipo de reprodução
em que não há envolvimento de gametas nemde fe-cundação. átrio. cavidade
central das esponjas. cada uma das cavidades superiores do co-ração.
autotrófico. organismo que fabrica substân-cias orgânicas a partir de
substâncias minerais. plantas, algas e algumas bac-térias são autotróficas. bactéria.
ser vivo microscópico formado por apenas uma célula semnúcleo individua-lizado.
bentos. seres que vivemno fundo dos ecos-sistemas aquáticos. bioma. grandes
regiões da terra, que se ca-racterizam por determinadas condi-ções de clima e
por grupos de animais e plantas adaptados ao ambiente. biosfera. parte da terra
onde é possível a vida. é formada pelo conjunto de ecos-sistemas. brânquias.
estruturas encontradas em mui-tos animais aquáticos que permitem a respiração
dentro da água. briófito. grupo de plantas terrestres que não possuem vasos
condutores de seiva. exemplo: musgos. caatinga. bioma típico do nordeste
brasileiro, de clima seco e quente e com plantas xerófitas (que vivem com pouca
água) como o cacto. campo. bioma em que predomina a vegeta-ção rasteira e
herbácea. carpelo. parte feminina da flor, onde será formada a oosfera.
cartilagem. estrutura formada por tecido cartilaginoso, diferente do tecido
ósseo. presente no esqueleto de tubarões e raias e no ser humano, no nariz e
nas orelhas. casulo. invólucro formado por filamentos, no interior do qual os
insetos, como as bor-boletas, completam seu desenvolvi-mento. cefalópode.
classe de moluscos que inclui o polvo e a lula. cefalotórax. parte anterior do
corpo pre-sente em crustáceos e aracnídeos re-sultante da fusão da cabeça e do
tórax. celenterado. ver cnidários. célula. amenor parte viva de um organismo.
célula-ovo. célula resultante da união do es-permatozoide com o óvulo. o mesmo
que zigoto. cercária. larva do verme esquistossomo. cerrado. campocaracterísticodobrasil
central. chuva ácida. chuva tornada ácida pela ação de gases de enxofre ou
nitrogênio pro-duzidos por indústrias ou veículos. pode destruir plantas e
animais nos lagos. cianobactérias. ver cianofíceas. cianofíceas. algas azuis formadas
por uma única célula muito simples, semelhante à célula das bactérias.
atualmente cha-madas cianobactérias. cílios. filamentos curtos e numerosos
pre-sentes em algumas células. citoplasma. região da célula entre a mem-brana e
o núcleo. clone. indivíduo ou célula geneticamente idêntica ao indivíduo ou
célula que lhe deu origem. clorofila. substância verde das plantas que capta a
luz do sol na fotossíntese. cnidários. filo de invertebrados cujos ani-mais
possuem células urticantes, os cni-dócitos. cnidócitos. células dos cnidários
que contêm um filamento que penetra na pele da presa e injeta uma toxina que
pode ma-tá-la. omesmo que cnidoblastos. coanócitos. células flageladas (que
possuem flagelos) presentes nas esponjas. colônia. associação de seres vivos da
mes-ma espécie em que os indivíduos estão unidos entre si por alguma parte do
or-ganismo. coluna vertebral. conjunto de ossos que for-ma um eixo de
sustentação do corpo dos vertebrados. comensalismo. associação entre dois
orga-nismos de espécies diferentes em que apenas um ser lucra e o outro não
lucra nem é prejudicado. comunidade. conjunto de seres vivos que vivem em um
ecossistema. condrictes. peixes com esqueleto cartilagi-noso. exemplos: tubarão
e raia. coníferas. plantas do grupo das gimnosper-mas, com flores formando
cones. consumidor. ser vivo que não produz seu próprio alimento. os
consumidores pri-mários se alimentamde plantas. os con-sumidores secundários se
alimentam de consumidores primários, e assim por diante. controle biológico.
combate de pragas ou espécies prejudiciais com seus preda-dores ou parasitas.
cordado. filo do reino animal que apresenta corda dorsal na fase embrionária.
corda dorsal. ver notocorda. cotilédone. folha que nutre o embrião de certas
plantas. cromossomo. filamento contendo o mate-rial genético da célula.
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<Page Number="348">
346 recordando alguns
termos crustáceo. grupo de artrópodes comexoes-queleto de quitina, cefalotórax,
abdome e dois pares de antenas. exemplos: ca-marão, siri, lagosta.
decomposição. transformação da substân-cia orgânica dos cadáveres e resíduos em
substância mineral, que pode ser aproveitada pelas plantas. decompositor. ser
vivo — principalmente bactérias e fungos — que faz a decom-posição dos resíduos
e dos cadáveres. deserto. bioma de regiões áridas, com pou-cas chuvas.
diatomáceas. algas microscópicas que for-mam o fitoplâncton. dicotiledônea.
angiosperma com dois coti-lédones na semente. diplópodes. grupo de artrópodes
com dois pares de pernas por segmento. dna. sigla de ácido desoxirribonucleico,
ma-terial químico que forma o gene. ecossistema. conjunto formado pelos
fato-res físicos e seres vivos do ambiente e pelas diversas interações entre os
seres vivos e o ambiente. ectotérmico. animal que depende da energia do
ambiente para controlar a temperatu-ra interna do corpo. exemplos: peixes,
anfíbios e répteis em geral. embrião. organismo nas primeiras fases do
desenvolvimento. endemia. doença sempre presente em de-terminada área
geográfica. endosperma. tecido de reserva da semente que serve de alimento para
o embrião de certas plantas. endotérmico. animal que utiliza a energia do
metabolismo paramanter a temperatura do corpo constante. exemplos: aves e
mamíferos. engenharia genética. tecnologia que identifi-ca e manipula genes,
transferindo, por exemplo, genes de um organismo para outro. enzimas. um grupo
de proteínas que acele-ram as reações químicas que acontecem nas células.
epidemia. toda doença contagiosa que se espalha rapidamente em uma região,
atingindo muitas pessoas. epiderme. camada de células superficiais que cobre o
corpo de alguns animais. a parte externa da pele. equinodermas. filo de
invertebrados com si-metria radial e exclusivamente mari-nhos. exemplos: estrela-do-mar,
ouri-ço-do-mar. erosão. destruição do solo pela chuva ou pelo vento.
odesmatamento acelera a erosão. espécie. conjunto de indivíduos muito
se-melhantes, capazes de cruzar entre si, originando descendentes férteis.
espermatozoide. gameta masculino dos ani-mais. esponja. animal aquático do
grupo dos porí-feros. esporo. célula reprodutora capaz de germi-nar e originar
outro organismo. estame. parte masculina da flor que produz grãos de pólen.
eutrofização. proliferação de micróbios de-compositores devido ao excesso de
nu-trientes lançados na água. a falta de oxi-gênio e as substâncias tóxicas
produzi-das nesse processo podem matar ou-tros seres vivos. evolução. processo
pelo qual as populações sofremtransformações através do tempo. fagocitose.
processo pelo qual certas células englobam partículas de alimento ou ou-tras
células através de pseudópodes. fauna. animais de uma área. fecundação. união
do gameta masculino com o gameta feminino. também cha-mada fertilização.
fermentação. processo pelo qual alguns or-ganismos, como certas bactérias e
fun-gos, liberam energia do alimento sem oxigênio. fitoplâncton. conjunto de
algas flutuantes. flagelos. filamentos presentes em certas células, mais longos
emenos numerosos que os cílios. flor. órgão de certas plantas (angiosper-mas)
com função reprodutiva. flora. plantas de uma região. floresta temperada.
floresta de climas frios. floresta tropical. floresta situada nos trópi-cos,
com clima quente e úmido e grande diversidade de espécies. fóssil. vestígioou
resto petrificado de umor-ganismo que existiu no passado. fotossíntese.
produção de açúcares pelas plantas a partir de substâncias minerais com a
energia da luz. fototropismo. crescimento do caule ou da raiz em direção à luz.
fruto. órgão vegetal resultante do desenvol-vimento do ovário da flor. fungo.
organismo cujo corpo é composto de um conjunto de fios, as hifas. pode ser
formado por uma ou por várias células. não tem clorofila nem faz fotossíntese.
alguns fungos são decompositores, ou-tros são parasitas. gametas.
célulassexuaisproduzidaspor seres que realizama reprodução sexuada. gene. os
genes estão no núcleo das células e influenciam as características dos se-res
vivos. são transmitidos dos pais para os filhos e são formados por uma
subs-tância química chamada ácido desoxirri-bonucleico (dna). geotropismo.
crescimento do caule ou da raiz em resposta à gravidade. geração espontânea.
ver abiogênese. gimnosperma. plantas com sementes, mas sem frutos. gineceu.
conjunto de partes femininas (car-pelos) da flor. girino. larva aquática de
anfíbios anuros (sem cauda), como o sapo e a rã. glicídios. substâncias que
fornecem energia ao organismo, entre outras funções. glicose. glicídio que
serve de fonte de ener-gia para o organismo. grão de pólen. estrutura
reprodutiva das plantas com semente. hemácia. glóbulo vermelho do sangue dos
vertebrados que contém hemoglobina e transporta oxigênio. hemoglobina.
substância do sangue que transporta oxigênio. herbívoro. animal que se alimenta
apenas de plantas. hermafrodita. indivíduo que produz tanto espermatozoides
quanto óvulos. heterotrófico. organismo que ingere subs-tâncias orgânicas de
outros seres vivos. hibernação. sono profundo em que certos animais caem no
inverno. hifas. filamentos que formam o corpo dos fungos. homeotérmico. animais
que têma tempera-tura do corpo constante, mesmo que a temperatura do ambiente
varie. exem-plos: aves e mamíferos. hospedeiro. organismo que abriga o parasita
em seu corpo. húmus. matéria orgânica produzida pela de-composição dos restos
de animais e ve-getais que caem no solo. importante para a reciclagem dos sais
minerais. inseto. invertebrado com três pares de per-nas articuladas (com
articulações), cor-po dividido em cabeça, tórax e abdome. invertebrados.
animais semcoluna vertebral. larva. primeiro estágio da vida de alguns animais,
como a mosca e a borboleta. a larva sofre mudanças até originar o indi-víduo
adulto. levedo. um tipo de fungo unicelular. é usado na produção de bebidas
alcoólicas. líquen. associação (mutualismo) entre fun-gos e algas (ou
cianobactérias). mamífero. classe de vertebrados com pelos e glândulas
mamárias. maré vermelha. reprodução excessiva de certas algas marinhas
provocada por acúmulo de minerais na água. produz substâncias tóxicas que podem
matar outros organismos. mata atlântica. floresta tropical do litoral
brasileiro. mata de araucárias. mata do sul do brasil em que predomina o
pinheiro-do-paraná. medula espinal. parte do sistema nervoso que passa pela
coluna vertebral. tam-bém chamada medula nervosa. membrana plasmática. película
que envolve a célula, controlando a entrada e a saída de substâncias.
metabolismo. o conjunto de processos quí-micos de um organismo. metamorfose.
processo de desenvolvimen-to de uma larva animal até que esta se transforme em
animal adulto. telaris_ciencias_7ano_345a352_finais.indd 346 6/21/12 1:46 pm
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<Page Number="349">
347 recordando alguns
termos micose. infecção causada por fungos. microscópio. instrumento formado
por len-tes de aumento, usado para a observa-ção de coisas muito pequenas,
invisíveis a olho nu. molusco. invertebrado com corpo mole, com ou sem concha.
monera. reino formado por seres unicelulares semnúcleo individualizado
(bactérias). monocotiledôneas. angiospermas com um cotilédone na semente. muda.
troca do exoesqueleto dos artrópodes. mutação. mudança que ocorre nos genes de
um indivíduo. mutualismo. associação entre espécies di-ferentes onde ambas
lucram. nécton. conjunto de seres que se deslocam ativamente na água.
nematoides. invertebrados com corpo cilíndri-co com muitos representantes
parasitas, como a filária, a lombriga e o ancilóstomo. notocorda. cordão
flexível, que se estende ao longo do dorso do embrião de todos os cordados.
núcleo. região da célula onde se encontra o material genético. (células de bactérias
não têm núcleo.) onívoro. animal que come vegetais e outros animais. oosfera.
gameta feminino das plantas. orelha. órgão responsável pela audição e pelo
equilíbrio. omesmo que ouvido. osteícte. peixe com esqueleto ósseo. inclui a
maioria dos peixes. ovário (em animais). órgão do sistema re-produtor que
produz o gameta feminino (óvulo). ovário (em vegetais). parte dilatada do
car-pelo que contém os óvulos. ovíparo. animal que põe ovos que se desen-volvem
fora do organismo materno. ovovivíparo. animal cujos ovos se desenvol-vem
dentro do organismo materno. óvulo. gameta feminino (emanimais) ou es-trutura
das plantas que contém o game-ta feminino, a oosfera. pampa. campo de região
temperada, como o do rio grande do sul, argentina, etc. pantanal. bioma encontrado
nos estados de mato grosso e mato grosso do sul, onde os rios transbordamna
época das chuvas. parasita. organismo que vive no corpo de outro, retirando
alimento e causando doenças. parasitismo. associação entre o parasita e o
hospedeiro. pecilotérmico. animal cuja temperatura varia com a temperatura do
ambiente. pinhão. semente das gimnospermas. placenta. estrutura que permite a
troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, etc.) entre o sangue do embrião e o
sangue materno. plâncton. conjunto de organismos que flutuam na água arrastados
pela correnteza. platelmintos. vermes de corpo achatado. exemplos: a tênia e o
esquistossomo. polinização. transporte de grãos de pólen pelo vento, por
insetos ou por outros animais que se alimentam do néctar ou do pólen das flores
que, assim, promo-vem a reprodução sexuada das plantas. população. conjunto de
indivíduos da mes-ma espécie que vivem em determinada área. poríferos. filo de
animais aquáticos sem ór-gãos ou sistemas, representados pelas esponjas.
pradaria. campo de regiões temperadas. predador. animal que mata e devora outro
animal de espécie diferente. presa. animal que serve de alimento ao pre-dador.
primata. ordem dos mamíferos que inclui o ser humano e o macaco. produtor. ser
que produz suas próprias substâncias orgânicas. prótalo. pequena planta que
produz os ga-metas no ciclo vital das pteridófitas. protista. reino que inclui
seres unicelulares com núcleo individualizado. exemplo: protozoários.
protozoários. seres unicelulares heterotrófi-cos do reino protista.
pseudópodes. expansões do citoplasma que alguns tiposdecélulasusampara
locomo-ção, captura de alimento ou defesa. pteridófitas. plantas com vasos
condutores de seiva, sem flor ou semente. exemplo: samambaias. queratina.
substância que protege a pele dos répteis, aves e mamíferos. quilópodes. grupo
de artrópodes com um par de pernas por anel. exemplo: lacraia. quitina.
substância que protege o corpo dos insetos, aranhas, crustáceos, quilópodes e
diplópodes. réptil. vertebrado compele coberta de esca-mas ou placas ósseas. o
embrião se de-senvolve dentro de um ovo com casca. exemplos: cobras, lagartos,
jacarés, tar-tarugas. respiração celular. processo que ocorre no interior das
células e que libera energia de açúcares e outras substâncias. ressurgência. processo
em que as corren-tes levam a água do fundo para a super-fície. como essa água é
rica em sais mi-nerais, as regiões com ressurgência são produtivas. sapróbio ou
saprófitas. ser que se alimenta de matéria orgânica em decomposição. savana.
campo de clima tropical com algu-mas árvores e arbustos. seiva bruta. líquido
composto de água e sais minerais absorvidos do solo pelas raízes das plantas. o
mesmo que seiva inorgâ-nica. seiva elaborada. líquido com açúcares, que é
distribuído a todas as partes da planta. seleção natural. processo pelo qual os
seres vivos mais adaptados sobrevivem e se reproduzem; os menos adaptados
mor-rem ou não se reproduzem. é um impor-tante fator na evolução das espécies.
semente. estrutura que se desenvolve do óvulo, contendo o embrião e reserva de
alimento. síndrome da imunodeficiência adquirida. ver aids. sistema. grupo de
órgãos que em conjunto exercem uma função no organismo. sociedade. associação
entre indivíduos da mesma espécie que cooperam entre si. taiga. floresta de coníferas
que fica ao sul da tundra. tecido. conjunto de células que executam determinada
função. tórax. parte do corpo entre a cabeça e o abdo-mede alguns animais,
comoos insetos. transgênico. organismo que contém genes de outras espécies
inseridos através das técnicas de engenharia genética. os ali-mentos
transgênicos são feitos a partir de organismos transgênicos. transpiração.
perda de água pela superfície do corpo de plantas e animais. traqueia. tubos
que conduzemoar para todas as partes do corpo de certos animais. tubo polínico.
formação do grão de pólen das plantas com semente que conduz os gametas
masculinos até a oosfera. tundra. bioma situado no polo norte. unicelular.
organismo formado por uma úni-ca célula. útero. órgão onde o embrião de certos
ani-mais, como osmamíferos, se desenvolve. vacina. produto contendo antígenos,
usado para induzir a produção de anticorpos pelo organismo, protegendo-o contra
infecções. vaso sanguíneo. conduto que leva o sangue no interior do organismo.
ventrículo. cada uma das cavidades inferio-res do coração. vértebra. cada um
dos ossos que forma a coluna vertebral. vertebrado. animal que possui coluna
verte-bral. exemplos: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. vírus.
agentes infecciosos que não têm estru-tura celular. causam várias doenças na
espécie humana e emoutros seres vivos. vivíparo. animal cujo embrião se
desenvolve no útero, recebendo alimento direta-mente do organismo materno.
zigoto. ver célula-ovo. zona abissal. região profunda dos oceanos, entre 4000 e
6000 metros, e sem luz. zona afótica. região do oceano sem luz sufi-ciente para
fotossíntese. zona eufótica. região dos ecossistemas aquáticos com luz
suficiente para fotos-síntese. zooplâncton. seres heterotróficos que for-mam o
plâncton. telaris_ciencias_7ano_345a352_finais.indd 347 6/21/12 1:46 pm
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<Page Number="350">
348 leitura
complementar para o aluno unidade 1 o que é a vida, afinal? capítulo 1 teoria
celular: de hooke a schwann. maria elice b. prestes. são paulo: scipione, 1997.
(série ponto de apoio). esta obra apresenta a teoria celular por meio de uma
perspectiva histórico-científca, mostrando as contribuições de diversos
pesquisadores e a importância do aperfeiçoamento de técnicas e equipamentos de
pesquisa. capítulos 3 e 4 a evolução da vida na terra. ingrid biesemeyer
bellinghausen. são paulo: dcl, 2006. partindo da explosão que gerou o universo,
o livro conta a longa trajetória evolutiva da vida na terra, mostrando a
história do surgimento de vários seres vivos e da extinção de muitos deles.
antes e depois de charles darwin: como a ciência explica a origem das espécies.
nelson henrique carvalho de castro. são paulo: harbra, 2009. as principais
teorias sobre a origem das espécies, em especial a proposta por charles darwin,
são apresentadas de forma simples neste livro, revelando a importância do
pensamento evolutivo para a ciência. a pré-história. são paulo: ática, 1996.
(série atlas visuais). por meio de belas imagens e de um texto conciso e
informativo, o livro mostra as diversas fases da vida na terra ao longo da
pré-história. a pré-história. teoflo torronteguy. são paulo: ftd, 1996. o
objetivo desta obra é possibilitar aos leitores o aprofundamento de temas
ligados à pré-história, os quais não são trabalhados com frequência na escola.
ciência hoje na escola, volume 9: evolução. sociedade brasileira para o
progresso da ciência: rio de janeiro: global, 2001. neste volume, atividades e
textos com caráter histórico-informativo foram desenvolvidos por pesquisadores
brasileiros para facilitar a compreensão das teorias evolutivas. darwin e a
evolução. steve parker. são paulo: scipione, 1996. (coleção caminhos da
ciência). esta obra mostra como darwin desenvolveu os seus argumentos em favor
da evolução, propondo a teoria da seleção natural como mecanismo causal para
explicar a adaptação e a especialização dos seres vivos. pasteur: a luta contra
os micróbios. beverley birch. blumenau: eko, 1994. por meio de um texto
didático e conciso, o livro conta a história de louis pasteur em sua luta
contra os micróbios e mostra como esse cientista francês revolucionou o mundo
da medicina. unidade 2 os seres mais simples capítulos 6 e 7 epidemias no
brasil: uma abordagem biológica e social. rodolpho telarolli junior. 11. ed.
são paulo: moderna, 2003. o livro apresenta um histórico e uma descrição das
principais doenças transmissíveis no brasil, abordando os seus aspectos
biológicos e sociais. dessa forma, o autor convida o leitor a estudar os
problemas sanitários do país sob uma perspectiva crítica. ludi na revolta da
vacina: uma odisseia no rio antigo. luciana sandrone. são paulo: salamandra,
1999. em um sábado de outono, ludi e sua família saem para um passeio na cidade
do rio de janeiro. os protagonistas viajam no tempo e entram em uma verdadeira
aventura, presenciando os fatos históricos mais importantes do século xx. sexo,
sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis. ruth de gouvêa duarte. 6. ed.
são paulo: moderna, 1997. em linguagem objetiva, o livro aborda a necessidade
de o jovem estar bem informado para viver a sua sexualidade de forma segura,
protegendo-se contra eventuais contágios pelas dsts, especialmente pela aids.
capítulo 8 pequenos seres vivos. gilberto martho. são paulo: ática, 2004.
(coleção de olho na ciência). o livro propicia ao jovem ummelhor entendimento
do mundo em que vive, mostrando a diversidade de microrganismos invisíveis a
olho nu que estão presentes em praticamente todos os lugares do planeta.
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349 349 leitura
complementar para o aluno unidade 3 o reino animal capítulo 11 maravilhosos
recifes de corais. luísa martini; mauro monaldini. são paulo: manole, 1996. com
este livro, o leitor mergulha fundo no mundo aquático e descobre os mistérios
presentes debaixo da água. página a página, pode-se ver como vivemmuitos dos
seres marinhos em seu ambiente natural. capítulo 16 insetos. genevieve de
becker. são paulo: girassol, 2008. este é um dos livros da série maravilhas da
natureza, que pretende despertar nas crianças a paixão pelo conhecimento. ele
traz diversas curiosidades, fotos e ilustrações que ajudam o leitor a entender
o mundo dos insetos. capítulo 19 peixes. genevieve de becker. são paulo:
girassol, 2008. esta é uma obra repleta de curiosidades sobre a vida aquática
commuitas fotos que mostram diversas espécies de peixes, explorando suas
principais características e comportamento. peixes. aymar macedo diniz filho.
são paulo: ática, 1997. com linguagem clara e direta e um visual moderno, o
livro aborda as principais características dos peixes, sua evolução, os seus
ambientes naturais e os modos de adaptação dessas criaturas aquáticas.
capítulos 20 e 21 anfíbios. jaime bertoluci. são paulo: ática, 2002. com uma
linguagem clara e direta, o livro traz entrevistas, boxes e textos de jornais
com fotos e desenhos coloridos, explorando as principais características e
peculiaridades dos anfíbios. dinossauros. paul barret. 2. ed. são paulo: wmf
martins fontes, 2005. o livro faz com que o leitor retorne 200 milhões de anos
para entender a vida dos dinossauros, podendo ver uma grande quantidade de
informações sobre a origem, a evolução, a ecologia e o comportamento desses
seres pré-históricos. dinossauros. dylan m. nash. são paulo: ciranda cultural,
2010. neste livro o leitor terá acesso às anotações e estudos de paleontólogos
sobre a vida dos dinossauros, podendo conhecer diversas espécies desses
animais. répteis. simon holland. barueri: girassol, 2007. esta é uma obra cheia
de curiosidades sobre a vida dos répteis com muitas fotos que apresentam uma
grande variedade de espécies, explorando suas características e comportamento.
répteis. genevieve de becker. são paulo: girassol, 2008. este é um dos livros
da série maravilhas da natureza, que pretende despertar nas crianças a paixão
pelo conhecimento. é uma obra curiosa e ilustrada que ajuda o leitor a entender
o mundo dos répteis. sobrevivendo à grande extinção: dinossauros. iris stern.
são paulo: saraiva, 2003. neste livro o aluno tem acesso a uma descrição do mundo
dos dinossauros, além de uma ampla visão das adaptações sofridas pelos diversos
seres vivos em condições ambientais adversas. capítulo 22 aves de rapina.
genevieve de becker. são paulo: girassol, 2008. este livro traz diversas
curiosidades, fotos e ilustrações que dão ao leitor uma visão das principais
espécies, características e comportamento das aves de rapina. o comportamento
das aves. andré cordeiro alves dos santos & domingos, mário donizeti. são
paulo: ática, 1997. este livro apresenta diversos aspectos relacionados às
aves, como anatomia, comportamento e hábitos, além de diversas curiosidades
sobre esses seres impressionantes. capítulo 23 abc do zoo: animais do brasil.
pedro maia. 2. ed. são paulo: cia das letrinhas, 1996. este livro apresenta típicos
animais brasileiros, mostrando o que cada um tem de mais específco. com isso,
os leitores podem ter uma visão ampla da fauna nacional, da qual fazem parte
animais fascinantes, como as antas, as capivaras, os dourados e os irerês. a
espécie humana. hilaire cuny. são paulo: hemus, 2007. esta obra concisa
apresenta discussões sobre o que é o homem, sobre o seu lugar na natureza e
sobre a evolução desta impressionante criatura racional.
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<Page Number="352">
350 leitura
complementar para o aluno animais da nossa terra. marcia riederer. são paulo:
cuca fresca, 2007. esta é uma obra informativa para alunos e professores que
revela a beleza e o encantamento da fauna do brasil, sendo ilustrada com
esculturas de papel. extinção é para sempre: a história dos mamíferos gigantes
da américa do sul. tatiana camolez; luiz e. anelli; karl mokross. são paulo:
ofcina de textos, 2003. com reconstruções de cenários, fundamentadas em dados
geológicos e paleontológicos, a obra aborda os grandes mamíferos que habitaram
a américa do sul nos últimos 50 milhões de anos, cuja extinção ainda é tema de
discussão. macacos. genevieve de becker. são paulo: girassol, 2008. com este
livro, o leitor tem acesso a diversas curiosidades, fotos e ilustrações que dão
uma visão completa das principais espécies de macacos, conhecendo as suas
características, hábitos e comportamento. mamíferos. frederico mengozzi. são
paulo: globo, 2008. como um dos fascículos da coleção bichos brasileiros do
sítio do picapau amarelo, este livro aborda as características de diversos
mamíferos da fauna brasileira de forma divertida e commuitas ilustrações.
mamíferos. sarah walker. são paulo: girassol, 2009. ricamente ilustrada e
repleta de informações, esta obra apresenta uma série de curiosidades e fotos
que mostram as principais características dos mamíferos, pretendendo despertar
nas crianças a paixão pelo conhecimento. o guia completo dos animais. jinny
johnson. são paulo: girassol, 2009. ilustrado com desenhos coloridos e com
ummapa que indica a distribuição dos animais na terra, este guia conduz o
leitor a uma jornada intrigante pelo reino animal, contendo diversas
informações sobre criaturas de todas as partes do globo. unidade 4 as plantas e
o ambiente capítulos 24, 25, 26 e 27 as plantas. alessandro garassino;
hildegard feist. são paulo: moderna, 1997. obra que dá ao leitor um panorama
sobre o reino vegetal, aborda assuntos como fores, folhas, frutos, bactérias,
algas azuis, musgos e plantas vasculares, além de apresentar as características
dos fósseis do carbonífero e da flora no permiano. os alimentos transgênicos.
marcelo leite. são paulo: publifolha, 2000. neste livro o autor explica de
forma clara o que são e como surgiram os transgênicos, além de abordar questões
como seus efeitos nocivos à saúde e os graves danos ao meio ambiente. tudo o
que você queria saber sobre plantas. sueli angelo furlan. são paulo: ofcina de
textos, 2007. por meio deste livro, o leitor terá acesso a fatos e curiosidades
sobre a história das plantas, verá a diferença entre plantas exóticas e nativas
e conhecerá diversas espécies endêmicas e outras que sofrem o risco de
extinção. capítulos 28 e 29 a amazônia. rubens matuck. são paulo: biruta, 2006.
este livro é um retrato geral da amazônia, região que cobre 40% do território
brasileiro e abrange a região norte, a centro-oeste e parte do maranhão, sendo
um grande sistema formado por igarapés, lagoas e rios que cruzam uma fantástica
vegetação. a caatinga. rubens matuck. são paulo: biruta, 2006. neste livro o
autor descreve as características naturais da caatinga e apresenta um diário de
viagem com as suas considerações sobre a região, além de fornecer ao leitor um
guia com dicas úteis para viagens de observação da natureza. a foresta
amazônica. marcelo leite. são paulo: publifolha, 2001. esta obra mostra que é
necessário revisar urgentemente a forma como o homem vem explorando e
preservando a foresta amazônica, abordando temas como a biopirataria, a
biodiversidade, os problemas com a extração da madeira e o manejo sustentável.
a mata atlântica. rubens matuck. são paulo: biruta, 2010. com este livro, o
autor fornece um panorama geral sobre a mata atlântica, lugar onde se encontra
o mangue e sua diversidade biológica, onde também habitam as onças suçuaranas,
os macacos, as orquídeas e as bromélias. caatinga – a paisagem e o homem
sertanejo. samuel murgel branco. 6. ed. são paulo: moderna, 2003. neste livro o
autor traça um quadro geral da caatinga, mostrando alguns dos elementos
constitutivos da história, da cultura e do bioma dessa região. cerrado: origem,
natureza e curiosidades. samuel murgel branco. são paulo: moderna, 2001. este é
um estudo completo e ilustrado sobre o cerrado, bioma que ocupa cerca de um
quarto da superfície do território brasileiro e onde foram realizadas as
primeiras telaris_ciencias_7ano_345a352_finais.indd 350 6/21/12 1:46 pm
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<Page Number="353">
351 351 grandes
explorações de ouro, diamante, minério de ferro e outros minerais. 50 coisas
simples que você pode fazer para salvar a terra. te earthworks groups. rio de
janeiro: josé olympio, 2002. esta é uma versão atualizada do best-seller
lançado em 1990 que sugere ao leitor algumas práticas simples para salvar a
terra. de olho na amazônia. ingrid biesemeyer bellinghausen. são paulo: dcl,
2007. em formato diferenciado e com ilustrações feitas a partir de recortes, o
livro faz um alerta sobre as riquezas e os problemas da amazônia, mostrando a
biodiversidade da região, os povos locais e os riscos de extinção das espécies.
era verde? ecossistemas brasileiros ameaçados. zysman neiman. são paulo: atual,
1989. este livro traça um quadro geral dos principais ecossistemas brasileiros,
como a amazônia, a mata atlântica e o pantanal. a questão ambiental é tratada
de forma multidisciplinar sem a pretensão de esgotá-la, oferecendo ao leitor um
exame dos diferentes pontos de vista que circundam o tema. meio ambiente e
sociedade. marcelo leite. são paulo: ática, 2005. (coleção de olho na ciência.)
esta obra mostra como podemos nos engajar para melhorar o mundo em que vivemos,
fornecendo noções sobre meio ambiente, ecossistema e biodiversidade, além de
levantar questionamentos sobre a problemática energética e o crescimento
populacional. o cerrado. rubens matuck. são paulo: biruta, 2010. com esta
leitura, pode-se conhecer de forma geral como é o cerrado brasileiro, a sua
paisagem natural com as árvores retorcidas e animais típicos, como o
lobo-guará, a coruja-buraqueira e o tamanduá-bandeira. o desafio amazônico.
samuel murgel branco. são paulo: moderna, 1995. embasado no estudo de
cientistas nacionais e estrangeiros, o autor ressalta a importância de os
governos e empresários repensarem o problema da amazônia, região com uma
foresta exuberante e um solo, muitas vezes, extremamente pobre. o ecossistema
marinho. edson futema. são paulo: ática, 1998. (série investigando). o livro
fornece um panorama geral sobre o ambiente marinho e os animais que vivem neste
fascinante ecossistema. o pantanal. rubens matuck. são paulo: biruta, 2006.
este diário de viagem registra como é o pantanal, uma das maiores planícies de
sedimentação domundo, situada em parte dos estados demato grosso e demato
grosso do sul, onde a fauna e a fora são extremamente ricas. o reino das
plantas. ricardo pirozzi. são paulo: companhia editora nacional, 2007.
colocando o cerrado como cenário principal, o autor criou uma obra
infantojuvenil cheia de aventuras e debates que levam o leitor a realizar
diversas descobertas, contemplando, em um só livro, conhecimentos tradicionais,
seres imaginários e ciência. bizzo, nélio. ciências: fácil ou difícil? são
paulo: biruta, 2010. braga, benedito; hespanhol, ivanildo; conejo, joão g.
lotufo. introdução à engenharia ambiental. 2. ed. são paulo: prentice hall,
2005. brasil. ministerioda educação. secretaria deeducaçãofunda-mental.
parâmetros curriculares nacionais. ciências naturais: terceiroequarto ciclos
doensino fundamental. brasília, 1998. campbell, neil a.; reece, jane b.
biology. 8 th menlo park: benjamin cummings, 2008. cimerman, benjamin;
cimerman, sérgio. parasitologia huma-na e seus fundamentos gerais. 2. ed.
sãopaulo: atheneu, 2005. corson, walter h. manual global de ecologia. são
paulo: au-gustus, 1993. darwin, charles. origem das espécies. belo horizonte:
ita-tiaia, 2002. el-hani, charbel niño.; videira, antônio augusto passos.
(org.). o que é vida?: para entender a biologia do século xxi. rio de janeiro:
relume dumará, 2000. fortey, richard. vida: uma biografia não autorizada. rio
de janeiro: record, 2000. funke, berdell r.; tortora, gerard j.; case,
christine l. mi-crobiologia. 8. ed. porto alegre: artmed, 2005. gould, stephen
jay. a galinha e seus dentes e outras re-flexões sobre história natural. rio de
janeiro: paz e terra, 1996. . darwin e os grandes enigmas da vida. são paulo:
martins fontes, 1999. . osorriso do flamingo: reflexões sobre história
natu-ral. 2. ed. são paulo: martins fontes, 2004. . the book
of life: an illustrated history of life on earth. new york: w. w. norton, 2001.
bibliografia telaris_ciencias_7ano_345a352_finais.indd 351 6/21/12 1:46 pm
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<Page Number="354">
352 para o professor
há também planos de aula com orientações para explorar esses objetos e
sugestões de avaliação no site www.projetotelaris.com.br. objetos educacionais
digitais relacionamos aqui os objetos educacionais digitais disponíveis em:
www.projetotelaris.com.br e que poderão ser utilizados comomaterial
complementar a este volume. bibliografa linhares, sérgio de vasconcellos;
gewandsznajder, fernando. biologia hoje. são paulo: ática, 2010. v. 1, 2 e 3.
mauseth, james d. botany: an introduction to plant biology. 4 th sudbury, ma:
jones & bartlett learning, 2008. moore, janet. uma introdução aos
invertebrados. são pau-lo: santos editora, 2003. neves, david pereira.
parasitologia humana. 11. ed. são pau-lo: atheneu, 2005. pelczar, michael
joseph; chan, e. c. s.; reid, roger delbert. microbiologia: conceitos e
aplicações. 2. ed. são paulo: makron, 1996. v.1 . microbiologia: conceitos e
aplicações. 2. ed. são paulo: makron, 1997. v. 2. pinto, walkyria pereira.
conviver com a aids. são paulo: scipione, 2000. (conviver). pough, f. harvey et
al. a vida dos vertebrados. 4. ed. são paulo: atheneu, 2008. purves, william k.
et al. vida: a ciência da biologia, volume 1: célula e hereditariedade. 8. ed.
porto alegre: artmed, 2009. . vida: a ciência da biologia, volume 2: evolução,
diver-sidade e ecologia. 8. ed. porto alegre: artmed, 2009. . vida: a ciência
da biologia, volume 3: plantas e ani-mais. 8. ed. porto
alegre: artmed, 2009. raven, peter h. et al. biology. 8 th boston: mcgraw-hill,
2007. ; evert, ray f.; eichhorn, susan e. biologia vegetal. 7. ed. rio de janeiro: guanabara
koogan, 2007. ricklefs, robert e. a economia da natureza. 6. ed. rio de
janeiro: guanabara koogan, 2010. ruppert, edward e.; fox, richard s. e.;
barnes, robert d. zoologia dos invertebrados. 7. ed. são paulo: roca, 2005.
solomon, eldra p. et al. biology. 9. ed. pacific
grove, ca: brooks/cole, 2010. starr, cecie et al. biology: the unity and
diversity of life. 12. ed. pacific grove, ca: brooks cole, 2008. stearns, stephen c.;
hoekstra, rolf. f. evolução: uma in-trodução. são paulo: atheneu, 2003.
superinteressante. são paulo: abril, 1987. zimmer, carl. àbeirad’água:
macroevoluçãoe a transformação da vida. rio de janeiro: jorge zahar, 1999.
(ciência e cultura). . o livro de ouro da evolução. rio de janeiro: ediouro,
2003. número página nome do conteúdo multimídia comentário 1 56 classificando
os seres vivos jogo eletrônico cujo objetivo é trabalhar as categorias
taxonômicas. 2 67 vírus infográfico animado sobre a composição, as
características, a reprodução e as doenças causadas por vírus nos seres
humanos. 3 69 história da vacinação audiovisual sobre a evolução da vacinação
contra a varíola. realidade aumentada 71 dengue representação com efeito
tridimensional dos locais em uma casa que podem se tornar focos do mosquito da
dengue. 4 81 bactérias infográfico animado que apresenta as características das
bactérias, como organização celular, classificação, reprodução e doenças que
podem ser causadas nos seres humanos. 5 84 onde os micróbios vivem audiovisual
sobre micróbios que gostam de viver em lugares quentes e úmidos, como a palma
da mão. 6 137 verminoses infográfico animado sobre as características e o ciclo
de vida de alguns vermes causadores de doenças nos seres humanos. 7 162 olhando
de perto a cabeça de um inseto audiovisual que descreve as partes da cabeça de
um inseto. 8 164 insetos jogo eletrônico educativo sobre as características
específicas dos insetos. 9 174 mais artrópodes: crustáceos, aracnídeos,
diplópodes e quilópodes jogo eletrônico sobre as características comuns entre
os grupos de artrópodes, bem como suas diferenças. 10 189 peixes, anfíbios e
répteis jogo eletrônico que aborda as características dos grupos dos peixes,
anfíbios e répteis. 11 251 evolução dos vertebrados infográfico animado que
demonstra como ocorreu a evolução dos vertebrados em nosso planeta. 12 281
angiospermas: raiz, caule e folhas infográfico animado que apresenta as
características, funções e variedades de raízes, caules e folhas. 13 287
adaptações das plantas audiovisual sobre as adaptações das plantas para sua
sobrevivência em ambientes secos ou escuros. 14 299 angiospermas: flores,
frutos e sementes infográfico animado que mostra as estruturas relacionadas à
fecundação e à reprodução das angiospermas. 15 319 biomas jogo eletrônico cujo
objetivo é ampliar os conhecimentos do aluno acerca dos biomas brasileiros.
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ciências 7 º ano
manual do professor oystein litleskare/shutterstock/glow images
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manual do professor
sumário parte geral pressupostos teóricos e metodológicos 3 o ensino de
ciências: sua importância e seus objetivos 3 a coleção 5 os objetivos gerais da
coleção 5 uma palavra a mais com o professor 6 o livro-texto e outros recursos
8 estratégias de utilização do livro-texto 9 a organização dos volumes 11 a
avaliação 13 objetos educacionais digitais 14 parte específica 1 a organização
deste volume 15 2 sugestões de leitura para o professor 15 3 sugestões de sites
para os alunos 19 4 sugestões de abordagem de cada capítulo 20 5 sugestões de
respostas das atividades 56 textos complementares competência leitora
emciências – 7º- ano 97 o processo de avaliação 100 manual do professor 97
competência leitora emciências – 7º- ano angela kleiman phd em linguística pela
university of illinois, eua, desenvolve pesquisas sobre leitura e ensino. é
professora titular do instituto de estudos da linguagem da unicamp. passar os
olhos pela página enquanto se devaneia não é leitura. o livro precisa de
leitores engajados, e os significados criados dependemmuito das experiências e
vivências do leitor, do que ele traz para o encontro com o autor. oystein
litleskare/shutterstock/glow images textos complementares ensinar a ler com
compreensão é tarefa de todo professor. conhecendo as pressões existen-tes hoje
em dia, de todo tipo, vindas da mídia, da fa-mília, dos gestores da escola, da
administração, é justo acrescer às suas atividades a incumbência de ser
professor de leitura, além de professor da disci-plina de ciências? a resposta
é sim, pois a leitura é alicerce de todo aprendizado. e para nos mantermos
informados sobre o que acontece no mundo da ciência, precisamos saber
interpretar os conhe-cimentos científicos divulgados em jornais e re-vistas. o
papel da leitura na educação e na vida do aluno é importante demais para ficar
apenas sob a responsabilidade do professor de língua portuguesa.
afortunadamente, não é preciso ser especia-lista para ensinar os alunos a ler
os textos especí-ficos de sua área de conhecimento. o professor especialista é
o profissional mais indicado para orientar o educando na exploração de textos
cujos temas, em geral, ele não vê de forma sistemática. portanto, é fundamental
que esse professor co-nheça estratégias de leitura para ajudar o aluno e assim
cumprir seu papel de mediador na constru-ção do conhecimento. inti st
clair/digital vision/getty images manual do professor 100 o processo de
avaliação maria inês sparrapan muniz miriam sampieri santinho mestre no ensino
de ciências e matemática mestre emmatemática procedimentais) e o “como se deve
ser” (conteú-dos atitudinais) (zabala, 1998, p. 31). se algumas das questões
levantadas estão re-lacionadas ao ensino e à aprendizagemde conteúdos
conceituais, outras dependem do trabalho realizado, emsala de aula,
comconteúdos procedimentais e ou-tras ainda relacionam-se especificamente aos
con-teúdos atitudinais, sendo que estes dois últimos de-vemtambémser ensinados,
aprendidos e avaliados. estamos considerando como conteúdos con-ceituais
aqueles que se referem à abordagem de conceitos, fatos e princípios, envolvendo
vivência de situações, construção de generalizações e compreensão de
princípios; como procedimen-tais, aqueles que expressam um saber fazer, en-volvendo
tomada de decisões, realização de uma série de ações de forma ordenada e não
aleatória, obtenção de uma meta e construção de instru-mentos para analisar
processos e resultados obti-dos; e como atitudinais, os que se relacionam a
valores, normas e atitudes que orientam ações, padrões de conduta, possibilitam
juízo crítico e en-volvem cognição (conhecimento e crenças), afeto (sentimentos
e preferências) e condutas (ações e declarações) (zabala, 1998). o professor
que buscar promover o desenvol-vimento integral do aluno deve envolver no
ensino, aprendizagem e avaliação os três conteúdos, com vistas ao “saber”, ao
“saber fazer” e ao “saber ser”. esses conteúdos precisam ser ordenados em ações
pedagógicas e, consequentemente, farão par-te do processo avaliativo integral,
demodo a garantir que se avaliem não só os conhecimentos dos alu-nos, mas
tambémsuas atitudes e as habilidades por eles adquiridas e evidenciadas nas
distintas produ-ções e reflexões sobre elas. constituído dessa maneira, o
processo avalia-tivo deverá deixar de ser administrado somente pe-lo professor
e abrir espaço à participação do aluno oferecendo-lhe a oportunidade de
desenvolver, no maior grau possível, todas as suas capacidades. este texto
baseia-se em uma pesquisa desen-volvida durante o ano de 2008 em escolas de
ensino fundamental e médio da rede pública do estado de sãopaulo, que resultou
emuma dissertação demes-trado. ela teve por objetivo suscitar reflexões sobre a
eficácia de determinadas ações pedagógicas que vi-nhamsendo realizadas emaulas
dematemática, mas que poderiam ser feitas em outras disciplinas, com o
propósito de promover uma prática avaliativa trans-parente, formativa, integral
e democrática, pautada em conteúdos conceituais, procedimentais e atitudi-nais,
da qual o aluno é parte intrínseca e integrante. muitas questões podemser
levantadas comre-lação à avaliação da aprendizagemnas aulas do
ensi-nofundamental, epodemos aqui citar algumas delas: • como envolver o aluno
nas atividades que fazem parte das sequências didáticas propostas pelo
professor, des-pertando seu interesse? • comomelhorar a relação do professor
comos alunos? • como possibilitar ao aluno interpretar textos; ter ritmo de
trabalho; descobrir propriedades; generalizar; proje-tar; elaborar um trabalho
com começo, meio e fim e com coerência, alémde apresentá-lo comestética? • como
fazer o aluno ter seu material disponível, fazer li-ções de casa, estar
presente nas aulas diariamente, etc.? • como fazer com que o aluno reconheça a
avaliação co-mo um instrumento de ajuda para a tomada de decisões, tanto da
parte dele como da parte do professor, para su-perar suas dificuldades e
reconhecer seus avanços? • como possibilitar ao aluno sentir-se parte
integrante do processo avaliativo? • como envolver os pais na vida escolar dos
filhos? • comomelhorar a prática avaliativa dos alunos? são essas algumas
questões que podem in-fluenciar não só o processo de ensino e de aprendi-zagem
como também o de avaliação que ocorre na sala de aula. elas implicam uma noção
mais ampla do que se entende por conteúdos escolares, a qual não se restringe a
conteúdos conceituais. ou seja: é preci-so considerar como conteúdos que devem
ser ob-jeto de ensino, aprendizagem e avaliação não só o “que se deve saber”
(conteúdos conceituais), mas também “o que se deve saber fazer” (conteúdos joe
tucciarone/science photo library/latinstock
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manual do professor 3
a rapidez das inovações científicas e tecno-lógicas e sua influência cada vez
maior na vida humana têm despertado um intenso debate so-bre o ensino de
ciências. diante dessa realidade, os professores são também estudantes: é
preciso estar permanentemente em contato com as no-vas descobertas em ciências e
as novas maneiras de ensinar. os parâmetros curriculares nacionais (pcn),
apresentados pela secretaria de educação funda-mental doministério da educação,
contêmuma sé-rie de propostas destinadas ao en-sino de ciências naturais do 6º-
ao 9º- ano 1 e ao ensino dos chamados temas transversais 2 , que tratam de
questões importantes para a socie-dade (ética, saúde, meio ambiente, orientação
sexual, pluralidade cul-tural, trabalho e consumo). no que se refere aos
objetivos e conteúdos do ensino de ciências, que englo-bam as estratégias de
trabalho, a proposta dos pcn é ampla e deve ser lida e discutida por todos os
envolvidos no processo de ensino-aprendiza-gem. o texto integral dos pcn do 6º-
ao 9º- ano está disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php? optioncom_content&viewarticle&id12657%3a
parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series&catid195%3aseb-educacao-basica&
itemid859 (acesso em: 20 jun. 2011). o ensino de ciências: sua importância e
seus objetivos apoluição, adestruiçãodosecossistemas, aper-da da
biodiversidade, os danos causados pelo fumo, pelo álcool e por outros tóxicos,
além da alimentação desequilibrada, são alguns dos inúmeros problemas que
afetam a vida humana. para que essas questões sejam compreendidas
adequadamente, é necessário ter algum conhecimento de ciências. além disso,
es-pera-seque todos, comomembros deuma sociedade democrática, estejam bem
informados para participar de forma esclarecida das decisões que interferem em
toda a coletividade. por isso, o ensino de ciências vem ganhando importância
cada vezmaior na atualidade. oensinodeciênciasconstitui ummeio
importan-tedeprepararoestudanteparaosdesafiosdeumaso-ciedade preocupada em
integrar, cada vez mais, as descobertas científicas ao bem-estar da
coletividade. por isso, sejamquais foremas aspirações e os interes-1 brasil.
secretaria de educação fundamental. parâmetros curriculares nacionais: terceiro
e quarto ciclos do ensino funda-mental/ciências naturais. secretaria de
educação fundamental. brasília: mec/sef, 1998; e . parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental/introdução aos
parâmetros curriculares nacionais. secretaria de educação fundamen-tal.
brasília: mec/sef, 1998. 2 brasil. secretaria de educação fundamental.
parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
funda-mental/apresentação dos temas transversais. secretaria de educação
fundamental. brasília: mec/sef, 1998. sobre esse assunto, ver também busquets,
m. d. et al. temas transversais em educação: bases para uma formação integral.
4. ed. são paulo: ática, 1998. parte geral pressupostos teóricos e
metodológicos o ensino de ciências constitui um meio importante de preparar o
estudante para os desafios de uma sociedade preocupada em integrar, cada vez
mais, as descobertas científicas ao bem-estar da coletividade. oystein
litleskare/shutterstock/glow images parte geral
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manual do professor 4
ses dos estudantes, ou mesmo as atividades futuras que venham a realizar, eles
devem ter a oportunidade de adquirir um conhecimento básico das ciências
na-turais que permita não só a compreensão e o acompa-nhamento das rápidas
transformações tecnológicas, mas também a participação esclarecida e
responsável nas decisões quedizemrespeitoa toda a sociedade. é importante que o
ensino de ciências desperte no aluno o espírito crítico e o estimule a
questionar afirmações gratuitas e falaciosas, além de incenti-vá-lo a buscar
evidências. é dessa forma que o ensi-no contribui para o combate aos
preconceitos e posi-ções autoritárias e também para a construção de uma
sociedade verdadeiramente democrática, na qual os problemas sejam debatidos
entre seusmembros. com base nesse preceito, con-vémdestacar que a crítica a uma
ideia científica tem como objeto de interes-se única e exclusivamente a ideia,
e não a pessoa que a formulou. o res-peito ao indivíduo é fundamental, não
apenas por questões morais e éticas, mas porque a cooperação é essencial para a
sobrevivência da espé-cie humana e para o desenvolvimento do conheci-mento, que
se constrói coletivamente. além disso, to-dos nós, cientistas ou não, somos
passíveis de erros, e é deles que se podem extrair novas lições. por isso,
quando um estudante expressar ideias diferentes das científicas, ele nãodeve
passar por situações embara-çosas ou ser ridicularizado, e simser tratado com
res-peito. e caso o tema abordado esteja fora do âmbito das ciências, como as
questões religiosas, esse fato deverá ser exposto comclareza para os alunos. os
avanços científicos propiciam um controle cada vez maior sobre os fenômenos
naturais. hoje é possível erradicar doenças como a varíola e a pa-ralisia
infantil, viajar para fora do planeta, construir computadores eficientes, que
realizam complexas operações matemáticas e lógicas, entre muitas outras coisas
que pareciam impossíveis até pou-cos anos atrás. mas não se pode esquecer que o
conhecimento científico também foi usado para produzir, por exemplo, armas
nucleares capazes de destruir a humanidade nem que há conse-quências
indesejáveis advindas desse conheci-mento, como a poluição e o desequilíbrio
ecológico. verifica-se, assim, que a ciência, com todos os seus recursos,
embora possa beneficiar a humani-dade, pode também trazer-lhe danos
irreparáveis por causa de interesses econômicos, políticos e so-ciais. é
preciso, então, garantir que o conhecimento científico e tecnológico seja
empregado em benefí-cio de toda a coletividade. portanto, devem-se criar
condições para que todos participem das decisões do país de forma esclarecida e
consciente, discutin-do os problemas nacionais e suas soluções. emuma sociedade
democrática, cabe a cada ci-dadão fiscalizar a atuação de seus representantes
constitucionais e das entidades governamentais e não governamentais,
contribuindo, entre outras coi-sas, paraqueousodaciência tragasemprebenefícios.
isso significa que é fundamental garantir a todos o acesso à educação de
qualidade, que forneça a base para a compreensão dos fundamentos da ciência.
segundo os pcn de ciências naturais: mais do que em qualquer época do passado,
seja para o consumo, seja para o trabalho, cresce a necessi‑ dade de
conhecimento a fim de interpretar e avaliar informações, até mesmo para poder
participar e julgar decisões políticas ou divulgações científicas na mídia. a
falta de informação científico‑tecnológica pode comprometer a própria
cidadania, deixada à mercê do mercado e dapublicidade 3 . 3 brasil. secretaria
de educação fundamental. parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto
ciclos do ensino funda-mental/ciências naturais. secretaria de educação
fundamental. brasília: mec/sef, 1998. p. 22. é importante que o ensino de
ciências desperte no aluno o espírito crítico e o estimule a questionar
afirmações gratuitas e falaciosas, além de incentivá-lo a buscar evidências.
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manual do professor 5
para que a ciência atenda às necessidades do ser humano, é preciso que os cientistas,
assimcomo os demais cidadãos, não sejam apenas técnicos competentes, pois as
soluções de nossos proble-mas não dependem apenas da ciência e da técnica, mas
tambémda formação de uma responsabilidade social e de princípios éticos que
valorizem e respei-tem todos os seres humanos. a coleção um resumo dos
principais tópicos de cada vo-lume da coleção é apresentado a seguir. mais à
fren-te, os tópicos trabalhados nestes volumes serão vistos commais detalhes.
no 6º- ano são trabalhados: as relações ecoló-gicas entre os seres vivos e o
ambiente, e alguns problemas ambientais provocados pelo ser huma-no; a
estrutura da terra, com suas rochas, solos, recursos naturais e como empregar
esses recur-sos de forma sustentável; os estados físicos da água e a importância
da conservação desse recur-so para a vida na terra e para nossa saúde; a
at-mosfera, as propriedades do ar, as consequências da poluição atmosférica e
das alterações climáti-cas; as estrelas, as constelações, as galáxias e o
sistema solar. no 7º- ano são estudados: as características gerais dos seres
vivos e dos principais reinos e fi-los, além da importância de preservar a
biodiversi-dade do planeta; os principais biomas do planeta, com ênfase nos
biomas brasileiros e na importân-cia de sua preservação. no 8º- ano são
trabalhados: a organização do corpo humano em tecidos, órgãos e sistemas; as
funções do corpo; a relação entre essas funções e a importância de manter o
equilíbrio interno do corpo; a importância de uma nutrição equilibrada; o
funciona-mento do sistema genital e suas re-lações com a sexualidade e a saúde
física e mental; noções básicas de hereditariedade e de biotecnologias
relacionadas à genética. no 9º- ano são apresentados os conceitos básicos da
física (massa, peso, velocidade, acele-ração, força, etc.) e da química (átomo,
elemento, substância, reações químicas, etc.) e suas leis e teorias (leis de
newton, lei da conservação das massas, teoria atômica, etc.); as relações entre
a tecnologia e esse conhecimento e também os benefícios e riscos das aplicações
tecnológicas desse saber. os objetivos gerais da coleção já é consenso que
ensinar ciências não é ape-nas descrever fatos ou definir conceitos. por isso,
esta coleção pretende ajudar o estudante a: • compreender que a ciência não é
um conjunto de conhecimentos definitivamente estabelecidos, mas que se modifica
ao longo do tempo, buscan-do sempre corrigi-los e aprimorá-los; • compreender
os conceitos científicos básicos, re-lacionando o que ele aprende na escola com
seu cotidiano, sua saúde, o ambiente, a sociedade e as tecnologias (ou seja, o
ensino deve ser contextua-lizado, fazendo com que a aprendizagem tenha
significado e seja relevante para o aluno); • desenvolver o pensamento lógico e
o espírito crítico para identificar e resolver problemas, for-mulando perguntas
e hipóteses, aplicando os conceitos científicos a situações variadas,
tes-tando, discutindo e redigindo explicações para os fenômenos naturais,
comunicando suas conclu-sões aos colegas para que elas sejam debatidas com todos;
• relacionar o conhecimento científico com o de-senvolvimento da tecnologia e
as mudanças na […] as soluções de nossos problemas não dependem apenas da
ciência e da técnica, mas também da formação de uma responsabilidade social e
de princípios éticos que valorizem e respeitem todos os seres humanos.
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manual do professor 6
sociedade, entendendo que esse conhecimento é uma parte da cultura e está
ligado aos fatores políticos, sociais e econômicos de cada época e que suas
aplicações podem servir a interesses diversos; • identificar as relações e a
interdependência entre todos os seres vivos — incluindo a espécie huma-na—e os
demais elementos do ambiente, avalian-do como o equilíbrio dessas relações é
importante para a continuidade da vida em nosso planeta; • aplicar os
conhecimentos adquiridos de forma responsável e contribuir para a melhoria das
con-dições ambientais, da saúde e das condições ge-rais de vida de toda a
sociedade; • conhecer melhor o próprio corpo e valorizar os hábitos e as
atitudes que contribuampara a saúde individual e coletiva. mais adiante, na
seção sugestões de abor-dagem de cada capítulo, há indicações de textos,
questões e atividades do próprio livro-texto ou novos que devem ser trabalhados
com o objetivo de contextualizar o ensino, desenvolver a capaci-dade do aluno
de resolver problemas e formular hipóteses e valorizar atitudes responsáveis
para com o ambiente e a saúde. também ao longo dessa seção serão apre-sentados
textos de aprofundamento dirigidos ao professor, que podem ajudá-lo a orientar
a dis-cussão de certos temas deste volume. uma palavra a mais com o professor
sabe-se hoje que o estudante constrói ativa-mente seu conhecimento com base em
um saber prévio que ele traz para a escola. por isso esse co-nhecimento é
fundamental para a aprendizagem de novos conceitos. como sintetizou david
ausu-bel (1918-2008), psicólogo ligado à área de apren-dizagem, “o fator
isolado mais importante capaz de influenciar a aprendizagem é aquilo que o
sujeito já sabe” 4 . na década de 1960, ausubel já se opunha à aprendizagem
mecânica ou repetitiva, em que o aluno apenas decora conceitos para a prova e
logo os esquece. para ausubel a aprendizagem é signi-ficativa quando um novo
conteúdo tem uma cone-xão com o conhecimento prévio do estudante, passando
assim a ter um significado para ele. os trabalhos de jean piaget (1896-1980),
psicó-logo da área de aprendizagem, mostraram que o co-nhecimento é construído
com base na interação pes-soal comomundo. e, emcertoscasos, énecessárioque
ocorram mudanças profundas nas estruturas men- tais para que certos conteúdos
sejamapreendidos 5 . finalmente, o russolevvygotsky (1896-1934) demonstrou que
a aprendizagem é fortemente in-fluenciada pela interação entre o estudante e os
ou-tros membros da comunidade 6 . emsíntese, esseseoutrostrabalhosmostramque a
aprendizagem depende de conhecimentos prévios 4 ausubel, d. p. educational
psychology: a cognitive view. new york: holt, rinehart; winston, 1968. p. vi.
além do livro mencionado nesta referência, as ideias de ausubel encontram-se
tambémem: ; novak, j. d.; hanesian, h. psicologia educacional. rio de janei-ro:
interamericana, 1980.; e moreira, m. a.; masini, e. f. s. aprendizagem
significativa: a teoria de david ausubel. são paulo: moraes, 1982. 5 as ideias
de piaget podemser encontradas em: becker, f. o caminho da aprendizagemem jean
piaget e paulo freire: da ação à ope-ração. petrópolis: vozes, 2010.;
castorina, j. a.; ferreiro, e.; lerner, d.; oliveira, m. k. piaget e vygotsky:
novas contribuições para o debate. são paulo: ática, 1995.; freitag, b. (org.).
piaget: 100 anos. são paulo: cortez, 1997.; goulart, i. b. piaget: experiências
bási-cas para utilização pelo professor. 25. ed. petrópolis: vozes, 2009.;
leite, l. b. piaget e a escola de genebra. são paulo: cortez, 1987.; piaget, j.
a construção do real na criança. rio de janeiro: zahar/mec, 1975.; . a
epistemologia genética. 2. ed. são paulo: abril cul-tural, 1983 (os pensadores).;
. a equilibração das estruturas cognitivas. rio de janeiro: zahar, 1976.; e ;
garcia, r. psicogênese e história das ciências. lisboa: d. quixote, 1987. 6 as
ideias de vygotsky encontram-se em: baquero, r. vygotsky e a
aprendizagemescolar. porto alegre: artmed, 1998.; castorina, j. a.; ferreiro,
e.; lerner, d.; oliveira, m. k. op. cit.; daniels, h. (org.). vygotsky em foco:
pressupostos e desdobramentos. 2. ed. campinas: papirus, 1995.; moll, l. c.
vygotsky e a educação: implicações pedagógicas da psicologia sócio-histórica.
porto alegre: artmed, 1996.; oliveira, m. k. de. vygotsky: aprendizado e
desenvolvimento, um processo histórico. 4. ed. são paulo: scipione, 1997.;
vygotsky, l. s. a construção do pensamento e da linguagem. 2. ed. são paulo:
martins fontes, 2011.; e . a formação social da mente: o desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. 7. ed. são paulo: martins fontes, 2007.
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trazidospeloestudanteaoambienteemquesedáoen-sino, e que esses conhecimentos
organizame dão sig-nificado às novas informações. em outras palavras, as
ideiasecrençasqueoestudantetrazparaaescolaterão uma forte influência na
interpretação daquilo que lhe é ensinado, istoé, naconstruçãodesignificados. em
alguns casos, os conceitos prévios do estu-dante sobre determinado fenômeno são
bastante dife-rentes dos conceitos científicos, e isso pode dificultar a
aprendizagem. nesse caso, cabe aoprofessor facilitar o processo de
aprendizagem. para isso, pode selecionar experiências apropriadas com base no
conhecimento prévio do aluno e mostrar a importância do conheci-mento
científico para a explicação de um conjunto de fenômenos ligados às
experiências selecionadas. des-sa forma, o professor vai estimular o estudante
a cons-truir novos significadoseconceitos. nessa concepção de aprendi-zagem, o
professor não temapenas a tarefa de apresentar informações ao estudante — mesmo
porque a simples apresentação de informa-ções não garante que estas sejam
apreendidas pelo aluno. ele deve encorajar o debate estimulando o aluno a
apresentar seus pontos de vista e a avaliar sua concepção sobre o fenômeno
abordado. cabe ao professor procurar integrar con-cepções diferentes, mas conciliáveis,
e também apresentar aos alunos problemas que confrontem as concepções trazidas
por eles. para que a aprendizagem aconteça, o profes-sor deve também
estabelecer uma conexão entre o conceito científico (abstrato) e as
experiências do cotidiano vividas pelo estudante (concreto) para apoiar o
ensino de novos conceitos com base em conceitos previamente assimilados 7 .
deve ainda estimular a aplicação dos novos con-ceitos a situações variadas.
pode, por exemplo, apre-sentar essas novas situações e promover debates li-vres
entre os estudantes para que eles exponham suas ideias e tenhamsuas dúvidas
clarificadas 8 . 7 essa ideia está presente emausubel e pode ser encontrada em
vários trabalhos do autor, op. cit. 8 hashweh, m. z. toward an explanation of
conceptual change. european journal of science education, 1986, 8 (3), p.
229-249. de modo geral, essas são as concepções bási-cas da chamada
abordagemconstrutivista, que com-preende um conjunto de ideias que tem
influenciado bastante a teoria e a prática pedagógica atual. a litera-tura
sobre o tema émuito ampla, por isso fornecemos adiante, na seção sugestões de
leitura para o profes-sor, páginas 15a20destemanual, umapequenasele-ção de
livros e artigos que tratamdessa proposta. o que se espera é que o professor
analise criti-camente a ideia da transmissão passiva de conheci-mentos e
perceba a necessidade de propor questões que funcionem como desafios, estimulem
o aluno a aplicar o conhecimento a situações novas e promo-vama
contextualização dos conteúdos. em seu trabalho, o professor se vale dos
sabe-res da disciplina que ministra, dos saberes pedagó-gicos de sua formação
profissional e dos saberes de sua experiência, adquiridos no trabalho
cotidiano, durante o processo de ensino-aprendizagem. entre os saberes
esperados na formação do professor de ciências, portanto, estão não apenas os
conteúdos de sua disciplina (conceitos, procedimentos e atitu-des), mas também
as principais estratégias meto-dológicas para a facilitação da aprendizagem. o
professor deve compreender e trabalhar as interações entre ciência e sociedade,
assumindo uma postura ética como compromisso de fortalecer, no aluno, a ideia
de cidadania. deve também estar sempre disposto a aprender algo novo;
selecionar e adequar os conteúdos à especificidade do processo de
ensino-aprendizagem; conhecer as novas tecno-logias utilizadas em educação;
levar em conta o sa-ber de seus alunos e prepará-los para a apreensão do
conhecimento científico. […] as ideias e crenças que o estudante traz para a
escola terão uma forte influência na interpretação daquilo que lhe é ensinado,
isto é, na construção de significados.
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manual do professor 8
o livro-texto e outros recursos o livro-textoé apenas umdos recursos quepo-dem
facilitar a aprendizagem do aluno, aumentando, por exemplo, a compreensão do
estudante acerca de um conceito. no entanto, é preciso que o livro-texto seja
combinado com estratégias que ajudem o aluno a construir o significado dos
conceitos científicos. o livro-texto não é — nem deve ser — o único recurso
disponível para o professor. é um entre os diferentes meios de aprendizagem no
processo de construção do conhecimento e que ocorre por meio da interação entre
estudantes e professores. dependendo dos recursos de cada escola, o pro-fessor
pode valer-se de textos de jornais, revistas e outros livros, dvds, cd-roms,
programas ele-trônicos educativos e sites da inter-net, além de promover a
realização de experimentos em laboratório e de outras atividades que envolvam a
participação ativa do estudante. não menos importante é a própria exposição do
tema em sala de aula, que pode lançar desafios e incenti-var o aluno a refletir
sobre suas concepções e, com isso, desenca-dear perguntas relacionadas com o
tema em es-tudo. os pcn de ciências naturais enfatizam bem esse ponto: é sempre
essencial a atuação do professor, infor‑ mando, apontando relações,
questionando a classe com perguntas e problemas desafiadores, trazendo
exemplos, organizando o trabalho com vários mate‑ riais: coisas da natureza, da
tecnologia, textos varia‑ dos, ilustrações, etc. [...] muitas vezes, as
primeiras ex‑ plicações são construídas no debate entre os estudan‑ tes e o
professor. assim, estabelece‑se o diálogo, asso‑ ciando‑se aquilo que os
estudantes já conhecem com os desafios e os novos conceitos propostos. […] uma
notícia de jornal, um filme, uma situação de sua reali‑ dade cultural ou
social, por exemplo, podem se con‑ verter emproblemas com interesse didático 9
. 9 brasil. secretaria de educação fundamental. parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino funda-mental/ciências naturais.
secretaria de educação fundamental. brasília: mec/sef, 1998. p. 28. o
livro-texto não é — nem deve ser — o único recurso disponível para o professor.
é um entre os diferentes meios de aprendizagem no processo de construção do
conhecimento e que ocorre por meio da interação entre estudantes e professores.
o professor pode pedir aos alunos que leiam uma reportagem de jornal ou revista
ou um livro pa-radidático, que assistama umfilme ou pesquisemum tema específico
na internet, e, depois, emgrupo, dis-cutam o que compreenderam do assunto e
anotem suas dúvidas e comentários. antes de indicar qual-quer material, porém,
deve verificar se ele é adequa-do à faixa etária e/ou ao nível cognitivo dos
alunos. como complemento da atividade, pode sugerir aos alunos que, emgrupo,
discutamentre si e exponham o que compreenderam sobre o tema, aproveitando para
apresentar tambémsuas questões e dúvidas. especialmente durante as atividades
de leitura, o uso do dicionário deve ser incentivado. e o profes-sor pode
também circular entre os grupos para aju-dar os alunos nesse trabalho.
programações educativas, como a da tv es-cola (canal de televisão do ministério
da educação), tambémpodem ajudar o professor em seu trabalho. para saber mais
sobre a tv escola (onde assistir, programação, etc.), pode-se acessar o site:
http:// portal.mec.gov.br/index.php?optioncom_content
&viewarticle&id12336&itemid823 (acesso em: 20 jun. 2011). uma lista
de vídeos na área de ciên-cias naturais está disponível em: http://portal.
mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ciencias.pdf (acesso em: 20 jun. 2011). ao
assistir aos filmes para verificar a adequa-ção do conteúdo à faixa etária e ao
nível cognitivo dos alunos, o professor deve anotar os temas e questões que
serão discutidos e relacioná-los com
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manual do professor 9
o conteúdo da disciplina e do livro-texto, além de pesquisar informações
complementares sobre o tópico em livros ou na internet. a internet é uma
ferramenta valiosa para a pes-quisa, tanto do professor como do aluno. porém, é
precisoverificar, comantecedência, se o computador (ou tablet) está em boas
condições de uso e se há programas de proteção e controle de acesso a sites com
conteúdos inadequados para os alunos. o pro-fessor deve procurar saber se os
alunos já dominam os procedimentos básicos do uso do equipamento e instruí-los
sobre os cuidados como uso damáquina. é preciso tomar cuidado como risco de
disper-são dos alunos diante do grande volume de sites e informações
disponíveis e tambémcoma confiabili-dade dos sites. deve-se dar preferência
àqueles que estejam ligados a universidades. o professor deve dar informações
claras sobre os objetivos da pesquisa na internet e de que forma ela será
apresentada. deve orientar os procedimen-tos de busca, lançar questões
especí-ficas e acompanhar toda a tarefa dos alunos, ajudando-os a identificar o
material relevante para a pesquisa. os alunos poderão apresentar o resultado da
pesquisa em forma de relatório, redigido com suas próprias palavras, sem-pre
identificando os sites usados como referência e as instituições responsáveis
por esses sites. deve-se deixar claro que o livro, assim como qualquer outro
texto didático que seja utilizado, é uma fonte de consulta, e não de
memorização. o fato de os livros apresentarem termos específicos de cada área não
significa que se deva exigir dos es-tudantes a memorização de todos esses
termos científicos. muito mais importante é trabalhar os conceitos fundamentais
que se encontramno livro e enfatizar as ideias básicas, de caráter mais geral,
que devem ter primazia sobre os conteúdos especí-ficos. o professor pode
apontar as ideias e os con-ceitos que considerar relevantes, pedir ao aluno que
faça um resumo orientado do texto utilizando esses conceitos, ou seja, que crie
um texto que preserve o significado das ideias básicas estudadas. pode tam-bém
estimular o aluno a elaborar perguntas com base nas ideias principais do texto.
entre as ques-tões indicadas nas atividades, pode selecionar aque-las que forem
relevantes para a especificidade das condições de ensino-aprendizagem.
estratégias de utilização do livro-texto algumas pesquisas indicam que, usado
iso-ladamente, o livro-texto tradicional não consegue modificar concepções que
diferemmuito das con-cepções científicas 10 . no entanto, as pesquisas mostram
que o livro-texto tradicional pode ajudar nesse processo se for utilizado com
estratégias que promovam a mudança dos conceitos prévios ou se for combinado
com formas de leitura que auxiliem o estudante a construir conceitos com base
no texto 11 . ao iniciar a aula, o professor pode apresentar uma questão sobre
o tema a ser tratado. essa ques-tão pode ser formulada com base no livro-texto
ou ter como base uma notícia de jornal ou revista, um filme, textos de outros
livros, experimentos de labo-ratório—o que for possível e pertinente ao tema
que será exposto. dessemodo, poderá despertar o inte-resse do aluno sobre o
assunto e também avaliar seu conhecimento prévio. 10 guzzetti,
b.; snyder, t.; glass, g.; gamas, w. promoting conceptual change in science: a
comparative meta-analysis of instructional interventions fromreading education
and science education. reading research quaterly, 28(2), p. 117-155, 1993. 11 essas estratégias encontram-se em:
dole, j.; duffy, g.; roehler, l.; pearson, p. moving from the old to the new:
research on reading comprehension instruction. review of educational research,
61(2), p. 239-264, 1991. deve-se deixar claro que o livro, assim como qualquer
outro texto didático que seja utilizado, é uma fonte de consulta, e não de
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10 quando a concepção do aluno formuito diferen-te da concepção científica,
cabe ao professor levá-lo a perceber que, embora o conhecimento prévio do
es-tudante possa ter papel importante em certos con-textos práticos, as
concepções científicas sãovaliosas e fecundas em outros contextos e contribuem
para a explicaçãode novos fenômenos 12 . para isso, oprofes-sor poderá
apresentar evidências, geralmente expe-rimentais, que não podem ser explicadas
adequada-mente pela concepção do estudante, e mostrar-lhe que a concepção
científica, além de elucidar essas evidências, aplica-se a fatos novos e
estabelece no-vas relações entre fenômenos 13 . alguns autores acreditam que os
conceitos prévios dos alu-nos não devem necessariamente ser abandonados ou
substituídos pelos conceitos científicos. expli-cações científicas e cotidianas
poderiam coexistir no aluno e ser utilizadas em contextos diferen-tes. nesse
caso, caberia ao professor ajudar o estudante a compreender o conhecimento
cien-tífico e a identificar a concepção apropriada para cada caso. não se pode
esquecer que a aprendizagem não depende apenas de fatores cognitivos, mas
também de diversos componentes afetivos e socioculturais que precisam ser
levados em con-ta. por isso é importante estimular atividades em grupo e
debates entre os próprios alunos, e entre eles e os professores. é preciso
também estimu-lar os alunos a expressar suas concepções em um clima de respeito
a suas ideias — mesmo quando elas não coincidem com as concepções científicas.
muitasatividadesquedespertamacuriosidadedo estudante e o estimulam a aplicar os
conceitos científi-cos em novas situações, tanto individuais como coleti-vas,
podem ser obtidas no livro-texto. este tem tam-bémopapel
deajudaroalunoacompreendermelhoros conceitosque foramapresentadospeloprofessor.
embora os livros desta coleção pretendam apresentar umconteúdo amplo, completo
e atualiza-do, o professor tem total liberdade para aprofundar ou reduzir
conteúdos ou mesmo para ignorar certas informações e conferirmaior oumenor
importância a determinado capítulo ou tópico de capítulo. as infor-mações sobre
os conhecimentos mais específicos que o professor considerar pouco relevantes,
como detalhes anatômicos ou fisiológicos, podem ser su-geridas ao aluno como
tópico complementar de es-tudo e pesquisa. é importantesalientar queo
livro-textopode faci-litar aaprendizagem: • se apresentar questões quemotivemo
aluno e o es-timulema formular hipóteses ea aplicar
oqueapren-deuasituaçõesnovas; • se fizer, com cuidado, comparações que
facilitem a aprendizagemdeconceitos científicos; • se relacionar explicações
científicas a fenômenos do cotidiano do estudante e a temas da saúde, do
am-bienteeda tecnologia; 12 as diferenças entre o conhecimento cotidiano e o
conhecimento científico estão explicadas em: bizzo, n. ciências: fácil ou
difícil?. são paulo: ática, 1998. 13 a estratégia de apresentar fenômenos que
não podem ser explicados adequadamente pela concepção do estudante faz parte da
chamada teoria da aprendizagem por mudança conceitual, e é discutida em: chinn
c. a.; brewer, w. f. the role of anomalous data in knowledge acquisition: a
theoretical framework and implications for science instruction. review of
educational research, 63, p. 1-49, 1993.; hewson, p. w.; hewson, m. g. the
status of students’ conceptions. in: duit, r. f.; niedderer, h., eds. research
in physics learning: theoretical issues and empirical studies. kiel: institute
for science education at theuniversity of kiel, 1992. p. 59-73.; posner, g.;
strike, k.; hewson, p.; gerzog, w. accommodation of a scientific conception: to
ward a theory of conceptual change. science education, 66, p. 211-227, 1982.
explicações científicas e cotidianas poderiam coexistir no aluno […] nesse
caso, caberia ao professor ajudar o estudante a compreender o conhecimento
científico e a identificar a concepção apropriada para cada caso.
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11 • se estimular o aluno a pesquisar — individual-mente e em grupo — as
informações pertinen-tes em diversas fontes; • se ajudar o estudante a
desenvolver uma atitu-de responsável, de modo que ele possa contri-buir para a
melhoria das condições gerais de vida (condições sociais, ambientais e de
saúde) de toda a sociedade. na abordagem dos principais temas de cada capítulo,
serão indicados textos, questões e ativi-dades que contribuam para que esses
objetivos sejam atingidos. a organização dos volumes cada volume está dividido
em unidades, que se subdividem em capítulos. em cada capítulo, os assuntos são
agrupados em subtítulos. no início da unidade, na seção ponto de partida, e no
início do capítulo, na seção a questão é, há per-guntas que avaliam o
conhecimento prévio do aluno sobre as ideias fundamentais que serão
trabalhadas, além de despertar o interesse dele pelo conteúdo da unidade e do
capítulo. pode-se pedir ao aluno que tente responder às questões no início do
estudo — mas sem cobrar, nesse momento, as respostas cor-retas. no fim do
capítulo, a questão poderá ser reto-mada para avaliar a aprendizagem. ao final
de cada unidade, a seção ponto de chegada apresenta uma visão geral dos
principais conteúdos da unidade, aju-dando o aluno a refletir sobre o que
aprendeu. na lateral das páginas há textos complementa-res cuja função é
apresentar a definição do conceito, a etimologia de um nome ou alguma
informação ex-tra sobre o tema discutido no texto principal. ao longo do
capítulo há textos que comple-mentam um tema abordado ou levantam alguma
questão que desperta a curiosidade do aluno. os textos podem tratar de
conceitos, procedimentos ou atitudes relacionados com temas da atualidade, do
cotidiano do aluno, ou com temas transversais e eixos temáticos sugeridos nos
pcn. vários desses textos aparecem em boxes (ciência e ambiente, ciência e
tecnologia, ciência no dia a dia, ciência e sociedade, ciência e saúde, ciência
e história, a terra e o universo, para saber mais) ou em pe-quenas notas nas
margens da página (uma ques-tão de atitude, uma questão de saúde, uma ques-tão
de tecnologia, uma questão social, uma ques-tão de ética, preservando o
ambiente, preservan-do a biodiversidade). no fim de alguns capítulos há uma
leitura es-pecial que, juntamente com os textos complemen-tares, permite que o
professor aprofunde certos te-mas ou faça a integração entre os conteúdos de
di-ferentes capítulos ou de diferentes eixos temáticos. no fim do capítulo há
uma série de atividades. a primeira delas —trabalhando as ideias do capítulo —
traz questões que podem ser usadas para uma leitura orientada do texto. o
objetivo é familiarizar o estudante com as ideias e os termos básicos do
ca-pítulo. essa atividade pode ser feita depois que o professor tiver
apresentado e discutido o tema com os alunos. ele pode optar por utilizar essas
ques-tões durante a aula comomotivação do interesse do aluno ou para avaliar o
conhecimento prévio dele sobre determinado assunto. em alguns capítulos essa
seção de atividades é complementada por outra — identificando... —, na qual o
aluno deverá identificar, em figuras, algu-mas estruturas e funções. o objetivo
dessa ativi-dade é familiarizar o estudante com algumas es-truturas (sistemas,
organismos, etc.) que apare-cem no capítulo. a seção pense um pouco mais, que
se encon-tra em todos os capítulos, requer do aluno a aplica-ção do
conhecimento obtido em novas situações, nas quais ele deve resolver problemas,
interpretar tabelas, deduzir consequências do que aprendeu, estabelecer novas
relações ou fazer generaliza-ções combase nos conceitos. para isso, muitas
ve-zes, o aluno terá de fazer uma leitura atenta do tex-to. outras vezes, terá
de relacionar os conceitos aprendidos no capítulo com o conhecimento ela-borado
em outros capítulos ou mesmo em anos anteriores. o professor deverá escolher o
momen-to adequado para realizar essa atividade, que pode ser, por exemplo, após
a discussão dos temas do telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_01a14_pc.indd 11
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manual do professor
12 capítulo. algumas questões podem ser usadas tambémpara criar
situa-ções-problema, antes ou durante o debate em sala. nessa atividade, é
importante estimular o aluno a for-mular hipóteses, mesmo que ele não chegue
sozinho a uma elaboração final. ele não precisa acertar de imediato a resposta.
o impor-tante é que se sinta estimulado a pesquisar, usar a criatividade e o
pensamento lógico. o professor pode decidir também que as questões de maior
grau de dificuldade sejam objeto de pesquisa fora da sala de aula, mediante
consulta a outras fontes de informação. a atividade mexa-se!, que se encontra
em vá-rios capítulos, pode exigir que o aluno realize pes-quisas (com o auxílio
de livros, revistas, cd-roms, internet) sobre assuntos correlatos ao tema do
ca-pítulo, interprete gráficos ou tabelas, busque rela-ções entre determinada
descoberta científica e o período da história em que ela ocorreu, etc. algumas
das atividades mencionadas ante-riormente podem aparecer também dentro da
se-ção atividade em grupo. a pesquisa em grupo faci-lita a aprendizagem porque
promove a interação entre indivíduos com conhecimentos e habilidades
diferentes, além de estimular a socialização, a parti-cipação, o respeito e a
cooperação entre os estu-dantes. quando a pesquisa for realizada em sala de
aula, o professor poderá circular entre os grupos para orientá-los e esclarecer
dúvidas. algumas atividades em grupo têm caráter in-terdisciplinar. além disso,
propiciam a interação das diversas áreas do conhecimento e da cultura;
pro-movem o desenvolvimento global do aluno, no sen-tido cognitivo, ético e
estético; permitem relacionar os conceitos aprendidos com os temas atuais do
cotidiano; incentivam as relações interpessoais, a socialização, o trabalho em
equipe e a capacidade de cooperar, de se comunicar e de pesquisar. algumas
vezes, nas seções mexa-se! e ativi-dade em grupo, os alunos deverão organizar
uma apresentação dos trabalhos para a classe e uma exposição para a comunidade
escolar (alunos, pro-fessores e funcionários da escola e pais ou
res-ponsáveis). além disso, em alguns casos o aluno deve pesquisar se na região
em que mora existe alguma universidade, museu, centro de ciências ou
instituição que trate do tema trabalhado e se é possível visitar esse local.
caso isso não possa ser feito, o professor deve recomendar que pesquise na
internet sites de universidades, museus e ou-tras instituições que mantenham
uma exposição virtual sobre o tema. em alguns capítulos são incluídas a seção de
olho no texto ou as variações de olho na notícia, de olho nos quadrinhos, de
olho na música. nessa ati-vidade é apresentado um texto extraído de jornal,
livro, revista ou letra demúsica que se relacione com o tema do capítulo e
questões de interpretação, comparação, aplicação de conhecimentos aprendi-dos
no capítulo, entre outras sugestões. finalmente, na seção aprendendo com a
prá-tica são propostas práticas em laboratório ou situa-ções que simulam
observações ou experimentos científicos. nessa atividade, como em todo o
pro-cesso de ensino-aprendizagem, o professor deve buscar o envolvimento do
estudante. para isso, poderá usar, entre outras estratégias, as perguntas
incluídas no fim de cada experimento sugerido. nessas questões pede-se ao aluno
que interprete o que aconteceu, encontre explicações ou aplique as conclusões a
novas situações. se julgar mais eficaz, o professor pode, por exemplo,
solicitar ao aluno que faça uma previsão sobre o experimento que será
realizado. a previsão do aluno deverá ser posteriormente confrontada com o
resultado do experimento, seguindo-se uma discussão. pode- -se ainda pedir ao
estudante que tente explicar o resultado do experimento primeiro à luz de sua
própria concepção e, depois, à luz da concepção científica, seguindo-se uma
discussão sobre qual algumas atividades em grupo têm caráter interdisciplinar.
além disso, propiciam a interação das diversas áreas do conhecimento e da
cultura […] telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_01a14_pc.indd 12 6/22/12 12:34 pm
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13 das abordagens é a mais adequada para explicar o fenômeno em questão 14 . as
atividades da seção aprendendo com a prática em laboratório devem obedecer a
normas de segurança. a esse respeito, os pcn de ciên-cias naturais são bem
claros e devem ser lidos por todos os professores. em resumo, os pcn
re-comendam que se evitem experimentos com fogo, mas, caso sejam realizados, as
instruções devem ser claras. cabe ao professor acompanhar com atenção o
trabalho dos alunos e vistoriar previamente os equipamentos de segurança da
escola. as experiências com produtos químicos também devem ser feitas sob a
supervisão do professor, em local apropriado e com proteção adequada,
evitando-se o uso de substâncias tó-xicas ou corrosivas, como ácidos e bases
fortes ou corrosivos. os experimentos com eletricidade devem utilizar apenas
pilhas e baterias com cor-rente contínua e com no máximo 9v de tensão. não
devem ser feitos experimentos com sangue humano, e as observações de tecidos
humanos só podem ser realizadas com material previa-mente fixado 15 . convém
lembrar também que: • todos os frascos de reagentes devem ter etiqueta de
identificação; • deve-se lavar a aparelhagem antes e depois do uso e guardá-la
em local adequado; • o manuseio e a estocagem de objetos de vidro e termômetros
devem receber cuidado especial; • deve-se recomendar aos alunos que nãomisturem
substâncias desconhecidas nem realizem experi-mentos semconsultar o professor
(o uso de quan-tidadesmínimas de reagentes é recomendado tan-to por razões de
segurança quanto ambientais); 14 para sugestões de condução de atividades
práticas, consulte: krasilchick, m. prática de ensino de biologia. 4. ed. são
paulo: edusp, 2004; nardi, r.; bastos, f.; diniz, r. e. pesquisas em ensino de
ciências: contribuições para a formação de professores. são paulo: escrituras,
2004.; pozo, j. i. (org.). a solução de problemas: aprender a resolver,
resolver para aprender. porto alegre: artmed, 1998.; campos, m. c. da c.;
nigro, r. g. didática de ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. são
paulo: ftd, 1999.; carvalho, a. m. p. de (org.) et al. ensino de ciências:
unindo a pesquisa e a prática. são paulo: pioneira thomson learning, 2004.;
grosso, a. b. eureka: práticas de ciências para o ensino fundamental. são
paulo: cortez, 2003.; foreman, j.; ward, h.; hewlett, c.; roden, j. en-sino de
ciências. porto alegre: artmed, 2010.; angotti, j. a.; delizoicov, d.;
pernambuco, m. m. ensino de ciências: fundamentos e métodos. são paulo: cortez,
2009.; bizzo, n. ciências: fácil ou difícil?. são paulo: ática, 2008. 15 as
normas de segurança para atividades experimentais estão em: brasil.
secretariade educação fundamental. parâmetros curriculares nacionais: terceiro
e quarto ciclos do ensino fundamental/ciências naturais. secretaria de educação
fundamental. brasília: mec/sef, 1998. p. 124-125. • é essencial manter um
estojo de primeiros socor-ros na escola e contar com pessoas preparadas para
utilizá-lo em caso de emergência. a avaliação as atividades apresentadas no
fimde cada ca-pítulo propiciammuitas formas de avaliação (oral ou escrita,
individual ou em grupo), que envolvem vá-rios tipos de competência. é
importante que o pro-fessor não se preocupe apenas em diagnosticar o que o
estudante aprendeu sobre teorias, fatos e conceitos, mas, sobretudo, que
verifique se ele é ca-paz de aplicar o que aprendeu à resolução de pro-blemas
variados e transferir o conhecimento para novas situações; se ele é capaz de
analisar situa-ções complexas, de chegar a soluções apropriadas, de criticar
hipóteses e teorias. o professor deve avaliar não apenas a aprendi-zagem de
conceitos, mas também a aprendizagem de procedimentos e atitudes. essa
avaliação não precisa ser realizada apenas com tarefas escritas: ele pode
avaliar as exposições orais e o comporta-mento do aluno durante as atividades
em grupo ou no laboratório. no laboratório, pode observar como o alunomanipula
o equipamento, se está atento às re-gras de segurança, se põe emordemo
equipamento usado após o experimento, e assim por diante. nas atividades em
grupo, pode observar tam-bémse o grupo utilizou os recursos disponíveis para a
pesquisa, se cada aluno coopera com os colegas, ajudando na pesquisa e na
seleção das informações relevantes para o tema, se todos os membros do grupo
estão aptos a responder às questões sobre o tema e se os expositores são
capazes de ouvir e telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_01a14_pc.indd 13 6/22/12
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14 também de expor suas ideias, além de defender seus pontos de vista com
argumentos, ao mesmo tempo que respeitam as ideias alheias. a avaliação não
deve ser realizada somente no fim do curso ou depois de completada uma uni-dade
da disciplina. ela pode ser usada também como um pré-teste, no início do curso
ou de algum tópico, para descobrir o que os estudantes sabem ou o que eles
ignoram e qual a concepção prévia que têm sobre o tema a ser tratado. o
professor poderá fazer a avaliação regular-mente, ao longo dos tópicos
desenvolvidos, com o objetivo de orientar-se em relação ao que vai fa-zer em
seguida. as atividades que se encontramno fimdo capí-tulo estão longe de
esgotar as opções de que o pro-fessor pode dispor e vão depender das condições
específicas em que se dá o processo de ensino- -aprendizagem.
aconfecçãodequadros-murais com notícias e imagens de jornais e revistas, as
feiras de ciências, as excursões e visitas a museus, bibliote-cas, postos de
saúde e centros de pesquisa são mais algumas opções a que o professor poderá
recorrer 16 . 16 sobre avaliação, consulte: balzan, n. c.; sobrinho, j. d.
avaliação institucional: teoria e experiências. 2. ed. são paulo: cortez,
2000.; luckesi, c. c. avaliação da aprendizagemescolar. 17. ed. são paulo:
cortez, 2005.; moretto, v. p. prova: ummomento privilegiado de estudo não
umacerto de contas. rio de janeiro: dp&a, 2002.; sant’ana, i. m. por que
avaliar? como avaliar? critérios e instrumentos. 9. ed. petrópolis: editora
vozes, 1995.; esteban, m. t. (org.). avaliação: uma prática em busca de novos
sentidos. 5. ed. rio de janeiro: dp&a, 2004.; perrenoud, p. as competências
para ensinar no século xxi: a formação dos professores e o desafio da
avaliação. porto alegre: artmed, 2002.; freitas, l. c. de (org.). questões de
avaliação educacional. campinas: komedi, 2003.; almeida, f. j. de (org.).
avaliação em debate no brasil e na frança. são paulo: cortez/educ, 2005.;
hadji, c. avaliação desmistificada. porto alegre: artmed, 2001; franco, c.
(org.). avaliação, ciclos e promoção na educação. porto alegre: artmed, 2001.;
silva, j. f.; hoffmann, j.; esteban, m. t. (org.). práticas avaliativas e
aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. 6. ed. porto
alegre: mediação, 2008.; sousa, c. p. de (org.). avaliação do rendimento
escolar. 11. ed. campinas: papirus, 2003. rogério reis/pulsar imagens visita
escolar ao parque botânico de vitória (es). oprojetoteláris vemacompanhado de
objetos educacionais digitais, indicados ao longo dos volu-mes por ícone
próprio, que assinala para o professor o melhor momento de acessá-los. são
conteúdos multimídia, apresentados em forma de audiovisual, jogo, infográfico
ou simulador, com diversas finali-dades: estimular o interesse dos alunos,
ampliar in-formações dadas, auxiliar a compreensão da aula ou promover revisões
dos conteúdos estudados. para orientar o professor no uso desses objetos
educacionaisdigitaisemsalaoucomoatividadeextra-classe, cada umdeles é
acompanhado de umplano de aula, que prevê o tempo de realização, bem como a
forma de preparação e de avaliação da atividade. no fim de cada volume, há uma
tabela com a relação dos objetos educacionais digitais previstos para o ano e
as páginas em que estão indicados. para usá-los, é preciso acessar o endereço
www.projetotelaris.com.br e digitar o nome do ob-jeto no espaço de busca. as
coleções de ciências e de geografia trazem também, entre esses objetos, a
chamada realidade aumentada. trata-se da visualização com efeito
tri-dimensional de um objeto impresso por meio de um código específico. quando
o objeto é exposto a uma câmera (webcam), o monitor do computador ou outro
dispositivo de saída exibe a imagemvirtual pela leitura desse código ou
marcador. portanto, para ver a imagemvirtual da figura as-sinalada com o
marcador nos volumes da coleção, acesse o endereço www.projetotelaris.com.br,
bus-que o aplicativo de realidade aumentada (seguindo orientações no site) e
coloque na frente da câmera o marcador que aparece na capa detrás do livro.
objetos educacionais digitais telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_01a14_pc.indd
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manual do professor
15 este volume é constituído de quatro unidades e uma leitura especial.
adiante, vamos detalhar os conteúdos de cada capítulo, apresentando sugestões
de abordageme atividades adicionais. na primeira unidade, o que é a vida,
afinal?, o aluno terá uma visão abrangente das características gerais dos seres
vivos, incluindo noções de evolução e taxonomia, que vão prepará-lo para
identificar de-terminadas características adaptativas e relações evolutivas
entre os seres vivos. na segunda unidade, os seres mais simples, são estudados
os organismos que não pertencem aos reinos mais conhecidos, o dos animais e o
das plantas. este é o momento em que o aluno poderá compreender que hámais
diversidade de vida do que se costuma imaginar entre os seres vivos, que
in-cluem seres microscópicos e pouco conhecidos. é também o momento em que
poderá perceber uma profunda inter-relação entre os seres vivos e a
im-portância de todos eles no equilíbrio da natureza. po-derá também entender
melhor algumas infecções que atingem o ser humano, de que modo as defesas do
corpo atuam sobre os microrganismos e como podemos nos prevenir contra essas
doenças. a terceira unidade, reino animal, apresenta os principais grupos de invertebrados
e vertebrados e as características adaptativas desses animais. na quarta
unidade, as plantas e o ambiente, são estudadas as características adaptativas
das plantas àvida terrestre, adispersãopor sementese frutos, as relações
ecológicas com outros seres vivos e tam-bém a utilização de plantas pelo ser
humano. as no-vas biotecnologias de cultivo de plantas também são discutidas
emumboxe. ainda nesta unidade, são apresentadas as ca-racterísticas físicas dos
grandes ecossistemas do planeta e a influência dosol sobre o clima. discute-se
como a ação humana pode ameaçar o equilíbrio do planeta e a importância de
preservar os ecossiste-mas naturais e a biodiversidade da terra.
aleituraespecial “aevoluçãodaespéciehuma-na” situa o ser humano em relação a outros
animais (principalmente os primatas) e apresenta alguns as-pectos de nossa
história evolutiva. 1 aorganizaçãodestevolume o sucesso do processo de
ensino-aprendiza-gem depende, entre outros fatores, de um conheci-mento
adequado, da parte do professor, dos temas que serão trabalhados com os alunos;
e também das estratégias pedagógicas utilizadas em sala de aula. por isso,
apresentamos a seguir uma série de livros, artigos e documentos que podem
ajudar o professor a aprimorar seus conhecimentos, tanto na área pe-dagógica
como nos temas de ciências que apare-cem neste volume (microbiologia, evolução,
zoolo-gia, botânica, ecologia). lembramos, no entanto, que é fundamental
adequar todo esse saber aonível cog-nitivo do aluno e ao processo específico de
ensino-aprendizagem. é importantequeoprofessor conheçaosprinci-pais documentos
públicos nacionais que orientam o 2 sugestõesdeleituraparaoprofessor parte
específica oystein litleskare/shutterstock/glow images
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manual do professor
16 ensino de ciências para o ensino fundamental e que estão disponíveis em:
http://portal.mec.gov.br/ seb. (acesso em27 abr. 2008.) brasil. secretariade
educaçãofundamental. pa-râmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental/ciências naturais. secretaria de edu-cação
fundamental. brasília: mec/sef, 1998. . parâmetros curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental/introdução aos parâmetros curriculares
nacionais. secretaria de educação funda-mental. brasília: mec/sef, 1998. .
parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental/apresentação dos temas transversais. secretaria de educação
fundamental. brasí-lia: mec/sef, 1998. brasil. secretariade educaçãobásica.
ensino fun-damental de nove anos: orientações gerais. secretaria de educação
básica (seb)/departamento de políticas de educação infantil e ensino
fundamental (dpe)/coordena-ção geral do ensino fundamental (coef). brasília,
2004. sobrefilosofiaemetodologiadaciência, tecnologiaehistóriadaciênciaeos
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mundo. rio de janeiro: jorge zahar, 2000. ruse, m. levando darwin a sério: uma
abordagem natu-ralística da filosofia. belo horizonte: itatiaia, 2000. shubin,
n. a história de quando éramos peixes: uma re-volucionária teoria sobre a
origem do corpo humano. rio de janeiro: elsevier, 2008. stearns, s. c.;
hoekstra, r. f. evolução, uma introdu-ção. são paulo: atheneu, 2003. weiner, j.
o bico do tentilhão: uma história da evolução no nosso tempo. rio de janeiro:
rocco, 1995. zimmer, c. à beira d’água: macroevolução e a transfor-mação da
vida. rio de janeiro: jorge zahar, 1999.
telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 18 6/21/12 4:15 pm
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manual do professor
19 zimmer, c. o livro de ouro da evolução. rio de janeiro: ediouro, 2003.
sobremicrobiologia hickman, c. p.; roberts, l. s.; larson, a. princípios
integrados de zoologia. 11. ed. rio de janeiro: guanabara koogan, 2004.
tortora, g. j.; funke, b. r.; case, c. l. microbiologia. 8. ed. porto alegre:
artmed, 2005. sobrezoologiaeparasitologia: carvalho, j. c. de melo. (org.).
atlas da fauna brasileira. 2. ed. são paulo: melhoramentos, 2002. cimerman, b.;
cimerman, s. parasitologia humana e seus fundamentos gerais. 2. ed. são paulo:
atheneu, 2005. hildebrand, m.; goslow jr., g. e. análise da estrutura dos
vertebrados. 2. ed. são paulo: atheneu, 2006. moore, j. uma introdução aos
invertebrados. são paulo: santos, 2003. neves, d. p. (ed.) parasitologia
humana. 11. ed. são paulo: atheneu, 2005. pough, f. h.; janis, c. m.; heiser,
j. b. a vida dos verte-brados. 4. ed. são paulo: atheneu, 2008. ruppert, e.;
fox, r. s. e.; barnes, r. d. zoologia dos in-vertebrados. 7. ed. são paulo:
roca, 2005. schmidt-nielsen, k. fisiologia animal: adaptação e meio ambiente. 5. ed. são paulo: santos, 1999. sobrebotânica mauseth, j. d. botany: an
introduction to plant biology. 3. ed. fort worth: saunders college, 2003. nultsch, w. botânica geral.
10. ed. porto alegre: artmed, 2000. oliveira, e. c. de. introdução à biologia
vegetal. são paulo: edusp, 1996. raven, p. h.; evert, r. f.; eichhorn, s. e.
biologia vege-tal. 7. ed. rio de janeiro: guanabara koogan, 2007.
sobreecologiaebiomas begon, m.; townsend, c. r.; harper, j. l. ecologia: de
in-divíduos a ecossistemas. 4. ed. portoalegre: artmed, 2007. braga, b. et al.
introdução à engenharia ambiental. 2. ed. são paulo: prentice hall, 2005.
dashefsky, h. s. dicionário de ciência ambiental. são paulo: gaia, 1997.
ricklefes, r. e. a economia da natureza. 6. ed. rio de janeiro: guanabara
koogan, 2010. wilson, e. o. a diversidade da vida. são paulo: com-panhia das
letras, 1994. . (org.). biodiversidade. rio de janeiro: nova fron-teira, 2001.
3 sugestõesdesitesparaosalunos o professor poderá selecionar e indicar aos
alunos, entre os sites a seguir, aqueles que achar adequados. antes de indicar
um site, porém, é im-portante examiná-lo para verificar se ele é apropria-do à
faixa etária e à situação específica do processo ensino-aprendizagem (os endereços
eletrônicos podem sofrer mudanças; acesso em 1 o ago. 2011.) o professor também
pode encontrar material adicional para indicar aos alunos no site do banco
in-ternacional de objetos educacionais, vinculado ao mec, com recursos
educacionais em diversas mídias (áudios, vídeos, textos, fotos, animações,
simulações, imagens, hipertextos, softwares educacionais, mapas, experimentos,
sugestões de aula, etc.). são recursos de acesso público e livre para
diferentes áreas do co-nhecimento e níveis de ensino, desde a educação
in-fantil até a superior. disponível em: http://objetos
educacionais2.mec.gov.br. (acesso em30out. 2011.)
sitescomconteúdodeciênciasemgeral: http://cienciahoje.uol.com.br/view
http://ciencias.seed.pr.gov.br http://darwin.futuro.usp.br http://educar.sc.usp.br
www.canalciencia.ibict.br www.cdcc.sc.usp.br www.ciencia-cultura.com
www.cienciamao.usp.br/index.php www.eciencia.usp.br www.espacociencia.pe.gov.br
www.seara.ufc.br/index.htm telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 19
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<Page Number="374">
manual do professor
20 sitescomconteúdosobrevacinasesoros, serpenteseoutrosanimais:
www.bio.fiocruz.br www.butantan.gov.br www.ivb.rj.gov.br
sitecomconteúdosobreraiva: www.pasteur.saude.sp.gov.br
sitescomconteúdosobreanimais erelaçõesecológicas:
www.cdcc.sc.usp.br/bio/museu.htm www.insecta.ufv.br www.zoo.df.gov.br
www.zoologico.com.br sitescomconteúdosobreplantas: www.ibot.sp.gov.br
www.jbrj.gov.br sitescomconteúdosobreacidentescom animaispeçonhentos:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ manu_peconhentos.pdf
http://www.butantan.gov.br/home/acidente_com_ animais_peconhentos.php
sitescomconteúdodesaúdeemgeral: http://portal.saude.gov.br/saude
www.unesp.br/pgsst/index_portal.php sitescomconteúdosobreaidsedoenças sexualmentetransmissíveis:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/aids/index.php www.aids.gov.br
sitescomconteúdosobreambiente, biodiversidadeebiomasdobrasil: www.ibama.gov.br
www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar www.investigacoesambientais.futuro.usp.br
www.mma.gov.br www.wwf.org.br/natureza_brasileira/ questoes_ambientais/biomas/
sitecomconteúdosobrebiomas brasileiros: www.ibama.gov.br/ecossistemas/home.htm
sitecomconteúdosobreomar: www.cdm.furg.br/ sitecomconteúdosobreeducação
ambiental: www.revistaea.org 4 sugestõesdeabordagemdecadacapítulo são
apresentadas a seguir algumas suges-tões de abordagem dos principais temas de
cada capítulo. para isso, serão fornecidas orientações sobre como usar alguns
textos e algumas ativida-des do próprio livro-texto para facilitar a aprendi-zagem
e também sobre o objetivo de algumas ati-vidades e textos. com a mesma
finalidade serão sugeridas também atividades adicionais (algumas delas
indicadas em sites), complementando as ati-vidades do livro-texto. finalmente,
em alguns ca-pítulos serão apresentados textos de aprofunda-mento dirigidos ao
professor como subsídio para sua prática pedagógica. oobjetivo dessas sugestões
émotivar a apren-dizagem por meio da proposição de desafios e da
contextualização do ensino, procurando desenvolver no aluno a capacidade de
resolver problemas e atitu-des responsáveis para como ambiente e a saúde. para
despertar o interesse do aluno ou investi-gar o conhecimento prévio dele sobre
o tema a ser estudado, o professor pode se valer da seção a questão é ou propor
questões novas com base em textos, notícias, ilustrações, etc., relacionados ao
tema em estudo. ao longo da aula, o professor tam-bém pode apresentar aos
alunos algumas das questões das seções trabalhando as ideias do
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manual do professor
21 tulo e pense um pouco mais ou usar as questões propostas a seguir, nas
sugestões de abordagem de cada capítulo. no entanto, essas recomendações gerais
não substituem a criatividade nem a percepção que o professor tem da situação
específica que ele e seus alunos estão vivenciando no processo de
en-sino-aprendizagem. as características particulares de cada turma, de cada
escola, de cada região do brasil devem ser levadas em conta. cabe ao pro-fessor
avaliar, em cada caso, se as sugestões aqui apresentadas são úteis à sua
situação específica de ensino. na parte final desta seção são apresentadas
sugestões de respostas das atividades. lembrando, mais uma vez, que cabe ao professor
transformar a correção, oumelhor, a discussão sobre as respostas das atividades
em uma importante oportunidade para estimular os alunos a desenvolver o
pensa-mento lógico e o espírito crítico na observação de fenômenos, na
descrição de problemas, na formu-lação de hipóteses e na redação de explicações
e respostas. capítulo 1 • a organização dos seres vivos para investigar o
conhecimento prévio dos alu-nos sobre a organização dos seres vivos, o
profes-sor pode se valer das perguntas apresentadas na seção a questão é (p.
13). a primeira questão da seção trabalhando as ideias do capítulo (p. 20) pode
estimular a curiosi-dade do aluno em relação a aparelhos como o mi-croscópio,
que ampliamnossa capacidade de inves-tigar o mundo. já a primeira pergunta da seção
me-xa-se! (p. 21) permite que o aluno pesquise outros instrumentos e, desse
modo, estabeleça uma ponte entre a ciência e a tecnologia. o funcionamento do
microscópio de luz ou óptico será visto com mais detalhes durante o 9º- ano,
quando for abordado o fenômeno da refração. para que os alunos compreendam o
conceito de célula, o professor pode se utilizar de atividades práticas como a
sugerida na seção aprendendo com a prática (p. 21). para que esse experimento
seja realizado, é necessário que a escola disponha de um microscópio óptico e
também de lâminas e lamínulas. essa estratégia permite que os alunos ob-servem
células da cebola ao microscópio. para re-tirar a película da parte interna de
uma cebola, os alunos devem seguir as orientações do livro-tex-to. se a
película for esticada do lado de dentro do vidro de uma janela transparente,
com uma boa lente de aumento, os alunos vão observar peque-nas cavidades e
poderão concluir que um ser vivo é formado por partes pequenas, que não são
vis-tas a olho nu. ponha a escama em lâmina com um corante, como o azul de
metileno, cubra com a lamínula e leve ao microscópio; espere alguns minutos e
observe com a objetiva de menor aumento e depois com a de maior aumento. faça
um pequeno corte na parte interna da escama e retire com a pinça uma película
bem fna. corte uma cebola e separe uma escama. ilustrações: ingeborg
asbach/arquivo da editora os elementos da ilustração não estão na mesma escala.
cores fantasia. a c b o professor pode aproveitar esse momento para mostrar que
o microscópio óptico possui len-tes capazes de fornecer imagens ampliadas dos
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22 é importante que o professor verifique, anteci-padamente, se os alunos
têmnoções básicas do uso do microscópio e se conhecem os cuidados neces-sários
para manusear o instrumento. portanto, é re-comendável que, antes de realizar a
atividade de observação de células da cebola, ele proponha a ati-vidade prática
adicional a seguir, que prepara os alu-nos para o uso do microscópio. depois de
recortar um quadradinho de papel jornal (cerca de 5mmde lado) com letras
impressas, o aluno deve colocá-lo no centro de uma lâmina de vidro com as
letras voltadas para cima. em seguida, ele vai pingar uma gota de água sobre o
papel, apoiando a lamínula sobre a lâmina de modo a for-mar um ângulo de cerca
de 45º entre elas, e soltar lentamente a lamínula sobre o material para evitar
a formação de bolhas de ar. o excesso de água deve ser retirado com papel
absorvente. ao transportar o microscópio, o aluno vai se-gurá-lo (sempre na
vertical) com as duas mãos: en-quantoumadasmãosseguraobraçodomicroscópio, a
outra o sustenta pela base. quando o instrumento estiver sobre a mesa (ou outra
base segura), ele deve ascender a lâmpada do instrumento e pôr a objetiva de
menor aumento em posição, tomando o cuidado de deixá-la bem afastada da
platina. de-pois, vai apoiar a lâmina sobre a platina, prenden-do-a com as
presilhas (ou com o charriot). antes de olhar pela lente ocular, vai girar o
pa-rafuso macrométrico devagar, aproximando a lente objetiva do material (até
bem perto, mas tomando o cuidado para não encostar demais a objetiva na
la-mínula, que pode se quebrar. por essa razão, ao reali-zar essa manobra o
aluno deve olhar sempre pelo ladode fora. é importantequeelenunca toquenas
len-tes com os dedos. olhando pela lente ocular, o aluno vai usar o parafuso
macrométrico para afastar lentamente a objetiva (tendo o cuidado de não aproximar)
até que consiga ver alguma coisa. depois, usando o micro-métrico com cuidado,
vai focalizar uma letra do jor-nal (não pode ser a letra “o”). procurando
deixar sempre aquilo que quer observar no centro do cam-po, vai desenhar o que
observou e comparar a posi-ção da letra quando observada pelo lado de fora e
quando vista ao microscópio. movimentando a lâ-mina para a direita (se houver
um charriot, deve usá-lo para mover a lâmina), o aluno vai observar qual é o
sentido de deslocamento da imagem (no caso, a letra). para observar em aumento
maior, vai utilizar o revólver para mudar a lente objetiva. ajustando o foco
com o micrométrico, ele vai poder comparar o que acontece coma imageme como
campo de ob-servação quando usa essa nova objetiva. espera-se que o aluno
perceba que a ima-gem de letras assimétricas aparece invertida: a letra “f”,
por exemplo, aparece assim: f , e que o sentido de deslocamento da imagem é
oposto ao sentido de deslocamento da lâmina (isto é, se a lâmina é movida para
a direita, a imagem deslo-ca-se para a esquerda). e também que, com uma
objetiva de maior aumento, as dimensões linea-res da imagem aumentam e o campo
de observa-ção diminui. o professor pode ainda informar aos alunos que o
aumento do microscópio é dado multiplican-do-se o número gravado na objetiva
pelo número indicado na lente ocular. nos sites a seguir, podem ser encontrados
mais detalhes sobre o uso domicroscópio e técnicas de microscopia (acesso em 20
maio 2011): http://ufpel . tche.br/mgrheing/uso_ microscpio.htm www.intranet.foar.unesp.br/deptos/roteiro_
microscopio.doc www.joinville.udesc.br/sbs/professores/
arlindo/materiais/apostilamicroscopia_ptica2005.pdf
www.liaaq.ufsc.br/aulas/biologia%20-%20 aula%20microscopio.pdf se a escola
tiver lâminas prontas e fixadas de tecidos animais, o professor poderá mostrar
aos alunos exemplos de células animais. outro recurso é usar as figuras de
células animais que se encon-tram no próprio livro-texto. junto com os alunos,
é possível estabelecer a generalização de que o corpo de todas as plantas e
animais é formado por células. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd
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23 para trabalhar ainda mais a ideia de tamanho da célula, o professor pode
pedir aos alunos que fa-çam um ponto com a caneta e depois imaginem como seria
dividir esse ponto em dez partes iguais (ou em até cem partes iguais). não é
necessário entrar em detalhes sobre a maioria das organelas da célula. durante
os estu-dos do 8º- ano, esse tema voltará a ser trabalhado, e os alunos poderão
aprender um pouco mais so-bre a estrutura celular e os tecidos do corpo
hu-mano. nesse momento, o professor deve apenas propor a construção de um
modelo ampliado e simplificado de uma célula sem mostrar todas as partes dela.
usando massa de modelar em duas cores, é possível diferenciar o núcleo da
célula. in-tegrando ciências a matemática, os alunos podem calcular quantas
vezes omodelo que eles constru-íram é maior do que a célula. capítulo 2 • em
busca de matéria e energia depois de obter dos alunos exemplos de seres vivos e
de elementos não vivos, o professor pode fazer perguntas clássicas, como: “o
que todos os seres vivos têm em comum? qual é a diferença en-tre um ser vivo e
aquilo que não é vivo?” embora alguns alunos já possam responder que os seres
vi-vos são formados por células, o professor deve continuar indagando, por
exemplo, o que os seres vivos fazem, isto é, quais são as atividades típicas de
um ser vivo. respostas do tipo “os seres vivos se alimentam” podem ser seguidas
de perguntas como as da seção a questão é (p. 22). como as noções básicas de
fotossíntese e respiração celular já foram trabalhadas no 6º- ano, nesse
momento o estudo desses fenômenos pode ser retomado com um pouco mais de
profundidade. algumas características dos seres vivos po-dem ser apresentadas
por meio de atividades sim-ples ou de figuras. o professor pode pedir que os
alunos observem o que ocorre com a pupila dele mesmo ou de um aluno que esteja
na semiobscuri-dade quando uma lanterna iluminar os olhos dele. ao explorar a
constatação de que a pupila se contrai, o professor pode levar os alunos a
identificar a ca-pacidade dos organismos de reagir a estímulos. onível
deaprofundamentodoconceitode respi-ração celular vai depender da situação
específica em que o professor está envolvido. nos primeiros cinco capítulos do
livro, ele tem ampla liberdade para apro-fundar ou reduzir conteúdos ou mesmo
para ignorar certas informações e conferir maior ou menor rele-vância a
determinado capítulo ou tópico de capítulo. por isso, depois de formular
perguntas como “por que nós e a maioria dos seres vivos retiramos oxigênio do
ambiente?”; “o que acontece com o oxi-gênio?”; “por que não podemos parar de
respirar mais do que algunsminutos?”; “por que tambémnão podemos ficar muito
tempo sem comer?”, o profes-sor pode se limitar a dizer que, com o auxílio do
oxi-gênio, o ser vivo consegue retirar dos alimentos a energia necessária para
suas atividades. a interação entre respiração celular, ventilação pulmonar e
ener-gia necessária às atividades do corpo será aprofun-dada durante os estudos
de ciências do 8 o ano. muitas características atribuídas pelos alunos aos
seresvivos podemcorresponder a fatos observá-veis emanimais, comomovimentar-se,
crescer, entre outros. cabe ao professor perguntar se as plantas também possuem
algumas das características apon-tadas. por exemplo: “as plantas também
crescem?”; “elas também reagem ao ambiente?”. para explorar essa última
questão, o professor podemostrar figuras ou recorrer a atividades experimentais
que demons-tremo crescimento de plantas emdireção à luz. sobre a nutrição das
plantas, é importante mostrar a diferença fundamental entre a nutrição
autotrófica e a heterotrófica — de plantas e animais, respectivamente.
perguntas como “você sabe que muitas frutas são doces. como as plantas
conse-guem o açúcar que existe nas frutas?” servem para introduzir o assunto.
depois de afirmar que o solo não é rico em açúcares, o professor pode explicar
que as plantas produzem os açúcares usando gás carbônico e água, e sintetizam
depois, por meio de transformações químicas, outras substâncias que
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24 também participam da construção do corpo delas e servem de alimento aos
animais. para responder às questões 2, 3, 4 e 5 da se-ção pense um poucomais
(p. 29) o aluno deve apli-car os conceitos de nutrição autotrófica,
heterotró-fica e das relações entre fotossíntese e respiração a situações
novas, resolvendo problemas e formu-lando hipóteses. a questão 6 pode ser
explorada também como atividade prática para dar início à discussão sobre a
capacidade dos seres vivos de reagir a estímulos. fotos: natural history
museum/arquivo da editora pupila contraída após estímulo luminoso. o professor
deve lançar a ideia de que todos os seres vivos usam, em suas atividades, a
energia liberada na respiração celular, ressaltando que, além de fazer
fotossíntese, a planta respira, pois é comumocorrerem confusões do tipo “a
fotossínte-se é a respiração da planta”. esse é um problema que terá de ser
trabalhado durante todo o ensino fundamental e médio. é conveniente que, ao fim
do capítulo, o professor faça perguntas clássicas, como: “o que aconteceria se
a fotossíntese fosse completamente interrompida no planeta?”. nesse caso, deve
acentuar que não só a produção de oxi-gênio seria interrompida, mas também a
produção de açúcares, que servem de alimento para a planta e outros seres
vivos. (lembramos que a reserva de oxigênio na atmosfera é enorme.) para
demonstrar a importância da fotossínte-se, o professor pode apresentar aos
alunos a ideia de que a queda de umasteroide pode ter sido a cau-sa da extinção
de dinossauros e de outras formas de vida. nesse momento, pode perguntar qual
seria a relação entre esses dois fatos. depois de analisar as várias hipóteses
formuladas pelos alunos, o profes-sor deve informar aos alunos que a queda de
umas-teroide levantou uma grande quantidade de poeira, que, por certo tempo,
bloqueou a luz solar. e os alu-nos poderão estabelecer a conexão entre a queda
do asteroide e a fotossíntese. na primeira atividade prática do capítulo (p.
31), o aluno deverá utilizar seus novos conhecimentos para formular hipóteses
sobre a natureza do gás produzido pelas plantas tanto em presença da luz quanto
na ausência dela, relacionando a fotossínte-se com a respiração. na segunda
atividade o aluno vai identificar os cloroplastos e explicar a importân-cia
deles para a planta. na terceira atividade, o aluno vai identificar a
influência da luz e a importância dela no crescimento da planta. ap photo/a.
parramón experimento para observação da formação de gás. as observações
realizadas na segunda ativi-dade prática podem ser enriquecidas coma ativida-de
adicional a seguir. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 24 6/21/12
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25 o professor deverá retirar a fina película de re-vestimento externo de um
pimentão verde (capsi-cumsp.), distribuir pequenos pedaços dessa pelícu-la aos
alunos e orientá-los na montagem, emgrupo, de uma lâmina com o material. usando
um pouco de água (deve-se pingar uma gota com um conta-gotas) e um pincel fino
de pelos macios, os alunos vão esticar cuidadosamen-te a película sobre a
lâmina e cobri-la coma lamínula. depois, vão observar o material ao microscópio
e fazer um esquema do que for observado. por último, devem responder às
seguintes questões: a) o que você observa no interior das células? b) qual é a
importância dessa estrutura para o vegetal? espera-se que os alunos
observemvários grãos verdes no interior das células — são os cloroplastos,
organelas da célula onde ocorre a fotossíntese. capítulo 3 • os seres vivos se
reproduzem... e evoluem as perguntas da seção a questão é ( p. 32) investigam o
conhecimento prévio do aluno sobre a reprodução e a hereditarieda-de e
contribuempara despertar sua curiosi-dade em relação a esses temas. a última
pergunta faz o mesmo em relação ao con-ceito de evolução. os dinossauros, tão
divulgados pela mídia, podem ser retomados como exem-plos de organismos de
seres extintos du-rante o desenvolvimento da questão dos fósseis. a
apresentação de fósseis como o do arqueópterix, que apresenta caracterís-ticas
de répteis e aves, ilustra a ideia de que ocorreram transformações ao longo do
tempo. figuras como as das reconstitui-ções dos fósseis dos ancestrais da
baleia atual mostram que os seres vivos se transformam com o decorrer do tempo.
durante essa discussão, uma boa estratégia é apresentar figuras de livros,
cd-roms ou da inter-net com diversos animais para que o aluno aponte
características que facilitama sobrevivência de cada animal em seu ambiente.
essa atividade comple-menta as questões 4 e 5 da seção pense um pouco mais (p.
42-43), nas quais o aluno deve identificar adaptações de alguns animais. a
questão 6 dessa mesma seção exige a formulação de hipóteses e a aplicação dos
conceitos demutação e seleção natu-ral a situações novas. com exemplos desse
tipo, o que se pretende é levar o aluno a compreender que a teoria da evolu-ção
permite explicar um amplo número de fenôme-nos. nos capítulos seguintes, o
professor deve esti-mular a identificação de características claramente fabio
colombini/acervo do fotógrafo bicho-pau (cerca de 25 cmde comprimento, com as
antenas). telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 25 6/21/12 4:16 pm
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26 adaptativas (tipo de pata, forma de certos bicos, en-tre outras) nos vários
organismos estudados. atividades desse tipo podem ser enriqueci-das se houver
condições de organizar excursões com os alunos para conhecer ambientes naturais
ou visitar museus ou centros de pesquisa onde haja uma variedade de organismos
que possam ser observados. é importante explicar que, em termos científi-cos,
teoria não significa palpite ou hipótese como na linguagem cotidiana. teoria é
um conjunto de con-ceitos ou de leis que explicamumgrande número de fatos, como
ocorre coma teoria da evolução. duran-te os estudos de ciências do 9 o ano,
quando for es-tudar um pouco da teoria atômica e da mecânica newtoniana, o
aluno vai compreender melhor o sig-nificado desse termo. neste capítulo, é
utilizado o chamado con-ceito biológico de espécie, que parece mais ade-quado a
esse nível de ensino. é bom saber, no en-tanto, que esse conceito tem
limitações, como ocorre também com outros conceitos de espécie. ele não se
aplica, por exemplo, aos organismos fósseis e aos seres que se reproduzem
assexua-damente, como as bactérias (embora troquem material genético por
conjugação, seu processo de reprodução é bem diferente de um cruzamen-to, e não
pode ser considerado na definição de espécie). para uma discussão ampla do
conceito de espécie, podem ser consultados os livros so-bre evolução indicados
na seção sugestões de leitura para o professor (p. 15) e também os sites:
www.biologia.ufrj.br/pdf_genetica/especies. pdf e www.zoo1.ufba.br/especie.htm.
(acesso em 20 maio 2011.) o estudo da evolução não se esgota em um capítulo. a
referência a algum aspecto evolutivo deve ser feita periodicamente ao longo de
todo o curso, e não pode contar apenas com o apoio do li-vro didático. há
muitos livros de divulgação interes-santes traduzidos para o português. alguns
textos podem ser adaptados pelo professor para o nível de seus alunos. o
professor pode, por exemplo, pedir uma pesquisa em grupo sobre a vida de
charles darwin, sua viagem com o beagle e sua contribuição para a teoria da
evolução. o texto a seguir dá uma ideia re-sumida do que os alunos vão
encontrar. uma fonte para essa pesquisa é a revista ciência hoje das crianças
(n. 194, set. 2008), que apresenta a maté-ria “especial darwin: 150 anos da
teoria da evolução das espécies”. charles darwin em 1831, o britânico charles
darwin (1809-1882), então com22 anos, partiu para uma expedição a bordo do
navio “h. m. s. beagle”. seu objetivo era coletar e es-tudar plantas e animais
interessantes e exóticos. na época dessa viagemera comuma ideia de que os
animais e as plantas então existentes tinham as mesmas características que os
animais e as plantas de épocas anteriores. entretanto, a existência de fósseis
sugeria que, no passado, organismos bem diferentes tinhamhabitado a terra. a
viagem de darwin durou cinco anos. durante esse tempo, ele coletou e estudou
muitas espécies de animais e plantas dos diferentes lugares em que o na-vio
aportou. e no arquipélago de galápagos, na costa do equador, observou que
certos animais de uma das ilhas do arquipélago não erammuito parecidos com os
das outras ilhas, mas se pareciam muito com os ani-mais do continente. deduziu,
então, que, no passado, alguns animais tinhammigrado do continente para as
ilhas e, depois de algum tempo, por algum processo que ele ainda não sabia
explicar, em algumas ilhas do arquipélago, os descendentes desses animais
tinham se tornado diferentes de seus ancestrais. nas ilhas galápagos, darwin
observou, por exem-plo, alguns pássaros que, apesar de muito parecidos entre
si, não eram iguais: cada espécie possuía umbico diferente, adaptado a um tipo
de alimentação. havia, por exemplo, espécies que comiam sementes duras e que
tinham bicos fortes, enquanto outras, que comiam insetos de troncos de árvores,
tinham bicos pontudos, e assimpor diante. então pensou: como teriam surgido
essas diferenças entre eles? após retornar à inglaterra, darwin continuou suas
pesquisas. ele sabia que os indivíduos de uma po-pulação (ou seja, de uma mesma
espécie) não são idênticos e que algumas das características que
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27 sentamsão hereditárias. darwin notou ainda que, ape-sar de muitos animais e
plantas produzirem grande número de descendentes, a população desses
organis-mos praticamente não aumentava. concluiu, então, quemuitos indivíduos
deviammorrer antes de atingir a idade de reprodução, e que alguns indivíduos,
com de-terminadas características, tinham mais chance de sobreviver e de deixar
filhotes do que aqueles que não apresentavam tais características. darwin também
sabia que criadores de pombos, para conseguir, por exemplo, aves com caudas
mais longas, escolhiam, entre as aves que tinham, os ma-chos e as fêmeas com as
caudas mais compridas e promoviamcruzamentos entre eles; repetindo isso por
várias gerações, era possível, com o tempo, obter exemplares de cauda longa.
esse processo, denomina-do seleção artificial, é usado no “melhoramento” de
ani-mais domésticos e plantas. juntando todas essas informações, darwin
con-cluiu que, na natureza, ao longo do tempo, algumas ca-racterísticas dos
organismos eram favorecidas pelo ambiente, enquanto outras eram eliminadas; ele
deu o nome de seleção natural a esse processo. graças à se-leção natural, uma
espécie sofreriamudanças ao longo do tempo, evoluindo para uma nova espécie. ou
seja, a seleção natural seria umdos fatores responsáveis pela evolução das
espécies. para darwin, as espécies estavam relacionadas evolutivamente, ou
seja, compartilhariam um ances-tral em algum ponto de sua história evolutiva.
mas o principal problema dessa ideia era a falta de uma teoria que explicasse
tanto a origem das variações nos indi-víduos quanto sua transmissão. darwin não
sabia explicar como novos indivídu-os poderiam surgir, visto que os conceitos
de genes, mutação e recombinação genética (resultante da meiose e da
fecundaçãono processo de reprodução se-xuada) não eram conhecidos na época.
argumentava-se contra darwin, por exemplo, que, de acordo com a teoria da
herança misturada, que era a teoria aceita na época, uma nova característica,
mesmo vantajosa, ao longo das gerações, tenderia a se misturar com a
característica antiga, em virtude dos cruzamentos entre indivíduos diferentes.
hoje se sabe que os alelos de um gene são transmitidos às gerações seguintes
sem se “misturarem”. darwin não conseguiu responder satisfatoria-mente às
críticas, pois desconhecia as leis da heredita-riedade de mendel, a existência
de genes e a possibili-dade de mutação genética. somente quando essas ideias
ficaram conhecidas é que se resolveram os pro-blemas apresentados pela teoria
de darwin. sabemos atualmente que a seleção natural não é a única responsável
pela evolução das espécies: mutação, recombinação gênica, deriva genética e
mi-gração são alguns dos fatores que também influemno processo evolutivo, e a teoria
atual, que promove uma síntese entre as ideias de darwin e as novas
desco-bertas, é chamada de neodarwinismo ou teoria sintéti-ca da evolução.
darwin demorou a publicar suas ideias. traba-lhou em sua teoria por mais de 20
anos, procurando recolher provas para suas conclusões. mas, em 1858, recebeu do
cientista inglês alfred russel wallace (1823-1913) um pequeno manuscrito
intitulado “a ten-dência das variedades de se afastarem indefinida-mente do
tipo original”. para sua surpresa, wallace tinha chegado àsmesmas conclusões
que ele. só então resolveu publicar o resultado de seu trabalho. no mesmo ano,
uma instituição científica, a lin-nean society of london, publicou umresumo do
traba-lho de darwin junto com o ensaio de wallace, mas a publicação não despertoumuita
atenção. em1859 — 28 anos, portanto, após a viagem do beagle — saiu a pri-meira
edição do livro de darwin, que se chamou “a ori-gemdas espécies por meio da
seleção natural”. alguns cientistas preferem falar em teoria de darwin-wallace;
outros acham que darwin tem o mé-rito de ter apresentado uma imensa série de
evidên-cias a favor de sua teoria. o fato é que fora dos meios acadêmicos a
teoria da evolução é identificada muito mais como nome de darwin do que como
dewallace. uma atividade prática adicional, que ilustra ome-canismo de seleção
natural, é apresentada a seguir. o professor vai pedir aos alunos que observem
as cores das paredes e das carteiras da sala de aula. depois, em grupo, os
alunos vão conseguir cartoli-nas de cores bem semelhantes a essas cores e
ou-tras cartolinas de cores diferentes. com um lápis e uma tesoura de bico
arredon-dado, tomando cuidado para não se cortar, os gru-pos de alunos vão
desenhar na cartolina mariposas pequenas (entre 2 cm e 3 cm de largura) e
depois recortá-las. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 27 6/21/12
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28 dois alunos serão escolhidos para sair da sala, enquanto os outros prendem
as mariposas com fita adesiva nas carteiras e nas paredes. tanto nas car-teiras
quanto nas paredes deve haver o mesmo nú-mero de mariposas de cada cor. quando
os alunos retornarem para a sala, eles terão apenas 15 segundos para colher o
maior nú-mero possível de mariposas. um deles vai ficar en-carregado de pegar
apenas asmariposas da parede; o outro, das carteiras. coma ajuda dos grupos, o
professor vai fazer a contagem do número de mariposas de cada cor capturadas
pelos dois alunos. por fim, cada grupo de alunos deve responder às seguintes
questões: a) quais são as cores menos capturadas nas carteiras? e nas paredes?
como vocês ex-plicam esse resultado? b) suponham que dois tipos de mariposas,
de cor escura e de cor clara, vivam sobre tron-cos e ramos escuros de árvores
de uma flo-resta. se houver pássaros que comam es-sas mariposas, que tipo de
mariposa estará mais adaptada a esse ambiente? por quê? c) em relação à questão
anterior, que tipo de mariposa tende a desaparecer da população ao longo do
tempo? d) em evolução, como se chama o processo pelo qual os seres vivosmais
adaptados au-mentam, enquanto os menos adaptados di-minuem? esta outra
atividade prática adicional contribui para a compreensão do processo de
formação de fósseis. material massa de modelar gesso em pó um pouco de óleo de
cozinha água algumas conchas marinhas uma colher de sopa pincel um copo um
prato procedimentos o professor deve providenciar algumas con-chas de moluscos
bivalves bem limpas e distri-buí-las aos grupos de alunos. com o pincel, um
aluno deve passar um pouco de óleo de cozinha na parte externa da concha. em
seguida, vai abrir a massa de modelar no prato e pressionar a concha sobre ela,
produzindo um molde (é preciso retirar a concha com cuidado, para não destruir
o molde). com a ajuda do pincel, vai untar com óleo o molde da concha que ficou
na massa. depois, vai pôr cinco colheres de gesso em pó e três colheres de
água, misturando bem, e despejar a mistura de gesso e água no molde da concha.
quando o gesso endurecer, vai destacá-lo domolde com cuidado. o professor pode
perguntar aos alunos então: “você acha que é fácil a formação de um fóssil? por
quê?”. pode perguntar ainda em quais situações um fóssil tem mais chance de se
formar e por que os cientistas fazem um trabalho semelhante ao que os alunos
fizeram ao pôr o gesso nas marcas deixadas pela concha. a atividade da seção
identificando caracterís-ticas dos seres vivos (p. 42) contribui para que os
alunos tenham uma visão geral das propriedades dos seres vivos. no entanto, é
preciso levar em con-ta que, na realidade, é difícil definir vida. a tentativa
mais comum consiste em elaborar uma lista de ca-racterísticas que, em conjunto,
permitem separar os seres vivos da matéria semvida. deve-se observar, porém,
que cada uma dessas características isola-das não é suficiente para definir um
ser vivo. uma discussão interessante sobre esse problema en-contra-se no livro
o que é vida? — para entender a biologia no século xxi, indicado na seção
sugestões de leitura para o professor (p. 15), entre as obras que tratam de
evolução e origem da vida. o texto a seguir alerta para interpretações
equivocadas sobre a evolução. e demonstra que de-vemos ter sempre em mente que
a evolução é in-fluenciada por vários fatores além da mutação e da seleção
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29 muitas das informações deste texto estão aci-ma do nível do ensino
fundamental. mas o professor pode mencionar, sem entrar em detalhes, a
ocor-rência de algumas extinções emmassa ao longo da história de nosso planeta,
causadas por grandes mudanças climáticas, e aproveitar para perguntar por que
muitos cientistas acham que está havendo uma extinção emmassa nos dias de hoje
e qual se-ria sua causa. a partir daí, pode perguntar também qual pode ser a
consequência dessa extinção para a nossa espécie e para o equilíbrio do planeta
e o que pode ser feito para evitar isso. evolução e extinção das espécies os
dinossauros dominaram a terra por 100 mi-lhões de anos. no entanto, espécies
que habitam este planeta há apenas dezenas demilhares de anos elege-ram os
dinossauros como um símbolo do fracasso. acredito que relacionar o
desaparecimento com a in-competência seja uma abordagem superada, baseada numa
falsametáfora do progresso e numa visão ultra-pessimista da seleção natural
como um persistente embate de vida ou morte entre concorrentes — a
ver-sãomilitarizada das expressões de darwin “a sobrevi-vência domais adaptado”
e “a luta pela vida”. se a vida sempre avança pelo brutal embate e pela eliminação
dos perdedores, a extinção deve ser o sinal máximo de inadequação. mas a vida
não é uma história de progresso; é, antes, umrelato de intrincadas ramificações
e vagares, com os sobreviventes do mo-mento adaptando-se aos ambientes em
mudança, e não procurando a perfeição cósmica ou de projeto. e o sucesso na
seleção natural é menos o resultado de as-sassinatos e extermínios e mais o da
geração de des-cendentes que sobrevivem. caso a maioria das extinções fosse
consequên-cia direta da competição com as espécies superiores, ou mesmo se a
maior parte delas representasse uma falha fatal no enfrentamento de pequenas
mudanças ambientais, um estigma poderia acompanhar as es-pécies desaparecidas.
masmuitas, se não amaior par-te, das extinções são consequência de mudanças
am-bientais tão severas e imprevisíveis que não temos o direito de esperar uma
bem-sucedida reação e, por-tanto, não temosmotivo para “culpar” as espécies
pelo seu desaparecimento. um peixe de água doce pode nadar tão elegantemente
que um engenheiro conside-re sua anatomia ótima. mas, se os lagos e os rios
seca-rem, que defesa ele pode ter? sabemos, desde a aurora da paleontologia,
que as extinções não se distribuíam uniformemente pelo tempo, mas se
concentravam em uns poucos e breves períodos de dizimação marcadamente
aumentada, frequentemente de âmbito mundial — as assim cha-madas extinções
emmassa, do registro geológico. dois eventos marcam os bem conhecidos limites
de eras: a grande extinção do permiano, que pode ter exterminado mais de 90% das
espécies marinhas de águas rasas, por volta de 225 milhões de anos atrás, e a
débâcle do cretáceo, que eliminou os dinossauros e uma grande quantidade de
criaturas, há cerca de 65 milhões de anos. outros três eventos ocorreram no
ordoviciano, no devoniano e entre o permiano e o triássico. as sugestões das
causas dessas extinções em massa vão desde a fusão dos continentes e suas
se-quelas (no permiano) até o impacto de um asteroide (no cretáceo),
ocorrências que se inseremna categoria de oscilações que escapam ao controle e
impedem qualquer reação, dessa maneira não emprestando a suas vítimas uma aura
de vergonha. gould, s. j. a galinha e seus dentes e outras reflexões sobre
história natural. rio de janeiro: paz e terra, 1992. p. 3414. (texto adaptado.)
capítulo 4 • a origem da vida a pergunta “como surgiu a vida na terra?”,
apresentada na seção a questão é (p. 44), permite que o professor investigue os
conhecimentos pré-vios dos alunos sobre a origem da vida em nosso planeta. ele
pode tambémoptar por perguntas mais específicas, como: “de onde vem o chamado
bicho da goiaba?” ou “o que faz com que o pão fique mo-fado?”, preparando os
alunos para a discussão da história das ideias e experimentos da geração
es-pontânea ou abiogênese. antes de aprofundar o assunto deste capítulo, é
importante explicar aos alunos que, nesse mo-mento, serão discutidas apenas as
hipóteses e teo-rias formuladas pela comunidade científica para ex-plicar a
origem da vida, do mesmo modo que se fez em relação à evolução. o professor
também deve deixar claro que, emciência, criam-semodelos e
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30 póteses para serem testados por observação ou experimentos. e que mesmo um
fenômeno ocorri-do há muito tempo, como os fósseis, pode deixar pistas, a
partir das quais é possível formular hipóte-ses que expliquem esse fenômeno. é
sempre bom lembrar aos alunos que é impor-tante ter emmentealgunspontosa
respeitodaciência: • a ciência não explica tudo; • há questões importantes que
não podem ser resolvidas pela ciência, como as questões éticas, filosóficas e
religiosas; • a ciência é apenas uma parte da cultura hu-mana, juntamente com
as artes, a filosofia, a religião, o conhecimento cotidiano; • tanto a ciência
quanto a tecnologia são in-fluenciadas pela cultura de uma época e por fatores
sociais e econômicos; • o cientista precisa ter compromissos sociais e éticos e
respeitar os valores e os direitos humanos; • a sociedade deve pressionar o governo
e participar das decisões que podem afetar suas condições de vida; • para
resolvermuitosdosproblemas atuaisnão bastam as pesquisas científicas: é
necessário investir mais na educação, no saneamento básico e nos serviços de
saúde. os experimentos de redi e pasteur são exem-plos da necessidade de
controle nos experimentos científicos. entretanto, esses e outros
procedimen-tos da investigação científica devem ser aprofun-dados gradualmente,
ao longo de todo o ensino fundamental e médio, para que, aos poucos, o alu-no
compreenda como o cientista trabalha, o que ocorre, sobretudo, com o
desenvolvimento de ati-vidades práticas que envolvem experimentos ou simulações
desse processo. para se informar melhor sobre pontos im-portantes da atividade
científica, o professor pode ler os livros sobre filosofia e metodologia da
ciên-cia indicados em sugestões de leitura para o pro-fessor (p. 15). pode
tambémconsultar, na internet, charles o’rear/corbis/latinstock o caldo de carne
é fervido. o caldo de carne esfria. a poeira e os microrganismos fcam retidos
na curvatura do gargalo. balão quebrado: osmicrorganismos aparecem. luís
moura/arquivo da editora o experimento de pasteur tem o objetivo de derrubar a
ideia de que os microrganismos surgem por geração espontânea. na foto acima, um
dos balões de vidro usados por pasteur. (os elementos da ilustração não estão
na mesma escala. cores fantasia.)
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31 o artigo de moreira, m. a.; ostermann, f. sobre o ensino do método
científico, que está disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/
fisica/article/view/7275. (acesso em 20 maio 2011.) ao iniciar a discussão do
tema deste capítulo, pode perguntar, por exemplo: “por que redi utili-zou dois
tipos de vidro (aberto e fechado) em seu experimento?”. esta é uma boa maneira
de desta-car a importância da realização de um teste con-trolado em ciência. se
houvesse apenas vidros fe-chados, os defensores da geração espontânea po-deriam
atribuir o não aparecimento dos “vermes” — na realidade larvas de moscas — a
outros fatores, alegando, por exemplo, que a temperatura, na oca-sião em que
redi fez o teste, não era propícia para a formação de vermes. de modo
semelhante, em relação ao experimento de pasteur pode pergun-tar, com base na
figura da página 47: “por que foi importante quebrar o gargalo de um dos vidros
no experimento e mostrar que o líquido tinha condi-ções de abrigar
microrganismos?”. a atividade lúdica da seção aprendendo com a prática (p. 51)
se assemelha às atividades do cientista porque trabalha com a formulação de
ex-plicações (hipóteses), a partir de experimentos, para explicar estruturas
que não podem ser obser-vadas, mas podem ser hipotetizadas com auxílio de
teorias e modelos. um artigo que investiga as concepções es-pontâneas sobre
ciclo de vida, metamorfose e ge-ração espontânea e seu ensino em uma
perspecti-va construtivista pode ser lido em: demczuk, o. m.; sepel, l. m. n.;
loreto, e. l. s. investigação das con-cepções espontâneas referentes a ciclo de
vida e suas implicações para o ensino nas séries iniciais. revista electrónica
de enseñanza de las ciencias. v. 6. n. 1, 2007, p. 117-28. disponível em:
http:// reec.uvigo.es/volumenes/volumen6/art7_ vol6_n1.pdf. (acesso em 20 maio
2011.) neste capítulo são apresentados, ainda que de forma simplificada, as
ideias de oparin e haldane sobre a origemda vida. nesse nível de ensino, o
pro-fessor pode apresentar apenas um panorama des-sas ideias, explicando que
muitos aspectos ainda estão sendo debatidos e há muitas questões em aberto. há
outras teorias sobre a origemda vida que competem com a teoria clássica de
oparin e halda-ne, como mostra o texto a seguir. outras teorias sobre a
origemda vida muitos cientistas apontam vários problemas na teoria de oparin e
haldane, entre eles o fato de que a vida não poderia ter surgido na superfície
do planeta enquanto ainda era intenso o bombardeio de meteori-tos e outros
corpos celestes e as erupções vulcânicas eram frequentes. uma outra
possibilidade para o aparecimento da vida na terra seria os primeiros seres
vivos terem sur-gido no fundo dos oceanos, ao redor de fontes ou fen-das
hidrotermais (espécie de chaminés de água quente e compostos minerais aquecidos
pelo magma). orga-nismos semelhantes existem atualmente nesses lo-cais. são
procariotas (do domínioarchaea) que oxidam o gás sulfídrico contido na água
dessas fontes para ob-tenção da energia necessária à síntese de matéria
or-gânica. eles são os produtores desse ecossistema e sustentam uma cadeia de
organismos formada por crustáceos, esponjas e vermes. assim, a vida não teria
surgido na superfície dos mares, a partir de uma “sopa” de moléculas orgânicas,
mas nas profundezas desse ambiente. essa teoria, entretanto, também apresenta
pro-blemas: argumenta-se que moléculas complexas se-riam degradadas ou
hidrolisadas nas elevadas tempe-raturas dessas fendas. outra teoria é a de que
existe vida em outras partes do universo e que germes ou esporos
extrater-restres teriam chegado à terra e dado origem à vida no planeta. é a
teoria da panspermia (pan todo; sper-ma semente). uma variante dessa teoria
defende a ideia de que a vida na terra surgiu não a partir de germes ou
espo-ros, mas de compostos orgânicos trazidos por cometas, meteoritos ou
asteroides, protegidos no interior desses corpos celestes do intenso calor
produzido pela fricção coma atmosfera. o problema é que, mesmo que alguns
desses compostos tivessem resistido, é duvidoso que esses corpos celestes
tenham trazido matéria orgâni-ca suficiente para a evolução da vida até o
apareci-mento dos primeiros autotróficos.
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32 fontesdeconsulta: livros el-hani, c. n.; videira, a. a. p. (org.). o que é
vida? - para entender a biologia do século xxi. rio de janeiro: relume du-mará,
2000. barton, n. h. et al. evolution. new york: cold spring harbor laboratory,
2007, p. 87-109. site(em português, acesso em 20 maio 2011) http://astro.if.ufrgs.br/vida/index.htm
sites(em inglês) http://exploringorigins.org
www.geocities.com/capecanaveral/lab/2948/orgel.html
www.gla.ac.uk/projects/originoflife
www.talkorigins.org/faqs/abioprob/originoflife.html capítulo 5 • classificando
os seres vivos além das perguntas da seção a questão é (p. 52), o professor
poderá se valer de outras: “como vocês arrumariam uma estante de livros para
que pudessem encontrar, rapidamente, qualquer livro que procurassem?”. depois
de discutir e comparar as soluções apresentadas, os alunos vão compreen-der
mais facilmente quais são as vantagens de agrupar objetos segundo algum
critério. uma atividade prática adicional pode ser utili-zada para desenvolver
a ideia de organização e classificação de objetos. os alunos, emgrupo, vão
organizar uma coleção de objetos — solicitados previamente pelo professor —,
comouma coleçãodebotões de tamanhos, cores e formasdiferentes,
ouumacoleçãodepedaçosdecar-tolina, preparados previamente, com tamanhos, cores
e formas variados. eles vão classificar os objetos para formar o maior número
possível de grupos e de sub-grupos dentro de cada coleção, até chegar a uma
classificação que contenha somente um objeto. po-dem ser formados, por exemplo,
dois grupos de car-tões de cores distintas e, dentro de cada grupo, obje-tos de
mesma cor agrupados por tamanho (grandes, médios e pequenos), e assimpor
diante. depois que cada grupo apresentar sua classi-ficação, o professor vai
perguntar se há alguma classificação melhor que outra. nesse momento, pode
explicar que os cientistas também classificam os seres vivos de acordo com
certas características, comuma diferença importante: na classificação
bio-lógica procura-se formar grupos de organismos que descendam, por evolução,
de ummesmo ancestral. o comentário no texto de que, no caso das plantas,
pode-se usar o termo “divisão” em lu-gar de “filo”, talvez chame a atenção do
aluno. o professor pode explicar que, segundo o código internacional de
nomenclatura botânica, esses dois termos são equivalentes na classificação das
plantas. para introduzir o tema da classificação em cinco reinos, pode explicar
que, no passado, os se-res vivos eram organizados em apenas dois reinos, animal
e vegetal, e utilizar como exemplo os fungos para mostrar que os sistemas de
classificação se modificam com o tempo. ele pode então perguntar ao estudante
como ele classificaria um cogumelo, explicando que os fungos já foram, no
passado, classificados como plantas. afinal, são fixos e mui-tos crescem sobre
o solo. no entanto, os fungos não apresentam clorofila e não fazem
fotossíntese, uma característica do reino vegetal. em seguida, pode acrescentar
que mesmo o sistema de classificação em cinco reinos está sendo reformulado,
pois o grupo dos protistas não repre-senta um grupo verdadeiro, já que, para
muitos cientistas, vários organismos que atualmente são considerados protistas
estão mais próximos evolu-tivamente do reino animal ou do reino das plantas do
que de outros protistas. por essa razão, eles acredi-tam que o reino protista
deve ser desmembrado em outros grupos. para finalizar, o professor pode dizer
que esse assunto será tratado com mais detalhes em níveis superiores de ensino
e avisar que, em suas aulas, ele vai usar o termo protista (como muitos autores
ainda fazem) para se referir aos organis-mos que não podem ser enquadrados nos
outros quatro reinos. em toda essa discussão é importante lembrar que os
sistemas de classificação vêm passando por
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33 muitas mudanças, em boa parte devido ao desen-volvimento da sistemática
filogenética e da análise das sequências de dna e de rna dos seres vivos. o
texto a seguir trata de algumas mudanças que vêm ocorrendo na classificação dos
principais grupos de seres vivos. no entanto, muitas informações do texto estão
fora do nível do 7º- ano do ensino funda-mental. é o caso da substituição do
reino protista por diversos grupos. dos cinco reinos aos três domínios em 1969,
o cientista robert whittaker agrupou os seres vivos em cinco reinos (monera,
protista, fungi, plantae e animalia), utilizando como critérios, entre ou-tros,
o tipo de organização celular e o de nutrição. essa classificação, porém, foi
sendo modificada ao longo do tempo, de modo a refletir melhor a história
evolutiva de cada grupo. passaram a ser levadas em conta também as semelhanças
no nível genético e molecular — princi-palmente as semelhanças no rna dos
ribossomos. o objetivo é formar grupos monofiléticos, isto é, gruposde seres
queevoluíramapartir deumaúnicaes-pécie, que, por sua vez, não deu origem a
outras espé-cies emoutros grupos. em 1988, lynn margulis e karlene schwartz, no
livro five kingdoms, agruparam os protistas no reino protoctista. o novo termo
pretende eliminar a cono-tação de que esse grupo teria apenas representantes
unicelulares. o problema é que as filogenias baseadas em
se-melhançasmoleculares indicamque alguns procariotas diferemtanto entre si
quanto diferemdos eucariotas. do mesmo modo, entre os protistas há grupos mais
apa-rentados com as plantas, por exemplo, do que com ou-tros protistas. isso
significa quemoneras e protistas não formamgruposmonofiléticos. apropostamais
recente consiste emdividir os se-res vivos em três domínios (como se fossem
“super-reinos”): archaea, bacteria (bactérias) e eukarya (os eucariontes).
odomínioarchaea (arqueas) reúne seresunicelu-lares e procariotas, geralmente
encontrados em condi-ções de temperatura, salinidade ou ph desfavoráveis à
sobrevivência dos outros organismos. alguns desses seres sãoencontrados, por
exemplo, no fundodos ocea-nos, próximo a fontes de água quente com temperatura
de cerca de 100 ºc. no domínio bacteria estão as bactérias, incluindo as
cianobactérias. no domínio eukarya estão as plantas, animais, fungos e
organismos que foramclassificados como pro-tistas (ou protoctistas). o domínio
eukarya atendênciamaisrecenteédividirodomínioeukarya emvinte reinosoumais.
noentanto, aindanãoháconsen-sosobreaclassificaçãodosorganismosquepertenciamao
grupo protista, que engloba cerca de 200 mil espécies re-conhecidas,
formandomais de sessenta tipos de organis-mo. vejaalgunsgruposdessedomínio: •
diplomonada. são unicelulares, comdois núcleos e múltiplos fagelos. possuem
ribossomos seme-lhantes aos dos procariontes e citoesqueletomuito simples. ex.:
giardia lamblia, um parasita, tradicio-nalmente colocado entre os protozoários
flagela-dos (mastigóforos), que vive no intestino humano e pode causar
diarreias. • parabasilida. o mais conhecido representante é o trichomonas
vaginalis, protozoário fagelado causador de infecções na vagina e na uretra. •
amoebozoa. locomovem-se por pseudópodes. ex.: ameba. • euglenozoa. possuem
mitocôndrias com cristas discoidais e fagelos com um arranjo de microtú-bulos
característico do grupo. ex.: gêneros eugle-na e trypanosoma. • alveolata.
possuem sistema de sacos compactos (alvéolos) no citoplasma. incluem os
dinofagela-dos, os esporozoários e os protozoários ciliados. • stramenopila.
possuem mitocôndrias com cris-tas tubulares e fagelos (pelo menos em uma fase
da vida) com “pelos”. os representantes autotrófcos acumulam laminarina como
subs-tância de reserva e possuem clorofla a e c, além de outros pigmentos.
incluem as diatomáceas, as algas douradas (crisóftas), as feofíceas (al-gas
pardas), os oomicetos (que pertenciam ao reino dos fungos). • rhodophyta.
rodofíceas (algas vermelhas). pos-suem clorofla a e d e o pigmento fcoeritrina.
ar-mazenamumglicídio especial, o amido das foríde-as, e as membranas internas
do cloroplasto não formampilhas de tilacoides, como nas plantas.
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34 • plantae. possuem clorofla a e b, armazenam amido, possuemcloroplastos
commembrana du-pla e parede de celulose. alguns autores colocam as algas verdes
e as plantas terrestres nesse gru-po. outros colocam as algas verdes e as
verme-lhas mais as plantas terrestres no grupo archae-plastida. seja como for,
as algas verdes formam o grupo mais aparentado evolutivamente com as plantas
terrestres. • fungi. reúne os fungos. corpo geralmente forma-do por hifas,
parede celular com quitina e glicogê-nio como reserva energética. • animalia.
eucariontes pluricelulares e heterotróf-cos por ingestão. fontesdeconsulta:
livros campbell, n. a.; reece, j. b. biologia. 8. ed. porto
alegre: artmed, 2010. margulis, l.; schwartz, k. v. five kingdoms: an
illustrated guidetothephilaof lifeonearth. newyork:w. h. freeman, 1998.
patterson, d. j. the diversity of eukaryontes. american naturalist, 154
(suppl.), 1999, p. s96-s124. sadava, d. et al. vida: a ciência da biologia. 8. ed. porto ale-gre: artmed, 2009. 3
v. tudge, c. thevarietyof life: asurveyandacelebrationof all the creatures that
have ever lived. oxford: oxforduniversity, 2000. sites(acesso em 18maio 2011)
tree of life project. disponível em: tolweb. org/tree/.
osistemadeclassificaçãoquetemrecebidoapoio da maior parte da comunidade
científica é o cladismo, porém, devido à sua complexidade, ele não deve ser
discutido no ensino fundamental. além dos livros de biologiageral,
indicadosnassugestõesde leituraparao professor (p. 15), umaboaobraemportuguês,
paraoní-vel universitário, sobre esse assunto é a do professor dalton de souza
amorim, elementos básicos de siste-mática filogenética. 2. ed. ribeirão preto:
holos/socie-dadebrasileiradeentomologia, 1997, ouo livro, domes-mo autor,
fundamentos de sistemática filogenética. ribeirão preto: holos, 2002. podem ser
consultados também, na internet, ossites (acessoem20maio2011): em português:
www.zoo1.ufba.br/sistematica.htm em inglês: http://entomologia.net/cladist.pdf
www.ncbi.nlm.nih.gov/about/primer/phylo. html o texto a seguir fornece alguns
exemplos da importância prática do estudo da classificação dos seres vivos.
importância da classificação o estudo da classificação dos seres vivos e de
suas relações filogenéticas nos permite conhecer a história evolutiva da vida e
a distribuição dos seres vi-vos no planeta. esse conhecimento ajuda também na
pesquisa de novos produtos de interesse humano, como medi-camentos que podem
ser obtidos de plantas e de ou-tros seres vivos, ou a obtenção de novas
espécies para o cultivo, ou o cruzamento de espécies domésticas. e permite
ainda acompanhar o nível de extinção das es-pécies, de forma a contribuir para
a preservação da biodiversidade. a análise sistemática ajuda tambéma
compreen-der como a aids surgiu e a evolução do vírus hiv. por exemplo,
comparando-se as sequências de nucleotídeos de várias linhagens desse vírus
descobre-se que o hiv-1 (a variedade mais comum do vírus da aids) é muito
semelhante aos vírus do grupo siv (simian immunode-ficiency virus), encontrados
em chimpanzés. assim, pode-sesupor queosprimeirosvírus teriamsidoadqui-ridos
por seres humanos pelo contato com chimpanzés infectados — por exemplo,
caçadores que teriam sido mordidosouarranhadosaocaçaressesanimais. aanáli-se
permite também identificar de quem uma pessoa contraiu o vírus, quando se
comparamas sequências de nucleotídeos dos vírus das pessoas envolvidas.
capítulo 6 • os vírus e a saúde do corpo ao fazer a pergunta “por que devemos
tomar vacinas?” o professor pode despertar a atenção dos alunos para o fato de
que existem doenças transmi-tidas por microrganismos. depois disso, pode
utili-zar as perguntas da seção a questão é (p. 66) ou mencionar algumas
doenças transmitidas por vírus, como a gripe, o resfriado ou a aids, e
questionar os alunos sobre a causa dessas doenças. o tema vírus permite uma
abordagem em di-ferentes níveis de complexidade, de acordo com telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd
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35 cada situação particular. o professor pode, por exemplo, apenas mencionar
que esses agentes só se reproduzemdentro de uma célula e depois a des-troem,
causando doenças, sem entrar em detalhes de que essa reprodução ocorre. pode
tambémcomeçar a trabalhar comos alu-nos a questão das defesas naturais e
artificiais con-tra os vírus e os parasitas emgeral, semse aprofun-dar no tema,
já que o assunto será retomado no 8 o ano, durante os estudos sobre o sangue.
anticorpos atacambactérias (elas são cerca de cemvezes maiores que os
anticorpos; figura semescala; cores fantasia). anticorpos anticorpos
microrganismo invasor microrganismo invasor luís moura/arquivo da editora é
importante que os alunos leiam o boxe ciên-cia e saúde (p. 70), que faz uma
conexão relevante entre o tema deste capítulo e amanutenção da saú-de da
coletividade. para realizar as atividades 1 e 3, da seção ativi-dade em grupo
(p. 79), os alunos devem contar com o apoio do professor de história. já em
relação à ati-vidade 2 (p. 79), seria interessante que os professo-res de arte
e de língua portuguesa pudessemauxi-liar os alunos na confecção de cartazes e
na redação de textos. o professor pode propor outras atividades para
complementar a seção atividade em grupo. por exemplo: fazer uma pesquisa sobre
a invenção da vacina; elaborar um fôlder que mostre a impor-tância da vacinação
contra a rubéola; fazer uma pesquisa sobre a vacina desenvolvida recentemen-te
contra o hpv. a questão 4 da seção pense um pouco mais (p. 78) permite que o
aluno estabeleça uma analogia en-tre os vírus que parasitam as células e os
chamados vírus de computador. mas, a partir dessa questão, o alunopodepropor
outra, como: “osvírus sãovivos?”. se o aluno fizer essa pergunta, o professor
poderá responder que muitos cientistas não consideram o vírus um ser vivo,
enquanto outros, sim. essa diver-gência pode ser explicada pelo fato de que
esses agentes apresentam algumas características de se-res vivos apenas quando
estão no interior de células. é preciso explicar, ainda, que os vírus não são
estu-dados em nenhum dos reinos em que os seres vivos se enquadram. os vírus
são definidos por alguns cientistas como “elementos genéticos dentrode uma
cápsula que lhes permite mover-se de uma célula para outra”. (alberts, b. et
alii. molecular biology of the cell. 3. ed. new york: garland, 1994. p. 274).
no li-vro fundamentos da biologia celular, de alberts, b. et alii (porto
alegre: artmed, 2006), pode-se ler na pá-gina 4: “se as células são a principal
unidade da ma-téria viva, então, nadamenos do que uma célula pode ser
verdadeiramente chamado de vida. os vírus, por exemplo, contêmalguns dosmesmos
tipos demolé-culas que as células, mas não têma capacidade de se reproduzir por
seus próprios meios; eles só
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36 guem ser copiados parasitando a maquinaria repro-dutiva das células que
invadem”. finalmente, o pro-fessor pode comentar que só é possível dizer se os
vírus são ou não são vivos com base no tipo de defi-nição adotado para vida.
porém, independentemente de considerarmos os vírus como vivos, ou não, é
im-portante estudá-los. o professor pode ainda lançar a seguinte questão: “por
que o estudo dos vírus é im-portante?”, para avaliar a compreensãodos
principais tópicos desenvolvidos neste capítulo. os temas defesas naturais e
defesas artificiais (vacina e soro) serão retomados no livro do 8º- ano, quando
o aluno conhecer melhor os elementos do sangue. a dengue foi estudada no livro
do 6º- ano e, agora, pode ser abordada commais detalhes. o estudo da aids será
retomado commais de-talhe no 8º- ano, por isso o professor não precisa se
aprofundar nesse tópico. seria interessante, porém, discutir com os alunos a
questão 5 da seção pense um pouco mais (p. 78), que faz uma conexão entre a
tecnologia e as questões sociais ao levantar o pro-blema da aids na áfrica,
mostrando que a ciência sozinha não pode resolver todos os problemas. o
professor pode optar também por solicitar um tra-balho de pesquisa com as
notícias recentes de jor-nais, revistas ou da internet sobre a questão da aids.
capítulo 7 • as bactérias é importante que o aluno compreenda que nem todas as
bactérias provocam doenças e que muitas agem, por exemplo, na reciclagem da
maté-ria, contribuindo para o equilíbrio ecológico. para en-fatizar esse
aspecto, o professor pode discutir a se-gunda pergunta de a questão é (p. 80) e
recomen-dar uma leitura atenta do texto “as bactérias e o equilíbrio da
natureza” (p. 83). em relação às doenças provocadas pelas bac-térias, além da
última questão de a questão é, o professor pode perguntar “por que é importante
la-var as mãos antes das refeições?”, “por que os mé-dicos indicam antibióticos
para certas doenças?” ou “por que devemos guardar certos alimentos na
ge-ladeira?”. é importante, porém, reforçar a lembrança de que nem todas as
bactérias são patogênicas. a decomposição promove a reciclagem na natureza. (os
elementos da figura não estão na mesma escala. bactérias e alguns fungos são
microscópicos. cores fantasia.) bactérias e fungos transformam a matéria
orgânica das plantas e dos animais mortos em substâncias minerais (água, gás
carbônico e sais minerais). plantas e animais mortos decompositores (bactérias
e fungos) bactérias no solo (microscópio eletrônico; aumento de cerca de 7 mil
vezes; cores artifciais). gás carbônico, água e sais minerais são absorvidos
pelas plantas e usados na produção de açúcares e outras substâncias orgânicas.
david scharf/science photo library/latinstock ingeborg asbach/arquivo da
editora telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 36 6/21/12 4:16 pm
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37 cionais, como uma pesquisa sobre a evolução do tratamento de doenças como a
tuberculose e a hanseníase. o resultado do trabalho dos alunos nas questões 2,
3 e 4 dessa atividade, por sua impor-tância para a saúde da coletividade,
merece ser apresentado— na forma de cartazes, desenhos, fo-tos ou vídeos — à
comunidade escolar (alunos, pro-fessores e funcionários da escola, pais ou
respon-sáveis). a última atividade, de caráter interdiscipli-nar, pode contar
com a participação dos professo-res de história e geografia. capítulo 8 •
protozoários e algas os protistas formam um grupo artificial (isto é, um grupo
não monofilético) e a tendência atual (no sistema de classificação em três
domínios) é a substituição do grupo dos protistas por vários rei-nos
monofiléticos. no entanto, nesse nível de ensi-no, o termo protista pode ser
utilizado de modo in-formal, reunindo uma série de organismos eucario-tos que
não são nem plantas, nem animais, nem fungos. essa abordagem é utilizada até
mesmo nos livros de biologia geral de nível universitário que se-guem o sistema
de três domínios. as perguntas de a questão é (p. 90) permitem investigar o
conhecimento prévio do aluno a respei-to de protozoários e algas. outra
estratégia para introduzir o capítulo é apresentar uma série de desenhos de
bactérias, protozoários e algas unicelulares e pedir aos alu-nos que separem
esses organismos em dois gru-pos e expliquem o critério adotado. tomando as
respostas dos alunos como ponto de partida, o professor pode explicar que um
critério importante para diferenciar protistas de bactérias é a presença de
núcleo e de uma série de outras estruturas nas células dos protistas. se houver
microscópio na escola, o professor poderá montar várias lâminas para fazer
análise com águade rio, lagoa, poçadeáguaestagnadaoumaterial colhido da parede
de umaquário pelo professor. outro material para análisepode ser
obtidomergulhando-se alface, couve ou capim picados em um frasco de água os
boxes ciências e saúde (p. 85 e 87) refor-çama importância de não se automedicar
e deman-ter uma boa higiene pessoal (no caso, a importância de se escovarem os
dentes). tony brain/science photo library/latinstock ingeborg asbach/arquivo da
editora esquema da cárie (figura sem escala; cores fantasia). na foto, uma
placa bacteriana (em amarelo) vista ao microscópio eletrônico sobre a
superfície de um dente (aumento de cerca de 70 vezes; cores artificiais). as
questões 2 e 3 de pense um pouco mais (p. 89) exigem maior esforço dos alunos
e, por isso, o professor pode lançar pistas para facilitar sua resolução. na
questão 2, por exemplo, ele pode lembrar que um ferimento profundo está mais
distante do ar do que um superficial, e, na questão 3, dizer o mesmo em relação
à superfície do bolo e o meio dele. a seção atividade em grupo (p. 89) apresenta
vários temas de pesquisa e pode ser um importan-te instrumento na avaliação dos
alunos. essa ativi-dade pode ser complementada por atividades
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38 tampado, de acordo coma explicação que se encontra na seçãoaprendendo coma
prática (p. 104). é importante separar os protistas em autotró-ficos e
heterotróficos e levantar a questão sobre qual deles desempenharia, nos
ecossistemas aquá-ticos, o mesmo papel que as plantas desempenham nos ambientes
terrestres. as principais doenças causadas por protozoá-rios podem ser objeto
de pesquisa (em livros, cd- -roms, internet, entre outras fontes), sem exigir
dos alunos detalhes do ciclo reprodutivo, mas apenas o agente causador, o
agente transmissor e as medidas preventivas. as informações do livro-texto
servirão de base para o trabalho e, se necessário, serão com-plementadas por
consultas emoutras fontes. pode ser feito tambémum trabalho interdisci-plinar
com essas doenças, envolvendo professo-res de geografia e história, para
confeccionar, por exemplo, mapas do brasil e do mundo com as áreas de maior
incidência da malária. a malária já foi abordada, de forma resumida, no livro
do 6 o ano e, agora, pode ser trabalhada mais detidamente com os alunos do 7 o
ano. barbeiro (cerca de 2 cm de comprimento). protistas microscópicos que podem
ser encontrados em uma gotícula de água. (ilustração sem escala. cores
fantasia.) ingeborg asbach/arquivo da editora fabio colombini/arquivo do
fotógrafo telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 38 6/21/12 4:16 pm
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39 em relação à transmissão da doença de cha-gas, em 2006 a organização
pan-americana de saúde (opas) concedeu ao brasil um certificado de eliminação
da transmissão da doença pelo barbeiro “caseiro”. em 2005 foram encontrados
apenas 187 insetos em cerca de 2 milhões de casas do país. no entanto, isso não
significa que a doença esteja erra-dicada, pois deve haver ainda cerca de 2
milhões de infectados. é preciso aindamanter a fiscalização nos bancos de
sangue e controlar a transmissão pela gravidez e por alimentos contaminados
(outra for-ma rara de transmissão ocorre pela espécie de bar-beiro que fica no
mato, na área rural). a atividade da seçãomexa-se! (p. 103) permite que o aluno
investigue e descubra informações so-bre casos de transmissão do protozoário
causador da doença de chagas através de alimentos conta-minados pelas fezes do
barbeiro. a questão 3 da seção pense umpoucomais (p. 102) pode ser usada para
reforçar a conexão entre diversas endemias e as condições precárias de
mo-radia. a questão 5 ajuda a reforçar a importância das algas para o ambiente
aquático. além de poder ser utilizada como instrumen-to de avaliação, a
atividade em grupo (p. 103), con-tribui para o desenvolvimento da criatividade
do aluno e para a ampliação de seu conhecimento so-bre importantes cientistas
brasileiros. a atividade também propicia a interdisciplinaridade e o contato
com a comunidade escolar. capítulo 9 • fungos tal como fez no estudo das
bactérias, o profes-sor deve trabalhar a ideia de que nem todos os fun-gos são
patogênicos e que muitos são importantes para o equilíbrio ecológico e na
indústria de pão, ál-cool e medicamentos, entre outros produtos. a se-gunda
pergunta de a questão é (p. 105) permite in-troduzir esse aspecto. após a
apresentação de cogumelos em foto-grafias, esquemas ou, se possível, ao
natural, é inte-ressante introduzir uma discussão com a pergunta: “que
diferenças existem entre um cogumelo e uma planta?”. dependendo das respostas
dos alunos, o professor deverá ressaltar a maneira como os fun-gos obtêm
alimento e sua importância para a reci-clagem da matéria. uma boa questão a ser
proposta aos alunos é: “por que não se deve colher e consumir qualquer tipo de
cogumelo na natureza?”. os alunos podem então pesquisar no próprio livro-texto,
onde se explica que só uma pessoa que conhece bem os cogumelos consegue
diferenciar os venenosos dos não venenosos. as questões 2 e 4 da seção pense um
pouco mais (p. 113) servem para avaliar o conhecimento do aluno sobre alguns
tipos de relação ecológica. fungos capturando um verme. (ilustrado como visto
ao microscópio, com aumento de cerca de 200 vezes. cores fantasia.) laços do
fungo nematódeo ingeborg asbach/arquivo da editora a seção identificando os
seres vivos (p. 112) pode ser usada para avaliar os conhecimentos ge-rais dos
alunos sobre os assuntos estudados nos quatro últimos capítulos (vírus,
bactérias, protistas e fungos), ajudando-os a inter-relacionar os dife-rentes
conhecimentos que adquiriram. a atividade em grupo (p. 114) permite que o aluno
aumente seus conhecimentos sobre aplica-ções práticas do conhecimento sobre os
fungos e sobre algumas micoses. se for possível, o profes-sor pode convidar um
médico para apresentar uma palestra sobre micoses e outros problemas de pele. a
palestra pode ser aberta para a comu-nidade escolar.
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40 para complementar essa atividade o professor pode pedir uma pesquisa sobre o
fungo causador da vassoura-de-bruxa, uma doença que atinge os pés de cacau e de
cupuaçu. informações sobre essa doença podemser encontradas nos sites (acessoem
20maio 2011): www.ceplac.gov.br/radar/vassoura-de-bruxa.htm
www.cpatu.embrapa.br/produtos/cultivares/
clones-de-cupuacuzeiros-tolerantes-a-doenca-vassoura-de-bruxa as receitas de
pão e de iogurte obtidas pelos alunos na atividade 2 de atividade em grupo (p.
114) podem ser entregues às pessoas da comunidade escolar responsáveis pelas
refeições. depois de preparadas, pode ser realizado um concurso com a
participação da comunidade escolar, para decidir qual é a melhor receita.
capítulo 10 • poríferos após obterem a informação de que a maioria dos animais
se desloca em direção ao alimento, é interessante que os alunos façam uma
pesquisa, no próprio livro-texto, para responder às pergun-tas de a questão é
(p. 118), que ajudam o aluno a relacionar certas características do corpo das
es-ponjas, como a presença de poros e coanócitos, com o tipo de alimentação e o
fato de a esponja ser um animal séssil. ao longo do estudo dos seres vivos,
convém lembrar a importância da preservação da biodiversi-dade. além de ser
relevante para a manutenção do equilíbrio nos ecossistemas, o estudo dos
organis-mos propiciou a descoberta de substâncias químicas importantes.
substâncias retiradas das esponjas, por exemplo, tornaram possível o
desenvolvimento de medicamentos contra o herpes e permitiram que pesquisadores
brasileiros estudassem compostos que parecem ter ação anticancerígena. no
brasil já foram descritas mais de 350 espécies de esponjas. por isso, a leitura
do boxeciência e tecnologia (p. 120) ajuda a reforçar essa ideia. muitos alunos
tendem a considerar as espon-jas animais primitivos, no sentido de inferiores a
ani- esponja amarela (stylotella aurantium; até 30 cm de altura). dessa esponja
foi extraída uma substância que pode vir a ter ação sobre a doença de alzheimer,
entre outras. andré seale/pulsar imagens
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41 maismais complexos. há nisso a concepção errônea de que a evolução significa
progresso. o professor pode lembrar que, embora a estrutura das esponjas possa
ser consideradamais simples do que a de ou-tros animais, elas estão muito bem
adaptadas ao seu modo de vida e sobrevivem no planeta desde milhões de anos
atrás. a questão 2 de pense um pouco mais (p. 121), além de estimular o
raciocínio do aluno, permite tra-balhar uma adaptação importante dos animais
sés-seis, que é a produção de larvas móveis, o que facili-ta sua dispersão.
capítulo 11 • cnidários o professor pode mostrar aos alunos fotos ou desenhos
de alguns cnidários para conduzir o estu-do deste capítulo. em seguida, deve
perguntar: “como uma água-viva ou uma anêmona consegue capturar até peixes?”;
“por que não se deve tocar nesses animais?”. deve-se dar atenção especial aos
recifes de coral, destacando sua importância para a preser-vação da
biodiversidade marinha e as ameaças que estes vêm sofrendo. a atividade 3 da
seção atividade em grupo do capítulo 13 (p. 144), que su-gere uma pesquisa
sobre as regiões com recifes de coral no brasil, complementa o estudo do tema.
a atividade tem também caráter interdisciplinar, pois o aluno deve contar com o
apoio de professor de geografia. além disso, ela permite interação com a
comunidade escolar. capítulo 12 • platelmintos e capítulo 13 • nematoides estes
dois capítulos podem ser trabalhados em conjunto. uma maneira de introduzir o
assunto é perguntar aos alunos se eles sabem para que serve um exame de fezes.
lançada essa pergunta, pode- -se orientar a discussão para o estudo de doenças
causadas por vermes. mas é preciso deixar claro que o esquistossomo não vive no
intestino, e sim nas veias do fígado e do intestino. os ovos são pos-tos nas
veias da parede do intestino e provocam uma inflamação que facilita sua
passa-gem para a cavidade intestinal. lembra-mos que, tanto a esquistossomose
quanto a teníase e a ancilostomíase já foram estudadas, sem muito
aprofun-damento, durante o 6º- ano e, agora, po-dem ser trabalhadas mais
detidamente com os alunos. observando e comparando ilustra-ções de uma tênia e
de uma lombriga, o aluno será capaz de descobrir diferenças entre elas. e,
depois de uma exposição geral sobre os dois grupos de seres vi-vos, ele estará
pronto para fazer um tra-balho mais detalhado sobre cada verme parasita e
especificar o modo de trans-missão e as medidas de combate. o aluno deverá
compreender que essas doenças não são apenas um pro-blema médico: elas estão
ligadas tam-bém à pobreza e às más condições de vespa domar (pode chegar a 30
cmde diâmetro). foto: dr. davidwachenfeld/auscape/minden pictures • ilustração:
kln artes gráficas/arquivo da editora
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42 moradia e saneamento das classes mais pobres. para isso, o professor pode
propor questões como esta: “por que as verminoses são mais comuns en-tre a
população de países em desenvolvimento?”. esse tipo de questão pode ser objeto
de uma pes-quisa interdisciplinar, contando com o auxílio dos professores de
história e geografia. as perguntas da seção a questão é (p. 128 e 136) podem
servir para avaliar a compreensão do aluno sobre as medidas preventivas
possíveis con-tra as verminoses estudadas nos dois capítulos. a atividade
identificando vermes (p. 143) per-mite ao aluno revisar algumas características
de platelmintos e nematoides e relembrar as formas de transmissão dos
diferentes vermes que estudou nos capítulos 12 e 13.
aprimeiraquestãodaatividadeemgrupo(p. 144) complementa e reforça esse
conhecimento, além de estimular a criatividade do aluno e a conscientização de
problemas que afetam a coletividade. a atividade pode ser acrescida de um
trabalho interdisciplinar (coma orientação do professor de ciências e a
parti-cipação dos professores de geografia e de história) sobre a esquistossomose
e a ancilostomíase no brasil e no mundo. podem ser confeccionados, por
exem-plo, mapas com as áreas de maior incidência dessas doenças na
atualidadeeemoutras épocas. aativida-de pode solicitar também a participação
dos profes-sores de arte e língua portuguesa, para a confecção de cartazes e
redação de textos. capítulo 14 • anelídeos pode-se começar a aula com a
pergunta ini-cial de a questão é (p. 145). após a discussão de todas as
hipóteses, o professor pode perguntar à classe como a minhoca se alimenta, como
é seu corpo, como é sua reprodução. por fim, apresen-tam-se os outros
anelídeos. o tópico “a importância das minhocas” (p. 147) e o texto “os usos
das sanguessugas”, da seção de olho no texto (p. 150), destacam a importância
de se preservar a biodiversidade, o que, aliás, fica explícito com a segunda
questão dessa atividade. o tópico “a importância das minhocas” ressalta esgoto
jogado na lagoa dos patos, são josé do norte (rs), 2011. gerson gerloff/pulsar
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43 também a importância desses anelídeos para o solo, tema já abordado durante
o 6º- ano e que, ago-ra, pode ser aprofundado. nesse nível de ensino, é
prematuro discutir de-talhes anatômicos e fisiológicos dos animais. mas é
possível discutir algumas das novidades evolutivas do corpo de anelídeos, que
são bastante interes-santes, como mostra o texto a seguir. novidades evolutivas
nos anelídeos algumas características novas estão presentes no corpo dos
anelídeos em relação ao dos platelmintos e nematoideos. o celoma, cheio de
líquido, funciona como umes-queleto hidrostático, possuindo uma pressão contra
a qual os músculos podematuar, aumentando a eficiên-cia das contrações
emovimentos. ele tambémpermite umaumento do tamanho dos órgãos internos. a
metameria favorece o surgimento de blocos de músculos que facilitamo ato de
cavar o solo. como ce-loma separando a superfície do corpo de seu interior, um
sistema circulatório fechado, que transporta nu-trientes e gases rapidamente
entre as duas regiões, passa a ser vantajoso. portanto, essas novidades
permitemumaumen-to no tamanho do corpo e de sua complexidade, man-tendo
umamovimentação rápida e eficiente. minhoca (cerca de 7 cm de comprimento).
fabio colombini/acervo do fotógrafo fontesdeconsulta: livros moore, j. uma
introdução aos invertebrados. são paulo: li-vraria santos, 2003. hickman, c.
p.; roberts, l. s.; larson, a. princípios integra-dos de zoologia. 11. ed. rio
de janeiro: guanabarakoogan, 2004. capítulo 15 • moluscos uma adaptação do
primeiro tema de pesquisa proposto na atividade em grupo (p. 158) é uma boa
opção para introduzir o assunto. o professor pode pedir aos alunos que
pesquisem (em livros, cd- -roms, na internet, etc.) receitas de pratos com
frutos do mar. as receitas coletadas pelos alunos durante esta atividade podem
ser entregues aos responsáveis pelas refeições escolares para se-rem
preparadas. quando estiverem prontas, pode ser feito um concurso, com a participação
da co-munidade escolar, para decidir qual é a melhor re-ceita. depois de
fornecer informações gerais sobre moluscos (corpo mole que pode estar
pro-tegido por concha), o professor pode perguntar se alguém sabe identificar
quais são os moluscos que estão presentes nas receitas. a apresentação de um
cartaz com um repre-sentante de cada grupo de molusco ajudará o aluno a
formular e a responder perguntas sobre as carac-terísticas comuns a todos esses
grupos e também sobre as que são exclusivas de cada um deles. o terceiro tema
de pesquisa proposto, sobre minhocultura, permite que os alunos conheçamain-da
mais detalhes sobre esse tópico. o boxe os invasores (p. 156) relata o
proble-ma do caramujo-gigante-africano e ilustra o pro-blema das espécies invasoras,
uma grave ameaça à preservação da biodiversidade local. por isso, deve ser lido
pelos alunos e discutido em sala. o professor pode sugerir também uma pesquisa
so-bre outras espécies invasoras que causam proble-mas no brasil. o boxe
cuidado com o consumo dos bivalves (p. 156) faz uma conexão entre o tema deste
capí-tulo e a saúde e, ao final, menciona o cultivo de ostras e mexilhões. o
professor pode pedir uma telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 43
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44 pesquisa sobre o cultivo de moluscos marinhos no brasil (malacocultura), que
ocorre em alguns estados. sobre esse tema e sobre aquicultura em geral, podem
ser acessados os seguinte sites na internet (acesso em 20 maio 2011): http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/
pdf/cartilha_aquicultura.pdf www.lmm.ufsc.br/index.php?area51
www.lmm.ufsc.br/index.php?area8 www.urutagua.uem.br//04zoo_streit.htm pérolas
em ostra (ostra com cerca de 8 cm na dimensão maior). robert
holmes/corbis/latinstock capítulo 16 • insetos: os artrópodes mais numerosos e
capítulo 17 • mais artrópodes: crustáceos, aracnídeos, diplópodes e quilópodes
estes dois capítulos podem ser trabalhados em conjunto. como no capítulo
anterior, um cartaz comumdesenho de um representante de cada gru-po de
artrópode vai ajudar o aluno tanto a formular quanto a responder perguntas
sobre as característi-cas comuns a todas as classes e sobre as que são
exclusivas de cada uma. pode-se discutir depois como a presença de pernas
dobráveis e exoesqueleto (que protege os músculos e lhes serve de ponto de
apoio) auxilia na locomoção e, nos grupos terrestres, como fa-cilita a
sobrevivência fora da água. as perguntas de a questão é (p. 159 e p. 173) podem
ser usadas para dar início a esse trabalho. outro item a explorar é a adaptação
dos di-versos aparelhos bucais ao tipo de alimentação do inseto. caramujo
gigante africano (pode atingir cerca de 15 cm de comprimento). kerstin
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45 o professor pode conseguir no mercado ou nas feiras livres camarões e outros
crustáceosmor-tos para que os alunos identifiquem algumas partes do corpo
desses animais. alguns artrópodes, como certas espécies de aranhas, são
perigosos para o ser humano, e o pro-fessor deve lembrar aos alunos os
procedimentos básicos a serem seguidos em caso de acidentes com esses animais.
é importante explorar ao máxi-mo as relações ecológicas entre eles e outros seres
vivos, perguntando, por exemplo, o que aconteceria com muitos animais e plantas
se todos os insetos desaparecessem. em seguida, o professor pode pedir aos
alunos que esquematizem cadeias ali-mentares que envolvam insetos em um ou mais
ní-veis tróficos. depois de falar sobre inseticidas, o professor pode perguntar
aos alunos de que outra forma é pos-sível combater os insetos que causam danos
à agri-cultura e quais seriam as vantagens dessa forma de combate. pode pedir,
então, que os alunos leiam e discutamo tópico “o combate às pragas” (p.
170-171) e, em seguida, resolvam a questão 3 da seção pense umpoucomais (p.
172). durante os estudos do 6º- ano os alunos tive-ram um primeiro contato com
o estudo de insetos sociais; agora podem estudá-los emmais detalhes neste
capítulo, sobretudo com a leitura do tópico “a vida em sociedade” (p. 166). se
a escola tiver alguns insetos mortos e con-servados, os alunos poderão
observar, com auxílio de uma lupa e uma pinça de ponta fina, a divisão do corpo
em cabeça, tórax e abdome, o número de pa-tas, as antenas, o tipo de aparelho
bucal, etc., e, de-pois, desenhar os animais no caderno, indicando suas
características. no site do instituto butantan, os alunos podem pesquisar os
cuidados que se deve ter em caso de acidentes com animais peçonhentos. as
recomen-dações estão em: http://www.butantan.gov.br/
home/acidente_com_animais_peconhentos.php. (acesso em 20 maio 2011.) mariposa
(loxolomia serpentina; cerca de 16 cm da ponta de uma asa a outra). fotos:
fabio colombini/acervo do fotógrafo esperança (2 cma 5 cm de comprimento).
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46 tradicionalmente, o filo arthropoda costu-mava ser dividido em cinco
classes: insecta, crustacea, arachnida, chilopoda e diplopoda. classificações
mais recentes, porém, consideram sua divisão em quatro subfilos: crustacea,
hexa-poda (que contém a classe insecta), chelicerata (que contém a classe
arachnida), myriapoda (com as classes chilopoda e diplopoda). outros auto-res
incluem as classes insecta, chilopoda e diplo-poda no subfilo uniramia (que
possuem pernas não ramificadas). entretanto, para evitar detalhes técnicos de
classificação, o que não é conveniente neste nível de ensino, optamos aqui pelo
termo “grupo” em lugar de “filo”. capítulo 18 • equinodermos a apresentação de
uma foto ou de um dese-nho de estrela-do-mar ao lado de foto ou desenho de um
animal com simetria bilateral cria uma boa oportunidade para que se pergunte se
alguém co-nhece esse animal, onde ele vive e que característi-cas podem ser
observadas nele. a atividade da seção identificando seres vivos (p. 186) ajuda
o aluno a recordar as principais carac-terísticas e exemplos dos grupos de
invertebrados estudados até aqui. capítulo 19 • peixes como estratégia para
introduzir o assunto, o professor pode distribuir desenhos ou fotos de
representantes de cada classe de vertebrados e pedir aos alunos que
identifiquem os animais, deem o nome do grupo a que pertencem e justifi-quem a
razão dessa classificação. ou então, de-pois da identificação de cada animal, o
professor pode dizer que eles são classificados como ver-tebrados e pedir aos
alunos que expliquem a ra-zão dessa denominação. é interessante apresen-tar,
nesse momento, o esqueleto humano e de-monstrar que a coluna vertebral está
presente também em nossa espécie. a pergunta de a questão é (p. 189) orienta
uma discussão importante para todos os grupos de ver-tebrados: as adaptações
que facilitama sobrevivên-cia de um animal em seu habitat. no caso dos pei-xes,
o aluno deverá perceber que a forma do corpo e a presença de nadadeiras, por
exemplo, facilitam o deslocamento na água, enquanto as brânquias per-mitem a
respiração no meio aquático. o boxe o fim da pesca (p. 198) chama a aten-ção
para a ameaça aos peixes comerciais e tam-bém a outras espécies marinhas. o
professor pode pedir um trabalho de pesquisa sobre esse tema. o texto a seguir
fornece alguns subsídios para essa atividade. a redução das populações marinhas
a pesca oferece à humanidade um alimento rico em proteínas. os peixes
constituem um recurso natu-ral renovável, pois se reproduzeme dão origema novos
peixes, repondo o estoque no ambiente. recursos na-turais não renováveis, ao
contrário, não podem ser re-compostos na natureza e, mais cedo oumais tarde,
vão acabar: o petróleo, o carvão mineral e outros minérios são alguns recursos
não renováveis. no entanto, é ilusão achar que recursos renová-veis nunca se
acabarão. se foremconsumidos emuma velocidade maior do que a de sua reposição
natural, seus estoques vão diminuindo gradativamente até chegar ao fim. é
exatamente isso o que vem ocorrendo com algumas espécies de peixes e outros
animais mari-nhos usados como alimento pelo ser humano. nos últimos cinquenta
anos, a pesca excessiva reduziu em 90% a população dos grandes peixes, como o
atum, o arenque, o peixe-espada, o salmão, o hado-que, o esturjão, a cavala e o
bacalhau. houve redu-ção também entre os crustáceos comestíveis, como o camarão
e a lagosta. estima-se que cerca de um terço das espécies marinhas encontra-se
ameaçada de extinção. essa ameaça deve-se, principalmente, à eficiên-cia da
pesca em escala industrial, que utiliza grandes navios pesqueiros, capazes de
localizar os cardumes por satélite ou sonar e de fazer a captura com imensas
redes de arrasto. essas redes, que são puxadas junto ao fundo do mar, acabam
arrastando tambémmolus-cos, crustáceos e peixes pequenos demais para o co-
barco pesqueiro no mar do norte, equipado com redes de arrasto (nas laterais do
barco). enquanto o barco se desloca, arrasta as redes atrás dele, capturando
peixes e outros animais marinhos. dirk wiersma/science photo library/latinstock
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47 tradicionalmente, o filo arthropoda costu-mava ser dividido em cinco
classes: insecta, crustacea, arachnida, chilopoda e diplopoda. classificações
mais recentes, porém, consideram sua divisão em quatro subfilos: crustacea,
hexa-poda (que contém a classe insecta), chelicerata (que contém a classe
arachnida), myriapoda (com as classes chilopoda e diplopoda). outros auto-res
incluem as classes insecta, chilopoda e diplo-poda no subfilo uniramia (que
possuem pernas não ramificadas). entretanto, para evitar detalhes técnicos de
classificação, o que não é conveniente neste nível de ensino, optamos aqui pelo
termo “grupo” em lugar de “filo”. capítulo 18 • equinodermos a apresentação de
uma foto ou de um dese-nho de estrela-do-mar ao lado de foto ou desenho de um
animal com simetria bilateral cria uma boa oportunidade para que se pergunte se
alguém co-nhece esse animal, onde ele vive e que característi-cas podem ser
observadas nele. a atividade da seção identificando seres vivos (p. 186) ajuda o
aluno a recordar as principais carac-terísticas e exemplos dos grupos de
invertebrados estudados até aqui. capítulo 19 • peixes como estratégia para
introduzir o assunto, o professor pode distribuir desenhos ou fotos de
representantes de cada classe de vertebrados e pedir aos alunos que
identifiquem os animais, deem o nome do grupo a que pertencem e justifi-quem a
razão dessa classificação. ou então, de-pois da identificação de cada animal, o
professor pode dizer que eles são classificados como ver-tebrados e pedir aos
alunos que expliquem a ra-zão dessa denominação. é interessante apresen-tar,
nesse momento, o esqueleto humano e de-monstrar que a coluna vertebral está
presente também em nossa espécie. a pergunta de a questão é (p. 189) orienta
uma discussão importante para todos os grupos de ver- barco pesqueiro no mar do
norte, equipado com redes de arrasto (nas laterais do barco). enquanto o barco
se desloca, arrasta as redes atrás dele, capturando peixes e outros animais
marinhos. dirk wiersma/science photo library/latinstock mércio, que, em sua
maioria, morrem esmagados na própria rede ou no convés dos barcos, muito antes
de seremdevolvidos aomar. não devemos nos iludir também com a vasti-dão dos
oceanos. é verdade que eles cobrem cerca de 70% da superfície da terra. no
entanto, longe da costa, os sais minerais tendem a se depositar no fundo, onde
não há luz. sem os sais minerais, a fo-tossíntese diminui, o que provoca a
redução na po-pulação de algas que sustentam a cadeia alimentar e,
consequentemente, reduzem-se as populações de peixes e de outros animais. por
isso, a maioria das espécies é encontrada perto das regiões costeiras; ou então
nas regiões em que correntes marítimas transportam os sais minerais do fundo
para a su-perfície iluminada: é o fenômeno conhecido como ressurgência, que
aumenta localmente o número de algas e, em consequência, o de peixes. portanto,
apesar da imensa área dos oceanos, os seres aquáticos estão concentrados em um
número relativamente pequeno de “oásis”. a pesca também se concentra nessas
regiões, o que aumenta o risco de extinção das espécies. oproblema não afeta
apenas os que vivem da pesca e os seres humanos que conso-mempeixes, mas toda a
cadeia alimentar. os grandes peixes são predadores que estão no topo das
cadeias. por isso, sua extinção pode provo-car desequilíbrios em toda a teia
alimentar. em um rio da califórnia, por exemplo, observou-se que pei-xes do
topo da cadeia alimentar, como as trutas, co-miam libélulas, que, por sua vez,
ingeriam um tipo de mosquito que se alimentava de algas. os pesquisa-dores
removeram então boa parte das trutas e ob-servaram que a população de libélulas
aumentou. com isso, a população de mosquitos diminuiu e a de algas aumentou, a
ponto de cobrir a superfície do rio e provocar graves desequilíbrios
ecológicos. outro exemplo de desequilíbrio foi observado no atlântico norte,
onde a pesca do bacalhau provocou o aumen-to da população de ouriços-do-mar,
que destruíram as algas do fundo. para piorar, ao contrário do que imaginamos,
nemsempre a criação de peixes é a solução para dese-quilíbrios. em artigo
publicado na revista scientific american brasil (ago. 2003, p. 705), daniel
pauly e reg watson comentam que, embora muitos acreditem que
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48 criações de peixes possam ajudar a manter os esto-ques naturais, isso só
acontece se os peixes criados não forem alimentados com produtos do mar. mas a
criação de peixes carnívoros, como o salmão, por exemplo, é feita com ração
produzida de peixes e ou-tros seres marinhos e, por isso, criações de salmão
consomemmais peixes do que produzem. em 2002, em johannesburgo, na áfrica do
sul, na reunião da cúpula mundial do desenvolvimento sus-tentável — conhecida
como rio10, por ocorrer dez anos depois da conferência das nações unidas sobre
o ambiente e o desenvolvimento, ocorrida no rio de ja-neiro em 1992 — houve um
acordo entre os países par-ticipantes no sentido da recuperação dos estoques de
peixes comerciais até 2015 (se possível, antes), estabe-lecendo áreas de
proteção marinha até 2012. o institu-to brasileiro do meio ambiente e recursos
naturais renováveis (ibama), por exemplo, proíbe a pesca de arrasto em certas
regiões de vários estados. além de aumentar o número de áreas protegi-das,
estão sendo estudados mecanismos legais para regular a exploração emáguas
internacionais. alguns cientistas sugerem que a indústria da pesca diminui em
50% o número de peixes capturados por ano. apesar dos problemas a curto prazo,
essa medida ga-rantiria o futuro das reservas de peixes. é claro que uma parte
dos recursos naturais precisa ser utilizada para atender às necessidades
hu-manas. outra parte, porém, deve ser preservada, de modo a não provocar
desequilíbrios ambien-tais que coloquem em perigo a ca-pacidade de sustentação
das pró-ximas gerações. fontesdeconsulta: livros beguery, m. a exploração dos
ocea-nos. são paulo: difel, 1980. pauly, d. e; watson, r. contando os últimos
peixes. scientific american brasil, ago. 2003, p. 70-75. sites(acesso em 20
maio 2011) www.fao.org/fi/default_all.asp www.fishbase.org/search.html
www.noaa.org/ocean.html www.redlist.org capítulo 20 • anfíbios a apresentação
de desenhos ou fotos desses animais e uma discussão inicial emtorno da
pergun-ta “quais são as adaptações dos anfíbios à vida ter-restre?” ou das
perguntas de a questão é (p. 201) auxiliamo aluno a compreender a relação entre
a re-produção dos anfíbios e o ambiente aquático. é importante enfatizar as
relações ecológicas entre esses animais e outros organismos: sapos co-mem
muitos insetos que poderiam atacar planta-ções, por exemplo. a leitura do
tópico “nós e os anfíbios” (p. 208) pode ajudar o aluno na compreen-são dessas
relações. o tópico “a evolução dos anfíbios” (p. 209) ilustra como o estudo dos
fósseis ajuda os cientistas na reconstituição da história evolutiva dos seres
vi-vos, além de mencionar rapidamente um famoso fóssil de transição entre os
ancestrais de peixes e anfíbios, o tiktaalik. se quiser ler mais sobre esse
tema, o professor pode consultar o livro de neil shubin, ahistória de quando
éramos peixes: uma re-volucionária teoria sobre a origemdo corpo humano (rio de
janeiro: elsevier, 2008). muitas espécies de anfíbios no mundo todo correm
risco de extinção. a primeira atividade da william h. mullins/photo
researchers, inc./latinstock rã-pimenta, uma rã nativa do brasil.
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49 seção atividade em grupo, no capítulo 21 (p. 223), propõe uma pesquisa sobre
esse tema. capítulo 21 • répteis como discussão inicial, é interessante fazer
uma comparação entre os répteis e os anfíbios na forma de reprodução e nas
características de cada espécie, perguntando, quando for o caso, como
de-terminada característica permitiu a sobrevivência desses animais no meio
terrestre, reduzindo a de-pendência do ambiente aquático. é importante também
que os alunos saibam quais medidas devem ser adotadas em caso de pi-cada de serpentes
e outros animais peçonhentos. para complementar as informações do boxe ciência
no dia a dia (p. 217), o professor pode pedir aos alu-nos uma pesquisa no site
do instituto butantan (ver indicação semelhante nas sugestões de aborda-gem do
capítulo 17, página 39). na seção atividade em grupo (p. 223) propõe-se uma
pesquisa sobre esse instituto. os textos “a evolução dos répteis” (p. 218) e
“os dinossauros” (p. 219-220) podem ser comple-mentados pela questão 5 de
atividade em grupo (p. 223). como atividade adicional em grupo, o professor
pode pedir uma pesquisa sobre os di-nossauros mais comuns de cada período da
era mesozoica (triássico, jurássico e cretáceo). o aluno deverá identificar,
para cada animal, o tamanho aproximado, o hábito alimentar (herbívoros ou
car-nívoros) e algumas outras características que jul-gar interessantes. a tv
escola possui alguns vídeos sobre dinos-sauros, que podem ser acessados no
site: http:// portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/vendo2. pdf (acesso em 20
maio 2011) e há instruções de como trabalhar esses vídeos com os alunos.
capítulo 22 • aves a primeira pergunta da seção a questão é (p. 225) serve para
introduzir o estudo do tema do ca-pítulo de forma comparativa. ao longo de todo
o capítulo, o aluno será convi-dado a relacionar as características do corpo
das aves com a capacidade de voo desses animais. dessemodo, o professor pode
optar por apresentar figuras da anatomia externa e interna do corpo das aves e
pedir aos alunos que tentem descobrir algu-mas possíveis adaptações ao voo.
lembramos que mesmo aves que não voam descendem de aves que voavam e, por isso,
têmmui-tas características comuns com as aves que voam. assim, depois de
mostrar, por exemplo, que as aves não têm dentes, o professor deve perguntar
como essa carac-terística pode facilitar indireta-mente o voo. outras relações
es-tão dispersas ao longo do capítulo ou nas questões da seção pense um pouco
mais (p. 236). é interessante ainda pedir ao aluno que estabeleça conexões
entre a endotermia e outras ca-racterísticas das aves, como a presença de
penas; ou o gasto de energia, que nas aves é proporcio-nalmente maior do que
nos rép-ivan sazima/reflexo coral-verdadeira (atinge cerca de 1 m de
comprimento). telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_15a55_pe.indd 49 6/21/12 4:16
pm
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50 teis, o que se deve à capacidade de voar e de produzir calor paramanter a
temperatura do corpo constante. o tópico “como as aves se alimentam” (p. 228)
pode ser apresentado de forma mais instigante: o professor apresenta uma série
de bicos (sem mos-trar o corpo das aves) adaptados a diferentes tipos de
alimentação e pergunta qual deles deve ser usa-do, por exemplo, para dilacerar
carne, para se ali-mentar de néctar, para comer sementes, e assim por diante.
embora nem sempre seja simples des-cobrir isso apenas olhando o bico, a
atividade pode-rá despertar a curiosidade do aluno a respeito e es-timular seu
raciocínio. o tópico “a evolução das aves” (p. 234) trata do parentesco
evolutivo das aves com alguns gru-pos de dinossauros, mostrando inclusive a
recons-tituição de um dinossauro com penas. o professor deve lembrar aos alunos
a importância do estudo dos fósseis para a compreensão da história evolu-tiva
dos seres vivos. capítulo 23 • mamíferos uma estratégia para este capítulo
consiste em mostrar fotos de alguns mamíferos com pelos, com um deles, ao
menos, amamentando. em seguida, o professor pode colocar ao lado das fotos
dosmamí-feros uma figura (de preferência trazida pelo aluno) de um representante
de cada grupo dos demais vertebrados para que os alunos identifiquem algu-mas
características comuns aos mamíferos e que não estejam presentes nos outros
grupos. se durante a discussão algum aluno tiver dú-vidas sobre a classificação
de baleias e golfinhos, o professor deve lembrá-lo de que esses animais possuem
pelos na fase embrionária. o professor pode ampliar a discussão pedindo aos
alunos que identifiquem algumas adaptações de cada mamífero ao ambiente em que
vive, de for-ma a complementar a terceira questão de pense um poucomais (p.
254). fabio colombini/acervo do fotógrafo pinguins de magalhães (spheniscus
magellanicus; cerca de 70 cm de comprimento).
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51 a atividade identificando os seres vivos (p. 256-257) pode ser usada para
avaliar os conheci-mentos gerais dos alunos sobre todo o grupo de vertebrados.
para enriquecer o estudo dos vertebrados, caso seja possível, o professor pode
propor uma vi-sita a um jardim zoológico. nesse caso, em primeiro lugar, é
importante lembrar aos alunos algumas re-gras básicas de comportamento, tais
como: não irri-tar os animais com provocações; não atirar objetos nos viveiros;
não jogar qualquer tipo de alimento para os animais; não se apoiar nas telas; e
outras que o professor julgar importantes. para a visita, os alunos deverão
levar lápis, bor-racha, bloco de papel e prancheta. devem também ficar
protegidos do sol, com filtro solar, chapéus, etc. é importante que os alunos
leiam com aten-ção as informações que, geralmente, estão em placas junto aos
viveiros e anotem o nome co-mum e o nome científico do animal. além disso,
devem observar o aspecto externo do animal (presença de pelos, penas, escamas,
bicos, patas, garras e outras estruturas externas) e se as ca-racterísticas
observadas podem estar relaciona-das com a adaptação desses animais ao ambiente
em que vivem. devem observar também se o animal está so-zinho ou se divide o
viveiro com outro da mesma espécie ou de espécie diferente, se há filhotes, se
o animal está fora ou dentro da água, se está exposto ao sol ou se está na
sombra, na árvore, etc. o professor pode pedir também a cada aluno que escolha
um animal de cada grupo de vertebra-do sobre o qual ele gostaria de pesquisar,
na volta à escola. no relatório deverá constar, para cada ani-mal escolhido, a
classificação, o nome científico, o habitat, o hábito alimentar, as relações
que ele mantém com o ser humano, e o que mais o aluno julgar interessante. fica
a critério do professor a forma e o grau de profundidade com que vai trabalhar
a leitura especial “a evolução da espécie humana” (p. 259-263); isso vai
depender da situação especí-fica do processo ensino-aprendizagem. adiante são
fornecidas algumas sugestões para o traba-lho dessa leitura. capítulo 24 •
briófitas e pteridófitas se possível, o professor pode conseguir al-guns
exemplares de musgo e samambaia. ele pode pedir, então, aos alunos que
dese-nhemo que estão vendo e, comauxílio do livro-tex-to, identifiquem as
principais partes de cada orga-nismo e, emseguida, tentemresponder às questões
de trabalhando as ideias do capítulo (p. 273). se
estiveremdisponíveismicroscópios e aces-sórios para microscopia, o professor
pode propor a atividade prática adicional a seguir. inicialmente, é preciso se
certificar de que os alunos já conhecem as noções básicas do uso do microscópio
e os cuidados que devem ter com esse instrumento. material: alguns pés de
musgos, lâminas e la-mínulas, microscópio. os alunos formam grupos e, com a
orientação do professor, colocam na lâmina um filoide de mus-go, pingam uma
gota de água sobre ele e cobrem o material com a lamínula. a seguir, a
preparação será levada ao microscópio e observada em pequeno e em grande
aumento. os alunos deverão fazer um esquema do que estão observando,
respondendo também às ques-tões a seguir (pode ser uma pesquisa no próprio
li-vro-texto — capítulo 1 — ou em outras fontes): a) o que você observa no
interior das células? b) qual a importância dessa estrutura para o vegetal?
devem ser observados vários grãos verdes no interior das células: são os
cloroplastos, organelas da célula onde acontece a fotossíntese. capítulo 25 •
gimnospermas para introduzir o capítulo, a pergunta inicial po-deria ser: “qual
é a função da semente na planta?”,
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52 ou a pergunta de a questão é: “como o grão de pó-len e a semente contribuem
para a reprodução das gimnospermas?”. o professor deve ficar atento para o fato
de que neste capítulo aparece pela primeira vez um grupo de plantas com
sementes, o que permite ex-plorar essa e outras características como
adap-tações ao meio terrestre (a semente equivale ao ovo com casca e, como ele,
representa a inde-pendência reprodutiva do grupo em relação ao meio aquático).
podem ser solicitadas pesquisas na internet sobre a gralha-azul (cyanocorax
caeruleus), ave símbolo do estado do paraná, e suas relações com o
pinheiro-do-paraná (araucaria angustifolia), ou sobre as sequoias, por exemplo,
devendo o aluno investigar quais são as maiores e mais antigas dessas árvores.
capítulo 26 • angiospermas: raiz, caule e folhas as perguntas de aquestãoé (p.
280) resumem bemos principais temas que serão tratados no capí-tulo e podem ser
usadas no início do trabalho para investigar o conhecimento prévio do aluno. o
professor pode começar com uma exposi-ção sobre fotossíntese e mostrar que a
planta ab-sorve água e sais minerais do solo, os quais são transportados para a
folha através de vasos condu-tores de seiva e, finalmente, as substâncias
orgâni-cas da folha são levadas para outras partes da planta por outro conjunto
de vasos condutores. com essas informações, os alunos poderiam discutir qual é
a função da raiz, do caule e da folha, sem entrar ainda nas funções
particulares de cada planta (raízes com reserva de alimento, por exem-plo).
seria interessante também discutir a relação entre a forma e a estrutura desses
órgãos e suas funções. usando figuras ou exemplares de raízes tube-rosas,
cactos com seus espinhos, plantas com gavi-nhas, por exemplo, os alunos
discutiriam quais são as adaptações específicas dessas estruturas, en-quanto o
professor forneceria informações auxilia-res no decorrer do trabalho. o nome de
cada estru-tura, porém, pode ficar para o final da atividade, em segundo plano.
o professor pode realizar, como demonstra-ção, a atividade prática adicional a
seguir para a observação do gravitropismo (geotropismo) de raízes. material: assadeira
de alumínio, terra de jardim misturada com argila, dez sementes de feijão ou de
milho, formão, martelo, quatro tijolos. o professor deverá fazer várias
aberturas com o formão no fundo da assadeira, cobrir a assadeira com terra
umedecida misturada com argila e plantar as sementes. a assadeira ficará sobre
uma mesa apoiada sobre os tijolos (dois de cada lado). a assa-deira deverá ser
regada todos os dias por cerca de 20 dias. ao final desse período, os alunos
deverão ob-servar eexplicar oque aconteceu. eles devemobser-var que as raízes
das plantas saíram pelas aberturas no fundo da assadeira (gravitropismo
positivo), en-quanto a parte aérea cresceu em sentido oposto (gravitropismo
negativo). se o professor achar conveniente, pode apro-fundar o estudo dos
vegetais propondo questões que exigem pesquisas sobre a anatomia da folha,
ti-pos de pigmentos encontrados, fisiologia da planta, etc. mas, em muitos
casos, são questões que po-dem ser deixadas para o ensino médio. vejamos
al-guns exemplos. se for pedida uma pesquisa sobre o que faz as folhas mudarem
de cor no outono, o aluno pode tentar descobrir que a maioria das folhas é
verde porque a cor (verde) da clorofila impede que sejam vistas as cores de
outros pigmentos que se encontram na folha, como o caroteno, de cor la-ranja, e
a xantofila, de cor amarela. quando come-ça o outono nos países de clima
temperado, os dias ficam mais curtos, as noites mais longas, e a temperatura
diminui. essas mudanças fazem muitas árvores interromper a fotossíntese. a
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53 rofila começa, então, a ser destruída, e as cores dos outros pigmentos
aparecem. às vezes, a planta continua a realizar a fotossíntese, mas os
açúcares produzidos nas folhas não são levados para as outras partes da planta,
e uma fração des-ses açúcares é transformada em pigmentos ver-melhos ou
violeta. o professor pode lembrar, ainda, que nos países de clima mais quente,
como o brasil, mui-tas plantas do cerrado e da caatinga perdem as folhas
durante o período em que não há chuvas. já nas florestas tropicais a maioria
dos vegetais conserva suas folhas o ano inteiro: as folhas só caem porque há um
processo natural de envelhe-cimento do órgão. o professor pode usar a atividade
prática adi-cional a seguir para aprofundar o estudo da anato-mia da folha. o
professor deverá retirar uma camada bem fina (com ajuda de uma lâmina de
barbear) da epi-derme da face inferior de uma folha de tradescantia sp., rhoeo
sp. ou zebrina sp. e distribuir pedaços aos grupos de alunos. orientados pelo
professor, cada grupo deverá montar uma lâmina com o material, uma gota de água
e uma lamínula e observar aomicroscópio, pri-meiro com a objetiva de menor
aumento e, depois, com maiores aumentos, até chegar à objetiva de cerca de 40x.
os alunos deverão fazer um esquema do que estão observando com essa objetiva e
res-ponder às seguintes questões: a) o que você observa no interior das
células? b) qual a importância dessas estruturas para o vegetal? eles deverão
observar os cloroplastos, orga-nelas da célula responsáveis pela fotossíntese,
e também as pequenas aberturas na epiderme da fo-lha (estômatos). ao final do
capítulo, com o texto “as plantas transgênicas” (p. 291-292), é feita uma
conexão en-tre tecnologia e o tema do capítulo. no texto são apresentadas as
críticas a essa nova tecnologia, mas também sua defesa. o professor pode optar
por não entrar em muitos detalhes a respeito, pois esse assunto será tratado no
ensino médio com maior aprofundamento. capítulo 27 • angiospermas: flores,
frutos e sementes pode-se iniciar o capítulo com a pergunta: “por que a
produção de frutos de um pomar pode diminuir depois que se usa inseticida?”. se
não houver respostas imediatas, cabe ao professor orientar a discussão
acrescentando que o insetici-da mata as abelhas. mostrando à classe a imagem de
uma abe-lha pousada em uma flor, pode-se perguntar o que o inseto está fazendo.
depois de os alunos terem compreendido que a reprodução sexuada das
angiospermas está ligada à flor e que a abe-lha tem um importante papel nesse
processo, o professor poderá utilizar a última atividade do capítulo (a
observação das partes de uma flor) para apresentar aos alunos o processo de
polini-zação e discutir as diversas adaptações entre flores e polinizadores. a
seção atividade em grupo (p. 312) ajuda o aluno a se familiarizar com as
plantas brasileiras, a aprender um pouco sobre plantas venenosas e so-bre a
importância das plantas na produção de medi-camentos. trata-se, portanto, de
uma atividade cujos resultados devem ser expostos para a comu-nidade escolar. a
pesquisa de número 5, sobre o pau-brasil, proporciona uma oportunidade de maior
integração entre várias disciplinas escolares. veja a seguir algumas atividades
práticas adi-cionais sobre os temas deste capítulo. o professor pode realizar
com a turma uma observação de animais e plantas em um espaço de área verde
próximo à escola. os alunos devem levar prancheta, bloco de papel, lápis ou
lapiseira e bor-racha. e o professor levará um par de luvas de bor-racha, uma
pazinha, uma lupa e um termômetro para medir a temperatura ambiente. ao chegar
ao local, o professor deve verificar a temperatura
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54 marcada no termômetro (podem ser feitas duas medidas, uma à sombra e outra
sob o sol), e os alu-nos devem anotá-la. o professor deverá fornecer
previamente as instruções para as observações a serem feitas. deverá pedir
também aos alunos que não toquem na terra nemmexam em plantas ou animais. eles
deverão observar, por exemplo, se há liquens em troncos de árvores ou pedras e
que cores estes apresentam; se há um limo verde, se-melhante a uma camada de
tinta (podem ser al-gas verdes), ou se há algo parecido, porém mais espesso,
com pequenas folhas visíveis (filoides) a olho nu (nesse caso, pode ser musgo).
pode ser usada a lupa se o material a ser observado for muito pequeno. os
alunos devem pedir ajuda ao professor na identificação dos organismos
obser-vados. uma vez feita a identificação (pelos alunos ou pelo professor), os
alunos deverão registrar por escrito o nome do organismo observado, descrever
seu aspecto e representá-lo por meio de desenhos. deverão observar e tentar
identificar tam-bém os vários tipos de plantas (arbustos, árvores, samambaias,
vegetais floridos, etc.) no ambiente, se há cogumelos, se aparecem insetos ou
outros animais. com a pazinha, o professor pode procurar no solo tatuzinhos,
minhocas e outros animais peque-nos, com cuidado, porém, para não prejudicar o
ecossistema observado, alterando o mínimo possí-vel o ambiente e sempre
recolocando emseu lugar a terra revolvida. depois da atividade, os alunos
deverão listar os organismos observados e, com auxílio do livro- -texto,
classificá-los. o professor também pode propor algumas perguntas. por exemplo:
“o que aconteceria com os animais dessa área se as plantas fossem retira-das?”;
“e se o clima se modificasse e houvesse na região uma seca prolongada?”. o
professor poderá pedir também uma pes-quisa em grupo (na internet, em livros,
etc.) sobre a importância das áreas verdes em uma região urba-na. os alunos
deverão descobrir que as áreas ver-des contribuem para diminuir a poluição
sonora e do ar, para um microclima mais ameno (sombra, umi-dade, etc.), para o
lazer, para embelezar a paisagem e para uma melhor relação homem-natureza, além
de servirem de abrigo e fonte de alimentação para pássaros e outros animais.
outra atividade prática interessante consiste em colocar para germinar em
algodão úmido grãos de feijão e grãos integrais, como arroz, grama, alpis-te,
trigo e aveia (os grãos devem estar com a casca, porque sementes beneficiadas
não germinam). os grãos integrais podem ser adquiridos em casas de avicultura
ou de produtos agrícolas. a germinação e o crescimento devem ser acompanhados
por cerca de 30 dias. ao longo desse período, os alunos deverão anotar as
mu-danças de aparência e forma da semente, o surgi-mento da raiz, do caule e
das folhas da plantinha germinada. o professor pode pedir então que os alunos
identifiquem quais as sementes de plantas monocotiledôneas e quais as
dicotiledôneas (eu-dicotiledôneas). pode pedir também aos alunos que pesquisem
os diversos produtos (farinhas, pães, macarrão, canjica, mingau de aveia, etc.)
de-rivados dessas sementes. capítulo 28 • o ambiente terrestre e capítulo 29 •
o ambiente aquático estes capítulos podem ser trabalhados em conjunto e de
forma interdisciplinar, com a partici-pação do professor de geografia. seria
interes-sante que o professor pudesse contar com o auxílio de vídeos, dvds,
cd-roms, livros paradi-dáticos, reportagens de jornais e revistas, etc. a
interação com outras disciplinas é particu-larmente importante para a
realização das ativi-dades propostas na seção atividade em grupo em ambos os
capítulos (p. 336 e p. 343). essa ati-vidade permite também que o aluno tenha
conta-to com os problemas que afetam o ambiente na
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55 região em que vive e com a percepção desses problemas pela população local.
em cada ecossistema, é apropriado chamar a atenção para as relações ecológicas
entre os seres vivos e o ambiente e para as adaptações de animais e plantas. em
regiões de clima seco, por exemplo, ani-mais e plantas costumamapresentar
adaptações in-teressantes, comomostra o texto sobre desertos e o boxe como
viver compouca água (p. 328). no livro why elephants have big ears: un-derstanding
patterns of life on earth (new york: st. martin’s press, 2000; por que os
elefantes têm orelhas grandes: compreendendo padrões de vida na terra), o
cientista inglês chris lavers explica que os elefantes, animais que vivem em
regiões muito quentes da áfrica e da ásia, têm um volume corpo-ral muito grande
(cerca de 5 toneladas de peso) para uma pequena área relativa, o que dificulta
a perda de calor. mas, acrescenta o cientista, esse problema é compensado pelo
número reduzido de pelos que esses animais têm no corpo e pela gran-de
superfície relativa de suas orelhas, adaptações que ajudam na perda de calor
(as grandes orelhas, por onde circula muito sangue, funcionam como uma espécie
de “radiador”). os elefantes possuem ainda adaptações com-portamentais para
diminuir a temperatura corporal, como chafurdar na lama e lançar água, com a
trom-ba, sobre o corpo, o que provoca evaporação de água na pele e, com isso, a
perda de calor. o professor pode pedir uma pesquisa em grupo sobre atividades
extrativistas que geram renda e trabalham de forma sustentável, preser-vando a
biodiversidade local. informações sobre esse tema podemser encontradas nos
sites (aces-so em 20 maio 2011): www.embrapa.br/publ icacoes/tecnico fol
dertextodi scussao/arqu ivos-pdf/texto -27-20-05-08.pdf
www.ibama.gov.br/resex/historia.htm redmond durrell/alamy/other images
elefantes lançam água sobre o corpo para diminuir a temperatura.
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56 5 sugestões de respostas das atividades capítulo 1 • a organização dos seres
vivos trabalhando as ideias do capítulo 1. os cientistas conseguemestudar as
células coma ajuda do microscópio, instrumento composto de várias lentes de
aumento que ampliama imagem. 2. b; e; g; h. 3. a célula é a unidade da vida
porque ela se ali-menta, cresce e realiza as diversas funções que mantêm a
vida. 4. a)membrana plasmática. b) núcleo. c) citoplasma. pense um pouco mais
1. o ditado pode ser aplicado ao fato de que uma única célula não consegue
realizar determinada função. é preciso que um conjunto de células atue,
formando um tecido ou um órgão, para que determinada função seja executada. 2.
o músculo é um órgão, já que é formado por vá-rios tecidos, como o tecido muscular,
o tecido conjuntivo, o tecido nervoso e o sangue. mexa-se! 1. o aluno poderá
citar o telescópio, os raios x, o ultrassom, etc. o mais importante não é
desco-brir nomes de instrumentos, mas perceber que a ciência, através da
tecnologia, é capaz de cons-truir artefatos que aumentam nosso campo de
conhecimento. 2. o termo célula foi criado pelo cientista inglês robert hooke
(1635-1703), quando observou pedaços de cortiça com o auxílio de ummicros-cópio
formado por duas ou mais lentes asso-ciadas dentro de um tubo de metal. ele
descre-veu pequenas cavidades no interior daqueles pedaços e deu-lhes o nome de
células (dimi-nutivo latino de cella, lugar fechado, pequeno cômodo). de fato,
como a cortiça é um tecido de células mortas (que tem a função de prote-ger o
tronco das árvores), o que hooke viu foi apenas o envoltório da célula (a
parede celular) e o espaço vazio antes ocupado pela célula viva. aprendendo com
a prática o aluno deverá fazer umdesenho simplifcado de células vegetais,
identifcando o citoplasma, o núcleo e a parede celular. a questão é os órgãos
são feitos de tecidos e estes são fei-tos de células. a reunião de órgãos forma
um sistema, e o conjunto de sistemas forma o organismo. o mi-croscópio nos
permite estudar partes muito peque-nas dos seres vivos, invisíveis a olho nu,
como é o caso das células. capítulo 2 • em busca de matéria e energia
trabalhando as ideias do capítulo 1. a) energia b) renovação c) desenvolvimento
d) crescimento e) ciclo vital 2. o corpo cresce devido ao aumento do número de
células. àmedida que estas se dividem, origi-nam novas células. 3. a)
respiração celular b) açúcar unidade 1 • o que é a vida afinal?
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c) fotossíntese d) clorofla e) autotrófca f) heterotrófca g) metabolismo 4. não
realizamos fotossíntese e, por isso, não somos capazes de usar a luz para
produzir ali-mentos como o açúcar, como ocorre nas plan-tas. por isso,
precisamos ingerir alimentos para sobreviver. 5. fotossíntese: b, c. respiração
celular: a, d, e. 6. a; b; e. 7. a planta precisa de luz para crescer porque a
fo-tossíntese, processo pelo qual a planta produz diversas substâncias
necessárias ao seu cresci-mento, se realiza com a presença da luz solar (entre
outros fatores). 8. não é verdade. as plantas, por exemplo, crescem em direção
à luz. pense um pouco mais 1. o número se mantém constante porque novas
hemácias e novas células da pele são continua-mente produzidas, repondo as células
perdidas. 2. não, porque os animais dependem de alimentos produzidos pelas
plantas. 3. mesmo que haja comida dentro do vidro, o oxigê-nio ali presente
acaba sendo consumido pela for-miga. se o vidro permanecer fechado, não haverá
reposição de oxigênio e a formiga morrerá. 4. a planta realiza a fotossíntese e
o oxigênio libe-rado pode ser consumido pela formiga, prolon-gando a sua vida.
5. o bife deve ter sido feito com carne de boi. o boi alimenta-se de plantas e
as plantas, para cres-cer, precisam de energia do sol para realizar a
fo-tossíntese. 6. a luz foi o estímulo que provocou a diminuição de tamanho da
pupila dessa pessoa. essa propriedade de reagir a estímulos é chamada
irritabilidade. 7. isso ocorreu porque o caule de muitos vegetais, principalmente
de plantas jovens, cresce em di-reção à luz, favorecendo a fotossíntese. de
olho no texto a) omicroscópio. b) ele observou que os seres semovimentavam. c)
porque antes o microscópio ainda não havia sido inventado. mexa-se! 1. quase
todos os seres vivos são aeróbios, isto é, usam oxigênio para conseguir energia
por meio da respiração celular. mas alguns conseguem extrair a energia do
alimento sem usar oxigênio — são por isso chamados de anaeróbios. algu-mas
bactérias e fungos microscópicos, por exemplo, realizam um processo anaeróbio
co-nhecido como fermentação. por isso esses or-ganismos conseguem sobreviver
mesmo na au-sência de oxigênio. 2. a planta conhecida como sensitiva fecha as
fo-lhas quando algo as toca. e essa é uma reação bem rápida. 3. para uma pessoa
obter todos os nutrientes, é necessário que tenha uma dieta variada, já que não
existe um alimento completo, com todos os nutrientes de que precisamos. por
isso, é impor-tante comer diariamente alimentos de cada um dos seguintes grupos
básicos: • cereais (arroz, trigo, etc.) e derivados (pães e mas-sas); batata,
mandioca, que fornecem boa parte da energia necessária às atividades do corpo;
• verduras e legumes, que fornecem principalmen-te vitaminas, sais minerais e
fibras (as fibras aju-dam no bom funcionamento do intestino); • frutas, que
fornecem também vitaminas, sais mi-nerais e fibras; • leite e derivados, como
iogurte e queijo, que for-necem cálcio, além de proteínas (necessárias para a
construção de partes do corpo), determi-nadas vitaminas, gorduras e alguns sais
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58 • carne e alternativos, como a carne de boi, ave e peixe, miúdos, ovos e a
mistura de arroz com fei-jão. fornecem, principalmente, proteínas, além de
gorduras e algumas vitaminas e sais minerais. aprendendo com a prática
experimento 1 a) é o gás oxigênio que forma essas bolhas. b) o fenômeno
responsável pela produção des-se gás é a fotossíntese. c) a produção desse gás
seria interrompida, pois a fotossíntese não se realiza no escuro. experimento 2
a) dependendo das condições de observação, o aluno poderá perceber a presença
de cloro-plastos, da parede celular e do núcleo. b) cloroplastos. a elódea não
sobreviveria sem essas estruturas porque a fotossíntese ocor-re nos
cloroplastos. experimento 3 a) as plantas cresceram em direção à abertura da
caixa. b) a luz. c) porque permite que a planta receba luz, um fator necessário
para sua nutrição. a questão é o alimento fornece matéria e energia para o
crescimento, para a renovação e para as atividades do organismo. as plantas
sintetizam os açúcares usando gás carbônico do ar, mais a água e os sais
mi-nerais do solo. capítulo 3 • os seres vivos se reproduzem... e evoluem
trabalhando as ideias do capítulo 1. a) a reprodução assexuada. b) sim. c) não.
2. são semelhantes porque recebem genes do pai e da mãe e os genes infuenciam
várias caracte-rísticas dos seres vivos. 3. reprodução assexuada. 4. a) mutação
b) seleção natural c) evolução 5. a, c, e, f, g, h. identificando
características dos seres vivos 1. a) presença de clorofla, capacidade de
realizar fotossíntese. b) capacidade de locomoção. c) reprodução,
hereditariedade, capacidade de realizar respiração celular, capacidade de
rea-gir a estímulos, são formados por uma ou mais células, sofremmutações. 2.
óvulo e espermatozoides. trata-se da fecunda-ção: ummomento importante porque
origina ou-tro ser vivo. pense um pouco mais 1. esse processo se chama
reprodução assexuada: houve reprodução sem a presença de gametas ou a
ocorrência de fecundação. 2. a frase está certa, já que todas as células do
cor-po surgem de divisões da célula-ovo. 3. ela fornece uma proteção
(camufagem) que torna as lagartasmenos visíveis aos seus preda-dores. 4. a
camufagem. ela pode servir de defesa contra pássaros e outros animais que se
alimentam do inseto. 5. os animais carnívoros, como o leão, possuem dentes
caninos bem desenvolvidos, com os quais perfuram a carne de suas presas. as
nada-deiras do golfnho facilitam seu deslocamento no meio aquático. a carapaça
rígida do jabuti prote-ge esse animal de seus predadores. os espinhos do
ouriço-cacheiro ajudam esse animal a se de-fender de predadores.
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59 6. o número de mariposas escuras deve ter au-mentado, já que elas fcavam
camufadas quan-do pousavam nos troncos escuros. o processo é chamado seleção
natural. de olho no texto a) mutação. b) o medicamento então passa a eliminar
ape-nas os indivíduos que são sensíveis. as for-mas resistentes vão sobreviver
e dar origem a descendentes. c) evolução. mexa-se! as rochas possuem uma
quantidade muito pe-quena de certos elementos que, bem lentamente, vão se
transformando em outros. o urânio, por exemplo, se transforma em chumbo. o
tempo que o urânio e os outros elementos levampara se transformar é conhe-cido
pelos cientistas. assim, medindo, por exemplo, a quantidade de urânio e chumbo
que a rocha contém, eles podem calcular a idade aproximada da rocha e do fóssil
nela depositado. esses elementos, chamados elementos radioativos, funcionam,
então, como uma espécie de relógio natural. a questão é os dois tipos básicos
de reprodução: assexuada e sexuada. as semelhanças entre flhos e pais se de-vem
à passagem de genes dos pais para os flhos. as espécies atuais surgiram de um
processo de evolu-ção. mutação é uma alteração que ocorre no gene. capítulo 4 •
a origem da vida trabalhando as ideias do capítulo 1. a) a teoria da geração
espontânea (abiogê- nese). b) os “vermes” deveriam ter surgido tanto nos vidros
cobertos como nos abertos. c) os “vermes” surgiram apenas nos vidros abertos,
mostrando que não havia geração espontânea: os “vermes” eram larvas vindas de
ovos de moscas. 2. a) pasteur queria provar que microrganismos não surgem por
geração espontânea. b) para que o ar pudesse entrar. c) os microrganismos não
surgiram no balão de vidro, contrariando a teoria da geração es-pontânea. 3. b,
d. 4. gases da atmosfera, substâncias orgânicas, subs-tância capaz de se
duplicar, primeiro ser vivo. pense um pouco mais 1. a) a ideia de que umser
vivo pode surgir dama-téria sem vida (geração espontânea ou abio-gênese). b)
helmont não realizou uma observação cuida-dosa nem um teste controlado: os
ratos po-diam ter vindo de algum lugar de fora do gal-pão, em vez de surgir por
geração espontâ-nea. seria preciso que helmont impedisse o acesso dos ratos ao
galpão ou às camisas. 2. o saco impede que a mosca ponha os ovos na fruta. 3.
não, porque restaria explicar como os primeiros seres vivos teriam se formado
fora da terra. 4. esses “vermes” devem ser larvas dessas mos-quinhas. eles
vieramdos ovos colocados por elas. mexa-se! stanley miller construiu um
aparelho no qual co-locou hidrogênio, amoníaco emetano. essa mistura foi
submetida a fortes descargas elétricas, ao mesmo tempo em que recebia vapor de
água condensado, si-mulando chuva. após uma semana de funcionamento, constatou,
no líquido formado, a presença de com-postos orgânicos, como os aminoácidos.
aprendendo com a prática os cientistas procuram resolver um problema — alguma
situação para a qual ainda não haja
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60 cação — formulando hipóteses e testando-as por meio de observações ou
experimentos. no caso das caixas, o problema é descobrir quais objetos se
en-contram dentro delas. apesar de não saber quais são esses objetos, o aluno
pode tentar descobrir pela formulação de uma hipótese e pela observação. por
exemplo, sacudindo as caixas e identificando o som produzido. a questão é uma
das hipóteses para explicar a origem da vida na terra é a da transformação dos
gases da at-mosfera primitiva em substâncias típicas dos seres vivos. o
experimento de redi demonstrou que os “vermes” eram larvas de moscas, que não
surgiam por abiogênese, e sim de ovos postos por outras moscas. o experimento
de pasteur demonstrou que os microrganismos não surgiam por abiogênese, mas
vinham do ar. capítulo 5 • classificando os seres vivos trabalhando as ideias
do capítulo 1. a parte da biologia responsável pela classifca-ção dos seres
vivos chama-se taxonomia. 2. b) flo c) classe d) ordem e) família f) gênero 3.
homo sapiens (escrito à mão). 4. porque pertencem à mesma espécie. 5. c, f. 6.
o conceito de espécie. 7. cinco gêneros e nove espécies. 8. abelha: animal;
cogumelo: fungo; bactéria: mo-nera; ameba: protista; roseira: planta. pense um
pouco mais 1. porque, apesar de cruzarem, originam um flho estéril (“tem pais
mas não tem flhos”), o burro ou a mula. 2. porque os nomes comuns variam de
lugar para lugar e de um idioma para outro. assim, ummes-mo animal poderia ter
vários nomes, o que dif-cultaria sua identifcação. além disso, os nomes
científcos procuram indicar o grau de parentesco evolutivo entre as espécies.
3. encontramos seres mais heterogêneos entre seres do mesmo flo, mas de classes
diferentes. mexa-se! em algumas espécies há grupos de indivíduos (populações)
que vivem separados uns dos outros. é o caso da cascavel da amazônia brasileira
e da cas-cavel da guiana, por exemplo. esses indivíduos são capazes de cruzar e
produzir filhotes férteis, mas não o fazem porque vivem muito distantes uns dos
outros. como eles vivem separados há um bom tempo, por evolução eles já
apresentam algumas diferenças entre si. nesse caso, dizemos que eles
formamsubespé-cies. se continuarem separadas, essas populações podem formar
novas espécies. a nomenclatura de uma subespécie trinomial é escrita em
itálico. veja como fca o nome ofcial das subespécies de cascavéis mencionadas
anterior-mente: crotalus durissus terrifcus (cascavel encon-trada na amazônia
brasileira), crotalus durissus duris-sus (cascavel encontrada na guiana). a
questão é os cientistas agrupam os seres vivos analisan-do as semelhanças entre
eles com o objetivo de indi-car como se deu a evolução de cada grupo. os seres
vivos são agrupados nos seguintes reinos: monera, protista, fungi, animalia,
plantae. o nome da espécie é duplo (binomial) e escrito em latim, com letras em
itálico, quando em texto impresso, ou sublinhado, quando escrito à mão. a
primeira palavra indica o gê-nero e é escrita com inicial maiúscula.
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61 capítulo 6 • os vírus e a saúde do corpo trabalhando as ideias do capítulo
1. c, d, g, i, j, l. 2. evitar o acúmulo de água parada emvasos, latas, etc. 3.
por mordida de animais contaminados. 4. b, e, f. 5. algumas doenças provocadas
por vírus não ata-camamesma pessoamais deumavez porque, de-pois da cura, nosso
organismo produz anticorpos específcos, isto é, células que estarão prontas
para entrar emação rapidamente contra esse vírus. 6. a gripe pode atacar de novo
a mesma pessoa porque é causada por vírus que sofrem muta-ções muito
rapidamente. desse modo, os anti-corpos antigos não funcionam contra os novos
vírus. 7. a, c, d, f. 8. o principal efeito do vírus da aids no organismo é a
destruição de certas células do sistema imuni-tário (sistema responsável pela
defesa do corpo contra organismos invasores). com isso, a pes-soa fca sem
defesa contra uma série de micror-ganismos, inclusive contra alguns que são
ino-fensivos para organismos sadios. 9. a, d, e, f, g. 10. para evitar a aids
deve-se usar preservativo nas relações sexuais; nas transfusões de sangue é
preciso ter certeza de que o sangue e seus deri-vados foram testados para
detectar o hiv e usar seringas e agulhas descartáveis. 11. é difícil conseguir
uma vacina contra aaids porque, entre outros motivos, o vírus da aids sofre
muta-çõesmuito rápidas, que dão origema novas varie-dades contra as quais a
vacina não teria efeito. identificando doenças causadas por vírus b) d) g) – 1
c) f) – 2 a) e) h) – 3 pense um pouco mais 1. os vírus não podem ter evoluído
antes das célu-las porque eles só se reproduzem dentro delas. 2. essa técnica
pode funcionar porque certos vírus, os bacteriófagos, atacam e destroem
bactérias. 3. a) refere-se à raiva. o texto mostra que a doen-ça foi contraída
quando o garoto foi mordido por um cão doente, que é a maneira pela qual a
raiva é transmitida. b) a raiva é transmitida por um vírus, que pode ser visto
somente aomicroscópio eletrônico e esse instrumento não existia na época. 4. os
vírus de computador semultiplicam, assimcomo os vírus que atacamo ser
humanoeoutros organis-mos. mas não são formados por dna ou rna, nem têm cápsula
de proteína. sua replicação não ocorre
dentrodeumacélula,masdentrodeumcomputador. 5. porque as pessoas não têmdinheiro
para comprar os medicamentos necessários ao tratamento da aids. para melhorar
essa situação, é preciso que o governo forneça gratuitamente os medicamentos e
assistênciamédica aos portadores do vírus. 6. a vacina contra a gripe fornece
proteção limitada, durante cerca de umano, porque os vírus da gripe sofrem
tantas mutações que, depois de um ano, novos vírus mutantes já estarão no
ambiente. a propriedade é a capacidade de sofrer mutações. 7. a vacinação.
mexa-se! 1. a doença era causada por umvírus que provoca-va lesões na folha de
tabaco (planta com a qual unidade 2 • os seres mais simples
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62 se fabrica o fumo). ivanoviski chegou a essa conclusão depois que verifcou
que o caldo ex-traído de folhas doentes de tabaco, mesmo de-pois de ter passado
por um fltro de porcelana capaz de impedir a passagem de bactérias, pro-vocava
a doença em outras plantas. 2. a) aumentou. b) de 1990 a 2007. c) 1990-1999.
atividade em grupo 1. o aluno deverá encontrar as seguintes pande-mias de
gripe: 1918-1919. a gripe espanhola, surgida na ásia, espalha-se inicialmente
de forma rápida pelo mundo, deixando, segundo algumas estimati-vas, até 40
milhões de mortos. no brasil, provo-cou cerca de 300 mil mortes, inclusive, em
1919, a de rodrigues alves, presidente da república, que acabara de ser
reeleito. a epidemia foi causada por uma variedade do ví-rus infuenza que
passou do hospedeiro natural (aves) para os seres humanos, após sofrer
muta-ções. a doença começava como uma gripe co-mum, atacando as vias
respiratórias, mas evoluía em algumas horas para febre alta, diarreia e
he-morragias. com os hospitais cheios, cadáveres chegaram a ser empilhados nas
ruas e a popula-ção recolheu-se às suas casas. 1957.
agripeasiáticamatacercadedoismilhõesde pessoas. o vírus era menos agressivo e o
mundo estavamais preparado para enfrentar epidemias. 1968. a gripe hong kong,
causada por um vírus transmitido pelas aves para os seres humanos, es-palha-se
pelo mundo, matando cerca de ummilhão depessoas. 2003. um surto da gripe
aviária na ásia leva as autoridades a ordenarem o sacrifício de deze-nas de
milhões de aves de criação. as pessoas que contraírama doença viviamemcontato com
aves vivas e infectadas. 2. comentário: o tema pretende desenvolver a
criatividade dos alunos para elaborar campanhas educativas de prevenção contra
algumas viroses, levando-os a exercitar a expressão oral, escrita e gráfca,
alémde aprofundar seu conhecimento da matéria. 3. o estudante deverá levantar
dados acerca da re-volta ocorrida em 1904, no rio de janeiro, contra a
vacinação obrigatória no combate à epidemia de varíola. entre outros fatores,
deverá ser men-cionado que, na época, a falta de saneamento básico facilitava a
disseminação de diversas do-enças, principalmente entre a população mais pobre;
que a vacinação foi imposta juntamente com outras medidas sanitárias, e a
população, que não compreendia o signifcado delas, esti-mulada por setores políticos,
se opôs fortemen-te às reformas; que omédico oswaldo cruz che-fava a campanha
de vacinação, contando com o apoio do presidente rodrigues alves. 4. em 1981,
médicos estadunidenses fcaram intri-gados com a ocorrência de um tipo raro de
pneumonia e de um tipo de câncer que ataca a pele, os linfonodos e vários
órgãos – o sarcoma de kaposi (nome do médico húngaro, moritz ka-posi
(1837-1902), que descreveu a doença, cau-sada pelo vírus do herpes número 8 e
que pro-voca manchas arroxeadas na pele e nas muco-sas) – em homossexuais
masculinos. os pa-cientes apresentavam também considerável perda de peso e
grande redução do número de linfócitos. com isso, fcavam vulneráveis a
infec-ções causadas por germes oportunistas. surgia a suspeita de que se
tratava de uma moléstia, que, em 1982, já com cerca de 2 mil casos, foi chamada
acquired immunodefciency syndro-me (aids) ou síndrome da imunodefciência
ad-quirida (sida). as observações indicavam que era causada por um agente
infeccioso transmiti-do por via sexual ou pelo sangue, mas faltava identifcar
exatamente esse agente. em maio de 1983, luc montagnier, pesquisador do
instituto pasteur, na frança, conseguiu isolar umvírus das células de
umpaciente comaids. no ano seguinte, o cientista estadunidense robert gallo anunciou
também ter isolado um vírus, e teve início uma disputa em torno da autoria da
descoberta, que acabou sendo atribuída a ambos os cientistas. em 1991, porém,
gallo reconheceu que o vírus por ele isolado provinha de amostras enviadas por
montagnier, que foi, então, consi-derado o verdadeiro autor da descoberta.
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63 a questão é os vírus são formados por uma cápsula de pro-teína (e às vezes
outras substâncias também) conten-do ummaterial genético (dna ou rna) emseu
interior. os vírus provocam diversas doenças: gripe, sarampo, catapora,
caxumba, rubéola, resfriado, raiva, aids, her-pes, poliomielite, febre amarela,
etc. os vírus se repro-duzem apenas dentro de células vivas, usando o
“equipamento” delas, que passa a ser controlado pelo material genético do
vírus. podemos nos defender das doenças causadas por vírus com vacinas, soros e
re-médios antivirais. capítulo 7 • as bactérias trabalhando as ideias do
capítulo 1. a afrmação não está correta. embora algumas bactérias sejam, de
fato, patogênicas, muitas delas acabam por benefciar o ser humano. por exemplo:
algumas bactérias promovem a de-composição da matéria e, consequentemente, a
reciclagem de nutrientes; outras são utilizadas na produção de alimentos
(queijos, iogurtes, etc.) e medicamentos, dentre outros. 2. c, e, h, i, j, k,
l, o. 3. d. 4. os antibióticos. 5. b. 6. a) colônia b) cocos c) aeróbias d)
anaeróbias pense um pouco mais 1. a) tanto a bactéria quanto o boi ou a vaca
são benefciados. ninguém é prejudicado. b) mutualismo. 2. porque nos ferimentos
profundos a bactéria fca longe do oxigênio do ar e consegue sobreviver. 3.
nomeio do bolo, porque essa parte fcamais dis-tante do oxigênio, o que facilita
a sobrevivência da bactéria. 4. essas bactérias promovem a decomposição do
petróleo e dos plásticos e podem ser utilizadas para ajudar a despoluir
ambientes. 5. porque o microscópio tornou possível a visualiza-çãodas bactérias
edeoutrosmicrorganismos res-ponsáveis por algumas das doenças infecciosas. 6. o
antibiótico correspondente ao número 7. porque houve uma grande área ao redor
desse disco onde as bactérias não cresceram, mostrando que esse antibiótico é o
quemelhor combate as bactérias. atividade em grupo 1. a insulina é umhormônio
secretado pelo pâncreas que controla a taxa de açúcar no sangue. pessoas com
uma doença chamada diabetes não produ-zem insulina e, por isso, precisam tomar
injeções com esse hormônio ou outros medicamentos que ajudam a controlar a taxa
de açúcar no san-gue. a insulina pode ser extraída do porco, mas ela não é
exatamente igual à insulina humana: pode provocar reação alérgica emalguns
pacien-tes. com a técnica conhecida como engenharia genética, é possível
injetar em bactérias o gene humano responsável pela produção de insulina. essas
bactérias passam então a se multiplicar e produzem insulina igual à humana. 2.
o resumo vai depender do calendário de vacina-ção conseguido pelo aluno. a
varíola atacou a hu-manidade por mais de 3 mil anos. entre 1896 e 1980,
provocou a morte de cerca de 300 milhões de pessoas. essa virose é transmitida
pelas gotí-culas de saliva dos portadores do vírus ou pelo uso de objetos
contaminados. causa febre e le-sões com pus na pele que, quando secam, dei-xam
cicatrizes. essa doença foi erradicada, gra-ças a campanhas de vacinação, em
1980, mas alguns vírus foram preservados em laboratório. 3. algumas diarreias
são causadas por bactérias (e também por alguns vírus e outros microrganis-mos)
transmitidas por água e alimentos conta-minados. isso acontece commais
frequência em regiões mais pobres, onde não há água limpa nem rede de esgotos
ou fossas sépticas. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 63 6/21/12
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64 na diarreia, a pessoa sente cólicas e as fezes são eliminadas commais
frequênciaesãomais líquidas. muitas vezes, a diarreia para depois de um dia ou
dois. se ela for muito forte ou prolongada, pode causar desidratação e levar a
pessoa à morte. por isso é importante que a pessoa bebamuito líquido, aos
poucos e várias vezes ao dia. criançase idososcorremmaior riscodedesidratação e
devem tomar o soro de reidratação oral, fornecido nospostosdesaúde, ou, na
faltadele, osorocaseiro. o soro caseiro é feito dissolvendo-se uma pitada de
sal e duas colheres das de chá de açúcar (ou utilizando a colher-medida do
posto de saúde) em umcopo de água fltrada e fervida. o soro deve ser ingerido a
cada 20minutos e após cada evacuação líquida. mas é preciso levar o doente,
comurgência, aomédico ou ao posto de saúde quando: • a diarreia for forte ou
estiver demorando a parar; • a pessoa estiver vomitando com frequência; •
houver febre alta; • as fezes estiverem avermelhadas; • houver sinais de desidratação:
boca seca, sede, pele seca (formando pregas ou dobras quando pu-xada entre os
dedos), olhos fundos e ressecados, prostração (a pessoa fica “caída”); nas
crianças com sinais de desidratação, a moleira (parte mole da cabeça) fica
afundada, e o choro, sem lágrimas. 4. algumasmedidas práticas que ajudama
conser-var os alimentos e garantir sua higiene: • não comprar produtos com
embalagens amas-sadas, enferrujadas ou estufadas. o estufamento pode ser
causado pela produção de gases devido à fermentação realizada por
microrganismos. uma lata amassada ou enferrujada tem mais chance de apresentar
pequenos furos, o que ex-põe seu conteúdo à contaminação. não deixe de
verificar também se o produto está dentro do prazo de validade registrado na
embalagem. as latas devem ser lavadas antes de serem abertas. • lavar bem
frutas, verduras e legumes. as hortali-ças devem ser guardadas em sacos
plásticos ou em recipientes com tampas, nas partes de baixo (menos frias) da
geladeira. • carnes e ovos cozidos são mais seguros do que crus, já que o
cozimento destrói a maioria das bactérias. os ovos tambémdevemser guardados na
geladeira. verifique sempre o período de vali-dade estampado na caixa. evite o
consumo de ovos crus e não use ovos com a casca rachada. • guardar na geladeira
os alimentos cozidos assim que esfriarem. quando for comê-los, aqueça-os
novamente em alta temperatura, porque restam sempre algumas bactérias nos
alimentos que não são destruídas pelo frio da geladeira. 5. nas raízes das
leguminosas vivem bactérias ca-pazes de absorver o nitrogênio do ar e de
trans-formá-lo em sais de nitrogênio, que podem ser absorvidos pelas plantas.
as plantas, por sua vez, fornecem alimento para essas bactérias. o tipo de
relação é o mutualismo. a maioria das plantas retira nitrogênio do solo. com
isso, ao longo do tempo, o solo vai fcando pobre em nitrogênio, que terá de ser
reposto por meio de fertilizantes. as leguminosas não tiram nitrogênio do solo
— pelo contrário: elas ajudam a repor o nitrogênio devido à associação que fazem
com as bactérias. essas plantas podem ser culti-vadas em alternância com outras
plantas que re-tiramnitrogênio do solo e algumas de suas partes podem ser
cortadas e enterradas no solo. 6. o botulismo é uma intoxicação grave provocada
pela bactéria clostridiumbotulinum, presente em alimentos contaminados. essa
bactéria produz uma toxina que afeta o sistema nervoso e provo-ca tremores,
vômitos e fraqueza muscular pro-gressiva, que pode evoluir para paralisia
respira-tória e morte se não houver socorro imediato (é necessário tratamento
hospitalar). para evitá-la, os alimentos devem ser preparados e conserva-dos
adequadamente. há maior número de casos por consumo de conservas caseiras do
que de alimentos industrializados. não se deve consumir alimentos com cheiro
estranho ou enlatados em que a embalagem esteja emmau estado de con-servação ou
estufada. essas características po-dem indicar que os microrganismos em seu
inte-rior estão ativos e realizaram fermentação, libe-rando gás carbônico, que
estufou a lata. 7. durante o século xiv, milhões de pessoas morre-ramna europa
e emoutras regiões domundo pela telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd
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65 peste, conhecida na época como peste negra. a formamais comumda doença é a
peste bubônica. essa doença é causada pela bactéria yersinia pes-tis,
encontradaemváriosmamíferos, principalmen-te roedores, como o rato, e
transmitida ao ser hu-mano pela picada de pulgas infectadas, provocando febre e
dores no corpo, entre outros sintomas. atualmente, há focos isolados da doença
em vá-rias partes do mundo. para evitar a contamina-ção, é fundamental morar
emcondições de higie-ne e saneamento adequadas e garantir o controle da
população de pulgas e ratos. o tratamento com antibióticos é efcaz, mas deve
ser feito de forma rápida. no brasil não houve registro de mortes por peste nos
últimos anos. a questão é as bactérias são procariontes, isto é, seu mate-rial
genético não está separado do citoplasma por uma membrana nuclear. as bactérias
podem causar várias doenças (pneumonia, síflis, cólera, diarreia, tu-berculose,
botulismo, meningite, etc.). mas também são importantes para a decomposição da
matéria or-gânica e para a reciclagemde seus componentes, per-mitindo que eles
sejam aproveitados pelas plantas. capítulo 8 • protozoários e algas trabalhando
as ideias do capítulo 1. o termo eucarionte indica os seres que têm cé-lulas
com núcleo defnido. 2. as algas são autotrófcas (fazem fotossíntese) e os
protozoários são heterotrófcos. 3. a) o primeiro protozoário locomove-se por
cí-lios e o segundo por fagelos. b) nutrição. 4. a) protozoário (ameba). b)
locomoção por pseudópodes. c) fagocitose. faz parte do processo de nutrição do
protozoário. 5. a) a doença de chagas é causada pelo proto-zoário fagelado
trypanosoma cruzi. b) a doença é transmitida pela picada de um in-seto chamado
barbeiro. c) medidas de prevenção contra a doença: com-bater o barbeiro e
substituir as casas de pau a pique por casas de tijolos. d) por fagelos. e)
carlos chagas. 6. o agente causador da leishmaniose é o proto-zoário leishmania
brasiliensis. a doença é trans-mitida pela picada de certos tipos de mosquitos,
conhecidos como mosquitos-palha ou biriguis. medida de prevenção contra a
leishmaniose: o combate ao mosquito. 7. a) a malária é causada pelo protozoário
plas-módio. b) o plasmódio penetra no organismo humano pela picada de mosquitos
do gênero ano-pheles. c) provoca destruição de hemácias e febre a inter-valos
regulares, alémde problemas no fígado. d) o número de casos vem diminuindo. e)
a doença pode ser combatida eliminando-se o mosquito, usando-se telas em portas
e ja-nelas e mosquiteiros nas camas e redes. as larvas domosquito também devem
ser elimi-nadas por produtos químicos ou pelo uso de peixes que se alimentam
delas. 8. o estudante está certo, pois o protozoário cau-sador da malária vive
no sangue. 9. a, b, d, e, g, l, p. 10. as algas formam a base da cadeia
alimentar nos ambientes aquáticos; através da fotossíntese, produzem açúcares que
servem de alimento para os seres heterotrófcos que aí vivem; são responsáveis
também por parte da produção de oxigênio do planeta. 11. euglena: alga
unicelular com nutrição autotrófca e heterotrófca. 12. a algina, retirada das
algas pardas, é usada para dar consistência e textura a alimentos
industriali-zados (cremes, sorvetes, pudins, etc.), pastas de dentes, tintas,
etc. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 65 6/21/12 4:17 pm
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66 13. o ágar, misturado a outras substâncias, serve de meio de cultura de
bactérias e fungos em labora-tório, além de dar consistência a alimentos
in-dustrializados, como pudins, sorvetes, cremes, maioneses, geleias, etc., e
impedir seu resseca-mento. é extraído de rodofíceas. pense um pouco mais 1. ao
detectar luz, a organela facilita o deslocamento da euglena em direção à luz,
necessária ao pro-cesso da fotossíntese. o fagelo permite o deslo-camento tanto
em relação à luz quanto emdireção ao alimento em locais onde não há luz. 2. as
agulhas podem passar o sangue contaminado por protozoários (e
outrosmicrorganismos) de um indivíduo para outro. assim, elas podem transmitir
certas doenças que são transmitidas usualmente por mosquitos, como a
leishmaniose e amalária. 3. a doença de chagas, já que o ambiente ideal para o
inseto se esconder e se reproduzir são as fres-tas das paredes de casas de pau
a pique. 4. tanto a dengue como a malária são transmitidas por mosquitos. mas a
dengue é causada por um vírus e a malária por um protozoário. 5. são as algas.
a comparação se justifca porque tanto as plantas, nos ambientes terrestres,
como as algas, nos ambientes aquáticos, fazem fotos-síntese, contribuindo para
a renovação do gás oxigênio do ambiente e atuando como organis-mos produtores
da cadeia alimentar. 6. não, porque a malária é transmitida por picada de
certas espécies de mosquito e por sangue contaminado, e não por objetos
contaminados por saliva de alguém que teve malária. de olho nos quadrinhos
porque a ameba tem uma forma naturalmente variável de “corpo” (de célula). de
olho no texto a) os protozoários não pertencemmais ao reino animalia, como
antigamente. hoje, eles estão classifcados dentro do reino protista. b) doença
de chagas. mexa-se! em 2005, em santa catarina, houve casos de doença de chagas
em pessoas que ingeriram caldo de cana. pesquisas feitas na época apoiaram a
hipótese de que o protozoário pode ser transmitido pela inges-tão de alimentos
contaminados. os pesquisadores ad-vertem que, nessa forma de transmissão, o
problema não é o alimento por si só, mas a presença do protozoá-rio no alimento
e a falta de higiene em seu preparo. atividade em grupo 1. comentário: a
atividade pretende estimular a capacidade de pesquisa, a criatividade do aluno
e sua preocupação com questões sociais. 2. a pesquisa deverá mostrar: a) a
importância da descoberta de uma doença nova por carlos chagas, juntamente com
seus sintomas, sua causa e sua forma de transmis-são: a doença de chagas. ele
identifcou tam-bémvárias espécies de insetos e ajudou a criar serviços de
combate à tuberculose e à lepra; b) que oswaldo cruz combateu a peste
bubôni-ca, a febre amarela e a varíola, no rio de ja-neiro, entre outras
realizações. 3. o mar de sargaços fca no oceano atlântico. o nome vem do fato
de que há muitas algas pardas, do gênero sargassum, futuando na superfície. o
aumento excessivo da população de certas al-gas, principalmente de
dinofagelados, provoca um desequilíbrio ecológico conhecido como maré vermelha,
pois a água adquire comumente colora-ção vermelha. essa denominação, no
entanto, não é adequada, uma vez que as manchas podem ser de outras cores. por
isso o fenômeno é chamado também de “foração de algas nocivas”. ele pode ser
provocado por alterações na salinidade, au-mento da temperatura da água domar
ou pelo ex-cesso de sais minerais, originados do despejo do esgoto doméstico ou
trazidos por correntes mari-nhas e que sustentam uma população maior de
dinofagelados. esse fenômeno acaba quando es-sas condições deixamde existir, o
que pode ocor-rer, por exemplo, com a formação de ventos que dispersam as algas
e diminuem a temperatura da telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 66
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67 água. oaumentodapopulaçãoé seguidodemorte em grande escala das algas.
dependendo da es-pécie, são liberadas substâncias tóxicas que enve-nenam e
matam milhares de seres aquáticos. a ingestão de peixes e moluscos contaminados
tambémpodeenvenenar oser humano, queapre-senta, então, diarreia e problemas
respiratórios e cardiovasculares. se a quantidade de toxinas inge-ridas for
muito alta, ele podemorrer. assim, é preciso que a população seja alertada e
que aáreaseja interditada. oconsumodepeixeseoutros produtosdeveser
liberadosódepoisdeanálisesque constatema ausência de toxinas na água e
nosmo-luscos (queconcentrammuitas toxinas). aprendendo com a prática espera-se
que o aluno consiga, com auxílio do professor, identifcar alguns tipos de seres
vivos pre-sentes na cultura. é importante lavar bem as frutas e verduras
por-que esses alimentos podem estar contaminados com microrganismos, e alguns
deles podemcausar doenças. a questão é vários protozoários causam doenças.
entre eles estão o tripanossomo, que causa a doença de chagas; a leishmania,
que causa a leishmaniose tegumentar americana (úlcera de bauru); e o plasmódio,
que causa amalária. as algas são importantes para a vida aquática porque fazem
fotossíntese, produzindomatéria orgâni-ca e oxigênio. elas servem de alimento
para os outros seres e sustentam, dessemodo, toda a vida aquática. capítulo 9 •
fungos trabalhando as ideias do capítulo 1. a) hifas; b) micélio; c) esporos;
d) micoses; e) fermentação. 2. as plantas fazem fotossíntese, enquanto os
fungos são heterotrófcos. as hifas do fungo penetram na matéria orgânica do
ambiente ou no corpo de orga-nismosmortos e absorvemamatéria orgânica. 3. esses
fungos promovem a reciclagem da maté-ria na natureza. 4. a produção de esporos
permite que organismos que não se deslocam, como os fungos, se espa-lhem por novos
ambientes, já que os esporos podem ser levados pelo vento. 5. os fungos são
utilizados na produção tanto de pães como de bebidas alcoólicas. 6. os liquens
são associações entre fungos e algas ou entre fungos e cianobactérias. o fungo
prote-ge a alga ou a cianobactéria contra o sol, aomes-mo tempo que retira sais
minerais das rochas e água do ar. com esses nutrientes e o gás carbô-nico, a
alga produz substâncias orgânicas neces-sárias ao seu próprio crescimento e ao
do fungo. 7. porque os fungos desenvolvem-se melhor em ambientes úmidos. 8. a,
b, d, e, f, g, i, k, l. identificando os seres vivos 1. a) protozoário
(paramécio). reino protista. b) vírus da aids. sem reino. c) protozoário
(tripanossomo). reino protista. d) fungo. reino fungi. e) vírus (bacteriófago).
sem reino. f) bactéria. reino monera. g) alga. reino protista. 2. a) bactéria.
b) fungos. c) vírus. d) protozoários. e) protozoários. f) vírus. 3. a) b, e. b)
a, c, d, g. c) b, e. d) d, g. e) a. f) d. g) a, c, d, g. h) g. i) c. pense um
pouco mais 1. a) o fungo deve ter chegado por meio de esporos levados pelo ar.
b) o fungo deve ter produzido anti-bióticos, que
impediramocrescimentodebactérias. c) ele quis dizer que a penicilina foi
produzida pelo fungo (a natureza) e não criada por ele (fleming). 2.
predatismo, porque umorganismo captura, mata e devora outro. 3. o fungo
consegue se espalhar para outros am-bientes. 4. parasitismo, porque o fungo
absorve alimento e mata ou prejudica o crescimento das árvores.
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68 atividade em grupo 1. a penicilina, um antibiótico, foi descoberta pelo
cientista escocêsalexander fleming (1881-1955). ele estava cultivando, emplacas
de vidro, a bacté-ria staphylococcus aureus, que pode causar in-fecções no
organismo humano, quando observou que uma das placas tinha sido contaminada por
um fungo; provavelmente alguns esporos tinham entrado acidentalmente no
laboratório. fleming observou que ao redor do fungo havia uma região clara,
onde nenhuma bactéria crescia. pen-sou então que talvez ele produzisse uma
substân-cia capaz de impedir o crescimento de bactérias. para se certifcar, o
pesquisador testou um caldo de cultura do fungo e descobriu que ele não era tó-xico
para os animais do laboratório, mas destruía os estaflococos e outras
bactérias. como o fungo em questão era uma espécie de penicillium, a substância
que produzia foi chamada penicilina. começava a surgir assimo primeiro
antibiótico. 2. o aluno pode pesquisar várias receitas de pão e iogurte na
internet. no caso do pão, ele deverá mencionar que o organismo envolvido é um
fungo (levedo de cerveja) presente no fermento e que sua função é produzir gás
carbônico, que faz a massa crescer. no caso do iogurte, o organismo envolvido é
uma bactéria e sua função é produzir o ácido láctico, que faz as proteínas do
leite se preci-pitarem. o pão ázimo não cresce tanto porque não leva fermento
(ázimo signifca “sem fermento”). 3. micorrizas são associações de fungos com as
raí-zes, que ocorrem em muitas espécies de plantas. as hifas envolvem as raízes
das plantas ou pene-tramemsuas células (fgura 5.10). com isso, o fun-go aumenta
a superfície de absorção de água e sais minerais das raízes, além de converter
certos sais minerais em formas mais facilmente absorvi-das pelas plantas.
emtroca, a planta fornece subs-tâncias orgânicas ao fungo. em geral, as plantas
não crescem tão bem — e, às vezes, até morrem — se forem privadas da associação
com o fungo, principalmente emsolos pobres emsaisminerais. 4. as tinhas ou pés
de atleta atacam a pele e o couro cabeludo (causando as “peladas”). acandida
albi-cans causa a monilíase ou candidíase na boca (o popular “sapinho”) ou na
região genital feminina. empacientes combaixa imunidade, como nos ca-sos de
aids, câncer ou transplante de órgãos, a candidíase pode atacar órgãos
internos. aprendendo com a prática experimento 1 a) desenho do aluno baseado na
observação emmicroscópio. b) o mofo apareceu porque esporos presentes no ar
caíram no pão e na laranja. c) porque o fungo precisa de água para crescer e se
reproduzir. d) no vidro da tigela e no pires não existe maté-ria orgânica
sufciente para servir de alimento para o mofo. experimento 2 a) nocopoonde
foramcolocados água, açúcar e fermento, o plástico deverá estar estufado; no
outro copo, onde só foram colocados água e fermento, o plástico não deverá
apresentar modifcação. b) no copo comágua, açúcar e fermento há chei-ro de
álcool, e no outro copo não. c) no copo em que o plástico fcou estufado e que
apresentava cheiro de álcool, o fermento, que contém o fungo saccharomyces
cerevisiae, realizou o processo de fermentação, utilizando o açúcar e
produzindo gás carbônico e álcool. no outrocopo, apesar deexistir o fermento,
nãoha-via açúcar para o saccharomyces cerevisiae utilizar. portanto, nãose
realizoua fermentação. d) foram produzidos gás carbônico e álcool; o fungo
consumiu açúcar. e) o fenômeno não teria ocorrido porque, quan-do se ferve o
fermento, o fungo é destruído. não há, portanto, fermentação. a questão é o
corpo dos fungos é formado por umconjunto de hifas. entre os benefícios,
podemos citar: a decomposi-ção e a reciclagem da matéria; a produção de álcool,
de pães, de queijos e de antibióticos. entre os prejuízos, po-dem ser citados:
a destruição de plantações, alimentos, roupas e papéis; asmicoses.
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69 capítulo 10 • poríferos trabalhando as ideias do capítulo 1. porque o corpo
desses animais é cheio de poros. porífero quer dizer “portador de poros”. 2. a,
b, d, e, f. 3. está correta, porque é através dos poros que entra uma corrente
de água trazendo o alimento para a esponja. pense um pouco mais 1.
oalimentodaesponjanãoécapturadopelaboca nem digerido no átrio. ele penetra com
a água pelos poros presentes no corpo do animal e é digerido no interior das
células. 2. a larva móvel é importante para a dispersão de um animal fxo, pois
ele não poderia, de outra forma, se espalhar em novos ambientes. 3. ambos
possuemmuitos poros. 4. elas não se deslocam e não possuem sistema nervoso. 5.
estudando as esponjas, podemos conseguir medicamentos e outros produtos
importantes para o ser humano. mexa-se! a resposta vai depender do atual estágio
da pesquisa de medicamentos extraídos dos poríferos. a questão é o corpo das
esponjas é cheio de poros, com uma cavidade central, o átrio, e uma abertura, o
ósculo. es-ses organismos não possuem sistema nervoso; e apresentam células
especiais, os coanócitos, que promovem corrente de água em seu interior. as
es-ponjas são animais aquáticos. as correntes de água que passam por dentro do
seu corpo trazem junto seu alimento (seres microscópicos). unidade 3 • o reino
animal capítulo 11 • cnidários trabalhando as ideias do capítulo 1. b. 2.
porquepossuemcélulascapazesde injetar uma to-xina quando entramemcontato
comoutro animal. 3. a) pela boca. b) pela boca. c) a maior parte ocorre na
cavidade do corpo. pense um pouco mais 1. o esqueleto de calcário do coral. 2.
esponjas (poríferos) e anêmona ou coral (cnidá-rios). a esponja consegue
alimento fazendo a água circular pelo seu corpo. o coral e a anêmo-na conseguem
alimento capturando peixes e outros organismos que passam próximo aos seus
tentáculos. 3. o desprendimento de bolhas de oxigênio era re-sultante da
fotossíntese realizada pelas algas que vivem associadas ao coral. 4. a) um
cnidário (água-viva). b) se uma pessoa tocar nos tentáculos os cni-dócitos
injetam um forte veneno na pele da pessoa, capaz de causar a morte. 5. a camada
de células com queratina protege a tartaruga dos cnidócitos, células urticantes
ex-clusivas dos cnidários, grupo a que pertencemas águas-vivas. mexa-se! amaior
parte dos animais apresenta simetria bi-lateral, isto é, seu corpo pode ser
dividido em duas partes simétricas, direita e esquerda, o que garante o
equilíbrio e diminui a resistência do ar ou da água ao movimento. já os
cnidários e a estrela-do-mar pos-suem simetria radiada (ou radial): seu corpo
pode ser dividido em vários planos de simetria, dispostos em raios ao redor de
uma parte central. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 69 6/21/12
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70 a questão é esses animais são aquáticos e possuem células de defesa—os
cnidócitos — capazes de injetar toxinas em outros organismos. possuem também
uma cavi-dade onde ocorre a digestão de peixes e outros ani-mais capturados
pelos seus tentáculos. os recifes de coral se formampelo acúmulo de esqueletos
de corais e também pelo acúmulo do calcário de algas, geral-mente emáguas
claras e rasas com temperatura entre 20 c e 30 c. além de proteger o litoral da
erosão pro-vocada pelas ondas, os recifes de coral servem de abrigo para uma
imensa variedade de organismos. capítulo 12 • platelmintos trabalhando as
ideias do capítulo 1. porque “platos” signifca “achatado”, e “helmin-to”,
“verme”. esses animais têmo corpo achata-do, em forma de fta. 2. ovo no
intestino humano — ovo na água — larva (miracídio) penetra no caramujo — larva
(cercá-ria) sai do caramujo — larva penetra na pele — vermes adultos no sangue.
3. b, e, f, h, j, k, l. pense um pouco mais 1. não. a cisticercose é adquirida
coma ingestão de ovos da taenia solium. a carne de porco pode apresentar os
cisticercos, e a sua ingestão pro-voca a teníase. 2. a inspeção pode ter
descoberto cisticercos na carne, que aparecem como pequenas esferas brancas,
indicando que ela estava contaminada por larvas de tênia. 3. apenas a tênia do
porco possui uma coroa de ganchos no escólex, que ajuda na fxação do pa-rasita
no intestino. 4. a grande produção de ovos compensa a grande perda de ovos e
larvas na passagem de um hos-pedeiro para outro. 5. os órgãos dos sentidos
ajudam a planária a pro-curar outros seres vivos que lhe servem de ali-mento.
já a tênia vive dentro de outro ser vivo que lhe serve de alimento; para ela,
émais vanta-josa a presença de órgãos de fxação. 6. essa expressão se refere à
esquistossomose, porque, quando a larva do esquistossomo pene-tra na pele,
provoca coceira. a questão é nem todos os platelmintos são parasitas: as
planá-rias têmvida livre. para prevenir a teníase, causada pelas tênias,
deve-se instalar rededeesgotos, fscalizaracarne nosmatadouros, manter hábitos
de higiene pessoal e in-gerir carne bem-passada; para prevenir a
esquistosso-mose, causada pelo esquistossomo, deve-se instalar rede de esgotos
e de água tratada, evitar o contato com água contaminada e combater o caramujo
transmissor. capítulo 13 • nematoides trabalhando as ideias do capítulo 1. a) a
lombriga adulta vive no intestino delgado do ser humano. b) a lombriga é
transmitida pela água e por ali-mentos que contêm ovos do verme, prove-nientes
das fezes de indivíduos doentes. 2. a) o “amarelão”, ou ancilostomíase, é
transmi-tido pelo ancylostoma duodenale e pelo necator americanus. b) a anemia
ocorre porque os parasitas se f-xam, com a boca, na parede do intestino e sugam
o sangue da pessoa. c) a doença é combatida commedidas de sanea-mento básico
(instalações sanitárias adequa-das) e o uso constante de calçados nas regiões
com focos da doença. o tratamento dos porta-dores também é importante porque
mata os vermes e impede a contaminação do solo. 3. utilizando-se medicamentos
para combater o verme; lavando bem as mãos; trocando frequen-temente toalhas e roupas
de cama e utilizando instalações sanitárias adequadas e limpas. 4. a) as
flárias adultas vivemnos vasos linfáticos e linfonodos (órgãos que combatem
infecções). telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 70 6/21/12 4:17 pm
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71 b) a presença de flárias nesses vasos ocasiona infamações que podem obstruir
a circulação da linfa e ocasionar seu acúmulo em certos órgãos do corpo. c) as
larvas são transmitidas ao ser humano pela picada de certos tipos de mosquito.
identificando vermes água. com isso, o governo gasta menos em tra-tamento
médico. 5. ancilostomíase, porque as larvas do verme, que saemde ovos
depositados no solo (por exemplo, com as fezes de uma pessoa doente), penetram
no organismo pela pele do pé descalço. atividade em grupo 1. comentário: a
atividade ajuda o aluno a desenvol-ver a criatividade e a exercitar a expressão
oral, escrita e gráfca, alémde estimular a preocupação com doenças relacionadas
a questões sociais e possibilitar a interação entre diversas disciplinas
escolares e o contato coma comunidade escolar. 2. algumas espécies de
nematódeos que parasi-tam o intestino de cães e gatos (ancylostoma braziliensis
e ancylostoma caninum) produzem larvas que podempenetrar na epiderme humana e deslocar-se
através dela, abrindo túneis (que lembram o traçado de um mapa) e provocando
intensa coceira. essa doença é chamada larva migrans cutânea, bicho-geográfco
ou bicho- -das-praias, pois é comum em praias poluídas por fezes de cães e
gatos. por isso, muitas leis proíbem levar cães para passear na areia da praia.
a prevenção consiste em impedir o acesso de animais a tanques de areia em
escolas e parques onde brincam crianças; e em não levar animais à praia.
devem-se realizar exames periódicos nos animais para verifcar se estão
contaminados e eliminar o verme commedicamentos. recomen-da-se também usar
chinelos na praia e sentar- -se em cadeiras ou toalhas, de modo a evitar o
contato da pele com a areia. há medicamentos que matam as larvas. 3. no brasil,
os maiores recifes estão no arquipéla-go de abrolhos, que fca a 80 quilômetros
da costa sul do estado da bahia. alémde apresentar uma grande variedade de
peixes, esta é a região de acasalamento de baleias jubartes (que ocorre entre
julho e novembro). a região abriga várias espécies endêmicas, como o
coral-cérebro, e espécies ameaçadas de extinção. os atóis são ilhas de coral
que apresentam, no centro, uma la- a) tênia. b) planária. c) esquistossomo. d)
esquistossomo. e) lombriga. f) filária. g) ancilóstomo. h) oxiúro. i) filária.
j) lombriga, flária, oxiúro. k) ancilóstomo. l) ancilóstomo. m) filária. n)
tênia. o) filária. p) esquistossomo. r) tênia. s) filária. t) planária. pense
um pouco mais 1. a) lombriga (ascaris lumbricoides), do flo ne-matoide; tênia do
porco (taenia solium), do flo platelminto. b) a tênia. outras diferenças: a
tênia tem corpo achatado e a lombriga tem corpo cilíndrico (ou: a tênia não tem
tubo digestório e a lom-briga tem tubo digestório completo). 2. as lombrigas
ingerem parte do alimento que chega ao estômago e o ancilóstomo perfura a
parede do intestino e suga o sangue. por isso, o ancilóstomo prejudica mais a
pessoa e há mais risco de provocar anemia. 3. a) é parasita, como se pode
deduzir pelo trecho: “é por meio desses lábios que o verme ‘suga’ a mucosa
intestinal no local onde se fxou”. b) porque muitos ovos se perdem quando caem
no solo ou na água, isto é, deixamde ser inge-ridos ou de penetrar no
hospedeiro. c) ancilóstomo, ou necátor, por causa dos den-tes cortantes na
boca. 4. o dinheiro investido em saneamento básico faz com que um número menor
de pessoas contraia verminoses e outras doenças transmitidas pela
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72 guna pouco profunda. o atol das rocas é uma reserva biológica que pertence
ao estado do rio grande do norte. fica a 266 quilômetros do litoral. formadopor
umconjuntode rochascalcáriasear-gila e um anel de recifes de coral com cerca de
1,6 quilômetro de diâmetro, ocupa uma área de 7,2 quilômetros quadrados. abriga
uma grande varie-dade de peixes tropicais, algas, esponjas, caramu-jos,
caranguejos, siris, estrelas-do-mar e ouriços- -do-mar, além de muitas aves
(atobás, mergu-lhões, fragatas), tartarugasmarinhas e golfnhos. a questão é
para erradicar a ascaridíase é necessário usar medicamentos contra a doença,
implantar rede de es-gotos com instalações sanitárias adequadas e manter
hábitos de higiene. para erradicar a ancilostomose é preciso tratar a pessoa infectada,
implantar instalações sanitárias apropriadas e andar calçado. para erradicar a
flariose, é preciso combater omosquito transmissor. capítulo 14 • anelídeos
trabalhando as ideias do capítulo 1. os anelídeos possuem o corpo dividido em
anéis ou segmentos. 2. a, c, d. 3. minhocas: c. poliquetos: a. sanguessugas: b.
4. as sanguessugas possuem ventosas que utili-zam para se fxar no corpo do
animal parasitado. para sugar o sangue perfuram a pele do animal com uma
espécie de tromba ou com pequenas mandíbulas em forma de lâmina. 5. ao se
deslocarem debaixo da terra e construírem seus túneis, asminhocas tornamo
solomais are-jado, facilitando a circulação de ar e a infltração de água. elas
também movimentam o solo, tra-zendo partículas que estavam no fundo para a
superfície, e vice-versa. digerem a matéria orgâ-nica dos detritos e eliminam
fezes, que servemde adubo para o solo. produzem também uma parte do húmus, que
é uma matéria orgânica em de-composição importante para a fertilidade do solo.
identificando seres vivos a) animais e filos: 1 – planária (platelminto). 2
–minhoca (anelídeo). 3 – esquistossomo (platelminto). 4 – poliqueto (anelídeo).
5 – tênia (anelídeo). b) esquistossomo e tênia. c) tênia. d) esquistossomo. e)
minhoca. f) tênia. g) poríferos, cnidários e nematoides. pense um pouco mais
viverembaixodaterraduranteodiaesairsomenteà noite são características
importantes para a sobrevivência da minhoca porque, se ela fcar muito tempo
exposta ao sol, podeperder águaemorrer por desidratação. de olho no texto a) a
hirudina impede que o sangue coagule en-quanto as sanguessugas se alimentam. b)
adestruiçãodabiodiversidadeprejudicaadesco-berta denovosmedicamentos, comoa
hirudina. aprendendo com a prática a) como as minhocas abrem túneis na terra, o
que deve acontecer é uma mistura das dife-rentes camadas (de cores diferentes)
coloca-das no terrário, o que pode ser observado através do vidro. b) como
perdem facilmente água pela pele, asmi-nhocas precisam de ambientes úmidos,
cujas temperaturas não sejamelevadas. por isso elas tendema fugir da luz,
escondendo-sesoba ter-ra. o pano escuro que envolve o minhocário si-mula a
escuridão que há debaixo da terra. c) como foi dito, as minhocas preferem
ambien-tes úmidos, cujas temperaturas não sejam elevadas, daí a necessidade de
evitar a expo-sição do terrário ao sol. o sol aqueceria o ter-rário, que,
envolvido pelo pano preto,
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73 veria uma quantidade ainda maior de calor. isso elevaria a temperatura do
ambiente e au-mentaria a velocidade de evaporação da água. d) a minhoca deve
contorcer o corpo, tentando libertar-se. nessa reação, ela utiliza sobretu-do
os sistemas nervoso emuscular, que, nes-ses animais, já são bem desenvolvidos.
é cla-ro que também participam da reação os ou-tros sistemas corporais do
animal, pois seu corpo trabalha em conjunto. e) o que se espera é que a minhoca
consiga se deslocar com mais facilidade sobre a folha de papel, que émais
áspera, do que sobre o vidro, que émais liso. as cerdas que revestemo cor-po
das minhocas auxiliam no deslocamento, prendendo-se às asperezas do terreno e
ser-vindo de âncoras enquanto o animal, alterna-damente, estica e contrai seus
segmentos. a questão é as minhocas constroem túneis ao se deslocar debaixo da
terra e, dessa forma, tornam o solo mais arejado e bem abastecido de água. além
disso, suas fezes adubamo solo. tudo isso benefcia o crescimen-to das plantas.
outros animais do mesmo flo: polique-tos e sanguessugas. capítulo 15 • moluscos
trabalhando as ideias do capítulo 1. esses animais possuem o corpo mole
(mollis, em latim, signifca ‘mole’). 2. concha. proteção. 3. o corpo do caracol
está dividido emcabeça, mas-sa visceral e pé. 4. arádulaéuma línguacomdentesdequitina,
queser-ve para raspar algas e outros alimentos de rochas. 5. polvo e lula.
porque os tentáculos saem da cabe-ça do animal (em grego, cefalo signifca
‘cabeça’, e podos, ‘pé’). 6. fechando bem a concha com o auxílio de fortes
músculos. 7. os cefalópodes se locomovem expelindo jatos de água. 8. caramujos:
d; ostras: b, c; polvos: a, e, f. pense um pouco mais 1. sistema nervoso. 2. os
moluscos possuem concha, que, por ser re-sistente, temmais chance de formar
fósseis. 3. a) o esquistossomo. b) classe dos gastrópodes. c) o caramujo é o
hospedeiro intermediário do esquistossomo. abriga as larvas que saem dos ovos
do verme. de olho no texto a) cnidários; a presença de células urticantes
(cnidócitos). b) gastrópodes. c) ingerindo células urticantes que vão se alojar
nos tentáculos da lesma. atividade em grupo 1. comentário: as diversas receitas
encontradas permitem que o estudante entre em contato com o uso que o ser
humano faz de alguns moluscos, utilizando-os como alimento, além de permitir uma
maior interação com a comunidade escolar. 2. a palavra sambaqui é de origem
guarani: tambá signifca ‘concha’, e qui, ‘morro, amontoado’. os sambaquis são
morros de conchas que podem atingir até30metrosdealtura. eles foramformados
entre5mil emil anosatrásporgruposhumanosque habitavam várias áreas do litoral
brasileiro. esses grupos alimentavam-se de moluscos e formavam montes com as
cascas. os maiores sambaquis são encontrados no estado desantacatarina. os
sambaquis nos permitem estudar o modo de vida desses povos, já que neles
encontramos vá-rias ferramentas, instrumentos de cozinha, ossos de animais
consumidos, adornos, etc. 3. minhocultura é a criação de minhocas para
co-mercialização dos animais ou de suas fezes. elas podem ser criadas em caixas
de madeira, cantei-ros, etc. mas é preciso orientação especializada paramontar
umminhocário, pois nemtoda espécie de minhoca pode ser utilizada e são
necessários cuidados coma saúde, comoousode luvasdebor-racha no trato com o
solo. além de servirem para telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 73
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74 complementação de ração animal e de iscas para a pescaesportiva, asminhocas
são importantíssimas para a fertilidade do solo. ao abrirem caminho por ele,
comendo terra e restos vegetais e construindo túneis, elas tornam o solo mais
poroso e arejado, o que facilita a circulação de ar e permite que a água se
infltre melhor. com isso, as raízes das plantas conseguemoxigênio e água
commais facilidade. aprendendo com a prática nessas observações, o aluno
aprenderá a identi-fcar as partes de alguns moluscos, familiarizando-se com
vários desses animais. a questão é os moluscos têm corpo mole, dividido em
cabe-ça, pé e massa visceral. alguns moluscos se protegem dos predadores comsua
concha; outros, como o polvo, são capazes de se deslocar e fugir rapidamente,
além demudar a cor da pele (camufagem) e expelir jatos de uma substância
escura. capítulo 16 • insetos: os artrópodes mais numerosos trabalhando as ideias
do capítulo 1. b, c, d, f, g. 2. além de proteger o animal contra predadores e
sustentar o corpo, o esqueleto externo diminui a perda de água, o que facilitou
a sobrevivência do grupo de artrópodes terrestres, como os insetos. 3. d. 4. a)
o inseto da primeira sequência (uma borbole-ta) sofre metamorfose. o inseto da
segunda sequência (uma traça) nãosofremetamorfose. b) ovo, lagarta, pupa,
adulto. 5. as operárias se encarregamde procurar alimentos (o néctar e o pólen
das fores), construir, limpar e defender a colmeia, além de alimentar a rainha
e a prole commel, pólen e geleia real; produzem tam-béma cera usada na
construção da colmeia. a rainha é a única fêmea fértil da colmeia. pode pôr
cercademil ovospor diaeviver decincoadez anos. os zangões são os machos. sua
única função é fecundar a rainha, que armazena durante anos milhões de
espermatozoides dos zangões em seu aparelho reprodutor. 6. o combate biológico
contra insetos e outras pra-gas da agricultura é feito usando-se os parasitas e
os predadores desses insetos e pragas. como predadores, podem ser usados outros
insetos, vírus, fungos, etc. o combate biológico tem a vantagem de não poluir o
ambiente nem destruir insetos predadores ou polinizadores. 7. sim, porque do
ovo de uma borboleta sai uma la-garta, que vai originar outra borboleta. 8. o
gafanhoto está abandonando seu exoesquele-to (muda). identificando os insetos
1: antenas; 2: cabeça; 3: tórax; 4: abdome; 5: asas; 6: pernas; 7: traqueia. a)
o corpo dos insetos se divide em três regiões: cabeça, tórax e abdome. b) os
insetos possuem três pares de pernas presas ao tórax. c) duas antenas. d) sim.
e) número 1; antenas. f) pernas e asas. g) número 7; traqueias. pense um pouco
mais 1. asas. 2. sim, porque os insetos polinizadores benefciam as plantas, promovendo
sua reprodução. outros insetos, porém, atacam e destroem plantações. 3. os
inseticidas podem matar os insetos poliniza-dores, que levam o pólen de uma for
para outra, promovendo a reprodução das plantas. isso dimi-nui a produção de
frutas. 4. em certos períodos, rainhas e machos alados saem para a revoada, ou
voo nupcial. após a fe-cundação, em pleno ar, as rainhas livram-se das asas,
abrem canais no solo e constroem novos
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75 formigueiros. como a rainha recebe o esperma do macho em pleno ar, pode-se
dizer que, de certa maneira, umformigueiro começa nessemomento. 5. as formigas
fazem parte de uma teia alimentar, servindo de alimento para pássaros, insetos
e outros animais. se elas desaparecessem, essas espécies poderiam fcar com
falta de alimento e ameaçadas de extinção. 6. a maioria dos insetos é
terrestre. como a fecun-dação interna evita a desidratação dos gametas, ela é
uma adaptação à vida terrestre. 7. a característica de terem a mesma cor do
am-biente em que vivem permite a esses animais f-carem camufados, tornando-se
menos visíveis aos predadores. 8. não. as cascas que encontramos na natureza
não são de cigarras mortas, são exoesqueletos abandonados após a muda. 9. o voo
auxilia a dispersão dessas sociedades. a questão é os insetos possuem diversas
adaptações à vida terrestre: um exoesqueleto que protege o corpo e di-minui a
perda de água por evaporação; pernas articu-ladas que, auxiliadas pelas
contrações rápidas dos músculos, possibilitam aos insetos se movimentar com
facilidade na terra; na maioria das espécies, as asas possibilitam também o
voo; traqueias que per-mitem o aproveitamento do oxigênio do ar; fecunda-ção
interna — entre outras características. o corpo dos insetos é formado por
cabeça, tórax e abdome, com três pares de pernas e um par de an-tenas. a
maioria tem dois pares de asas. capítulo 17 • mais artrópodes: crustáceos,
aracnídeos, diplópodes e quilópodes trabalhando as ideias do capítulo 1.
insetos: d, h. aracnídeos: e, i. crustáceos: a; f; g. di-plópodes: b.
quilópodes: c. 2. insetos: barata, besouro, gafanhoto, mosquito, abelha.
crustáceos: camarão, caranguejo, lagos-ta, siri. aracnídeos: aranha, carrapato,
escorpião. quilópodes: centopeia. diplópodes: embuá. 3. a) aranhas. b) com os
fos, as aranhas tecem teias com as quais capturam animais que lhes servem de
alimento. 4. moqueca mista de peixe com camarão e arroz de lagosta com camarão.
5. é uma parte (a carapaça) do esqueleto externo (exoesqueleto) do siri, um
crustáceo. identificando grupos de artrópodes a: crustáceo, b: diplópode, c:
inseto, d: quilópo-de, e: aracnídeo, f: inseto (traça), g: aracnídeo (ácaro),
h: crustáceo (lagosta). pense um pouco mais 1. a) por terem células urticantes,
as anêmonas afu-gentampossíveis predadores do caranguejo. b) mutualismo. 2. as
aranhas devoram insetos e outros animais que atacam as plantações. se
eliminarmos as ara-nhas, o número desses animais pode aumentar muito, provocando
grande destruição das planta-ções que servem de alimento para o ser humano. 3.
camarão e lagosta: crustáceos; mexilhão, polvo e lula: moluscos. os crustáceos
possuem várias pernas e uma carapaça protetora de quitina. o corpo é dividido
geralmente em cefalotórax e ab-dome. os moluscos têm o corpo mole, que pode
estar coberto por uma concha. o corpo é dividido em cabeça, massa visceral e pé
(que pode estar transformado em tentáculos, como no caso do polvo ou da lula).
atividade em grupo 1. por meio da pesquisa, o aluno poderá descobrir várias
características de cada ordem. entre elas: a) coleópteros. coleóptero signifca
‘asa em es-tojo’ (do grego koleos, ‘estojo’, e ptéron, ‘asa’), porque o par de
asas membranosas usadas para o voo fca dobrado por baixo de asas
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76 ras (élitros), que protegem o corpo do inseto. os coleópteros incluem
besouros, joaninhas, vaga-lumes, gorgulhos, etc. formam a ordem com o maior
número de espécies descritas entre todos os animais. têm peças bucais
mastigadoras. alguns grupos, como os vaga- -lumes, emitem luminescência. muitos
des-troem lavouras. outros, como a joaninha, são úteis à agricultura, pois
atacam os pulgões. têmmetamorfose completa. b) dípteros. sãoasmoscas
eosmosquitos. oter-mo díptero signifca ‘duas asas’ (di ‘dois’), já que essa
ordem possui um par de asas fnas e transparentes usadas para o voo. o outro par
é atrofado e está transformado em balancins, ajudando no equilíbrio durante o
voo. o apare-lho bucal é geralmente do tipo picador-suga-dor, sendo usado para
sugar seiva de plantas ou sangue de animais. têm metamorfose completa. há
inúmerosmosquitos transmisso-res de doenças, como o anopheles (que trans-mite o
plasmodium, causador da malária), o aedes (que transmite o vírus causador da
fe-bre amarela) e o culex (que transmite o nema-toide causador da elefantíase).
c) lepidópteros. são as borboletas e mariposas. suas asas são revestidas de
escamas (daí o nome da ordem: lépidos ‘escama’; ptéron ‘asa’). a maioria das
espécies possui uma tromba para retirar o néctar ou pólen das plantas. as
borboletas têm hábitos diurnos, e as mariposas, noturnos. a larva da mariposa
bombyx mori produz a seda em seu casulo, por isso é chamada bicho-da-seda. d)
ortópteros (orthos ‘reto’). o primeiro par de asas é estreito e o segundo par
dobra-se lon-gitudinalmente sob o primeiro. exemplos: ga-fanhoto, barata,
grilo, esperança, bicho-pau, louva-a-deus. têm peças bucais mastigado-ras. os
gafanhotos possuem as pernas poste-riores alongadas e fortes, adaptadas,
portanto, para o salto. o “canto” dos machos (que serve para atrair as fêmeas)
é produzido pela fricção das asas ou por movimentos das pernas con-tra os
élitros. estão entre as piores pragas das lavouras. o louva-a-deus recebe esse
nome por causa de sua postura quando espreita uma presa (outro inseto),
lembrando uma pessoa rezando demãos postas e ajoelhada. e) hemípteros. são os
percevejos (hemi ‘meio’). a metade de cada asa do primeiro par é rígida, e a
outra metade, membranosa: são denomi-nadas hemiélitros. as asas do outro par
são membranosas. as asas são superpostas hori-zontalmente sobre o abdome.
oaparelho bucal é do tipo picador-sugador. amaioria alimenta- -se da seiva das
plantas; alguns são predado-res. outros sugam o sangue humano e o de outros
animais, como o barbeiro, transmissor do protozoário que causa a doença de
chagas. 2. o krill, um crustáceo semelhante ao camarão, é co-mumnosoceanos,
principalmentenosmaresdaan-tártida. alimenta-se de algasmicroscópicas que
for-mam o chamado plâncton e serve de alimento para baleias e outros animais.
cracas são crustáceos marinhos, com a forma de pequenos cones, que vivem fxos
em rochas, fundos de barco ou outros animais. amaioriaéhermafroditaea
larvaémóvel. 3. a febre maculosa é um exemplo de zoonose, isto é, de uma doença
transmitida, emcondições natu-rais, de animais vertebrados para o ser humano. a
prevenção é feita evitando exposição aos lugares infestados por carrapatos; examinando
o corpo em busca de carrapatos a cada três horas (quanto mais rápida for a
remoção do carrapato, menor o risco de contrair a doença); usando roupas claras
(que facilitama visualização do carrapato) e calças compridas e botas nos
locais infestados; remover os carrapatos por meio de leve torção,
semesma-gá-los, para não liberar bactérias que podem en-trar pela lesão; manter
o gramado aparado e rente ao solo; usar produtos especiais paramatar
carra-patos de animais domésticos. a sarna, ou escabiose, é uma doença de pele
causada por ácaro. é transmitida por contato com a pele de pessoas infectadas
ou por uso de roupas com ovos ou larvas. o tratamento é feito com medicamentos
que matam o ácaro, mas, além da utilização de remédios, é muito telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd
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77 importante ferver ou lavar a seco roupas pes-soais e de cama para evitar que
o doente seja infectado novamente ou que o ácaro seja transmitido para outras
pessoas. 4. o bicho da seda é uma larva de uma espécie de mariposa (bombyx
mori). a larva alimenta-se de folhas, principalmente de amoreiras, e tece seu
casulo com fos de seda, que podem ser usados na confecção de tecidos. o estudo
da mosca drosófla (drosophila melano-gaster), tambémconhecida
comomosca-das-fru-tas, foi importantíssimo para o avanço dagenética.
essamosquinha é fácil de criar e alimentar e se re-produz rapidamente: cada
fêmea pode produzir centenas de ovos, que se desenvolvem em cerca de duas
semanas. além disso, a mosca possui muitas características fáceis de observar,
como a cor dos olhos, o tipo de asa, etc. a questão é o camarão pertence ao
grupo dos crustáceos; a aranha, ao grupo dos aracnídeos; a lacraia, ao grupo
dos quilópodes; o piolho-de-cobra, ao grupo dos di-plópodes. o corpo dos
crustáceos e dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome; os crustáceos
possuemdois pares de antenas e umnúmero variável de pernas; os aracnídeos
possuem quatro pares de pernas e um par de quelíceras. já os quilópodes e
di-plópodes têm o corpo dividido em cabeça e tronco e possuem um número grande
de pernas, e os quilópo-des apresentam um par de forcípulas, usadas para
injetar peçonha. a maioria dos crustáceos é aquática, e a maioria dos aracnídeos,
quilópodes e diplópodes é terrestre. capítulo 18 • equinodermos trabalhando as
ideias do capítulo 1. tanto o corpo dos cnidários como o dos equino-dermos são
divididos em várias partes iguais ou equivalentes. é uma simetria radial. 2. os
equinodermos possuem um esqueleto rígido de calcário, que fca sob a fna “pele”
que reveste o animal. 3. os equinodermos se locomovem usando o sis-tema
ambulacrário. a água do mar circula por canais no corpo do animal e desses
canais saem pequenos tubos musculares, chamados pés ambulacrários, que se
projetam para fora do corpo. quando os tubos se enchem de água, eles se esticam
e grudam em alguma rocha ou no fundo do mar. quando a água sai dos tubos, eles
encolhem. desse modo o animal se desloca lentamente. identificando seres vivos
1. a) polvo (molusco); b) água-viva (cnidário); c) joaninha (artrópode); d)
anêmona (cnidário); e) tênia (platelminto); f ) lacraia (artrópode); g)
caranguejo (artrópode); h) caracol (molusco); i) borboleta (artrópode); j)
minhoca (anelídeo); k) ouriço-do-mar (equinodermo); l) mexilhão (molusco); m)
aranha (artrópode); n) escorpião (artrópode); o) esponja (porífero); p) camarão
(crustáceo); q) estrela-do-mar (equinodermo); r) mosquito (artrópode); s)
planária (platelminto). 2. a) m e n; eles possuem um corpo dividido em
cefalotórax e abdome, com quatro pares de pernas, e não possuem antenas. b) e
c) h, l d) c, i, r. todos têmseis patas. e) j f) a g) k, q h) i i) c, f, g, i,
m, n, p, r j) e k) o l) s m) o n) b, d o) l p) o 3. a) polvo: nadando, com camufagem,
soltando tinta escura. b) água-viva: com cnidócitos (célu-las urticantes). f)
lacraia: com peçonha. g) caran-telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd
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78 guejo: com o primeiro par de pernas (pinças) e a carapaça. h) caracol:
escondendo-se na concha. k) ouriço-do-mar: com espinhos. l) mexilhão: com a
concha. pense um pouco mais 1. a técnica não funcionava porque as estrelas-do-
-mar têm grande capacidade de regeneração e muitos pedaços lançados na água
poderiam ori-ginar uma nova estrela. 2. a) moluscos e equinodermas. b) molucos:
gas-trópodos e bivalvos. equinodermas: asteroides (estrela-do-mar) e equinoides
(bolacha-da- -praia). a questão é no grupo dos equinodermos estão as estrelas-
-do-mar, os ouriços-do-mar, os pepinos-do-mar, as bolachas-da-praia e os
lírios-do-mar. o nome equi-nodermo tem origem em palavras gregas: échinos, que
quer dizer ‘espinho’, e derma, que signifca ‘pele’. todos vivem no ambiente
marinho. capítulo 19 • peixes trabalhando as ideias do capítulo 1.
presençadenadadeiras edeuma caudaque impul-siona o corpo; forma alongada e
hidrodinâmica da maioria dos peixes; escamas emuco, que deixama pele bem lisa,
o que diminui o atrito coma água. 2. c, d, e, f, h, j. 3. a piramboia usa um
pulmão para respirar oxigê-nio do ar. 4. a linha lateral é formada por canais
que se comu-nicam com o exterior por pequenos poros pelos quais o peixe capta
vibrações na água que indi-cam a presença de outros animais. 5. não, porque os
peixes são ectotérmicos, isto é, sua temperatura acompanha a temperatura
ambiente. 6. peixe ovíparo é aquele cujo embrião se desenvol-ve fora do corpo
da mãe, à custa de uma reserva de alimento. peixe vivíparo é aquele cujo
embrião se desenvol-ve dentro do útero, recebendo alimento direta-mente do
sangue da mãe através de um órgão chamado placenta. pense um pouco mais 1.
commalhas muito fnas são capturados também flhotes, que ainda não procriaram.
isso impede a reposição natural da população de peixes e até ameaça a espécie
de extinção. 2. na fecundação externa, um grande número de óvulos se perde na
água ou serve de alimento para outros peixes. no caso dos peixes ovoviví-paros,
um número maior de flhotes sobrevive. a maior produção de óvulos na fecundação
exter-na é uma adaptação que compensa a maior per-da de óvulos nesse caso. 3.
não. as narinas têm apenas função olfativa: são capazes de perceber substâncias
químicas dis-solvidas na água. a troca de gases com a água (respiração) é feita
nas brânquias. 4. mutualismo. o peixe se livra de parasitas, e o ca-marão
consegue alimento. mexa-se! a rêmora ou peixe-piolho prende-se ao corpo do
tubarão por meio de uma nadadeira dorsal. com isso, obtém restos de comida e um
efciente meio de trans-porte. o tubarão não é prejudicado. é um tipo de
rela-ção conhecido como comensalismo. atividade em grupo 1. entre os peixes
marinhos podem ser citados vá-rios tiposde tubarão (tubarão-tigre,
cabeça-chata, tubarão-martelo, etc.) e de raias (raia-sapo, tre-me-treme,
viola), sardinha, bagre-do-mar, con-gro, peixe-agulha, cavalo-marinho,merluza,
robalo, badejo, garoupa, linguado, corvina, vermelho, pes-cada, namorado,
cherne, baiacu, etc. 2. entre os peixes de água doce podem ser citados:
pirarucu, dourado, lambari, piranha, jaú, tambaqui, traíra, bagre, poraquê,
pintado, acará, tucunaré, pacu, piramboia, etc.
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79 3. a carne de peixe é rica em proteínas: um flé de 100 g contémcerca de 20 g
de proteínas; 100 g de peixe equivalemao valor proteico de uma coxa de galinha
ou três ovos. ao comprar peixe em feiras ou mercados, deve- -se observar as
seguintes características: os olhos devem estar brilhantes, as escamas não devem
se desprender da pele do corpo com faci-lidade e a carne deve ser frme ao
toque. ao se levantar os opérculos, as brânquias devem estar bem vermelhas. o
peixe tem uma carne facil-mente perecível. quando é fresco, deve ser logo
utilizado ou conservado no congelador. 4. na época da reprodução, algumas
espécies de peixes, como dourados, lambaris e pacus, sobem os rios, nadando
contra a corrente em direção à nascente. aí eles encontram águas mais calmas,
que são mais adequadas para o encontro dos ga-metas e o desenvolvimento dos
flhotes. essamigraçãoé chamada piracema. ela ocorre em vários rios dobrasil,
principalmente na primavera e no verão. é um espetáculo bonito: grandes
cardu-mes de peixes dão saltos enormes para vencer cachoeiras e outros
obstáculos ao longo do cami-nho. a reunião de tantos peixes torna muito fácil
sua captura, mas a pesca na época da piracema é proibida. isso porque os peixes
seriam capturados justamente antes de se encontrarempara a repro-dução, o que é
uma grande ameaça à sobrevivên-cia das espécies. a realização da piracema tem
sido difcultada pelo represamento de muitos rios para a construção de usinas
hidrelétricas e tam-bémpela poluição causada por esgotos. aprendendo com a
prática aprática permite que os alunos conheçammelhor as partes dos peixes,
aprendendo a identifcá-las num peixe fresco. permite também que eles
compreendam melhor como são as brânquias (a cor vermelha deve-se à grande
quantidade de sangue que passa por esse órgão); com o lápis, os alunos podem
perceber que as brânquias se comunicam com a boca do peixe, já que é por ela
que entra a água como oxigênio que será absor-vido pelas brânquias. a questão é
os peixes possuem diversas adaptações à vida aquática: forma hidrodinâmica,
presença de nadadei-ras e brânquias, pele com escamas bem lisas e muco, que
diminuem o atrito com a água. capítulo 20 • anfíbios trabalhando as ideias do
capítulo 1. a presença de pulmões e as pernas (patas). 2. anfíbios têm
respiração cutânea e, além das tro-cas gasosas, perdem pela pele parte da água
que evapora do corpo. a vida em lugares úmidos di-minui essa perda. além disso,
dependem da água para a reprodução, pois a fecundação é externa e os ovos se
desenvolvem na água. 3. as pálpebras espalham as lágrimas, que mantêm os olhos
úmidos, evitando sua desidratação. 4. a fecundação da maioria dos anfíbios é
externa e ocorre na água, o que impede a desidratação dos gametas, da
célula-ovo e do embrião resultante. 5. é um carro capaz de se deslocar tanto na
terra como na água. 6. c, e, f, g, h, i, j. pense um pouco mais 1. para
diminuir a perda de água pela pele, reduzin-do, assim, o risco de desidratação.
2. a produção de ovos é maior nos anfíbios, que deixam seus ovos na água e os
abandonam após a fecundação, pois eles não possuem ne-nhuma proteção contra os
predadores. no caso da sapo-pipa, os ovos fcam protegidos. 3. a pele dos
anfíbios é fna e rica em vasos sanguí-neos, sendo capaz de absorver oxigênio e,
no caso, também água. 4. facilita o deslocamento da rã na água. mexa-se! na
primavera, os sapos e as rãs, depois da hiber-nação, formam uma “orquestra” ou
“coral”. o coaxar é telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 79 6/21/12
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80 uma espécie de “canto” produzido pelo saco vocal do macho do sapo e da rã. o
coaxar varia de acordo com a espécie e, na época da reprodução, a fêmea é
atraída pelo coaxar do macho de sua própria espécie. a questão é os sapos
adultos possuem pulmões e pernas, que são adaptações à vida terrestre. já o
girino possui brânquias e uma cauda que o ajuda na natação. capítulo 21 •
répteis trabalhando as ideias do capítulo 1. a pele dos répteis é impermeável e
possui bas-tante queratina; é recoberta de escamas (ser-pentes e lagartos),
placas (jacarés e crocodilos) ou carapaças (tartarugas e cágados); os répteis
estão, portanto, bem protegidos da desidratação. 2. porque respiram por pulmões
com superfície su-fciente para absorver todo o oxigênio de que ne-cessitam, sem
utilizar a respiração cutânea. 3. a reprodução dos répteis está bem adaptada à
vida terrestre porque eles apresentam fecunda-ção interna. com isso, os gametas
não correm risco de desidratação, já que fcam protegidos dentro da fêmea. além
disso, o ovo com casca e os envoltórios protetores (córion e âmnio) prote-gem o
embrião da desidratação. 4. serpentes peçonhentas. não. 5. d, e. 6. a, e, g.
pense um pouco mais 1. porque eles respiram por pulmões. 2. os ovos dos
anfíbios desenvolvem-se na água e, por isso, não precisamde casca. os ovos dos
rép-teis desenvolvem-se na terra, e a casca, junto comasmembranas ao redor do
embrião, protege o flhote da desidratação. 3. os lagartos pertencemao grupo dos
répteis e seu corpo é coberto por escamas. as salamandras pertencemao grupo dos
anfíbios e sua pele é lisa, sem escamas. 4. nas serpentes ovíparas, o ovo se
desenvolve fora do corpo da mãe. por isso há maior mortalidade de
embriõesdoquenocasodasovovivíparas, cujode-senvolvimentoocorreno
interiordocorpomaterno. 5. o dente possui um canal interno, por onde a pe-çonha
é inoculada. 6. o esqueleto é de um quelônio (uma tartaruga) por-quepodeser
vistoocasco, típicodesseanimal. de olho no texto a) lagartixa. b) ordem dos
escamados. c) porque capturam insetos. de olho nos quadrinhos a) a frase pode
estar se referindo a um grupo específco, os dinossauros. b) a principal causa
da extinção dos dinossauros teria sido a queda de umasteroide. a poeira
le-vantada escureceu o céu e, sem luz, muitas plantasmorreram, oque, por
suavez, provocou a extinção dos dinossauros e de outros grupos. c) espera-se
que a turma discuta que as lutas e guerras entre os povos devem ser
substituí-das pela cooperação, para evitar confitos que podem provocar até
mesmo a extinção da espécie humana. mexa-se! 1. o dragão-de-komodo é um réptil
encontrado nas ilhas de komodo e emoutras ilhas da indonésia. é o maior lagarto
conhecido, chegando a 3 m de com-primento. é carnívoro, caça aves e mamíferos e
se alimenta de carniça. as vítimas desse animal aca-bammorrendo de infecções,
transmitidas por bac-térias quevivemna boca do animal, antes de serem
devoradas. 2. muitas serpentes peçonhentas têm, de cada lado da cabeça, uma
pequena depressão entre o olho e a narina, que corresponde à fosseta loreal, um
órgão capaz de registrar pequenas variações de telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd
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81 temperatura. esse órgão ajuda a serpente a loca-lizar aves emamíferos que
possamservir de pre-sa, pelo calor emitido por esses animais. 3. oscrocodilos
têmfocinho longoeestreito, eoquar-to dente de suamandíbula aparecemesmo quando
o animal está coma boca fechada. já os jacarés têm focinho mais largo e
arredondado (o comprimento do focinho é quase igual à largura) e seus dentes
nãoaparecemquandooanimal está comaboca fe-chada. nobrasil não há crocodilos,
apenas jacarés. atividade em grupo 1. os sapos capturam insetos que atacam
planta-ções, as rãs servem de alimento e o veneno de algumas espécies de rãs
vem sendo estudado como possível fonte de novos medicamentos. entre os anfíbios
brasileiros ameaçados de extin-ção, podem ser citados o famenguinho, ou
sapi-nho-de-barriga-vermelha, várias espécies de perereca, como a
perereca-verde, de rãs conhe-cidas como rãzinhas, etc. a população de anfíbios
está em declínio no mundo inteiro e cerca de um terço dessas espécies está
ameaçado de extin-ção. entre as possíveis causas estão a destruição dos habitat
e a poluição. a alta permeabilidade da pele torna o animal bastante sensível
aos po-luentes. também existe um fungo (batracho-chytrium dendrobatidis) que
vem atacando es-sas espécies e, associado a outras causas, pare-ce ser um dos
fatores que ameaça a população de anfíbios no mundo. 2. entre outros dados, o
aluno poderá descobrir em sua pesquisa que, antes das atividades do proje-to
tamar, era comum apanhar ematar tartarugas marinhas que subiamà praia para
desovar. a car-ne e os ovos eram consumidos e o casco usado para fazer armações
de óculos, pentes, pulseiras, colares, etc. como resultado do trabalho de
edu-cação ambiental desenvolvido pelo tamar, essas práticas foram proibidas por
lei e, ao menos nas áreas de atuação do projeto, foram erradicadas. a luz
elétrica à beira-mar afugenta as tartarugas que vêm à praia para desovar e
desorienta os f-lhotes, que, atraídos por essa luz, se afastam do mar. por isso
o tamar conseguiu aprovar leis que impedem a instalação de pontos de luz em
áreas de desova, promovendo campanhas para substi-tuição de luminárias
convencionais por outras que não deixama luz incidir diretamente sobre a praia.
embora a pesca de tartarugas seja proibida por lei federal, muitas vezes elas
fcam presas, acidental-mente, nas redes de pesca e acabam morrendo afogadas. os
técnicosdotamar tambémdãomoni-toria nesses casos. o projeto tamar patrulha as
áreas de proteção no período da desova. cada tartaruga émarcada nas nadadeiras
com um número individual e o ende-reço do tamar, juntamente com uma solicitação
de notifcação. isso permite que entidades estu-dem o comportamento das
tartarugas e façam um controle da população. esse é apenas um curto resumo
adaptado do site www.tamar.org.br (acesso em 25 maio 2011), que explica as
atividades que ameaçam as tarta-rugas e o trabalho realizado pelo projeto
tamar. 3. entre os lacertílios, encontramos o teiú, cuja carne pode ser usada
como alimento; a iguana, que pode atingir até 2 metros de comprimento; a
pe-quena lagartixa, etc. entre os crocodilianos, o jaca-ré-de-papo-amarelo; o
jacaré-açu, da amazônia, que é o maior de nossos crocodilianos, medindo de 4 a
5metros. entre os lacertílios ameaçados de extinção, temos:
lagartixa-de-abaeté, lagarto- -da-cauda-verde, lagartinho-de-linhares,
lagar-tinho-de-vacaria, lagartixa-da-areia, lagartinho- -da-praia. 4. entre as
serpentes não peçonhentas, temos a su-curi e a jiboia, que matam por estrangulamento;
a cobrad’água, opapa-pinto, a caninana, amuçurana (que devora outras
serpentes), a cobra-cipó e a cobra-verde, a falsa-coral, entre outras. entre as
serpentes peçonhentas, temos a jararaca, distri-buída por todo o território
nacional e responsável pelamaioria dos acidentes comserpentes no país; as
cascavéis, tambémencontradas emquase todo o território (exceto na amazônia,
mata atlântica e zona litorânea); a surucucu, distribuída pelas
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82 restas tropicais; a coral-verdadeira, também dis-tribuída por todo o
território brasileiro. entre as espécies em extinção, temos: jiboia-de-
-cropan, jararaca-de-alcatrazes, jararaca-ilhoa. amaioria dos acidentes
comserpentes podemser evitados com o uso de botas e perneiras, uma vez que as
picadas ocorrem frequentemente nos pés e naspernas. deve-se tambémusar
luvasouumpe-daço de pau paramexer emmatos ou entulhos. emcaso de acidente, a
pessoa deve ser removida o mais rápido possível para um posto médico, onde será
feito o tratamento com soro antiofídico e outros procedimentos. caso seja
possível, de-ve-se comunicar ao médico a espécie que picou a pessoa. não se
deve amarrar a região afetada para isolar o veneno. isso impede a circulação
normal do sangue e traz riscos para a região afe-tada, ou concentra o veneno na
região, aumen-tando a destruição do tecido. também não se deve sugar o local da
picada nem fazer cortes. 5. os fósseis mais antigos de dinossauros, com mais
de230milhões deanos, estãonoriograndedosul —é o caso do estauricossauro, umdos
dinossauros mais antigos domundo. emminas gerais e emsão paulo, são encontradas
formas mais recentes, com cerca de 70milhões de anos. no nordeste (paraíba,
maranhãoeceará), podemser encontrados fósseis com idade entre 90 e 110milhões
de anos. no grupo dos dinossauros herbívoros, havia os titanossauros (‘lagartos
titânicos’), com cerca de 12 metros de comprimento e 4 metros de altura.
fósseis desses animais foram encontrados em são paulo e em peirópolis, minas
gerais. 6. fundado em23 de fevereiro de 1901, como institu-to serumtherapico, o
instituto butantan é umcen-tro de pesquisa biomédica vinculado à secretaria de
estado da saúde de são paulo, responsável pela produção de mais de 80% do total
de soros e vacinas consumidos no brasil. sua missão é de-senvolver estudos e
pesquisa básica na área de biologia e de biomedicina, relacionados, direta ou
indiretamente, com a saúde pública. um dos pon-tos turísticos mais visitados de
são paulo, o bu-tantanmantémtrêsmuseus (biológico, histórico e microbiológico)
e umparque belíssimo. em1898, acidadedesantosfoi atingidaporumsurto de peste
bubônica. vital brasil foi chamado a partici-par da produção do soro contra a
doença na então fazendabutantan (local ondeseoriginouo instituto). vital brasil
fez uma grande contribuição para a saúde públicaaodemonstrar
queaúnicaarmacontraoen-venenamentoofídicoeraosoroespecífco. a questão é os
répteis possuem várias adaptações à vida terrestre, como a presença de pernas e
de pulmões, pele impermeável, fecundação interna e ovo com cas-ca. tartarugas,
jabutis, cágados, crocodilos e jacarés, lagartos, lagartixas, camaleões,
cobras-de-duas-ca-beças, serpentes. capítulo 22 • aves trabalhando as ideias do
capítulo 1. as aves sãoos únicos animais que possuempenas. 2. não. há aves que
não voam, como o avestruz, a ema e o pinguim. 3. as aves são animais
homeotérmicos (endotér-micos), isto é, elas mantêm sua temperatura constante à
custa do calor produzido no corpo pela respiração celular, mesmo quando a
tempe-ratura ambiente é baixa. 4. as penas das aves são formadas por queratina,
o mesmo material encontrado nas escamas dos répteis. 5. as penas protegemas
aves, diminuema perda de água e ajudam a conservar o calor do corpo, mantendo a
ave aquecida mesmo nos climas mais frios, além de ajudar no voo. 6. porque a
glândula uropigeana produz um óleo que a ave passa nas penas com o bico,
tornan-do-as impermeáveis. 7. porque esses músculos servem para movimen-tar as
asas das aves durante o voo. 8. são adaptações do esqueleto das aves que voam:
ossos ocos e leves; uma saliência no osso do peito (o osso esterno), chamada
carena, onde se prendem os músculos que movem as asas.
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83 9. amoela, ou estômagomecânico, tritura o alimento. 10.
membranasentreosdedos, que facilitamanatação. 11. o bico longo ajuda o
beija-for a se alimentar do néctar das fores. 12. a fecundação das aves é
interna, evitando a desi-dratação dos gametas. o ovo das aves possui casca
emembranas que impedema desidratação do embrião. 13. há fósseis que mostram uma
mistura de caracte-rísticas de aves e de dinossauros: há marcas de penas ao
lado demarcas de dentes, asas com três dedos e uma cauda de réptil. as aves
seriam os parentes atuais mais próximos dos dinossauros. 14. os membros
anteriores funcionam como nada-deiras. 15. anfíbios: e, f, g, h, k, m. répteis:
a, b, e, k, l. aves: a, b, c, d, e, i, j, k. pense um pouco mais 1. as aves
sobrevivem melhor em regiões frias, como os polos, porque, ao contrário de
anfíbios e répteis, são homeotérmicas (endotérmicas), o que signifca que elas
permanecem ativas mes-mo em temperaturas muito baixas. 2. o coração das aves
bate mais rápido devido às adaptações do organismo ao voo, o que conso-me muita
energia, levando a um grande consumo de oxigênio. o coração acelerado supre
essa alta taxa de oxigênio. 3. as aves gastam muita energia no voo e também para
a manutenção de uma temperatura interna constante (são endotérmicas). o
alimento preci-sa suprir essa energia gasta. 4. o ovo. porque a galinha é uma
ave, que, de acor-do com a história evolutiva desse grupo, teria se originado
de dinossauros ou outros répteis, que põem ovos. 5. as penas. 6. sim, porque as
aves devem ter se originado de dinossauros, que seriam os parentes evolutivos
mais próximos das aves. 7. se as aves fossemvivíparas, haveria aumento de peso
do corpo por mais tempo do que em ani-mais ovíparos, o que poderia difcultar o
voo. 8. a moela ajuda a triturar os grãos, facilitando a di-gestão. a ingestão
de pedrinhas ajuda nesse tra-balho de trituração. 9. a temperatura do jacaré é
de 20º c e a do mergu-lhão deve fcar em torno dos 40º c, isso porque o jacaré é
ectotérmico e omergulhão é endotérmico. atividade em grupo 1.
entreoutrascoisas, osalunospoderãodescobrirque: a) o uirapuru tem um canto
belíssimo (há uma lenda que diz que todos os pássaros param de cantar ao
ouvi-lo), é encontrado no norte do país, e a música que tem seu nome foi
composta por heitor villa-lobos. b) o beija-for alimenta-se de néctar e auxilia
a polinização das plantas. é capaz de se manter parado no ar graças ao
batimento muito rápi-do de suas asas. c) a asa-branca (columba picazuro) mostra
em voo uma faixa branca na asa, é da família co-lumbidae, que inclui os pombos
comuns, e é tí-pica donordeste. elamigra paraoutro lugar nas estações do ano em
que faltam alimentos e água. acançãoquemenciona seunomeé “asa branca”, de luiz
gonzaga e humberto teixeira. d) o carcará (polyborus plancus) tem bico forte e
pés com garras curvas afadas, adaptadas para agarrar sua presa. émuito
comumnonordeste. e) a graúna (gnorimopsar chopi) aparece no livro iracema,
doescritor romântico josédealencar. ele descreveu a personagem iracema “com os
cabelos negros como a asa da graúna”. f) o tuiuiú é a ave símbolo do pantanal.
g) o pinguim é encontrado na antártida e suas asas funcionamcomo nadadeiras.
ele não voa. h) aemaéamaior avedasaméricas, comcercade 1,60metro de altura e
30quilogramas de peso. 2. a) papagaio, arara, periquito; b) avestruz, ema; c)
pato, biguá; d) coruja, águia, gavião; e) coruja, águia, gavião;
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84 f) papagaio, arara, periquito, cardeal; g) beija-for; h) pelicano; i)
pica-pau. os hábitos e as relações ecológicas vão depen-der dos exemplos
citados pelos alunos. a questão é diferentemente dos répteis, as aves possuem
asas e o corpo coberto por penas, além de serem en-dotérmicas. entre as
adaptações para o voo, encontra-mos as asas; os ossos ocos e leves, que
diminuem a densidade do corpo das aves; a ausência de um dos ovários e de
bexiga urinária; o bater bem rápido do co-ração; e os músculos peitorais bem
desenvolvidos. capítulo 23 • mamíferos trabalhando as ideias do capítulo 1. a)
a cadela está amamentando os flhotes. b) pelos e glândulas mamárias. 2. as
glândulas sudoríferas ajudamo corpo a perder calor quando a temperatura
aumenta: ao evapo-rar, a água do suor retira calor da pele. os pelos protegem
contra o frio. 3. a maioria dos vertebrados possui dentes muito parecidos entre
si. já os mamíferos apresentam dentes com diversas formas: incisivos, caninos,
molares e pré-molares, cada um adaptado a uma função: cortar, furar ou triturar
a comida. 4. carnívoro, porque os dentes caninos estão bem desenvolvidos. 5.
porque eles respiram pelos pulmões. 6. não. o ornitorrinco e a equidna são
ovíparos. 7. cangurus, coalas, gambá, catitas e cuícas são exemplos demamíferos
que apresentammarsúpio. marsúpio é uma bolsa existente no ventre da mãe, onde o
embrião completa seu desenvolvimento. nessa bolsa se encontramas
glândulasmamárias. 8. o embrião retira alimento e oxigênio do sangue da mãe por
meio de umórgão chamado placenta. 9. animais homeotérmicos (ou endotérmicos).
ta-manduá, peixe-boi, galinha. pense um pouco mais 1. duranteosexercícios,
osmúsculosprecisamdemui-ta energia para semovimentar. a liberação de ener-gia
nas células musculares produz calor e, com isso, a temperatura do corpo começa
a aumentar. então, as glândulas sudoríferas são estimuladas a produzir suor,
queevapora, fazendoocorpoperder calor edi-minuindo, assim, a temperatura. 2. a
presença de pelos no corpo indicaria que se trata de um mamífero. a presença de
dentes ca-ninos pontiagudos indicaria que é um carnívoro. 3. a raposa-do-ártico
tem pelos compridos e fartos (adaptação ao frio) e brancos (camufagem). o
golfnho temmembros anteriores transformados em nadadeiras (adaptação à vida
aquática). 4. porque ela funciona como um isolante térmico, ajudando a reter
calor no corpo, o que é vantajoso para animais que vivem na água fria ou
gelada. 5. baleias e golfnhos têm respiração pulmonar; o embrião de baleias e
golfnhos possui pelos em determinada etapa de seu desenvolvimento. já os peixes
têm respiração branquial e corpo co-berto por escamas; o embrião não tem pelos.
6. porque os animais endotérmicos precisam gas-tar parte da energia dos
alimentos para se aque-cer, o que não ocorre com os exotérmicos. 7. a)
cabellos, signifcando ‘pelos’, e mamas (glân-dulasmamárias). b) peixe-boi. c)
porque o peixe-boi é ummamífero e respira por pulmões. 8. a) o termo sapiens
signifca ‘sábio’, mas nem sempre a espécie humana se comporta sa-biamente, como
acontece quando ela agride a natureza de modo a causar a extinção de ou-tras
espécies e outros desequilíbrios ecológi-cos que afetam a sobrevivência da
própria humanidade. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 84 6/21/12
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85 b) as espécies participam de uma teia alimentar e, por isso, a extinção de
uma espécie pode afetar outras espécies e provocar desequilí-brios ecológicos.
além disso, podemos apren-der muito estudando chimpanzés e outras es-pécies, e
esse conhecimento pode ajudar a própriahumanidadeavivermelhor. ummundo commenos
espécies é ummundo mais pobre, mais triste, menos estimulante. emtermos
éti-cos, devemos considerar que somos parte da natureza e que nossa relação
comela deve ser de cooperação, e não de destruição. c) proibir a caça e
preservar os ambientes natu-rais em que essas espécies vivem. 9. a) às 6 horas:
15 ºc. às 12 horas: 25 ºc. às 18 ho-ras: 20 ºc. b) a temperatura permanece a
mesma — um pouco acima de 35 ºc — em todas as horas. c) sim. d) não. (o gráfco
não mostra variação porque ela é pequena em relação à variação da tem-peratura
do peixe.) e) os peixes são pecilotérmicos (ectotérmicos), e os seres humanos
são homeotérmicos (en-dotérmicos). identificando seres vivos 1. a) nome de cada
animal: a: morcego; j: tartaruga; b: rã; k: pinguim; c: esquilo; l: canguru d:
coruja; m: chimpanzé; e: peixe; n: avestruz; f: pato; o: raia; g: serpente; p:
foca; h: tubarão; q: jacaré; i: golfnho; r: tamandúa. b) peixes: e, h, o.
anfíbios: b. répteis: g, j, q. aves: d, f, k, n. mamíferos: a, c, i, l, m, p,
r. c) a, c, d, f, i, k, l, m, n, p, r. d) a, c, i (no embrião), l, m, p, r. e)
b. f) e, h, o. g) m. h) a, d, f. i) a,c, l, m, p, r. j) d, f, g, j, k, n, q. k)
e (a maioria), h, o. 2. a) peixes: cavalo-marinho, sardinha, truta, ga-roupa.
anfíbios: salamandra. répteis: jararaca, lagarto, lagartixa. aves: ema, sabiá.
mamífe-ros: coelho, onça, mico-leão-dourado, baleia, gambá, elefante. b) aves.
c) todos. 3. e, i, j, k, o, p, r, s. mexa-se! os animais ruminantes (boi,
carneiro, cabra, antílope, girafa, veado, camelo, etc.) fazem os ali-mentos
engolidos voltarem do estômago à boca para serem novamente mastigados e
engolidos. o estômago desses animais é muito desenvolvi-do e dividido em quatro
partes. o alimento engolido é amassado na pança, onde a celulose é digerida por
bactérias, e ocorre a digestão da celulose e fermenta-ção da glicose. a seguir,
o alimento vai para o barrete, no qual há glândulas salivares semelhantes às da
boca e commais bactérias, que continuama digestão da ce-lulose. então, o
alimento mistura-se à saliva e é regur-gitado em pequenas porções, que serão
mastigadas na boca vagarosamente. depois é deglutido outra vez, indo para o
folhoso, que ajuda a triturá-lo, além de ab-sorver água. o alimento segue,
então, para o coagula-dor, que fnaliza a digestão do alimento. atividade em
grupo a resposta vai depender dos resultados da pes-quisa. a questão é nós,
como outros mamíferos, possuímos pelos e glândulas mamárias, além de um sistema
respira-tório com alvéolos pulmonares e diafragma. entre os exemplos, podem ser
citados: onça, macaco, elefan-te, girafa, capivara, rato, morcego, esquilo,
coelho, cachorro, gato, canguru, boi, porco, foca, cavalo, ze-bra, baleia e muitos
outros. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 85 6/21/12 4:17 pm
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86 capítulo 24 • briófitas e pteridófitas trabalhando as ideias do capítulo 1.
os musgos não atingem grande altura porque não possuem vasos condutores de
seiva, o que torna o transporte de substâncias pelo corpo do musgo mais lento
que em plantas com vasos condutores. 2. os musgos retêm, entre seus floides, a
água da chuva ou do orvalho e, através dela, o gameta masculino chega até o
gameta feminino, nadan-do com seus fagelos. 3. soros. produzem esporos. 4. eles
permitemque a planta se espalhe por novos ambientes, além de originar um
gametófto. 5. no prótalo. 6. os vasos condutores de seiva. 7. planta – produção
de esporos – formação do prótalo – produção de gametas – fecundação. 8.
verdadeiras: b, d, g. pense um pouco mais 1. tanto os anfíbios como os musgos
dependem da água do ambiente para sua reprodução, já que, em ambos, o gameta
masculino desloca-se na água emdireção ao gameta feminino. alémdisso, anfíbios
e musgos são encontrados geralmente em lugares úmidos, já que não possuem muita
proteção contra a perda de água pela superfície do corpo. 2. nas samambaias, a
água do ambiente é necessá-ria para o gameta masculino nadar até o gameta
feminino. como o prótalo é uma planta pequena, ele pode fcar facilmente coberto
pela água da chuva, permitindo que ocorra a fecundação. 3. devem ser os soros.
a questão é os musgos são plantas pequenas, sem vasos condutores de seiva e sem
raízes, caules nem folhas verdadeiras; o gametófto vive mais tempo que o
es-porófto. as samambaias atingem tamanhos maiores que os musgos, têm vasos
condutores de seiva e raí-zes, caules e folhas; o esporófto vive mais tempo que
o gametófto. essas plantas alternam reprodução as-sexuada, através da produção
de esporos, com repro-dução sexuada, através da produção de gametas. capítulo
25 • gimnospermas trabalhando as ideias do capítulo 1. semente. 2. exemplos de
gimnospermas: os pinheiros, as se-quoias, os ciprestes e os sagus-de-jardim. 3.
pinha é o cone feminino fecundado e carregado de pinhões, que são as sementes
da planta. 4. nas gimnospermas, o gameta masculino é leva-do de uma planta para
outra pelo vento, protegido dentro do grão de pólen. além disso, a partir do
grão de pólen forma-se um tubo polínico que, à medida que cresce, leva os
gametas masculinos até o gameta feminino. portanto, nas gimnosper-mas, o
transporte do gameta masculino e a fe-cundação não dependem da água do
ambiente. 5. o gameta feminino se chama oosfera e fca den-tro de uma cápsula
chamada óvulo. 6. a semente possui uma reserva de alimento para o embrião; pode
resistir ao frio e só germinar quan-do as condições forem favoráveis. pode
também ser levada pelo vento ou por animais para longe da planta de origem.
dessamaneira, alémde pro-teger e alimentar o embrião, a semente facilita a
dispersão do vegetal. pense um pouco mais 1. não, porque os grãos de pólen são
levados pelo vento e muitos podem deixar de cair sobre o es-unidade 4 • as
plantas e o ambiente telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 86 6/21/12
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87 tróbilo feminino de outra planta. a fecundação e a formação de uma nova
planta só acontecerão com os grãos de pólen que caírem sobre estróbi-los
femininos. 2. como as gimnospermas não têm frutos, as for-mas arredondadas
devem ser sementes. 3. a) cones ou estróbilos. b) uma delas é a planta
masculina e a outra, a feminina. a questão é o grão de pólen permite que o
transporte do ga-meta masculino e a fecundação ocorram sem depen-dência da
água, o que é uma vantagem para plantas terrestres. a semente protege o embrião
e fornece ali-mento para o seu desenvolvimento inicial, além de co-laborar para
a dispersão da planta. entre as gimnos-permas podemos citar o
pinheiro-do-paraná, a se-quoia, o cipestre e o sagu-de-jardim. capítulo 26 •
angiospermas: raiz, caule e folhas trabalhando as ideias do capítulo 1. a
principal função das raízes é fxar o vegetal no solo e absorver a água e os sais
minerais de que ele necessita. 2. a) raiz; b) seivamineral; c) vasos lenhosos;
d) fo-lhas; e) seiva elaborada; f) vasos liberianos. 3. a) 1. estômato; 2.
epiderme; b) se fechar mais; c) vapor de água; transpiração. 4. a) a raiz
fasciculada (a) é formada por várias raízes semelhantes que saem da mesma
re-gião do caule. na raiz axial (b), há uma raiz principal, maior que as
outras, da qual partem ramifcações. b) a raiz axial. c) a raiz fasciculada se
concentra nas camadas superfciais do solo e, por isso, contribui para diminuir
a erosão provocada pela chuva. 5. a região pilífera, onde fcamos pelos
absorventes. 6. a: raiz tuberosa; armazena reservas nutritivas; b: raízes
tabulares; sustentação. 7. a) essas raízes ajudamna sustentação da planta. b)
essas raízes sugamaseivadaplantahospedeira. c) são raízes respiratórias,
comporos que facilitam a entrada de ar; fornecemoxigênio às plantas. d) as
raízes da orquídea são aéreas e a planta as usa para realizar fotossíntese. 8.
as partes do caule responsáveis pelo seu cresci-mento e pela formação de novos
ramos e folhas são as gemas, que fcam na ponta superior do caule e nos nós. 9.
a) troncos são caules resistentes e ramifcados. b) estipes são longos,
cilíndricos e sem ramifca-ções. c) colmos são cilíndricos, com nós e entrenós
bemmarcados. d) hastes são fexíveis. 10. a) para a direita. b) aumenta a
quantidade de luz recebida pelas folhas. 11. c. 12. fotossíntese. a forma de
fnas lâminas das folhas permite que umgrande número de células receba luz e
realize a fotossíntese. 13. verdadeiras: b, c, d, e. 14. porque na reprodução
assexuada as plantas pro-duzidas sãogeneticamente iguais à planta original. 15.
as raízes das orquídeas possuem um tecido que absorve água do ar. pense um
pouco mais 1. plantas de clima seco têmmais chance de perder muita água pela
epiderme. folhas pequenas têm menor superfície relativa de contato como ar que
folhas grandes. com isso, a quantidade de água perdida para o ambiente é menor,
o que é vanta-joso em climas secos. 2. nos cactos, as folhas estão
transformadas em espinhos e a fotossíntese é feita pelo caule. a fo-lha
corresponderia a uma toalha aberta, perden-do águamais rapidamente do que o
caule do cac-to, que corresponderia à toalha fechada (com
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88 menor superfície relativa). trata-se, portanto, de uma adaptação à vida em
climas secos. 3. porque, ao crescerem, as árvores retiram gás carbônico do ar
pela fotossíntese. 4. a raiz crescerá para baixo e o caule para cima. esse
fenômeno é chamado geotropismo ou gra-vitropismo (positivo no caso da raiz e
negativo no caso do caule). 5. a) as plantas produzem pela fotossíntese o
oxi-gênio consumido pelos animais e outros seres heterotrófcos. b)
muitosmedicamentos são extraídos de plantas. 6. ambos possuem em seu interior
um embrião e um alimento de reserva para o embrião. 7. a) clorofla.
fotossíntese. b) porque ela precisa de luz para realizar a fotos-síntese. c)
ele retira seus nutrientes da árvore. d) porque o cipó-chumbo retira nutrientes
da ár-vore, prejudicando-a. já a orquídea é capaz de produzir seu próprio
alimento, usando apenas a árvore como suporte. 8. o esmalte não deixou entrar o
gás carbônico, ne-cessário para a fotossíntese. de olho no texto a) embora
sejam capazes de realizar fotossíntese, as plantas carnívoras são encontradas
emsolos pobres em sais minerais, necessários para a produção de proteínas. ao
capturar e digerir um inseto, a planta obtém aminoácidos, que são as substâncias
que formamas proteínas. b) porque a planta produz pequenas gotas de um líquido
pegajoso e fca parecendo que está coberta de gotas de orvalho. c) os insetos
que se alimentam de néctar. aprendendo com a prática experimento 1 a) o aluno
deverá observar que aparecem gotas de água na superfície interna do saco que
en-volve o ramo com folhas. essas gotas surgem da condensação do vapor de água
originado da transpiração das folhas. b) os resultados poderiamser diferentes
porque no ramo commuitas folhas a transpiração de-veria ser, em princípio,
maior, formando-se mais gotas de água. experimento 2 a) a for deve fcar com a
cor da anilina usada porque a água com anilina sobe pelos vasos lenhosos do
caule até chegar à for. b) o transporte da seiva bruta. a questão é diversas
folhas de plantas são comestíveis, como a alface, a couve e o agrião. entre as
raízes co-mestíveis, estão a cenoura, a beterraba, amandioca e a batata-doce.
um exemplo de caule comestível é a ba-tata-inglesa. as folhas constituem o
principal local onde ocorre a fotossíntese; as raízes absorvem água e sais
minerais do solo; o caule sustenta a folha e leva a seiva para outras partes da
planta. capítulo 27 • angiospermas: flores, frutos e sementes trabalhando as
ideias do capítulo 1. o cálice é formado por sépalas e a corola, por pé-talas.
2. os grãos de pólen são produzidos nos estames (na antera), e a oosfera é
produzida no gineceu (no óvulo). 3. polinização. 4.
aspétalascoloridaseperfumadas facilitama locali-zação da for pelos animais
polinizadores. muitos desses animais sealimentamdenéctar e transpor-tam os
grãos de pólen de uma for para outra, pro-movendo a reprodução sexuada das
plantas. 5. os núcleos espermáticos são levados até a oos-fera pelo tubo
polínico. 6. a semente origina-se do desenvolvimento do óvulo, e o fruto, do
desenvolvimento do ovário. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 88
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89 7. formação do grão de pólen, polinização, cresci-mento do tubo polínico,
fecundação, formação do fruto. 8. o fruto corresponde ao ovário desenvolvido: a
abóbora, o chuchu, a berinjela, por exemplo, são frutos. o termo fruta indica
alguns frutos comes-tíveis, de sabor agradável, adocicado, ou partes que não se
desenvolvem a partir do ovário. essas partes têm origem em outras partes da
for, as quais se tornam carnosas e suculentas depois da fecundação. nesse caso,
para a biologia, elas não são frutos verdadeiros e, por isso, recebem o nome de
pseudofrutos. 9. a e c: frutos; b: pseudofruto. o fruto origina-se do ovário, e
o pseudofruto, de outras partes da for. 10. ao comer os frutos, as aves jogam
fora as se-mentes, que, assim, se espalhampelo solo. o ani-mal pode também
engolir a semente, que passa pelo tubo digestório semser digerida e é
elimina-da comas fezes a alguma distância da planta. as-sim, as aves ajudam na
dispersão da planta. 11. um exemplo de planta que espalha suas semen-tes sem
depender de animais é o coqueiro, que cresce próximo a rios oumares. seus
frutos caem na água e podem ser levados para praias distan-tes. outro exemplo é
o dente-de-leão, cujos fru-tos sãomuito leves e permitem, por isso, sua
dis-persão pelo vento. 12. na semente das dicotiledôneas há dois cotilédo-nes
que, em geral, são bem desenvolvidos e ser-vem de reserva de alimento para o
embrião. nas monocotiledôneas há apenas um cotilédone, que absorve os
nutrientes do endosperma, passan-do-os para as regiões de crescimento do
em-brião. 13. a) raízes: cenoura, beterraba, mandioca e bata-ta-doce. b)
caules: batata comum (purê) e cebola. c) folhas: alface. d) frutos: tomate,
pimentão, pepino, azeitona (azeite de oliva), mamão e laranja. e) pseudofrutos:
caju e fgo. identificando plantas 1. a: briófta; b: pteridófta; c: angiosperma;
d: gim-nosperma. 2. a) a b) c, d; c) d; d) c; e) b; f) d; g) a, b; h) c, d. 3.
a) brióftas; b) angiospermas; c) gimnospermas; d) pteridóftas. identificando
partes de angiospermas 1. a) a – 1. pelos absorventes: absorção de água e sais
minerais. 2. raiz: absorção de água e sais minerais, sustentação, reserva de
alimento (em alguns casos). 3. caule: sustentação e trans-porte de seiva bruta
e elaborada. 4. fruto: auxí-lio na dispersão de sementes. 5. folha:
fotossín-tese. 6. flor: reproduçãosexuada. 7. gema: origi-na novos ramos. b– 1.
pedúnculo: sustentação da for. 2. sépa-las: proteção da for. 3. pétalas:
atração dos polinizadores e proteção da for. 4. estames: produção de grãos de
pólen. 5. pistilo: produ-ção do gameta feminino e da semente (após a
fecundação). b) 1. tubo polínico. 2. ovário. identificando grupos de seres
vivos a) insetos. b) 1 032000. c) protozoários e algas. d) bactérias, plantas e
algas. e) vírus. pense um pouco mais 1. as moscas transportam o pólen de uma
for para a outra, promovendo a reprodução sexuada da planta. 2. derivados de
raízes: cenoura, beterraba, farinha de mandioca, doce de batata-doce. derivados
de caules: batata cozida. derivados de folhas: alface. derivados de fores:
cajuada e compota de fgo. derivados de frutos: tomate, laranjada e
casta-nha-de-caju. 3. quando a vespa macho tenta copular com a for, os grãos de
pólen aderem a seu corpo. quando ela pousar em outra for, pode promover a
repro-dução sexuada da planta. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd
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90 4. ao estourar, elas lançam as sementes para longe da planta, contribuindo
para sua dispersão. 5. a) espera-se que o estudante conclua que são grãos de
pólen, pois foi visto no capítulo que a abelha é um dos insetos polinizadores:
abe-lhas coletamnéctar e pólen das fores, porque os utilizam como alimento
(elas colocam os grãos de pólen em “bolsas” das pernas tra-seiras para
transportá-los à colmeia). b) porque o inseticida pode eliminar os insetos
polinizadores. 6. não, porque a maior parte dos grãos de pólen le-vados pelo
vento não chega ao gineceu de outra planta da mesma espécie. já a polinização
por in-setos é dirigida, isto é, garante que a polinização ocorra commaior
frequência relativa, o que com-pensa a menor produção de grãos de pólen. 7.
estame. aumenta a chance de o inseto fazer o grão de pólen chegar ao pistilo de
outra for, pro-movendo assim a reprodução sexuada da planta. 8. quandoa ave
comeos frutos dovisco, ela fca com sementes grudadas no bico. então, quando ela
vai comer mais frutos em outra árvore, algumas se-mentes passamdo bico da ave
para a outra árvore. 9. o professor deve ter respondido que não podia ser pólen
porque as samambaias produzem es-poros, mas não produzem grãos de pólen.
atividade em grupo 1. o objetivo da atividade é estimular nos alunos o
exercício da pesquisa e da observação. 2. o aluno poderá citar a planta
conhecida como comigo-ninguém-pode, que ao ser ingerida ou apenas mastigada
pode provocar irritação na boca, cólica, náusea e vômito. cólica, náusea e
vômito também acontecem com quem ingere mandioca-brava, que ainda pode atacar o
sistema nervoso e provocar a morte por asfxia. outras plantas venenosas:
espirradeira, que pode levar àmorte por problemas cardíacos; sementes de
mamona, que causam problemas no sistema nervoso e nos rins; urtiga, cujo
contato coma pele produz bolhas, manchas vermelhas e sensação de queimadura. 3.
cerca de 25%dosmedicamentos contêmuma ou mais substâncias extraídas de plantas.
a aspirina, por exemplo, é feita do ácido salicílico, descober-to na ulmária; a
vimblastina e a vincristina, usadas no tratamento de certos tipos de câncer,
são en-contradas na pervinca-rósea; a quinina, uma dro-ga usada contra a
malária, vem da cinchona; a di-gitalina, que aumenta a força de contração do
coração, origina-se da dedaleira. amaioria dessas plantas é encontrada nas
fores-tas tropicais, localizadas em grande parte nos paí-ses em
desenvolvimento. com a progressiva de-vastaçãodessas forestas,
umgrandepotencial de medicamentos vemseperdendo. daí a necessida-de de se
preservaremas forestas tropicais. 4. entre outras características, o aluno pode
men-cionar as seguintes: • abacate: a maior parte vem de plantações nos estados
de minas gerais e são paulo. pode ser consumido ao natural ou na forma de
vitaminas e sorvetes. • açaí: típica da região amazônica, produzida pelo
açaizeiro, uma palmeira. apolpa pode ser consumi-da pura ou com farinha de
mandioca ou tapioca e é usada também para fazer vinho, sorvete ou suco. no
estado domaranhão, é conhecida como juçara. • acerola: cultivada principalmente
no norte e nor-deste. muito rica emvitamina c e usada emsucos, sorvetes e
doces. • buriti: encontrado nas regiões norte, nordeste e centro-oeste. com a
polpa, pode-se fabricar mingau, geleia, doces, ou pode-se adicioná-la a sopas.
tambémse extraemo óleo e a fécula. é rico em vitamina a. • cacau: na região
nordeste; com a polpa são fabri-cados o chocolate e um suco. • caju: encontrado
no norte e nordeste do brasil. a parte carnosa (pseudofruto) é consumida ao
natural ou em sucos e doces, sendo rica em vitamina c. o fruto é a castanha,
que pode ser consumida torrada. • coco: muito encontrado no nordeste, mas já
dis-seminado por todo o brasil. podem ser consumi-dos a polpa e o líquido, e do
fruto pode ser extraída a gordura de coco. muito usado em doces, como a
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91 cocada. a água-de-coco é um líquido hidratante oral, com glicose e sais
minerais. • cupuaçu: encontrado na amazônia e no sudeste da bahia e usado no
preparo de sorvetes, sucos, geleias, doces, bombons e chocolate branco. •
dendê: (coco-de-dendê): muito comum na região nordeste. com o óleo dessa
palmeira é produzido o azeite de dendê, muito usado na comida baiana (vatapá,
acarajé, etc.). • graviola: comum nas regiões norte e nordeste. a polpa é usada
em sucos e sorvetes. • guabiroba: encontrada na região centro-oeste (cerrado) e
consumida ao natural ou na forma de geleias, sorvetes, pudins. • guaraná: no
estado silvestre, é encontrado na re-gião amazônica, mas já é cultivado em
várias ou-tras regiões do país. usado na produção de refri-gerantes e xaropes.
• jabuticaba: encontrada nas regiões centro-oeste e sudeste e consumida ao
natural ou em geleias, sorvetes, licor ou vinho. • jaca: encontrada na região
sudeste e consumida ao natural ou na forma de doces e compotas. • jenipapo:
encontrado na região centro-oeste e consumido na forma de suco, doces, licor e
vinhos. • pequi: encontrado na região centro-oeste. a pol-pa pode ser consumida
acompanhada de arroz, feijão, etc. é usado para produção de licor e cos-méticos
e para se extrair um óleo. • pitanga: encontrada nas matas, de minas gerais ao
riogrande do sul, e consumida ao natural ou na forma de geleias, doces, licor.
• pupunha: encontrado na região norte e parte do nordeste, é o fruto de uma
palmeira rico em vita-mina a. depois de cozida, a polpa pode ser consu-mida com
açúcar ou mel ou usada emmingaus ou na produção de farinha. da pupunheira se
extrai também um palmito. • sapucaia: encontrada namata atlântica, do ceará ao
riode janeiro. asamêndoaspodemser consumidas cozidas ou assadas e usadas para
fabricar doces. • taperebá: também conhecido como cajá-mirim ou cajá-pequeno.
encontrado no amazonas, em são paulo e no litoral brasileiro. usado em sucos
fermentados, sorvetes e geleias. • umbu: comum na região nordeste e consumido
ao natural ou na forma de sucos e cremes. 5. entre muitos outros fatos, o aluno
poderá relatar que, na ocasião da chegada dos primeiros portu-gueses ao
continente americano, o pau-brasil (caesalpinia echinata) era abundante na área
ori-ginal correspondente à mata atlântica, mas que hoje a espécie está
seriamente ameaçada de ex-tinção. seu quase desaparecimento ocorreu de-vido à
exploração intensiva, que começou ainda no período pré-colonial (entre 1500 e
1530 foi praticamente o único recurso explorado pelos colonizadores). segundo
alguns autores, essa seria a origem do nome atual do país (substituin-do outros
nomes, como ilha de vera cruz e terra de santa cruz). cálculos indicam que nos
primei-ros cem anos de colonização foram derrubados cerca de 2 milhões de
árvores de pau-brasil e foi destruída boa parte da mata atlântica, um dos
ecossistemas de maior biodiversidade domundo e também um dos mais ameaçados do
planeta. a árvore, que atinge até cerca de 30 m de altura, tem esse nome por
causa da cor da madeira, for-temente avermelhada, e sua exploraçãoexcessiva na
época da colonização se devia ao fato de que era usada na produção de um
corante para roupas (não existiam corantes artifciais e a cor vermelha era
muito valorizada). atualmente, a madeira da árvore é muito valorizada para a
confecção de ar-cos de violino. o manifesto da poesia pau-brasil, publicado por
oswald de andrade, em 1924, de-fendia a produção de uma literatura ligada à
reali-dade brasileira, e foi muito importante para a pri-meira fase
domovimentomodernista no brasil. 6. alguns vegetais, como a alface e o tomate,
po-dem ser cultivados fora do solo pela técnica co-nhecida como hidroponia.
eles se desenvolvem em soluções que contêm os minerais e os hor-mônios
necessários ao seu crescimento. a inten-sidade da luz, a temperatura, a umidade
e outros fatores ambientais são controlados para que o processo de crescimento
seja mais rápido que nas culturas tradicionais. na hidroponia, a planta cresce
em locais fechados, protegida contra as pragas e as variações climáticas. desse
modo, evita-se o uso de agrotóxicos e produzem-se vegetais no inverno e em
locais áridos (a hidro-telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 91
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92 ponia utiliza menos água que o cultivo tradicio-nal). o custo desse cultivo,
no entanto, ainda é maior do que o do tradicional. mexa-se! espera-se que o
aluno mencione que as plantas são fonte de matéria-prima para a produção de
ma-deira, papel, tecidos (algodão e linho, por exemplo), biocombustíveis,
medicamentos, cosméticos, borra-cha, cera, corantes, etc. aprendendo com a
prática nessa observação, o aluno aprenderá a identif-car as partes de uma for,
familiarizando-se comvários tipos de fores. a questão é uma for completa é
formada por um cálice, uma corola, um androceu e um gineceu. o fruto é formado
por epicarpo, mesocarpo, endocarpo e semente. o fruto se desenvolve a partir do
ovário da for, depois que o gameta feminino no interior do óvulo é fecunda-do
pelos gametas contidos no grão de pólen. a for atrai os animais polinizadores e
produz o grão de pólen e a oosfera (gameta feminino). o fruto protege a
se-mente, armazena substâncias nutritivas e colabora para a dispersão da
semente. capítulo 28 • o ambiente terrestre trabalhando as ideias do capítulo
1. a) floresta temperada; b) tundra; c) floresta tropi-cal; d) taiga; e) campo;
f) deserto. 2. a) campo sulino (pampa); b) manguezal; c) flo-resta amazônica;
d) cerrado; e) caatinga; f) mata atlântica; g) pantanal h) mata de araucárias;
i) mata dos cocais. 3. tundra, taiga, floresta temperada, floresta tropical. 4.
o clima quente da amazônia facilita a sobrevi-vência de vertebrados e
invertebrados ectotér-micos: o calor mantém seu organismo em cons-tante
atividade. alémdisso, por causa da enorme quantidade de árvores, o bioma
apresenta condi-ções ideais para a sobrevivência de animais que voam ou que
habitam as árvores e se alimentam de folhas, frutos e sementes. a riqueza
vegetal é explicada pela decomposição rápida de matéria orgânica — assimque a
folha cai no solo, é rapida-mente transformada em substâncias minerais que são
absorvidas pelos vegetais. 5. a copa espessa das árvores protege o solo da
chuva direta, e as raízes ajudam a reter a água da chuva. sema proteçãodas
árvores, a água da chu-va, juntamente com o vento, arrasta partículas do solo,
provocando erosão. junto com as partículas do solo vão embora os sais minerais
e o húmus, o que empobrece o solo consideravelmente. 6. é importante preservar
essa biodiversidade por-que, se a grande variedade de animais e plantas desse
ecossistema desaparecer, vão desaparecer também aquelas que poderiam fornecer
medica-mentos e outros produtos importantes ou enri-quecer nosso conhecimento
sobre a natureza. 7. a queimada mata os organismos decomposito-res,
prejudicando a reciclagem da matéria. com isso, a fertilidade do solo diminui.
8. muitas árvores que compõemomanguezal apre-sentam raízes bem desenvolvidas,
que aumen-tam a capacidade de fxação da planta no solo; outras possuem raízes
respiratórias, que cres-cempara fora da água, já que o solo pantanoso do mangue
é pobre em oxigênio. 9. os manguezais são habitados por vários animais, como
caranguejos, camarões e ostras, e funcionam como uma espécie de berçário, onde
são deposita-dos os ovos de várias espécies. contribuem tam-bémpara amanutenção
do solo, já que as raízes de suas árvores diminuem o impacto das ondas do mar,
reduzindo a erosão das áreas litorâneas. 10. a, c, d, f, i, j, k, m, n, o, p,
q. pense um pouco mais 1. na foresta tropical. a caatinga tem clima muito seco,
o que traz mais risco de perda de água pela pele dos anfíbios. já a foresta
tropical tem clima úmido. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 92
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93 2. as folhas grandes e largas aumentama superfície de absorção de luz da
planta, o que é vantajoso nos casos de plantas que, por não serem muito altas,
recebemmenos luz. 3. as raízes das árvores das forestas tropicais cos-tumam ser
superfciais, já que a maior parte dos nutrientes fca concentrada na camada mais
su-perfcial do solo. 4. muitas plantas e outros seres vivos que ainda não foram
estudados podem possuir substâncias quí-micas compropriedades úteis ao ser
humano, que talvez sirvam, por exemplo, paraaproduçãodeno-vos medicamentos.
como apenas uma pequena parte dos organismos das forestas tropicais foi estudada,
pode-se dizer que os maiores tesouros dessas forestas são ainda desconhecidos.
5. a foresta tropical é um ambiente muito úmido e as plantas não possuem as
adaptações encon-tradas nas plantas do deserto capazes de evitar a perda de
água emclima seco. por isso uma planta típica da foresta tropical poderia
sofrer desidra-tação e perder água rapidamente. 6. porque, ao se alimentar de
piranhas, o jacaré aju-da a controlar o número desses peixes. com o extermínio
dos jacarés, o número de piranhas pode aumentar. 7. além de muitos animais
viverem nos mangue-zais, outros vêm do mar e passam apenas uma fase da vida
nesse ambiente, que funciona então como um grande viveiro, no qual várias
espécies se reproduzem e se desenvolvem. os mangue-zais servem também para amortecer
o impacto das marés e para reter sedimentos trazidos pelos rios, evitando o
assoreamento das praias. 8. a) a poluição provocada por chuva ácida. b) os
ventos levam os gases poluentes da usina para a mata e a chuva faz com que
esses po-luentes caiam na foresta na forma de ácidos. 9. trata-se de um ramo do
pinheiro-do-paraná, a árvore característica da mata de araucárias, en-contrado
principalmente no estado do paraná. 10. a biodiversidade. mexa-se! 1. a pegada
ecológica é a quantidade de recursos necessários por pessoa (pode ser também
por país ou cidade) para produzir os bens e serviços que cada um consome e para
absorver os resí-duos que produz. ela corresponde, então, ao ta-manho da área
do planeta que uma pessoa (ou um grupo de pessoas) utiliza para sustentar seu
modo de vida. 2. biopirataria é o envio ilegal de plantas e animais, ou de seus
produtos, para o exterior para extra-ção de princípios ativos e pesquisa de
medica-mentos, cosméticos, etc. é, portanto, uma apro-priação ilegal da riqueza
biológica de um país. 3. as matas de terra frme localizam-se em regiões mais
altas da foresta amazônica, onde não ocor-rem inundações. as matas de igapó
situam-se em terrenos baixos, próximo a rios, e, por isso, permanecem quase
sempre inundadas. as ma-tas de várzea são apenas temporariamente inun-dadas.
atividade em grupo 1. exemplos de cadeias alimentares: a) na tundra: liquens
(ou musgos, capim) cari-bus (ou bois-almiscarados, lemingues) lo-bos. b) na
taiga: pinheiros (sementes, folhas, cascas de árvores) esquilos (ou pássaros,
casto-res, porcos-espinhos, lebres) lobos (ou martas, raposas, corujas,
linces). c) na foresta temperada: sementes (ou mus-gos, samambaias, arbustos)
esquilos (ou camundongos, marmotas, veados) pumas (ou lobos, linces, gatos
selvagens, raposas, ursos, guaxinins). d) na foresta tropical: folhas, frutos e
sementes de árvores macacos (ou preguiças, araras, tucanos) onças (ou jiboias,
sucuris, har-pias). e) na savana: capim zebras (ou gnus, antílo-pes) leão (ou
hienas, cachorros-do-mato, chacais).
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94 f) no cerrado: capim (ou folhas, raízes, frutas, sementes) cutias (ou antas,
capivaras, vea-dos campeiros) onças (ou lobos-guará). g) no pantanal: capim (ou
folhas, raízes, frutas, sementes) cervos-do-pantanal (ou antas, capivaras,
pacas) onças. 2. comentário: o objetivo é estimular o aluno a de-senvolver a
atividade de pesquisa, consultando várias fontes diferentes, a aprender a usar
a in-ternet e a organizar uma espécie de banco de da-dos sobre os ecossistemas
brasileiros e seus problemas. 3. comentário: esta atividade permite que o aluno
tenha contato com os problemas que afetam o ambiente da região em que ele vive
e verifque como se dá a percepção desses problemas pela população local. a
questão é biomas: tundra, na região ártica, com musgos e liquens; taiga, abaixo
da tundra, com coníferas; fores-tas temperadas, nas regiões de clima temperado
(quatro estações bem defnidas), com carvalhos, no-gueiras; forestas tropicais,
na região tropical, com cli-ma quente e úmido, árvores altas e vegetação densa;
campos, nas regiões tropicais e temperadas, com menos chuvas que nas forestas e
vegetação rasteira (gramíneas); desertos, nas regiões secas, com fauna e fora
pobres, cactos. biomas brasileiros: floresta amazônica, a maior foresta
tropical do mundo, com árvores de grande porte, cipós e epíftas, constituindo a
maior biodiversidade do planeta. mata atlântica é uma foresta tropical situada
ao longo da costa brasileira. é também rica em espécies. caatinga é uma região
de clima semiárido no nordeste, com plantas adaptadas à seca (cactos). cerrado,
no brasil central, um campo com árvores esparsas, de caules tortuosos e raízes
profundas. pampas (campos sulinos), no rio grande do sul, onde dominam as
gramíneas. pantanal, em mato grosso e mato grosso do sul, uma planície
inundável, com vegetações de campo e de foresta. mata de araucárias ou
pinheiral, uma foresta temperada do sul do brasil, na qual predomina o
pi-nheiro-do-paraná. mata dos cocais, no maranhão, piauí e rio grande do norte,
com o babaçu, a carnaúba e o buriti. manguezais, emvários pontos da costa
brasileira, com árvores dotadas de raízes respiratórias (pneuma-tóforos).
capítulo 29 • o ambiente aquático trabalhando as ideias do capítulo 1. sim,
porque o ftoplâncton é o maior produtor de alimento nos ambientes aquáticos. 2.
não, porque nas regiões afóticas não há luz suf-ciente para a realização de uma
boa quantidade de fotossíntese. 3. plâncton: b, d. nécton: c, e. bentos: a, f.
4. sim, porque os poluentes atmosféricos podem causar uma chuva ácida, que irá
se precipitar sobre o lago, prejudicando os organismos aquá-ticos. 5. as
regiões de ressurgência são ricas em peixes porque, quando os sais minerais
depositados no fundo do mar sobem para a superfície, o fto-plâncton aumenta e,
com isso, o zooplâncton e o número de peixes também aumentam. 6. nutrientes
presentes no esgoto estimulam a re-produção das algas, bloqueando a passagem da
luz para as camadas inferiores da água. a produ-ção de oxigênio diminui, a
decomposição retira oxigênio da água e muitos animais aquáticos morrem. os
metais, como omercúrio, causam contamina-ção da cadeia alimentar. o petróleo
também provoca a contaminação e a morte de diversos organismos aquáticos, além
de prejudicaroisolamentotérmicodeavesemamíferos. 7. c, e.
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95 pense um pouco mais 1. essas adaptações lhes permitem ingerir grande
quantidade de alimento de uma só vez. como nas regiões abissais o alimento é
escasso, essas adaptações contribuem para sua sobrevivência. 2. àpoluiçãopor
derramamentodepetróleonaágua. 3. porque, assim como as forestas tropicais, eles
abrigam uma enorme diversidade de espécies. atividade em grupo 1. o aluno pode
descobrir vários problemas am-bientais dos ecossistemas aquáticos, entre eles:
• aexploraçãodepetróleonomar eseu transpor-te em navios-petroleiros podem
acarretar va-zamentos e danos aos corpos de água. a polui-ção também pode
ocorrer com a lavagem dos petroleiros e o despejo da água suja no mar. uma
parte do petróleo forma uma película sobre a superfície da água, o que diminui
a passagem da luz e prejudica a troca de gases necessária à fotossíntese e à
respiração dos seres aquáticos. com isso, algas emuitos animais morrem. outra
parte do petróleo pode afundar e intoxicar pei-xes e diversos seres aquáticos.
e o ser humano, aoconsumir peixes contaminados, podese into-xicar. o petróleo
também adere às penas das aves e aos pelos dos mamíferos aquáticos. com isso,
há uma perda da capacidade de isolamento térmico; o animal não consegue se
proteger do frio emorre. algumas bactérias e fungos degra-dam o petróleo, mas o
processo é lento. a recu-peração ecológica da região poluída pode de-morar anos
ou décadas. para minimizar a poluição por petróleo é preciso
fscalizarsuaexploraçãoedistribuição. emcasode vazamento,
devem-seconstruirbarreirasquedif-cultem a dispersão do petróleo. em seguida,
uma parte do petróleo pode ser aspirada por bombas e
removidacomprodutosqueabsorvemoóleo. • esgotos contêm muitos sais minerais que
ser-vemde nutrientes para as algas do fitoplâncton. quando os esgotos são
despejados na água sem tratamento adequado, a oferta de nutrien-tes no ambiente
aumenta, o que eleva a popula-ção de fitoplâncton. quando a quantidade des-ses
organismos flutuantes cresce muito, for-ma-se uma camada de algas na superfície
da água que impede a passagem da luz solar às partes mais profundas. o
resultado é que a fo-tossíntese no ambiente aquático diminui, pois, sem luz, as
algas morrem. os detritos das algas depositam-se no fundo e começam a ser
de-compostos por bactérias. com a oferta de ali-mento aumentada, as bactérias
decomposito-ras se multiplicam excessivamente, passando a consumir grande parte
do oxigênio da água. o oxigênio é consumido em uma quantidade maior do que a
quantidade de oxigênio que a água capta da atmosfera ou que recebe da
fo-tossíntese das algas. com a diminuição da con-centração de oxigênio, outros
animais aeróbios, como os peixes, morrem. o fenômeno é conhe-cido como
eutrofização. além disso, a falta de oxigênio no ambiente leva as bactérias
anaeró-bias a realizar a decomposição damatéria orgâ-nica, produzindo gases e
outras substâncias tóxicas. para evitar esse tipo de poluição é preciso
cons-truir estações efcientes de tratamento do esgoto doméstico, monitorar a
água, aplicar leis e fscali-zá-las comrigor. • a pesca oferece à humanidade
umalimento rico em proteínas. além disso, os peixes constituem um recurso
natural renovável: eles se reprodu-zem e dão origem a novos peixes. no entanto,
recursos renováveis tambémpodemacabar. se forem consumidos numa velocidade
maior que a de sua reposição natural, eles vão se reduzin-do até chegar ao fim.
nos últimos cinquenta anos, a pesca excessiva reduziu em 90% a po-pulação dos
peixes grandes, como o atum, o arenque, o peixe-espada, o salmão, o hadoque, o
esturjão, a cavala e o bacalhau. houve redu-ção também de crustáceos
comestíveis, como o camarão e a lagosta. estima-se que cerca de um terço das
espécies marinhas encontra-se ameaçado de extinção. essa ameaça deve-se,
principalmente, à eficiência da pesca em escala industrial, que utiliza grandes
navios pesquei-telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 95 6/21/12 4:17
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96 ros, capazes de localizar os cardumes por satélite ou sonar e de fazer a
captura com imensas redes de arrasto. essas redes, que são puxadas do fun-do do
mar, acabam arrastando também molus-cos, crustáceosepeixespequenosdemaisparao
comércio, que, emsuamaioria, morremesmaga-dos na própria rede ou no convés dos
barcos, muito antes de seremdevolvidos aomar. em2002, reuniu-se em
johannesburgo, na áfri-ca do sul, a cúpula mundial do desenvolvimento
sustentável. nessa reunião, houve um acordo entre os países participantes com o
objetivo de recuperar os estoques de peixes comerciais até 2015 (se possível,
antes), estabelecendo áreas de proteção marinha até 2012. o instituto
brasi-leiro do meio ambiente e recursos naturais re-nováveis (ibama), por
exemplo, proíbeapescade arrasto em certas regiões de vários estados. al-guns
cientistas sugerem que a indústria de pes-ca diminua em50%onúmerode peixes
captura-dos por ano. • metais tóxicos, como o mercúrio, o chumbo e o cromo,
podem intoxicar diretamente vários se-res aquáticos. dependendo da
concentração, as algas e outros seres da base da cadeia alimen-tar podem não
ser afetados. mesmo assim, es-ses metais tendem a se concentrar ao longo da
cadeia (magnificação trófica) e provocar intoxi-cação nos seres que se
encontram no topo. por isso, como tempo, qualquer concentração des-ses metais
na água pode causar problemas aos seres vivos. a poluição por mercúrio vemocor-rendo
em alguns rios da amazônia e do panta-nal, nas regiões de garimpo em que ele é
usado para separar o ouro em pó da lama. a partir de determinadas
concentrações, osmetais podem provocar no ser humano lesões em vários ór-gãos e
até a morte. por isso é preciso proibir o lançamento de pro-dutos químicos na
água e multar as indústrias poluidoras. os metais podem ser armazena-dos e
reaproveitados. então é fundamental empregar tecnologias que reaproveitem o
mercúrio e reduzam o nível de poluição. 2. comentário: esta atividade ajuda o
aluno a de-senvolver a criatividade, a exercitar a expressão oral, escrita e
gráfca, além de estimular a preo-cupação com a preservação da biodiversidade e
de possibilitar uma interação entre diversas disci-plinas e com a comunidade
escolar. a questão é a vida no ambiente aquático é sustentada pelo ftoplâncton,
que realiza a maior parte da fotossíntese. as principais ameaças à vida
aquática são: esgo-tos sem tratamento, poluentes de fábricas e indústrias,
vazamento de petróleo, agrotóxicos e fertilizantes, chuva ácida. deve haver
proibição dos despejos com fscalização emultas às indústrias poluidoras,
constru-ção de estações de tratamento de esgoto e o uso cor-reto de
agrotóxicos. telaris_ciencias_7ano_mp_merc2012_56a96_pe.indd 96 6/21/12 4:17 pm
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97 competência leitora emciências – 7º- ano angela kleiman ph.d. em linguística
pela university of illinois, eua, desenvolve pesquisas sobre leitura e ensino.
é professora titular do instituto de estudos da linguagem da unicamp. passar os
olhos pela página enquanto se devaneia não é leitura. o livro precisa de
leitores engajados, e os significados criados dependemmuito das experiências e
vivências do leitor, do que ele traz para o encontro com o autor. oystein
litleskare/shutterstock/glow images textos complementares ensinar a ler com
compreensão é tarefa de todo professor. conhecendo as pressões existen-tes hoje
em dia, de todo tipo, vindas da mídia, da fa-mília, dos gestores da escola, da
administração, é justo acrescer às suas atividades a incumbência de ser
professor de leitura, além de professor da disci-plina de ciências? a resposta
é sim, pois a leitura é alicerce de todo aprendizado. e para nos mantermos
informados sobre o que acontece no mundo da ciência, precisamos saber
interpretar os conhe-cimentos científicos divulgados em jornais e re-vistas. o
papel da leitura na educação e na vida do aluno é importante demais para ficar
apenas sob a responsabilidade do professor de língua portuguesa. afortunadamente,
não é preciso ser especia-lista para ensinar os alunos a ler os textos
especí-ficos de sua área de conhecimento. o professor especialista é o
profissional mais indicado para orientar o educando na exploração de textos
cujos temas, em geral, ele não vê de forma sistemática. portanto, é fundamental
que esse professor co-nheça estratégias de leitura para ajudar o aluno e assim
cumprir seu papel de mediador na constru-ção do conhecimento. inti st
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98 passar os olhos pela página enquanto se deva-neia não é leitura. o livro
precisa de leitores engaja-dos, e os significados criados dependem muito das
experiências e vivências do leitor, do que ele traz para o encontro como autor.
as estratégias de leitu-ra ajudama tornar esse encontro criativo e produtivo e
são essenciais para aprender conceitos científicos. o professor pode demonstrar
essas estraté-gias em sala de aula para despertar o interesse dos alunos pela
página escrita; para ajudá-los a trazer seus conhecimentos e experiências para
o proces-so de construção de significados que é a leitura. as estratégias
comuns a qualquer disciplina para a leitura de textos expositivos, não
literários, envolvem modelar o próprio processo de leitura, abrindo assim uma
janela para visualizar o processo de um leitor adulto, já formado(equegostade
ler). alémdisso, para entender umtexto complexo, é necessáriomuitas ve-zes
voltar a ler trechos do texto quando se percebe que algo não ficou claro. a
leitura, portanto, exige con-centração e monitoração, o que leva tempo para
aprender. vejamos, então, algumas estratégias. 1. focalizar o vocabulário novo
antes da leitura, identificando diagramas, ilustrações, conheci-mento anterior
que tenham a ver com o novo conceito. 2. explorar a estrutura do texto com os
alunos, identificando pistas que indiquem início, meio, fim e importância das
informações. 3. elaborar com os alunos esquemas, diagramas, gráficos e outras
representações que ajudem a entender e lembrar o que foi lido. 4. destrinchar
uma sequência longa em pequenos trechos que possam ser discutidos. 5.
explicitar os objetivos da leitura de determinado texto. é importante que os
alunos conheçam os motivos para ler. 6. ensinar como funcionam as pistas
textuais que sinalizam como o texto está organizado, tais como títulos,
subtítulos, gráficos, resumos, cores, diagramas e imagens. 7. encorajar os
alunos a elaborar hipóteses de lei-tura e a fazer perguntas para si mesmos,
antes e durante a leitura, e a organizá-las, por meio de listas ou tabelas com
categorias (por exemplo, o que sabia, o que gostaria de saber, o que apren-deu
com o texto). 8. verbalizar os pensamentos que vêm à mente durante a leitura,
fazendo conexões entre o texto e a experiência pessoal, entre o texto e as
ima-gens científicas, entre o texto e outros textos. a adoção da atitude
científica de um observador em interação direta com fenômenos naturais é
difícil para o aluno, porque requer muitas vezes o abandono de crenças e
concepções validadas pelos sentidos. o alunodeciências temde aprender uma nova
forma de ler o mundo, e o professor pode orientá-lo, revelando como ele pensa
durante a leitura do texto deciências. por meio dessas estratégias, é possível
de-monstrar um conjunto amplo de habilidades ne-cessárias para a compreensão:
(1) encontrar as informações mais importantes de um texto, para assim
identificar o tópico (ou tema); (2) localizar uma informação específica; (3)
fazer conexões en-tre textos e encontrar ideias principais comuns em vários
textos (por exemplo, os capítulos de uma unidade); (4) estabelecer relações de
causa e con-sequência entre as informações; (5) fazer inferên-cias durante e
após a leitura (ler nas entrelinhas); (6) sintetizar informações (recontando,
resumindo ou fazendo anotações sobre o texto lido). as imagens nos textos de
ciências a ciência usa muito ilustrações e imagens vi-suais para apresentar
informações técnico-científi-cas. os materiais para ensinar ciências seguem a
tradição dos cientistas dos mais diversos campos que confiamna imagempara
informar. no livro didá-tico de ciências encontramos uma grande diversi-dade de
imagens, que vai desde desenhos e fotos realísticas até diagramas abstratos. a
imagem técnica ou científica está no livro didático para explicar o material a
ser aprendido. entretanto, o aluno pode ter dificuldade para inter-pretar as
imagens porque não sabe como lê-las corretamente. não é razoável assumir que os
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99 nos compreendem simplesmente porque o pro-fessor não tem dificuldades, assim
como não é razoável pensar que os alunos podem ler as ima-gens científicas se
nunca ninguém os ensinou. muitos estudos mostram que as imagens são ig-noradas
pelos alunos, ou vistas como paisagens, sem entrar nelas. a importância da
imagem, que muitas vezes esclarece pontos difíceis de explicar por meio de
palavras, é inegável. haja vista a importância da imagem científica, muitos
consideram que o desenvolvimento das ca-pacidades para compreender as imagens,
a leitura do texto imagético ou visual, é tão importante quan-to a leitura do texto
verbal. apesar de a imagem ter um lugar central na vida cotidiana no mundo
contemporâneo, a familia-ridade com a leitura dessas imagens não
necessa-riamente ajuda a ler imagens técnico-científicas. as imagens do
cotidiano referem-se a assuntos que são muito familiares e apresentados de
forma sim-ples, portanto fáceis de compreender. os desenhos científicos podem
parecer bem mais complexos e, muitas vezes, estranhos. além disso, é fato que,
sem prática, o leitor em formação não transfere o que aprendeu sobre um gênero
(o desenho numa placa, por exemplo) para outro gênero (o desenho científico de
uma célula, por exemplo). no capítulo 1 do volume de 7º- ano (páginas 11- -21),
encontramos 32 imagens, que incluemdesde a foto realística de um tigre até esquemas
abstratos que distorcem a realidade, utilizando variadas con-venções gráficas
para representar a informação. para poder interpretar essas representações, o
lei-tor deve conhecer as convenções e aplicar seus co-nhecimentos na leitura. o
objetivo da atividade a seguir é ensinar a ler imagens científicas. vejamos
alguns procedimentos: 1. fazer uma leitura exploratória e ativar o
conheci-mento prévio, ajudando os alunos a encontrar objetos que já conhecem
nas ilustrações. 2. ler as ilustrações e legendas de objetos realís-ticos que
são conhecidos pelo aluno: cebola e folha na página 17 (há também figuras
realísticas – onça, mamoeiro, tartaruga tigre-d’água – nas páginas 11 e 12, mas
elas não são o foco do estudo). passar do conteúdo familiar ao conteúdo diagramático,
em cores não realísti-cas, do tecido da folha e da cebola. os alunos podem ser
encorajados a realizar a experiên-cia da página 21, se houver um microscópio
disponível e, nesse caso, o professor poderá guiá-los para desenhar seus
próprios diagra-mas, passo a passo (simplificação da imagem, omissão de
detalhes, apagamento de irregula-ridades, identificação das partes principais
por meio de um código de cores), para que mais bem entendam como as imagens
podem car-regar informações científicas. 3. discutir uma imagemde corte
transversal (braço, página 16; sistema digestivo/digestório, página 18)
mostrando que a técnica é utilizada nos dia-gramas científicos para indicar
estruturas inter-nas que não podemos ver. 4. ir do material verbal para a
imagem e vice-versa, atéo alunoentender a relaçãoentre textoe repre-sentação
visual. ler os trechos relacionados aos gráficos (identificados por comandos
como veja a figura 1.2; você pode ver essas três partes da cé-lula na figura
1.4; veja exemplos dos tecidos na fi-gura 1.7; observe a figura 1.8), e as
legendas, até o aluno perceber que a parte verbal está se referin-do ao objeto
da imageme compreender a relação. 5. mostrar aos alunos que a representação
gráfica da informação científica não é realista e, portanto, não deve ser
interpretada fielmente. identificar as convenções gráficas utilizadas para
manipular a realidade, nas imagens das células, páginas 15e 16 (1.4 e 1.5), e
da pele humana (página 17) (1.7), etc. 6. mostrar como funcionam convenções
gráficas, tais como setas, sequências, linhas (nas páginas 18 e 21, figuras 1.9
e 1.14 respectivamente). por meio destes procedimentos o professor de ciências
poderá ajudar seu aluno a entender que a compreensão de gráficos, desenhos e
ou-tras imagens é parte fundamental da leitura na sua disciplina.
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100 o processo de avaliação maria inês sparrapan muniz miriam sampieri santinho
mestre no ensino de ciências e matemática mestre emmatemática procedimentais) e
o “como se deve ser” (conteú-dos atitudinais) (zabala, 1998, p. 31). se algumas
das questões levantadas estão re-lacionadas ao ensino e à aprendizagemde
conteúdos conceituais, outras dependem do trabalho realizado, emsala de aula,
comconteúdos procedimentais e ou-tras ainda relacionam-se especificamente aos
con-teúdos atitudinais, sendo que estes dois últimos de-vemtambémser ensinados,
aprendidos e avaliados. estamos considerando como conteúdos con-ceituais
aqueles que se referem à abordagem de conceitos, fatos e princípios, envolvendo
vivência de situações, construção de generalizações e compreensão de
princípios; como procedimen-tais, aqueles que expressam um saber fazer,
en-volvendo tomada de decisões, realização de uma série de ações de forma
ordenada e não aleatória, obtenção de uma meta e construção de instru-mentos
para analisar processos e resultados obti-dos; e como atitudinais, os que se
relacionam a valores, normas e atitudes que orientam ações, padrões de conduta,
possibilitam juízo crítico e en-volvem cognição (conhecimento e crenças), afeto
(sentimentos e preferências) e condutas (ações e declarações) (zabala, 1998). o
professor que buscar promover o desenvol-vimento integral do aluno deve
envolver no ensino, aprendizagem e avaliação os três conteúdos, com vista ao
“saber”, ao “saber fazer” e ao “saber ser”. esses conteúdos precisam ser
ordenados em ações pedagógicas e, consequentemente, farão par-te do processo
avaliativo integral, demodo a garantir que se avaliem não só os conhecimentos
dos alu-nos, mas tambémsuas atitudes e as habilidades por eles adquiridas e
evidenciadas nas distintas produ-ções e reflexões sobre elas. constituído dessa
maneira, o processo avalia-tivo deverá deixar de ser administrado somente pe-lo
professor e abrir espaço à participação do aluno oferecendo-lhe a oportunidade
de desenvolver, no maior grau possível, todas as suas capacidades. este texto
baseia-se em uma pesquisa desen-volvida durante o ano de 2008 em escolas de
ensino fundamental e médio da rede pública do estado de sãopaulo, que resultou
emuma dissertação demes-trado. ela teve por objetivo suscitar reflexões sobre a
eficácia de determinadas ações pedagógicas que vi-nhamsendo realizadas emaulas dematemática,
mas que poderiam ser feitas em outras disciplinas, com o propósito de promover
uma prática avaliativa trans-parente, formativa, integral e democrática,
pautada em conteúdos conceituais, procedimentais e atitudi-nais, da qual o
aluno é parte intrínseca e integrante. muitas questões podemser levantadas
comre-lação à avaliação da aprendizagemnas aulas do ensi-nofundamental,
epodemos aqui citar algumas delas: • como envolver o aluno nas atividades que
fazem parte das sequências didáticas propostas pelo professor, des-pertando seu
interesse? • comomelhorar a relação do professor comos alunos? • como
possibilitar ao aluno interpretar textos; ter ritmo de trabalho; descobrir
propriedades; generalizar; proje-tar; elaborar um trabalho com começo, meio e fim
e com coerência, alémde apresentá-lo comestética? • como fazer o aluno ter seu
material disponível, fazer li-ções de casa, estar presente nas aulas
diariamente, etc.? • como fazer com que o aluno reconheça a avaliação co-mo um
instrumento de ajuda para a tomada de decisões, tanto da parte dele como da
parte do professor, para su-perar suas dificuldades e reconhecer seus avanços?
• como possibilitar ao aluno sentir-se parte integrante do processo avaliativo?
• como envolver os pais na vida escolar dos filhos? • comomelhorar a prática
avaliativa dos alunos? são essas algumas questões que podem in-fluenciar não só
o processo de ensino e de aprendi-zagem como também o de avaliação que ocorre
na sala de aula. elas implicam uma noção mais ampla do que se entende por
conteúdos escolares, a qual não se restringe a conteúdos conceituais. ou seja:
é preci-so considerar como conteúdos que devem ser ob-jeto de ensino,
aprendizagem e avaliação não só o “que se deve saber” (conteúdos conceituais),
mas também “o que se deve saber fazer” (conteúdos
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manual do professor
101 qualidade de suas avaliações e propor interferências que transformem a
qualidade de sua aprendizagem, reconhecendo que suas interferências contínuas
no processo de aprendizagempossibilitamo sucesso do conceito final. a avaliação
formativa supõe colabora-ção e transparência e permite ao aluno aprender a se
desenvolver (perrenoud, 1999). a seguir reproduzimos um registro de aluno, que
foi pensado por umprofessor e utilizado emsuas aulas coma finalidadede
sistematizar as característi-cas do processo que acabamos de expor. além des-se
registro, que ficava colado no caderno do aluno, para uso durante o bimestre,
reproduzimos um regis-tro que o professor usava em seu diário de classe, o qual
continha osmesmos itens que compunhamo do aluno. avaliação de conteúdos
conceituais procedimentais atitudinais registro do aluno (avaliação – 1º-
bimestre) 6 avaliações parciais –valor total: 6 pontos data pontos data pontos
1ª- ____/ ____/ ____ 1 4ª- ____/ ____/ ____ 1 2ª- ____/ ____/ ____ 0,5 5ª-
____/ ____/ ____ 1 3ª- ____/ ____/ ____ 1 6ª- ____/ ____/ ____ 0,5 avaliação
bimestral –valor total: 10 pontos data pontos ____/ ____/ ____ trabalho de
classe –valor total: 6 pontos data pontos data pontos 1ª- ____/ ____/ ____ 4ª-
____/ ____/ ____ 2ª- ____/ ____/ ____ 5ª- ____/ ____/ ____ 3ª- ____/ ____/ ____
6ª- ____/ ____/ ____ trabalho bimestral –valor total: 2 pontos data pontos
____/ ____/ ____ lições de casa –valor total: 4 pontos data pontos data pontos
1ª- ____/ ____/ ____ 4ª- ____/ ____/ ____ 2ª- ____/ ____/ ____ 5ª- ____/ ____/
____ 3ª- ____/ ____/ ____ 6ª- ____/ ____/ ____ atingir
esseobjetivodependedeaçõesplaneja-das e estruturadas pelo professor que
possibilitem a alunos, pais e toda a comunidade educativa observar e
compreender o desempenho dos educandos. mas como dar a esse processo a
transparência necessária para promover a inclusão do aluno? a transparência no
processo para se ter transparência na prática avaliativa compartilhada com o
aluno, propomos uma ação docente que trabalhe com estes recursos: contrato
didático, registros do aluno e registros do professor. o contrato didático, que
inclui combinados fei-tos com os alunos, define o que será possível fazer na
aula, o que terá sentido para alunos e professor, de maneira compartilhada.
antes de eficazes, as técnicas didáticas têm de ser aceitáveis e
significa-tivas para os protagonistas do sistema didático (chevallard; bosch;
gascon, 2001, p. 192.). com relação aos registros do aluno e do pro-fessor, a
ideia é que os três conteúdos (conceituais, procedimentais e atitudinais) sejam
avaliados por meio de diversos instrumentos. esses três conteú-dos, didaticamente
separáveis, são, na realidade, entrelaçados e compõem um todo indivisível. à
avaliação dos conteúdos serão atribuídos valores, que devemser combinados e
estabelecidos com clareza, no início de cada atividade, e anotados não só pelo
professor no seu diário, mas também pelo aluno no registro do seu caderno. esse
registro será constituído, por ocasião do estabelecimento do contrato didático,
de forma compartilhada por todos (professor e alunos) no início de cada
bimestre, e deve ser explicado aos pais, que terão fácil acesso a ele, pois
deverá estar colado no caderno do aluno. segundo luckesi (1998), a avaliação
pode ser caracterizada como uma forma de ajuizamento da qualidade do objeto
avaliado que pode ser feito tanto pelo professor como pelo aluno. um processo
formativo a inclusão do aluno no processo de avaliação temcomo objetivo ser uma
ação formativa: possibili-tar que ele tome consciência do seu desempenho e
reflita sobre ele, para promover o ajuizamento da
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manual do professor
102 avaliações atitudinais –valor total: 2 pontos data pontos cadernos ____/
____/ ____ material escolar ____/ ____/ ____ ritmo ____/ ____/ ____ regras /
normas ____/ ____/ ____ correção e assinatura de avaliações ____/ ____/ ____
conduta do trabalho em grupo ____/ ____/ ____ registro do professor avaliações
nº-parciais bim. trabalho de classe bim. lição de casa atitudinais 1 2 3 4 5 6
1 r 1 2 3 4 5 6 1 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 ... 1 ... 40 vejamos cada item do exemplo
de registro do aluno, que poderá variar de acordo com o projeto pedagógico do
professor e com o número de aulas. avaliações parciais – valor total 1 : 6
pontos • referem-se às avaliações parciais dos conteúdos con-ceituais que serão
trabalhados no bimestre, com o ob-jetivo de diagnosticar as possíveis
interferências que poderão ocorrer ao longo do processo avaliativo, na busca do
melhor desenvolvimento possível do aluno em relação aos conceitos trabalhados.
• antes de cada avaliação, o aluno deverá conhecer o valor que será atribuído a
ela, e os critérios que dela fazem parte. • realizada a avaliação, o próprio
aluno registrará, à di-reita do valor previamente estabelecido, o resultado que
obteve. avaliação bimestral – valor total: 10 pontos • refere-se à avaliação
dos conteúdos conceituais tra-balhados no bimestre todo. o valor que será
atribuído a ela será definido e combinado comos alunos através de critérios
claros, antes de começar a avaliação. • o próprio aluno registrará o resultado
obtido. trabalho de classe – valor total: 6 pontos • refere-se às avaliações
dos conteúdos procedimen-tais, mas pode abranger conteúdos conceituais e
atitu-dinais. os critérios devemser previamente combinados comos alunos. essas
avaliações podem ser feitas atra-vés de trabalhos individuais ou emgrupo, de
exercícios, de apresentação de pesquisas, etc., feitos em sala ou fora dela. •
os critérios dessas avaliações poderão ser estabeleci-dos no início dos
trabalhos e avaliados ao seu término, para ocorrer um diagnóstico que
possibilite a mudança de rumo, se necessário. trabalho bimestral – valor total:
2 pontos • esse trabalho, emgeral, é feito fora da sala de aula. deve ter
orientações precisas quanto às condições para sua realização e ter data marcada
para ser entregue. ele permitirá a avaliação dos três tipos de conteúdos, pois
engloba, por exemplo, um mapa conceitual de algum assunto importante que se
trabalhou, ou um trabalho de pesquisa, etc. os critérios para sua avaliação
deve-rão ser muito objetivos e claros. lição de casa – valor total: 4 pontos •
esse é um item que poderá permitir avaliação concei-tual, procedimental ou
atitudinal, a depender dos objeti-vos que o professor pretende atingir
naquelemomento. • seu registro segue as mesmas características do re-gistro das
avaliações parciais. avaliações atitudinais – valor total: 2 pontos • permitem
avaliar os conteúdos atitudinais para os quais temos intenções educacionais
explícitas, isto é, queremos ensinar, avaliar e promover as modifica-ções,
quando necessárias. • seu registro segue as mesmas características do re-gistro
das avaliações parciais. no final do bimestre, é possível pedir ao aluno que
faça o fechamento de sua avaliação bimestral com base no seu registro do
caderno. além disso, esse registro permitirá que ele faça uma autoavalia-ção,
pois nele encontrará referenciais para estabele-cer uma forma de ajuizamento da
qualidade dos re-sultados que obteve tomando consciência do seu desempenho para
aceitá-lo ou transformá-lo. desse modo, estaremos usando a avaliação para
diagnosticar, e não para classificar, promoven-do a inclusão do aluno no
processo avaliativo. os critérios são estabelecidos juntamente como aluno, e
ele os utiliza para verificar seu próprio desempe-nho, com autonomia para
promover a gestão do seu processo avaliativo. “ressaltamos que não queremos
aqui dar ‘re-ceitas’ de registros avaliativos; esta é apenas uma 1 todos os
valores citados são dos exemplos dados.
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manual do professor
103 amostra de como podemos proceder com transpa-rência emuma proposta que visa
inter-relacionar os três tipos de conteúdos, os conceituais, os procedi-mentais
e os atitudinais, num processo de constru-ção de significados e de atribuição
de sentido a eles, como meios indispensáveis para a aprendizagem,
desenvolvimento e socialização de nossos alunos.” (lopes; muniz, 2010, p. 48).
não há, portanto, uma padronização de conduta relativaà
formadeavaliaremsaladeaulaporpartedos professores, mas um trabalho organizado e
sistemati-zado dentro de princípios que buscam, com clareza, atingir um fim
conhecido por todos os envolvidos, ba-seado nos objetivos pretendidos para o
bimestre e na visão de educação adotada pelos professores. a avaliação na sala
de aula passa, então, se-gundo luckesi (1998), de “classificatória para
diag-nóstica” e promove transformações no processo ensino-aprendizagem e nas
pessoas que dele fa-zem parte, gerando compromissos para levar o alu-no a tomar
consciência da relevância de seu papel na construção de seu conhecimento e do
seu de-senvolvimento integral. demaneira geral, podemos considerar que es-se
processo avaliativo procura desenvolver ações docentes que permitam a inclusão
dos alunos e de seus pais como parceiros do professor na busca do melhor
desenvolvimento possível dos alunos. para isso é preciso lidar com uma prática
pedagógica — adotada por todos os envolvidos no processo de avaliação — que
valorize “a persistência, o trabalho sistemático, a organização eficiente e
eficaz, a cor-reção, o fazer conjecturas, a modelação, a criativi-dade e a
capacidade de comunicar ideias e procedi-mentos claramente” (matos; serrazina,
1996). a visão dos professores uma das autoras deste texto, a professorama-ria
inês usou esta prática avaliativa em suas aulas, a partir de 2005, com o ensino
médio, obtendo bons resultados. inicialmente, observou que muitos alunos não
haviampercebido que estavamdividindo responsa-bilidades com ela. houve alunos
que não se impor-taram com os registros do caderno; e outros, que os fizeram de
forma incompleta. no término do bimestre, pediu-se a todos que fizessem o
fechamento do conceito com base nos registros que haviam feito. foi um momento
muito significativo para eles. os que tinham tudo emordem e puderam fechar seu
conceito final sentiram-se rea-lizados por poder participar do processo; os que
ti-nham registros incompletos, os que perderam seus registros ou não os fizeram
ficaram decepcionados, pois não tinham como participar desse momento e
precisaramsubmeter-se ao fechamento do conceito final pela professora de forma
tradicional. no segundo bimestre, já foi possível observar melhoras no processo
de conscientização dos alu-nos sobre a importância do registro do caderno e no
seu envolvimento com as atividades escolares. o terceiro bimestre não foi
diferente, pois evidenciou que os alunos tinhammelhorado em seu desempe-nho e
no interesse pelas aulas. a parceria feita com os alunos, tratados como protagonistas
do sistema didático, permitiu que se desenvolvesse um trabalho pedagógico mais
bem estruturado. ao aluno, trouxe uma grande motiva-ção, no sentido de
descobrir novos e diferentes ca-minhos de aprendizagem. diante dos bons
resultados observados, três professoras – adriana e conceição, do ensino
fun-damental, e eliana, do ensino médio, – que aplica-ram esta proposta
concordaram em permitir, em 2008, a coleta de dados para o desenvolvimento da
pesquisa que originou a dissertação demestrado na qual se baseia este texto. a
seguir, relatamos algumas colocações des-sas professoras sobre esta prática
avaliativa. a professora conceição (que trabalhou, em 2008, com alunos de 5ª- e
6ª- séries 2 ) nos disse que a “autoavaliação é mais uma fonte de comunicação
entre professor e alunos, porém, para que ocorra 2 atualmente, essas séries
correspondem ao 6º- e ao 7º- ano, respectivamente.
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manual do professor
104 em um clima de confiança, é necessário que o alu-no entenda o processo como
um todo. numa pri-meira fase, o aluno confronta aquilo que fez com aquilo que
se esperava que fizesse; e, numa se-gunda fase, ele pressupõe o que poderá
fazer para diminuir as dificuldades encontradas. a autoava-liação só trará
resultados se proporcionar ao aluno um momento de reflexão para uma tomada de
consciência sobre suas aprendizagens e condutas no decorrer das aulas, de forma
natural e espontâ-nea, tornando-o responsável por sua aprendiza-gem e capaz de
modificar os caminhos de seu co-nhecimento no decorrer do ano”. é interessante
observar o depoimento de um de seus alunos: “sei que, para melhorar meu
de-sempenho, eu preciso estudar todos os dias, fazer todas as lições, deixar o
caderno em ordem, parti-cipar na sala de aula, não deixar as lições para
de-pois, fazer assim que chegar em casa e não es-quecer os trabalhos”. com
relação ao interesse e à postura dos alu-nos, a professora adriana (que,
trabalhou, em 2008, com alunos de 5ª- , 6ª- e 7ª- séries 3 ) nos relatou que
eles “tornaram-se mais responsáveis, mais com-prometidos com as atividades, com
o material, com a postura em sala de aula. [...] ficarammais preocu-pados com
seu rendimento e passaram a tentar re-ver os conteúdos que não aprenderam”.
considerando a participação dos pais, consta-tou: “esse processo avaliativo
contribuiu para pro-piciar aos pais o acompanhamento do rendimento dos filhos e
o contato comigo e com a escola. por essa razão, os pais têm elogiado esse
trabalho com as fichas de registros. além disso, valorizam o fato de saber
antecipadamente como seus filhos estão sendo avaliados e de a nota do final do
bimestre ter deixado de ser uma surpresa. alguns pais também sugeriram que esse
processo avaliativo fosse de-senvolvido nas outras matérias”.
comreferênciaaessapráticaavaliativa, aprofes-soraeliana (que trabalhoucomas
trêssériesdoensino médio), considerou que “para o professor, a tabela (nome que
ela dá ao registro no caderno do aluno) re-presenta organização e clareza do
conteúdo, das ati-vidades, das recuperações e das retomadas do con-teúdo,
quando se fizerem necessárias, eliminando as inúteis revisões e recuperações de
final de bimestre. percebi que ‘organização’ era a palavra-chave para tudo”. e
disse ainda: “no início do bimestre, organi-zam-se e marcam-se as atividades;
discute-se com os alunos datas, temas, valores, tornando assima ta-bela
bemtransparente e democrática”. dentro das escolas, entretanto, houve certa
tensão. o projeto de avaliação não foi bem visto por outros professores, porém
alguns sempre se inte-ressavamemusá-lo, obtendo bons resultados, uma vez que
ele auxilia na formação de referenciais para que o aluno estabeleça um juízo de
valor sobre suas ações, o que leva a tomar decisões pela compreen-são e não
pelo medo ou pela imposição — promo-vendo, portanto, sua autonomia e combatendo
o fracasso escolar. esta proposta busca possibilitar um processo de avaliação
da aprendizagem que busca colaborar para um objetivo maior: o de transformar a
sala de aula “em um espaço de solidariedade, reciprocidade e emancipação”
(afonso, 1999, p. 98). bibliografia afonso, a. j. et al. avaliação: uma prática
em busca de novos sentidos. rio de janeiro: dp&a, 1999. chevallard, y.;
bosch, m.; gascón, j. estudar matemáticas: o elo perdido entre o ensino e a
aprendizagem. porto alegre: ar-tes médicas, 2001. lopes, c. e.; muniz, m. i. s.
(org.). o processo de avaliação nas aulas de matemática. campinas: mercado de
letras, 2010. luckesi, c. avaliação da aprendizagemescolar. 7. ed. são paulo:
cortez, 1998. matos, j. m.; serrazina, m. de l. didáctica damatemática.
lis-boa: universidade aberta, 1996. muniz, m. i. s. aprática avaliativa nas
aulas dematemática: uma ação compartilhada com os alunos. dissertação de mestrado.
universidade cruzeiro do sul, são paulo, 2009. perrenoud, p. avaliação: da
excelência à regulação das apren-dizagens, entre duas lógicas. porto alegre:
artes médicas, 1999. zabala, a. a prática educativa. porto alegre: artmed,
1998. _______. como trabalhar os conteúdos procedimentais em sala de aula.
porto alegre: artmed, 1999. 3 atualmente, 6º- , 7º- e 8º- anos.
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<Page Number="459">
ciências estudar
nossa! quantos bichos diferentes! de onde veio toda essa vida? daniel
almeida/arquivo da editora tudo ao mesmo tempo? estabeleça horários fixos.
dormir e comer sempre no mesmo horário ajuda a aumentar o rendimento. cuide
tambémdas suas horas de sono. oito horas de descanso é o ideal para o bom
funcionamento do cérebro. não deixe para estudar nos horários em que sabe que
estará cansado (à noite, por exemplo). faça intervalos de 10minutos a cada hora
de estudo. procure aliviar a mente e repousar a vista. pratique algum esporte e
divirta-se! reserve sempre um tempo para sair e conversar com seus amigos. d
escolha uma agenda você precisa de uma agenda para organizar suas atividades.
pode ser um caderno, uma agenda de papel, um aplicativo de celular ou sites
como o google calendar, remember the milk, neotriad... o que não pode é não ter
agenda ou esquecer de consultá-la todos os dias. anote tudo o que tiver para
fazer não vale usar só a cabeça para lembrar o que deve ser feito. você precisa
anotar na sua agenda! toda vez que o professor passar alguma tarefa, você tiver
as datas de prova, precisar fazer um trabalho, ler um texto etc, escreva na sua
agenda no dia respectivo em que deve estar pronto. quando estiver pronto,
risque! todos os dias, ao voltar da escola, consulte sua agenda. escolha umdia
para se organizar não adianta ter a agenda e anotar tudo se você não planejar.
planejar significa antecipar as coisas que você precisa fazer e entregar, para
não ficar para a última hora ou para não esquecer. por exemplo, escolha
umdomingo e veja na agenda tudo o que temde fazer até o último dia de aula da
semana. se tiver uma prova na quarta-feira, anote para estudar na segunda e na
terça. quantomais você antecipar, mais sossegado vai ficar! estabeleça
prioridades quando tiver muita coisa acumulada para fazer, separe um período do
dia para começar a resolver os atrasos. a dica é dar uma ordem numérica a tudo
o que deve ser feito. comece pelas coisas mais rápidas e fáceis, depois cuide
das mais difíceis e deixe por último as mais gostosas de fazer. muitos se
assustamcoma rotina e gostamde ter experiências novas a cada dia. isso não
deixa de ser importante, mas para conseguir bons resultados nos estudos é
preciso planejar seu dia a dia. rotina, ela é nossa aliada d ícones e infográfico:
bruno algarve/arquivo da editora e esses aqui nas pedras? são plantas?
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<Page Number="460">
qquantos animais
diferentes você conhece? quais as flores mais bonitas que você já viu? você já
comeu umpão bemgostoso ou temperou sua salada com vinagre? todas essas
perguntas estão relacionadas a seres vivosmuito diversos comos quais
interagi-mos também de diferentes formas: ani-mais, plantas emicrorganismos.
esses são os principais exemplos de como a vida pode se apresentar. você já se
perguntou como a vida se desenvolveu de formas tão diversas? essa é uma questão
tão curiosa que podemos afirmar que todos os povos em algummomento já
criarammi-tos para explicar a diversidade da vida. os mitos fazem parte da tradição
cultural dos povos e são criados para explicar o que os seres humanos não
conseguem compreender de maneira racional. as lendas e os mitos se apoiam em
ideias sobrenaturais e fazem parte da crença das pessoas; por isso não podemser
questionados, criticadosoucorrigidos. outra forma que o ser humano criou para
tentar compreender os fenômenos naturais é o co-nhecimento científico.
diferen-temente dos mitos, as explicações elaboradas pela ciência não são
apresen-tadas de maneira definitiva. ao contrário, as explicações científicas
devem ser sempre questionadas e discutidas. para explicar a diversidade das
formas de vida, por exemplo, os cientistas têm de-senvolvido ao longo dos
últimos dois séculos a teoria da evolução biológi-ca. de acordo com essa teoria,
desde o surgimento da vida, há cerca de 4 bilhões de anos, todas as espécies
vêm sofrendo transformações e se adaptando ao ambiente. isso quer di-zer que
todas as espécies que co-nhecemos hoje, incluindo a humana, surgiram por
evolução de espécies que viveram no passado e que não existemmais. mas e aquela
história de que o homemveio do macaco? mito ou ciência? o estudo dos fósseis
indica que homens e macacos evoluí-ram de uma mesma espécie, que chamamos de
ancestral. porém, as espécies que deram origem às espécies atuais já estão
extintas; então, não seria correto afirmar que o homem atual veio de um macaco
também atual. mas essa é uma das questões que você en-tenderá melhor quando
estudar os seres vivos no 7 o ano. asemelhança entre os seres humanos e os macacos
não é por acaso. fivespots/shutterstock/glow images eric
isselée/shutterstock/glow images serenethos/shutterstock/glow images daniel
almeida/arquivo da editora petr jilek/shutterstock/glow images oleg
znamenskiy/shutterstock/glow images interpretação do provérbio japonês sobre os
três macacos sábios. telaris_estudar_cie7.indd 1 6/21/12 4:44 pm
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<Page Number="461">
qquantos animais
diferentes você conhece? quais as flores mais bonitas que você já viu? você já
comeu umpão bemgostoso ou temperou sua salada com vinagre? todas essas
perguntas estão relacionadas a seres vivosmuito diversos comos quais
interagi-mos também de diferentes formas: ani-mais, plantas emicrorganismos.
esses são os principais exemplos de como a vida pode se apresentar. você já se
perguntou como a vida se desenvolveu de formas tão diversas? essa é uma questão
tão curiosa que podemos afirmar que todos os povos em algummomento já
criarammi-tos para explicar a diversidade da vida. os mitos fazem parte da
tradição cultural dos povos e são criados para explicar o que os seres humanos
não conseguem compreender de maneira racional. as lendas e os mitos se apoiam
em ideias sobrenaturais e fazem parte da crença das pessoas; por isso não
podemser questionados, criticadosoucorrigidos. outra forma que o ser humano
criou para tentar compreender os fenômenos naturais é o co-nhecimento
científico. diferen-temente dos mitos, as explicações elaboradas pela ciência
não são apresen-tadas de maneira definitiva. ao contrário, as explicações
científicas devem ser sempre questionadas e discutidas. para explicar a
diversidade das formas de vida, por exemplo, os cientistas têm de-senvolvido ao
longo dos últimos dois séculos a teoria da evolução biológi-ca. de acordo com
essa teoria, desde o surgimento da vida, há cerca de 4 bilhões de anos, todas
as espécies vêm sofrendo transformações e se adaptando ao ambiente. isso quer
di-zer que todas as espécies que co-nhecemos hoje, incluindo a humana, surgiram
por evolução de espécies que viveram no passado e que não existemmais. mas e
aquela história de que o homemveio do macaco? mito ou ciência? o estudo dos
fósseis indica que homens e macacos evoluí-ram de uma mesma espécie, que
chamamos de ancestral. porém, as espécies que deram origem às espécies atuais
já estão extintas; então, não seria correto afirmar que o homem atual veio de
um macaco também atual. mas essa é uma das questões que você en-tenderá melhor
quando estudar os seres vivos no 7 o ano. asemelhança entre os seres humanos e
os macacos não é por acaso. fivespots/shutterstock/glow images eric
isselée/shutterstock/glow images serenethos/shutterstock/glow images daniel
almeida/arquivo da editora petr jilek/shutterstock/glow images oleg
znamenskiy/shutterstock/glow images interpretação do provérbio japonês sobre os
três macacos sábios. telaris_estudar_cie7.indd 1 6/21/12 4:44 pm
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ciências estudar
nossa! quantos bichos diferentes! de onde veio toda essa vida? daniel
almeida/arquivo da editora tudo ao mesmo tempo? estabeleça horários fixos.
dormir e comer sempre no mesmo horário ajuda a aumentar o rendimento. cuide
tambémdas suas horas de sono. oito horas de descanso é o ideal para o bom
funcionamento do cérebro. não deixe para estudar nos horários em que sabe que
estará cansado (à noite, por exemplo). faça intervalos de 10minutos a cada hora
de estudo. procure aliviar a mente e repousar a vista. pratique algum esporte e
divirta-se! reserve sempre um tempo para sair e conversar com seus amigos. d
escolha uma agenda você precisa de uma agenda para organizar suas atividades.
pode ser um caderno, uma agenda de papel, um aplicativo de celular ou sites
como o google calendar, remember the milk, neotriad... o que não pode é não ter
agenda ou esquecer de consultá-la todos os dias. anote tudo o que tiver para
fazer não vale usar só a cabeça para lembrar o que deve ser feito. você precisa
anotar na sua agenda! toda vez que o professor passar alguma tarefa, você tiver
as datas de prova, precisar fazer um trabalho, ler um texto etc, escreva na sua
agenda no dia respectivo em que deve estar pronto. quando estiver pronto,
risque! todos os dias, ao voltar da escola, consulte sua agenda. escolha umdia
para se organizar não adianta ter a agenda e anotar tudo se você não planejar.
planejar significa antecipar as coisas que você precisa fazer e entregar, para
não ficar para a última hora ou para não esquecer. por exemplo, escolha
umdomingo e veja na agenda tudo o que temde fazer até o último dia de aula da
semana. se tiver uma prova na quarta-feira, anote para estudar na segunda e na
terça. quantomais você antecipar, mais sossegado vai ficar! estabeleça
prioridades quando tiver muita coisa acumulada para fazer, separe um período do
dia para começar a resolver os atrasos. a dica é dar uma ordem numérica a tudo
o que deve ser feito. comece pelas coisas mais rápidas e fáceis, depois cuide
das mais difíceis e deixe por último as mais gostosas de fazer. muitos se
assustamcoma rotina e gostamde ter experiências novas a cada dia. isso não
deixa de ser importante, mas para conseguir bons resultados nos estudos é
preciso planejar seu dia a dia. rotina, ela é nossa aliada d ícones e
infográfico: bruno algarve/arquivo da editora e esses aqui nas pedras? são
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o projeto teláris reúne
coleções consagradas de autores líderes do mercado. multidisciplinar, oferece a
melhor solução de conteúdo para alunos, no meio impresso e digital, além de
ferramentas e serviços para professores e escolas. o projeto teláris – ciências
foi feito pensando em você. aqui você vai encontrar discussões,
ques-tionamentos e explicações sobre temas como ambiente, vida, saúde,
tecnologia, ética e mui-to mais. cada livro busca também despertar sua
curio-sidade e seu prazer de descobrir. conhecer ciências vai ajudá-lo a
compreender melhor o mundo que está à sua volta. dessa forma, você estará mais
bem preparado para enfrentar o desafio, que é de todos nós, de contribuir para
que as condições de vida no nosso planeta fiquem cada vez melhores. teláris
projeto realidade aumentada acesse www.projetotelaris.com.br
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Fonte: Ciência – Vida na Terra
Autor: Fernando Gewandsznajder. Projeto Teláris – Ed. Ática